Economia

IMPACTO

Obras ficam 20% mais caras com aumento nos preços dos materiais; construção civil teme retração

Alta demanda e aumento do preço dos insumos impactam em custos elevados

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A alta nos preços dos materiais para construção impactaram em aumento dos custos, na paralisação de obras, na repactuação de contratos e na suspensão da retomada da construção civil. 

Conforme representantes do setor, as obras ficaram até 20% mais caras e consequentemente o consumidor sentirá o reflexo.  

De acordo com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic) houve aumento de 4,02% no período de 12 meses encerrados em maio. 

Já nos meses de junho, julho e agosto, a alta registrada foi de 3,80% nos materiais.  

Pesquisa recente da Cbic com 462 empresas de 25 estados aponta que 95% delas verificaram aumento no preço do cimento e 90% no de cabos elétricos. 

No caso do concreto, 81% perceberam alta de preço durante a pandemia, e em bloco cerâmico, 75%.

“Temos uma incerteza muito grande, porque alguns materiais continuam reajustando. Algumas obras em andamento não têm como parar, mas estamos reprogramando os canteiros de obras, muitas vezes até diminuindo o número de colaboradores", disse o presidente da Associação dos Construtores de Mato Grosso do Sul (Acomasul), Adão Castilho que prosseguiu. 

"Com o crescimento da construção civil, a demanda pelos produtos aumentou e a oferta diminuiu. No caso do cobre, por exemplo, tivemos aumento de 130%, tubos, 40%, cimento, 35%, o produto que menos aumentou foi em torno de 10%”.

Segundo o representante dos construtores, a venda de imóveis tinha aumentando em 28%, mas muitos projetos que estavam nos planos ficarão no papel. Castilho explica que as obras em andamento tiveram um aumento de custo entre 15% e 20%.  

“Estamos orientando que as obras que ainda não foram iniciadas, que tenham muita cautela, que analisem bem se compensa iniciar uma construção. Porque depois temos de ver como esses imóveis serão avaliados na hora da venda. Nós não queremos um reajuste abusivo, considerando o custo atual, esse consumidor vai pagar até 20% mais caro por um imóvel, do que há quatro meses”, considerou Castilho.  

Pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aponta que depois de móveis e eletrodomésticos, as vendas de materiais de construção foram as que registraram maior crescimento em agosto, 22,7% em relação ao mesmo período do ano passado.

Falta de materiais impacta em paralisação de obras

O presidente do Sindicato Intermunicipal da Indústria da Construção (Sinduscon-MS), Amarildo Miranda Melo, diz que, a partir da falta de materiais e o aumento de preços as obras, tanto públicas quanto privadas sofrem com paralisação.  

“Com a falta de materiais, temos um atraso na entrega dessa obra. No caso de obras públicas, por exemplo, isso pode acarretar em uma repactuação de contrato, já que o acertado visava um preço menor ou ainda no abandono dessa construção, que acaba em obra parada e em relicitação”, explica Melo.  

Melo ainda exemplifica que em uma obra que leva concreto e aço, como um reservatório de água, o aumento chegue a 60%. 

“Cada construção leva materiais específicos. Para construir uma casa, por exemplo, o aumento deve ser acima de 15%. O setor está tentando absorver parte desse aumento, mas uma parte chegará ao consumidor”, considerou o presidente do Sinduscon.

O presidente da Acomasul explica que atualmente a demora na entrega de materiais, em decorrência da falta de produtos, chega a 90 dias. 

“A indústria alega que não tem o material para entregar de imediato, a programação para recebimento pode demorar de 30 dias até 90 dias”, afirma Castilho.

Os representantes do segmento acreditam que todos os percalços podem impactar em retração do crescimento ou estagnação.

 “Como consequência teremos uma retração – diminuição dos empregos –, isso é uma realidade do mercado. Esperamos que a situação volte ao normal o mais rápido possível. É triste ver esta situação, porque a construção civil é um motor da economia e toda engrenagem deveria funcionar”, disse Castilho.

Para o presidente do Sinduscon, se não normalizar a inflação dos insumos, a retomada do bom desempenho vai demorar. 

“Estamos represando os novos lançamentos e paralisando algumas obras, isso impacta em desemprego no setor e queda na retomada do crescimento”, concluiu Melo.

A indústria parou de produzir

As entidades chegam a chamar de “oportunismo” da indústria e do varejo a falta de insumos no mercado. 

A Associação do Comércio de Materiais de Construção de Mato Grosso do Sul (Acomac) e o Sindicato do Comércio Varejista de Materiais de Construção de Campo Grande (Sindiconstru) explicam que vários fatores colaboraram para que a situação chegasse a este ponto.

“Muitas indústrias pararam a produção por até 90 dias no início da pandemia, e os estoques foram praticamente zerados”, explica o presidente do Sindiconstru e diretor da Acomac, Fabiano Lopes.  

Segundo Fabiano, a cotação do dólar também influenciou. O aço, por exemplo, é uma commodity. 

Fabiano explica ainda que houve aumento da demanda, pois muitas pessoas ficaram em casa e, com mais tempo disponível, passaram a realizar pequenas reformas no imóvel. 

“Claro que teve também um pouco de especulação do mercado, mas eu acredito que no início do ano que vem a situação voltará ao normal”, considerou o presidente do Sindiconstru.

Economia

Norsul mira crescimento do agro e logística portuária após investir R$ 715 mi em cabotagem

A transação permitirá ampliar o volume total transportado para 4 milhões de toneladas de matéria-prima sólida a granel por ano

06/11/2025 22h00

Norsul mira crescimento do agro e logística portuária após investir R$ 715 mi em cabotagem

Norsul mira crescimento do agro e logística portuária após investir R$ 715 mi em cabotagem Divulgação/Depositphotos

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A Norsul já se prepara para acelerar a incorporação das embarcações do tipo mineralheiro (ore carrier) e de suas respectivas tripulações após concluir a compra da operação de navegação costeira (cabotagem) da Hidrovias do Brasil. A transação permitirá ampliar o volume total transportado para 4 milhões de toneladas de matéria-prima sólida a granel por ano. Além disso, a tradicional companhia de navegação segue atenta ao mercado e monitora a crescente demanda do agronegócio por serviços de logística.

Anunciado em fevereiro, o negócio de R$ 715 milhões foi concluído no último sábado, garantindo à Norsul um contrato de longo prazo, até 2034, para o transporte de bauxita da mina de Porto Trombetas até Barcarena, no Pará, onde está localizada a refinaria Alunorte. Serão duas embarcações - Tambaqui e Tucunaré - dedicadas integralmente à rota.

Com 61 anos de experiência em cabotagem, a atuação da empresa nesse trecho já havia sido cogitada há quase uma década, quando a Log-In Logística Intermodal vendeu os ativos. "Mas só agora os números fizeram sentido", comenta ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) o diretor financeiro e de novos negócios da Norsul, Rodrigo Cuesta.

"É uma aquisição plug-and-play, totalmente dentro do nosso core business, envolvendo navios customizados para o próprio negócio, numa região em que a dependência do modal é total. Ganhamos sinergias e participação de mercado. Sem dúvida, é um marco importante", afirma.

Com a venda, a Hidrovias do Brasil busca reduzir a alavancagem e concentrar-se em ativos como Arco Norte, Arco Sul e o terminal de Santos. Já a Norsul, que em 2024 transportou 7,5 milhões de toneladas de bauxita, amplia a presença na região Norte ao assumir o transporte da produção de uma das maiores empresas de alumina do mundo. Além do Norte, a companhia também observa as principais regiões produtoras do agronegócio.

"Grande parte da logística que fazemos ocorre dentro da cadeia industrial do próprio cliente, que é concessionário do porto público, como em Barcarena. ... O agronegócio voltado ao mercado interno utiliza pouco a cabotagem. Há gargalos de infraestrutura, mas é um segmento no qual temos interesse, pois enxergamos um crescimento secular", diz. "Porém, ainda não temos nenhuma iniciativa pronta", acrescenta.

Em 2024, a Norsul movimentou 14,2 milhões de toneladas em cabotagem, das quais 700 mil em longo curso (voltado ao comércio internacional), e registrou R$ 1,4 bilhão em receita líquida.

A navegação de cabotagem já representa 12% de tudo o que é transportado no País.

Diversificação

Nos últimos anos, a diversificação tem sido uma estratégia. Segundo a empresa, essa postura ajudou a sustentar um crescimento médio de 19% na receita bruta na última década.

A joint venture com a Hapag-Lloyd, firmada em 2023, resultou na criação da Norcoast, dedicada à cabotagem e ao feeder de contêineres nos portos brasileiros. De acordo com Cuesta, o negócio aumentou entre 15% e 20% a capacidade de cabotagem de contêineres. "Adicionamos oferta a um mercado que já contava com três grandes players. Nosso objetivo é ter mais uma Norsul em volume transportado com os nossos quatro navios", afirma.

A operação concentra-se nos portos de Manaus (AM), Pecém (CE), Suape (PE), Santos (SP), Paranaguá (PR) e Itajaí (SC).

"É um business muito customizado e, este ano, devemos movimentar cerca de 120 mil TEU (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés)", comenta.

Além dessas rotas de navegação com janelas fixas e semanais, o executivo aponta que a infraestrutura portuária do Rio de Janeiro também está sendo analisada.

A empresa iniciou ainda, no último ano, operações de bunkering ship-to-ship (abastecimento de combustível de embarcações de grande porte) na costa brasileira.

Loterias

Resultado da Timemania de hoje, concurso 2317, quinta-feira (06/11)

A Timemania realiza três sorteios semanais, às terças, quintas e sábados, sempre às 19h; veja quais os números sorteados no último concurso

06/11/2025 20h15

Confira o resultado da Timemania

Confira o resultado da Timemania Foto: Divulgação

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A Caixa Econômica Federal realizou o sorteio do concurso 2317 da Timemania na noite desta quinta-feira, 6 de novembro de 2025. A extração dos números ocorreu no Espaço da Sorte, em São Paulo, com um prêmio estimado em R$ 44 milhões.

Confira o resultado da Timemania de hoje!

Os números da Timemania 2317 são:

  • 04 - 66 - 68 - 41 - 51 - 38 - 06 
  • Time do Coração:  Brasiliense - DF

O sorteio da Timemania é transmitido ao vivo pela Caixa Econômica Federal e pode ser assistido no canal oficial da Caixa no Youtube.

Próximo sorteio: Timemania 2318

Como a Timemania tem três sorteios regulares semanais, o próximo sorteio ocorre no sábado, 8 de novembro, a partir das 20 horas, pelo concurso 2318. O valor da premiação vai depender se no sorteio atual o prêmio será acumulado ou não.

Para participar dos sorteios da Timemania é necessário fazer um jogo nas casas lotéricas ou canais eletrônicos.

A aposta mínima custa R$ 3,50 para um jogo simples, em que o apostador pode escolher 10 dente as 80 dezenas disponíveis, e fatura prêmio se acertar de três a sete números, ou o time do coração;

Como jogar a Timemania

A Timemania é a loteria para os apaixonados por futebol. Além de o seu palpite valer uma bolada, você ainda ajuda o seu time do coração.

Você escolhe dez números entre os oitenta disponíveis e um Time do Coração. São sorteados sete números e um Time do Coração por concurso. Se você tiver de três a sete acertos, ou acertar o time do coração, ganha.

Você pode deixar, ainda, que o sistema escolha os números para você (Surpresinha) ou concorrer com a mesma aposta por 3, 6, 9, ou 12 concursos consecutivos através da Teimosinha.

Probabilidades

A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada.

Para a aposta simples, com 10 dezenas, a probabilidade de acertar sete números ganhar o prêmio milionário é de 1 em 26.472.637, segundo a Caixa.

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