Esportes

PARIS-2024

Olimpíadas 2024: Brasil conquista medalha de bronze no judô por equipes

Rafaela Silva garantiu a medalha de bronze para o Brasil com uma vitória decisiva na luta de golden score

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O Brasil garantiu sua oitava medalha nos Jogos Olímpicos de Paris-2024 ao vencer a Itália por 4 a 3 na disputa por equipes mistas do judô. Esta é a primeira medalha do País na modalidade, que estreou em Tóquio 2021. Rafaela Silva selou a vitória com um golden score decisivo.

Com essa conquista, o Brasil soma quatro medalhas de bronze nesta edição, além de três pratas e um ouro. Metade das medalhas do País até agora são do judô (três bronzes e um ouro), mantendo o Brasil na 19ª posição geral.

A equipe brasileira foi representada por Rafael Macedo (até 90kg), Beatriz Souza (acima de 70kg), Leonardo Gonçalves (acima de 90kg), Rafaela Silva (até 57kg), Willian Lima (até 73kg) e Ketleyn Quadros (até 70kg). Eles enfrentaram os italianos Christian Parlati, Asya Tavano, Gennaro Pirelli, Veronica Toniolo, Manuel Lombardo e Savita Russo.

Na primeira luta, Rafael Macedo venceu Christian Parlati com um ippon após 14 segundos de golden score. Beatriz Souza, campeã olímpica individual, derrotou Asya Tavano rapidamente com dois waza-ari. Leonardo Gonçalves enfrentou dificuldades e acabou derrotado por Gennaro Pirelli. Rafaela Silva recuperou a vantagem para o Brasil ao vencer Veronica Toniolo com dois waza-ari.

Willian Lima teve uma luta decisiva, mas perdeu para Manuel Lombardo, levando a disputa ao golden score final. Savita Russo empatou a disputa ao vencer Ketleyn Quadros, forçando uma luta de golden score na categoria até 57kg. Rafaela Silva garantiu a medalha de bronze com uma vitória rápida sobre Veronica Toniolo.

O caminho até a medalha incluiu vitórias sobre Casaquistão e Sérvia. Na repescagem, a equipe brasileira derrotou a Sérvia, com destaque para a performance de Rafaela Silva.

A competição por equipes mistas estreou em Tóquio 2021 e é apenas a segunda vez que está presente nos Jogos Olímpicos.

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Apostas

Governo veta bets em uniformes, estádios e transmissões de todos jogos da Copinha

Decisão foi divulgada em nota técnica da Secretaria de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda

27/12/2024 22h00

Lei proíbe o envolvimento das chamadas bets em jogos de categoria de base

Lei proíbe o envolvimento das chamadas bets em jogos de categoria de base Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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A Secretaria de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda decidiu proibir a presença de empresas de apostas esportivas em todas as partidas da Copa São Paulo de Futebol Júnior, a Copinha, maior competição de futebol de base do País, que começa no próximo dia 2 de janeiro.

A decisão foi divulgada em nota técnica da Secretaria, que se baseou na lei 14.790/2023, que regulamentou as apostas no Brasil, para proibir o envolvimento das chamadas bets na Copinha A legislação veta expressamente como objeto de apostas os eventos esportivos que envolvam as categorias de base.

A Secretaria também cita, na nota técnica, a portaria de 31 de julho de 2024 que estabeleceu regras e diretrizes para o jogo responsável e para as ações de comunicação, de publicidade e propaganda e de marketing, e menciona a importância da proteção de crianças e adolescentes, "um público vulnerável".

O entendimento é de que, por ser uma competição em que a maioria dos atletas são menores de idade, a presença de bets seria prejudicial a esse público em vários aspectos. "O aumento da popularidade dos jogos de apostas apresenta desafios, especialmente em relação à publicidade direcionada aos jovens, considerada publicidade abusiva e portanto, proibida", diz trecho da nota, assinada pelo secretário Regis Dudena e por Daniele Correa Cardoso, coordenadora-geral de Monitoramento de Jogo Responsável

"A juventude é uma fase de desenvolvimento cognitivo e emocional, em que os jovens estão mais suscetíveis a influências externas. O evento esportivo da Copinha não pode se propor a associar jovens atletas ao mercado de apostas por meio de patrocínios estampados nos uniformes, a ser um espaço para estimular os jovens a apostar, ainda que indiretamente, sob pena de incentivar o desenvolvimento de comportamentos de risco, dependência e até mesmo endividamento, afetando negativamente a saúde mental dos jovens, suas relações sociais e seu desempenho acadêmico", explica a Secretaria.

Segundo a decisão do ministério, as bets estão proibidas de aparecerem nos uniformes dos times, como publicidade e propaganda em estádios em que serão realizadas as partidas da Copinha e propagandas nas transmissões em TV, rádio ou plataformas da internet. O descumprimento da regra resultará em sanções.

É esperado que essa proibição valha para todos os torneios de base no Brasil, o que afetaria - ainda que pouco - contratos de patrocínios vigentes dos clubes e federações com casas de apostas.

A Federação Paulista de Futebol já acertou patrocínio de uma empresa de apostas para a Copinha em 2023. Foi a Esportes da Sorte, que comprou o naming rights da competição naquele ano e expôs sua marca em placas de campo, inserções comerciais durante as transmissões digitais, redes sociais e outros ativos do campeonato.
 

RETROSPECTIVA 2024

Ano esportivo em MS tem retorno da Superliga, Cezário preso e mais

Operário se isola ainda mais como maior campeão estadual, com 13 títulos, e Mato Grosso do Sul volta a ter representante na seleção brasileira; confira a retrospectiva esportiva do estado neste ano

27/12/2024 10h30

Nas imagens da esquerda para direita: Marcênio; Operário; Éderson; Superliga; Cezário; e Rufino

Nas imagens da esquerda para direita: Marcênio; Operário; Éderson; Superliga; Cezário; e Rufino Foto: Montagem

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Com mais um ano se encerrando, entram em voga as retrospectivas para relembrar o que de mais importante aconteceu nos últimos 365 dias. Nesta reportagem, o Correio do Estado traz um compilado dos fatos esportivos mais relevantes de 2024 envolvendo o Mato Grosso do Sul. Confira:

Ferreirinha no São Paulo

Logo na segunda semana do ano, o São Paulo anunciou a contratação do ponta-esquerda Ferreirinha, nascido em Dourados. Para contar com o futebol do sul-mato-grossense, o clube paulista desembolsou R$ 8 milhões por 35% dos direitos econômicos do jogador, que estava no Grêmio desde 2020.

Alternando entre banco e titular, Ferreirinha atuou em 49 jogos do São Paulo em 2024, marcou oito gols e deu duas assistências. Mesmo com números abaixo do esperado, o douradense foi um dos poucos que se salvou na análise dos torcedores no ano e deve permanecer no tricolor paulista para 2025.

13º e contando

Nas imagens da esquerda para direita: Marcênio; Operário; Éderson; Superliga; Cezário; e RufinoOperário e DAC protagonizaram a final do sul-mato-grossense 2024 - Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

Em abril, o Operário Futebol Clube se consagrou, pela 13ª vez, campeão estadual, ao bater o Dourados Atlético Clube (DAC) pelo placar agregado de 3x2. No jogo de ida, a equipe do interior venceu por 1x0, mas na volta, disputada no Jacques da Luz, o Galo de Campo Grande foi "com sangue nos olhos" e dominou o Dourados, vencendo por 3x1.

 

Com o título sul-mato-grossense, o Operário volta ao cenário nacional com a participação na Copa do Brasil, Campeonato Brasileiro da Série D e também na Copa Verde de 2025. Já o vice-campeão jogará a Copa do Brasil de 2025, após ficar 10 anos longe de competições nacionais.

Lesão grave de jogador importante

Há sete meses, no dia 25 de maio, o Santos confirmou a ruptura no Tendão de Aquiles no tornozelo esquerdo do goleiro João Paulo, nascido em Dourados, que precisou passar por cirurgia dias depois. A lesão aconteceu na partida contra o América (MG), válida pela 7ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro.

Mesmo com a recuperação avançada desde outubro, o goleiro não atuou mais em 2024, ou seja, não participou do resto da campanha campeã do clube paulista na segunda divisão nacional. Diante disso, o goleiro deve voltar a ser titular do Santos em janeiro de 2025, para a disputa do Campeonato Paulista.

Éderson: de MS para o mundo

Ainda em maio, Mato Grosso do Sul voltou a ter um representante na seleção brasileira. No dia 20, o volante Éderson, natural de Campo Grande e de origem terena, foi convocado pelo técnico Dorival Júnior para compor o elenco que viria a disputar a Copa América nos Estados Unidos, realizada em junho.

Nas imagens da esquerda para direita: Marcênio; Operário; Éderson; Superliga; Cezário; e RufinoÉderson e sua mãe, de origem terena, com a taça da Europa League - Foto: Instagram/Éderson

Após a competição continental, Éderson não voltou a ser chamado para representar o país, mas ainda continua tendo sucesso internacional. Hoje na Atalanta, da Itália, foi campeão da Europa League, diante do Bayer Leverkusen, da Alemanha, e, até o momento da publicação desta reportagem, é líder no Campeonato Italiano, com 40 pontos conquistados, sendo o campo-grandense um dos melhores meio-campistas da competição.

Sul-mato-grossense "fecha o gol" nos EUA

Nascido em Porto Murtinho e naturalizado paraguaio, o goleiro Carlos Coronel está entre os destaques da última temporada norte-americana, que acabou no início de dezembro.

Defendendo as cores do New York Red Bulls, o goleiro fez ótimas atuações na fase de playoffs (mata-mata) da MLS Cup, das quais garantiu a sua equipe na final do torneio, depois de 16 anos. 

Na decisão, o NY Red Bulls perdeu para o LA Galaxy por 2x1, em Los Angeles (EUA). Mesmo assim, as atuações deste ano fizeram com que o paraguaio-brasileiro virasse ídolo dos torcedores do time nova-iorquino.

Marcênio: o dono do futsal em 2024

Nas imagens da esquerda para direita: Marcênio; Operário; Éderson; Superliga; Cezário; e RufinoMarcênio com a taça da Liga Nacional de Futsal de 2024 - Foto: Instagram/Marcênio

Nascido em Campo Grande, Marcênio chegou ao Jaraguá Futsal (SC) no primeiro trimestre, após longos anos na Europa. Aos 36 anos, o jogador não imaginava o quão mágico seria esse ano para ele. Em fevereiro, o sul-mato-grossense fez parte do elenco campeão da Copa América, que bateu a Argentina por 2x0 e conquistou seu 11º título da competição na história.

Oito meses depois, mesmo com lesões, o jogador foi convocado para a Copa do Mundo, realizada no Uzbequistão. Após ficar de fora dos três jogos da fase de grupos, das oitavas e das quartas, Marcênio retornou na semifinal, diante da Ucrânia, e foi importante para colocar o Brasil na final depois de 12 anos.

Na decisão, o Brasil teve novamente a Argentina pelo caminho, e terminou a competição com mais uma vitória, por 2x1, com direito a assistência do campo-grandense, conquistando assim o único título que faltava na galeria do atleta.

Ainda, no último mês do ano, Marcênio "embolsou" dois títulos pelo Jaraguá: Liga Nacional de Futsal (LNF) e Campeonato Catarinense

Após a conquista do hexacampeonato mundial pela seleção, Marcênio concedeu entrevista exclusiva ao Correio do Estado. Para conferir o "papo" completo com o atleta, clique aqui.

Crise na FFMS & Cezário

Em maio, o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) deflagrou a Operação Cartão Vermelho, do qual aponta desvios de dinheiro na na Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul (FFMS) de setembro de 2018 a fevereiro de 2023, que superam os R$ 6 milhões.

Um dos alvos principais da ação era o "chefão" do futebol sul-mato-grossense Francisco Cezário, de 77 anos. Entre idas e vindas na cadeia, ele segue afastado do comando da FFMS.

Estevão Petrallás assumiu o cargo como presidente interino da instituição, que deve ter eleição após o estadual de 2025. 

Baby em Paris-2024: Decepção com final feliz

Um dos atletas com maior expectativa de medalha por parte dos sul-mato-grossenses, o judoca Rafael Silva, conhecido como Baby, perdeu na estreia dos Jogos Olímpicos de Paris, realizados nos meses de julho e agosto .

O aquidauanense disputou a categoria +100 kg, e perdeu para Ushangi Kokauri, do Azerbaijão, com apenas três minutos de luta. Mesmo ficando de fora do individual, o judoca ainda "medalhou" na Equipe Mista, que conquistou o bronze em um duelo emocionante contra a equipe italiana.

Com três medalhas, todas de bronze, em quatro participações nos Jogos, Baby encerrou sua carreira olímpica em Paris-2024, aos 39 anos. 

MS nas Paralímpiadas

Disputando esta edição em Paris, na França, Mato Grosso do Sul foi destaque nos Jogos Paralímpicos e ajudou o Brasil a conquistar um lugar entre os cinco países que mais conquistaram medalhas no evento esportivo. Com uma de ouro e outra de bronze, Yeltsin Jacques foi o sul-mato-grossense mais vitorioso nos Jogos.

Além dele, o douradense Paulo Henrique dos Reis conquistou o bronze no salto em distância, a judoca Érika Cheres Zoaga, nascida em Guia Lopes da Laguna e criada em Campo Grande, foi prata na categoria de +70kg no judo da classe J1 (cegos totais), e Fernando Rufino, o "Cowboy de Aço", conquistou a medalha de ouro na paracanoagem, na prova de 200 metros da classe VL2 (canoa, em que se usa tronco e braços na remada).

Além de medalhista, Rufino ainda foi o porta-bandeira da delegação brasileira na cerimônia de encerramento das Paralimpíadas de Paris-2024, ao lado da nadadora Carol Santiago, fechando os Jogos com chave de ouro para o Mato Grosso do Sul.

Matheus Martins no "É tempo de Botafogo!"

A partir de agosto, o Botafogo contou com um representante sul-mato-grossense no seu elenco estrelado. Pela bagatela de 10 milhões (R$ 60 milhões na cotação da época), o campo-grandense assinou com a Estrela Solitária por quatro anos e meio. 

Em pouco tempo no clube, Matheus se firmou como um "12° jogador" do treinador português Artur Jorge e, mesmo com poucos gols e assistências, o atacante "caiu nas graças" da torcida por ter "criado" a expressão que viria a ser utilizada neste ano dourado para os botafoguenses: "É tempo de Botafogo!".

Neste mês de dezembro, o clube carioca foi campeão da Copa Libertadores da América, pela primeira vez na sua história, e campeão brasileiro após 29 anos de hiato na competição nacional. 

Série B do estadual

Neste último trimestre do ano, foi realizada a disputa da segunda divisão do sul-mato-grossense. Após três anos sem título, o Naviraiense foi campeão e assegurou o retorno à elite do futebol estadual depois de dois anos fora. Além do "Jacaré do Conesul", o Águia Negra também conquistou o acesso à Série A, ficando em segundo lugar na colocação geral.

SAF veio para ficar

Com casos recentes no cenário nacional, a Sociedade Anônima do Futebol (SAF) tem feito sucesso também em Mato Grosso do Sul. Em novembro, a Associação Atlética Portuguesa tornou-se o primeiro clube-empresa de MS e passou a se chamar FC Pantanal SAF.

Além da antiga Portuguesa, o Corumbaense também deve seguir os rumos do clube-empresa em um futuro próximo. Segundo o diretor de futebol da equipe, Renê Rodrigues, o estadual de 2025 pode ser o último do time ainda nos moldes tradicionais, ou seja, há planos e reuniões já feitas para se tornar SAF.

Em julho, o governador Eduardo Riedel instituiu Julio Brant, ex-conselheiro de futebol do Vasco da Gama (RJ), para dar uma "nova cara" ao futebol sul-mato-grossense. Ainda, Estevão Petrallás, presidente interino da FFMS, afirmou que os cinco primeiros clubes que se tornarem SAF no estado terão isenção de taxa frente à federação, como forma de incentivar a criação de mais clube-empresas em MS.

Superliga em Campo Grande

Nas imagens da esquerda para direita: Marcênio; Operário; Éderson; Superliga; Cezário; e RufinoLevantador do Vôlei Renata, Bruninho fez boa partida em Campo Grande - Foto: Judson Marinho

Em dezembro, a Capital voltou a receber um jogo de alto nível do vôlei nacional, desta vez entre Vôlei Renata (SP) e Vedacit Guarulhos (SP). A partida contou presenças ilustres de campeões olímpicos, como o levantador Bruninho e o ponta Maurício Borges, além do central sul-mato-grossense Judson Nunes, de 26 anos. 

Ao todo, cinco mil pessoas estiveram no Ginásio Guanandizão para assistir a um show do Vôlei Renata, que venceu por 3 sets a 0 com parciais de 25/23, 25/16 e 25/20. Para completar um dia inesquecível, Judson foi eleito o craque do jogo e "caiu nas graças" do torcedor, que fez festa na arena.

Mortes importantes para o esporte de MS

Em agosto, o ex-jogador do Comercial conhecido como 'Pelezinho', faleceu aos 74 anos, em um acidente de trânsito, após perder o controle do veículo, em Campo Grande. Há indícios que o ex-jogador do Comercial tenha sofrido um mal súbito enquanto dirigia.

Em meados de dezembro, o ex-jogador Valmir da Costa Clores, que ficou conhecido como Tachinha, morreu em decorrência de um quadro de pneumonia, em Campo Grande. O ex-atleta atuou nos juvenis do Flamengo ao lado de grandes nomes que brilharam no país e fez história no futebol sul-mato-grossense.

O Correio do Estado fez uma retrospectiva das personalidades regionais e nacionais que faleceram em 2024. Para conferir, clique aqui.

*Colaborou Alanis Netto

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