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CIDADE MORENA

Campo Grande segue com 'encarecimentos' nos contratos da iluminação pública

Com lei que proíbe reajustes, Executivo publica reajustes com empresa do sistema de lâmpadas e implantação de luminárias de LED

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Pelo Diário Oficial de Campo Grande o Executivo trouxe à público, na edição desta quarta-feira (19), aditivos em contratos firmados com uma antiga da administração local, responsável por administrar o sistema de iluminação pública e executar implantação de luminárias de LED em pontos da Cidade Morena.

Recentemente o Executivo passou a sinalizar certa crise, já que logo nos sete primeiros dias de março decretou um corte radical de gastos e nomeações, que determinaria revisão de gastos, sendo que as assinaturas desses três novos termos aditivos aparecem com data retroativa ao decreto (24 de fevereiro).

"Novos" porque, quase uma semana depois de ter publicado decreto determinando a redução de 25%, a prefeitura já anunciou a primeira leva de reajustes que beiram a ordem de 25% estabelecido como limite legal, conforme acompanhado pelo Correio do Estado. 

De forma semelhante da primeira leva, todos os três reajustes divulgados mais recentes foram atualizados em 24,9%, que somados representam cerca de 2,7 milhões de reais em acréscimos aos contratos firmados com a Empresa Construtora B&C Ltda.

Dados da Secretaria de Finanças (Sefin) mostram que, em 2024, a tarifa de iluminação pública aumentou em 28,2% na comparação com o ano anterior. Em 2023, os moradores de Campo Grande pagaram R$ 153,46 milhões à prefeitura de Campo Grande por meio da conta de energia elétrica, ante R$ 196,86 milhões pagos no ano passado. 

Esse faturamento maior da prefeitura é fruto do aumento no consumo de energia, que por sua vez foi motivado pelo forte calor que marcou a maior parte dos meses de 2024. 

Questionada recentemente, sobre os aditivos divulgados há cerca de uma semana e que também eram referentes à iluminação pública, a administração de Campo Grande divulgou a seguinte nota: 

"A Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep) informa que as publicações são referentes a aditivos a contratos em andamento, diante da necessidade de adequação dos valores previstos à demanda que vem aumentando por conta do crescimento da cidade e ampliação da necessidade de atendimento às solicitações recebidas da comunidade seja com relação à implantação da iluminação pública ou de manutenção"

Entenda

Os aditivos publicados nesta quarta-feira (19), no Diogrande, afetaram os contratos: 

  • Lote VII Iluminação Pública Segredo - R$ 459.511,68 em reajustes 
  • Lote IV Iluminação Pública Imbirussu - R$ 544.665,81 em reajustes 
  • Lote II Lâmpadas de LED em avenidas -  R$ 1.772.233,30 em reajustes

Conforme a respectiva ordem acima, os contratos foram firmados com os seguintes valores iniciais: R$ 1.721.470,91 (Lote VII); R$ 2.182.864,96 (Lote IV) e R$ 7.106.460,66 (Lote II). 

"Velhas conhecidas" da administração de Campo Grande, em 2023 as duas empresas (J.L.C Ltda. e Construtora B&C) já eram as responsáveis pelas manutenções do sistema de iluminação pública da Capital, o qual passaram controlando por cerca de cinco anos.  

Responsáveis pelos trabalhos desde 2018, se considerados "apenas" os sete aditivos totais conquistados por ambas as empresas, pelas mãos da J.L.C teriam passado pelo menos 20,2 milhões durante cinco anos, enquanto que pela B&C circularam valores empenhados que giram na casa de R$ 36 milhões. 

Ambas foram até o limite possível de aditivos aos contratos, sete no total, com a Prefeitura assumindo a necessidade de nova licitação à época mas recorrendo às prorrogações de forma "excepcional", apontou o Executivo à época. 

Já em outubro de 2023, a Prefeitura de Campo Grande apontava para uma cobertura de 85% de lâmpadas de LED no sistema de iluminação pública local. 

No ano passado, no intervalo de aproximadamente dois meses a prefeitura anunciou R$ 40,2 milhões em contratos de iluminação pública, com a B&C "abocanhando" logo as três primeiras levas de ruas e parques que receberiam a iluminação de led solar, ao custo de R$ 19,3 mi do montante citado. 

Por essa licitação vencida, a empresa teria 30 dias consecutivos para implantação de led solar dos seguintes lotes: 

  1. R$ 5.410.484,82 para as avenidas: José Barbosa Rodrigues e Amaro Castro Lima;
  2. R$ 7.106.460,66 para as avenidas: Prefeito Lúdio Coelho, Nasri Siufi e Duque de Caxias; 
  3. R$ 6.791.183,10 para os parques: Ayrton Senna; Jacques da Luz; Ecológico do Sóter e Poliesportivo da Vila Nasser, pelo valor de 

 

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PARALISAÇÃO DOS ÔNIBUS

Audiência termina sem conciliação e greve dos ônibus continua em Campo Grande

Motoristas ficaram indignados com a decisão judicial, a qual determina que 70% da frota volte a funcionar em horários de pico.

16/12/2025 19h22

Muitos motoristas do Consórcio Guaicurus compareceram à audiência no Tribunal Regional do Trabalho

Muitos motoristas do Consórcio Guaicurus compareceram à audiência no Tribunal Regional do Trabalho Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Motoristas do transporte coletivo urbano de Campo Grande lotaram o plenário do Tribunal Regional do Trabalho da 24ª Região, na tarde desta terça-feira (16), para acompanhar a audiência que debateu sobre a greve que paralisou os ônibus desde segunda-feira (14).

A audiência terminou sem conciliação e possibilidades entre o Consórcio Guaicurus, Município de Campo Grande e os profissionais da categoria. No entanto, o desembargador César Palumbo Fernandes determinou que 70% da frota voltasse a funcionar nos horários de pico.

"Não pode existir greve de 100% dos serviços essenciais. A determinação judicial deve ser cumprida. Amanhã, no primeiro período, a categoria vai estar trabalhando. Amanhã, pela manhã, o sindicato vai garantir que haja no período compreendido entre 6h e 8h30, 70% da frota funcionando. De 8h30 a 17h, 50% da frota atendendo a população. Entre as 17h e as 20h, 70% da frota. E após, 50% da frota no horário normal.", disse o desembargador.

Além disso, a multa, caso os ônibus não voltem a circular na manhã de quarta-feira (17), imposta ao Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo Urbano de Campo Grande, aumentou de R$ 100 mil para R$ 200 mil por dia de descumprimento da decisão.

Apenas metade da folha salarial de novembro foi paga, sendo que a outra parte não tem previsão de pagamento. Ao todo, a dívida em aberto chega a R$ 1,3 milhão líquidos a serem repassados aos trabalhadores.

Diante da decisão do desembargador, os profissionais da categoria se indignaram, levantaram e saíram da audiência. Demétrio Freitas, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo e Urbano de Campo Grande (STCU-CG), disse que a greve está mantida por decisão dos próprios motoristas.

"A gente tá muito chateado com a Justiça do Trabalho por entender que quem paga a conta é sempre o trabalhador. No nosso entendimento, 70% ele simplesmente acabou com a greve. Infelizmente, vai continuar parado. Não é o que a gente quer, a população tá sofrendo muito, vai para três dias sem ônibus em Campo Grande, mas o trabalhador também precisa receber, todo mundo que trabalha precisa receber seus vencimentos", concluiu Demétrio Freitas.

O que disse o Município?

Na audiência, representando a Prefeitura de Campo Grande, a procuradora-geral do Município Cecília Saad afirmou que os repasses foram feitos pelo Executivo e, devidamente, depositados na conta do Consórcio Guaicurus.  De acordo com a representante, o valor destinado, na última sexta-feira (12), foi de R$  3.074.148,73.

Ela também relatou que, em junho/julho de 2024, foi publicado no Diário Oficial do Estado, que o governo se comprometeu em repassar quatro parcelas em torno de R$ 3 milhões, sendo duas no ano de 2025, e a terceira e a quarta em janeiro e fevereiro de 2026, respectivamente.

Diante destas afirmações, ela solicitou ao juiz o prazo de 24 horas para juntar a documentação e comprovar o pagamento ao Consórcio, o qual foi aceito pela autoridade.

Consórcio afirma que não tem dinheiro

Temis de Oliveira, presidente do Consórcio Guaicurus, confirmou o recebimento por parte da Prefeitura, mas alega que há outras pendências a serem pagas além da folha salarial, como os gastos com manutenção, diesel, mecânico, etc.  

"Hoje, o consórcio não tem caixa para pagar a parcela de 50% de novembro. Desses R$ 3 milhões (recebidos), haviam recursos que eram devidos de meses passados e a gente tinha outros compromissos".

"Sem aporte de alguma dessas verbas (cerca de R$ 4 milhões a serem recebidas pelo Consórcio), não temos mais saúde financeira, crédito nos bancos para poder buscar e resolver esses acordes", disse o prsidente Temis de Oliveira. Ele complementa: "Nós vamos procurar conversar com a Prefeitura para receber o que nós temos a receber ainda e negociar, negociar o tempo inteiro".

O presidente do Consórcio Guaicurus lembra que há o cumprimento do quarto termo aditivo do contrato, que precisa ser apurado mensalmente e um valor a ser recebido, algo que não ocorre desde 2022.

"Tem uma obrigação da AGEREG para, ao final de cada mês, fazer a apuração da diferença da tarifa pública para a tarifa técnica ou tarifa de remuneração e a prefeitura buscar os meios para pagar. Isso não tem sido pago desde 2022. Nós buscamos o recebimento dessas verbas também".

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ALERTA

OMS emite alerta sobre falsificação de medicamento usado no tratamento do câncer de mama

De acordo com a OMS, os medicamentos falsificados foram identificados em países da África, do Mediterrâneo Oriental e da Europa

16/12/2025 19h00

O remédio, apresentado em cápsulas, é utilizado no tratamento do câncer de mama em estágio avançado

O remédio, apresentado em cápsulas, é utilizado no tratamento do câncer de mama em estágio avançado Divulgação

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um alerta sobre a circulação de versões falsificadas do medicamento palbociclibe, comercializado sob o nome Ibrance.

O remédio, apresentado em cápsulas, é utilizado no tratamento do câncer de mama em estágio avançado.

De acordo com a OMS, os medicamentos falsificados foram identificados em países da África, do Mediterrâneo Oriental e da Europa.

Ao todo, nove lotes do produto foram relatados à organização em novembro deste ano, com registros na Costa do Marfim, Egito, Líbano, Líbia e Turquia.

Segundo o comunicado, os produtos falsificados foram oferecidos aos consumidores por meio de plataformas online e também encontrados em farmácias dessas regiões.

Fabricado pela Pfizer, o Ibrance tem alto custo. No Brasil, conforme dados da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), a menor dosagem do medicamento pode chegar a R$ 10.182.

Lotes falsificados

Os lotes confirmados como falsificados são: FS5173, GS4328, LV1850 e TS2190.

Já os lotes considerados suspeitos, ou seja, possivelmente falsificados, são: GK2981, GR6491, GT5817, HJ8710 e HJ8715.

A OMS classifica esses medicamentos como falsificados por apresentarem, de forma enganosa, informações sobre identidade, composição e origem.

Testes realizados pela Pfizer indicaram que as amostras analisadas não continham nenhum princípio ativo farmacêutico.

Além disso, foram identificadas discrepâncias nas embalagens. Alguns produtos falsificados chegaram a utilizar números de lote legítimos, mas apresentavam anomalias na embalagem, na serialização e na impressão das cápsulas.

Riscos e recomendações

De acordo com a OMS, o uso de medicamentos falsificados, como no caso do Ibrance, pode resultar em falha no tratamento, progressão descontrolada do câncer e aumento do risco de morte devido à ausência de efeito terapêutico.

A organização orienta que profissionais de saúde comuniquem quaisquer reações adversas inesperadas, ausência de resposta ao tratamento ou defeitos de qualidade às autoridades regulatórias nacionais ou aos sistemas locais de farmacovigilância. Em caso de identificação de lotes suspeitos ou falsificados, a recomendação é notificar a OMS.
 

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