Esportes

MUNDIAL DE CLUBES

Botafogo fica em segundo no grupo e pode pegar o Palmeiras nas oitavas

Time alvinegro perdeu do Atlético de Madrid, mas garantiu classificação na segunda posição do Grupo B

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Com tensão até os minutos finais, o Botafogo garantiu sua classificação para as oitavas de final do Mundial de Clubes ao perder por apenas 1 a 0 para o Atlético de Madrid nesta segunda-feira, no Rose Bowl, em Pasadena.

O Botafogo fez o suficiente para sair de campo com a classificação rumo às oitavas de final. O time se segurou da forma que pôde, criou poucas chances e ficou satisfeito com a derrota por um gol. O Atlético de Madrid, de pontaria descalibrada e futebol burocrático, controlou a partida, mas passou longe de ser efetivo.

O time alvinegro não se postou tão defensivamente do mesmo modo que na vitória sobre o PSG e se permitiu cometer deslizes que foram perdoados pelos “colchoneros”.

Com o resultado, o Botafogo conquista a classificação no segundo lugar do Grupo B, com seis pontos. O Paris Saint-Germain ficou com a ponta, ao somar seis pontos com a vitória sobre o Seattle Sounders, que termina zerado. O Atlético de Madrid volta para casa com seis pontos.

Pelos critérios de desempate, como Botafogo, PSG e Atlético de Madrid somaram seis pontos, os resultados obtidos nos jogos com o Seattle Sounders foram descartados. Dessa forma, cada um ficou com três pontos e a diferença se deu no saldo de gols: +3 para os franceses, zero para os brasileiros e -3 para os espanhóis.

Botafogo e PSG aguardam a definição de seus adversários na noite desta segunda-feira. O time parisiense vai enfrentar o segundo colocado do Grupo A no próximo domingo, às 13h (de Brasília), em Atlanta, no Mercedes-Benz Stadium. Já os cariocas encaram o líder do Grupo A no sábado, também às 13h, no Lincoln Financial Field, na Filadélfia.

Pelo Grupo A, Palmeiras e Inter Miami se enfrentam na Flórida às 22h desta segunda. Porto e Al-Ahly medem forças no mesmo horário em East Rutherford.

Com a necessidade da vitória por três gols de diferença, o Atlético de Madrid não se ateve ao controle da bola e tentou repetidamente pressionar a defesa botafoguense. A ânsia do time espanhol deixou espaços e permitiu aos cariocas contragolpearem. Oblak fez a diferença para manter o zero no placar nos primeiros minutos.

O Atlético de Madrid continuou melhor no jogo e mais propositivo. Mas o incômodo com o placar tirou a calma dos “colchoneros” da mesma forma que decisões contestadas da arbitragem.

Na reta final do primeiro tempo, o Atlético de Madrid acumulou chances perdidas em lances óbvios de gol. Aos 44 minutos, em mais um momento de bola dividida na grande área, os espanhóis reclamaram de pênalti, e o VAR recomendou revisão de penalidade de Gregore sobre Julián Álvarez.

O botafoguense pisou sobre o pé do atacante argentino. No entanto, na revisão, a arbitragem encontrou uma falta de Sorloth sobre Jair, anterior ao pênalti. Por isso, nada foi marcado.

Para o segundo tempo, Simeone decidiu lançar o Atlético de Madrid ainda mais ao ataque. Para isso, sacou o meia inglês Gallagher e colocou o experiente francês Antoine Griezmann.

O Botafogo manteve sua estratégia de contra-ataque, atraindo os “colchoneros” para o seu campo. A bola que encaixou no jogo com o PSG teimava em não aparecer. Os escapes do time alvinegro se davam prioritariamente pelas beiradas. Com baixa presença no ataque, ficou difícil encontrar alguém para finalizar.

O Atlético de Madrid somou inúmeras chances de gol, mas pecou na conclusão. A pressão do relógio atrapalhou consideravelmente as pretensões dos espanhóis. Oblak foi quem precisou se preocupar. Em rara chance do Botafogo no segundo tempo, Igor Jesus viu o goleiro impedir a bola de balançar as redes aos 20 minutos.

No fim da partida, o Botafogo ficou mais confortável e viu o Atlético de Madrid baixar a guarda. Quando menos esperava, os espanhóis acharam uma jogada pela direta, Álvarez fez um cruzamento rasante e achou Griezmann, que bateu e fez o primeiro e único, aos 41.

ATLÉTICO DE MADRID 1 x 0 BOTAFOGO

ATLÉTICO DE MADRID: Oblak; Llorente, Lenglet, Le Normand e Galán; Gallagher (Griezmann), De Paul (Koke), Barrios (Molina) e Giuliano Simeone (Ángel Correa); Sorloth (Lino) e Julián Álvarez. Técnico: Diego Simeone.
BOTAFOGO: John; Vitinho (Ponte), Jair, Alexander Barboza e Alex Telles (Cuiabano); Marlon Freitas, Allan (Newton) e Gregore; Savarino (Montoro), Igor Jesus e Artur (Santi Rodríguez). Técnico: Renato Paiva.
GOL: Griezmann, aos 41 minutos do 2º tempo.
ÁRBITRO: César Ramos (MEX).
CARTÃO AMARELO: Gregore.
PÚBLICO: Não informado.
LOCAL: Rose Bowl, em Pasadena.

Esportes

Modric diz que escolha pelo Milan foi para se manter na elite do futebol: 'Fome de vencer'

Fora dos planos do Real Madrid, o jogador de 39 anos disse nesta quarta-feira que escolheu o clube rubro-negro

16/07/2025 23h00

Croata decidiu se manter no cenário competitivo da europa

Croata decidiu se manter no cenário competitivo da europa Foto: Divulgação / Milan

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Em meio a um trabalho de reconstrução no Milan, o croata Luka Modric inicia uma nova etapa da sua trajetória com um discurso ambicioso ao trocar a Espanha pela Itália. Fora dos planos do Real Madrid, o jogador de 39 anos disse nesta quarta-feira que escolheu o clube rubro-negro justamente para dar prosseguimento à carreira vitoriosa que construiu.

"Você não pode se contentar com mediocridade e o Milan é um dos maiores clubes da Europa. Eu quero trazer essa minha fome por troféus, ajudar meus colegas de todas as formas, trabalhar duro e conquistar o meu espaço na equipe", afirmou o meio-campista em entrevista concedida à TV oficial da agremiação italiana.

Após passar treze temporadas defendendo a camisa do Real Madrid, o astro croata encerrou o seu ciclo na equipe merengue com a eliminação do gigante espanhol nas semifinais do Mundial de Clubes, quando o Paris Saint-Germain venceu o confronto por 4 a 0.

Além de ver no Milan uma equipe de tradição, o atleta comentou que o lado emocional também pesou na escolha de seu novo time. "Quando criança, eu assistia muito à Série A (do Campeonato Italiano), e o Milan era meu time favorito, em parte porque meu ídolo, Boban, estava lá. Eu tinha outras ofertas, mas quando o Milan ligou, ficou claro para mim. Eu o que eu queria desde o início."

Após uma temporada de pouco brilho, onde não conseguiu vaga para nenhum dos torneios europeus, o Milan volta a ser comandado pelo técnico Massimiliano Allegri. E nesta nova fase, Modric espera contribuir com a sua experiência.

"Eu sempre digo que o mais importante para mim é o amor pelo jogo e pelo futebol. E isso eu ainda tenho. Sinto que ainda possuo essa chama dentro de mim. É isso que me move e quero muito continuar conquistando títulos por aqui", declarou.

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legado

Rápida ascensão de João Fonseca reflete no cenário do tênis em MS

Carioca de apenas 18 anos se tornou o mais jovem do país a entrar no Top 50 e inspira talentos em Campo Grande

16/07/2025 16h30

Nathan Reis começou no esporte há quatro meses

Nathan Reis começou no esporte há quatro meses Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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A ascensão do jovem tenista brasileiro João Fonseca, de apenas 18 anos, é uma história de superação, talento e quebra de paradigmas no tênis brasileiro. Em pouco mais de um ano, o carioca passou dos torneios juvenis à elite do circuito mundial, impacto sentido, inclusive, em Mato Grosso do Sul, onde a busca pelo esporte aumentou cerca de 20%.

É o caso do pequeno Nathan Reis, de apenas 11 anos, que motivado pelo pai, ingressou na modalidade há quatro meses. 

Apesar do pouco tempo no esporte, o pequeno já se destaca pela paixão e dedicação. Embora tenha começado sua jornada esportiva com o tênis de mesa, foi nas quadras de saibro que o jovem se encontrou.

"No meu condomínio, meus amigos jogavam tênis e me convidaram para as aulas. Eu fui, gostei e pedi para o meu pai me matricular", conta Nathan, com um sorriso tímido, mas cheio de entusiasmo.

"Eu gosto mais de tênis porque é mais rápido, tem mais técnica. E a dinâmica do jogo me atrai", explica o jovem. Impressionado pela velocidade e dinamismo da modalidade, se inspira também no espanhol Carlos Alcaraz, vice-campeão de Wimbledon no último final de semana.

"Ele é novo e joga muito bem. Eu me inspiro nele", confessa o garoto, que pretende seguir no esporte e se tornar profissional. 

Pai de Nathan, Nilton Gomes (49) também é fã de Alcaraz, Rafael Nadal e Novak Djokovic, e conta que o interesse de Nathan pelo esporte começou com aulas de 'pingue-pongue', mas logo evoluiu para o desejo de aprender tênis.

"Eu gosto muito de tênis, então meu filho começou a fazer aula de pingue-pongue e, aos poucos, foi se interessando pelo esporte", explicou o pai do garoto.

Nathan Reis começou no esporte há quatro mesesNilton Gomes ao lado de Nathan Reis (Foto: Gerson Oliveira)

Em meio as aulas, o recente desempenho de João Fonseca no circuito internacional não passou despercebido. O crescimento do tenista, que tem se destacado em torneios importantes, trouxe de volta a esperança de que o tênis pode voltar a ser uma referência no País, disse.

"Acho que o Brasil deveria incentivar mais o esporte, porque, além do Guga, a gente não tem tantas referências fortes no tênis", comenta o empresário.

"O João tem todo o potencial para chegar lá, ser o número um do mundo. Isso vai ter um impacto grande para o esporte no nosso Estado", acredita Nilton, que acompanha de perto as aulas do filho.

Para ele, a visibilidade que o atleta ganha com suas vitórias internacionais pode impulsionar o tênis em Mato Grosso do Sul, especialmente por meio da mídia.

"A mídia tem um poder muito forte. Quando um jogador se destaca, ele ganha patrocinadores, faz propaganda e se torna referência. Isso, sem dúvida, vai refletir no esporte local", afirma.

O esporte

Com 39 anos, Patrícia Menossi é a responsável por um dos principais polos de iniciação ao tênis no Mato Grosso do Sul. À frente da Escola Guga, em Campo Grande, desde fevereiro de 2018, ela celebra o crescimento da modalidade na região e o papel da franquia na formação de novos atletas.

"Desde que abrimos a escola, fomentamos o tênis por meio da iniciação esportiva das crianças", afirma Patrícia. O projeto atende alunos a partir dos 3 anos de idade: infantil (3 a 10 anos), juvenil (11 a 18 anos) e adultos.

A escola também incorporou o beach tennis à sua grade. Embora seja difícil mensurar números exatos, ela estima que cerca de 20% do aumento recente de alunos tenha sido motivado pela influência direta do novo ídolo nacional.

Nathan Reis começou no esporte há quatro mesesSegundo Patrícia, o tênis tem ganhado ainda mais visibilidade e interesse com a ascensão de novos talentos, como João Fonseca / Foto: Gerson Oliveira

A unidade conta com mais de 450 alunos ativos, 15 professores e estagiários, aulas de segunda a sábado e locação das quadras aos domingos.

O nome da escola carrega o peso e a história de um dos maiores ídolos do esporte brasileiro: Gustavo Kuerten, o Guga. A unidade é uma das franquias oficiais da rede. "Nós somos uma unidade de referência no Brasil. Já fomos premiados como escola de excelência por cinco anos consecutivos", destaca a empresária.

Segundo Patrícia, o tênis tem ganhado ainda mais visibilidade e interesse com a ascensão de novos talentos, como João Fonseca. "Percebemos um crescimento na procura pelas aulas, especialmente por adolescentes entre 11 e 15 anos, depois que o João começou a se destacar", explica.

Para ela esse movimento é essencial para o desenvolvimento do tênis no Mato Grosso do Sul. "A gente ainda sente uma certa carência de ídolos esportivos, mas a figura do João tem mudado isso, especialmente entre os jovens que sonham em competir em alto nível", complementou. 

Natural de Minas Gerais, Patrícia se considera sul-mato-grossense de coração. "Vivo aqui desde que nasci. Meus filhos nasceram aqui e construí minha família em Campo Grande. Tenho orgulho de fazer parte do crescimento do esporte no nosso estado", finaliza.

Legado ao esporte

Atleta amador da modalidade, Douglas Câmara, de 26 anos, disse que o desempenho do jovem tem inspirado o crescimento da modalidade no país.

"Com certeza o desempenho do João tem inspirado novos atletas a praticarem o jogo. Acredito que se ele se mantiver assim, logo teremos coisas grandes pra comemorar", destacou Camara ao Correio do Estado

Agora ocupando o top 50 no ranking, na posição 48, Fonseca mira o Top-30 para garantir status de cabeça de chave em Grand Slams. Seu histórico em Slams (Australian Open, Roland Garros e Wimbledon) mostra que "acreditar, trabalhar e sonhar" pode gerar resultados concretos. 

Do tênis juvenil à estreia profissional

Nascido em 21 de agosto de 2006, no Rio de Janeiro, Fonseca adotou a raquete desde cedo. Em 2023, destacou-se ao vencer o US Open juvenil e encerrar o ano como número 1 do ranking ITF júnior, feito inédito para um brasileiro. 

No início de 2024, estreou no circuito profissional com wildcard no Rio Open. Em dezembro, venceu o Next Gen ATP Finals, competição destinada aos melhores jogadores sub-21, consolidando sua transição para o profissional. 

Em janeiro deste ano, venceu o Challenger de Camberra, qualificou-se para o Australian Open e surpreendeu ao eliminar o então número 9 do mundo, Andrey Rublev, no Grand Slam. Com isso, entrou no Top 100 da ATP (nº 99), tornando-se o brasileiro mais jovem a alcançar essa marca com 18 anos, 5 meses e 6 dias. 

No mês seguinte, protagonizou sua estreia em torneios ATP com o título no Argentina Open, em Buenos Aires. Com vitória sobre Francisco Cerundolo, Fonseca se tornou o brasileiro mais jovem da era aberta a vencer um título ATP, subindo ao 68º lugar no ranking. 

A vitória na capital argentina foi notável: ele se salvou de dois match-points nas quartas, evitou pressão em momentos decisivos e terminou a semana com 100 pontos, tornando-se o 10º mais jovem campeão ATP desde 1990 e o mais jovem a conquistar um título no saibro desde Carlos Alcaraz. 

Em Roland Garros, avançou à terceira rodada em sua primeira participação, mantendo seu crescimento constante.

Neste mês, estreou com vitória em três sets contra o britânico Jacob Fearnley sendo o mais jovem da chave principal de Wimbledon.

Nº1 do país 

Nathan Reis começou no esporte há quatro mesesO carioca de 18 anos se tornou o mais jovem do país na história a entrar no Top 50 / Foto: Divulgação

O carioca de 18 anos se tornou o mais jovem do país na história a entrar no Top 50 do ranking da Associação dos Tenistas Profissionais (ATP). Após sua boa campanha em Wimbledon, é o 48º do mundo, a melhor posição de sua carreira até agora.

Perto de completar 19 anos, no dia 21 de agosto, Fonseca vai superar Gustavo Kuerten, até então o mais jovem Top 50 da história do tênis nacional. Em 1997, Guga deu um salto na lista da ATP ao se sagrar campeão de Roland Garros pela primeira vez. Disparou do 66º para o 15º lugar, aos 20 anos e nove meses.

Quase três décadas depois, Fonseca saiu do 54º para o 48º lugar do ranking, na atualização da próxima segunda-feira, logo após o fim de Wimbledon.

Ao vencer duas partidas em Wimbledon, em sua primeira participação na chave principal, Fonseca embolsou 100 pontos no ranking. Com esta subida, ele se aproxima do objetivo de ser cabeça de chave nos próximos Grand Slams. 

Após se despedir na terceira rodada em Wimbledon, o brasileiro foca sua preparação para a temporada de quadra dura nos Estados Unidos, que culmina na disputa do US Open, o quarto e último Grand Slam da temporada.

Os próximos torneios do carioca são os Masters 1000 de Toronto (27 de julho) e Cincinnati (7 de agosto), além do próprio US Open, que começa em 24 de agosto.

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