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Organização aponta que fenômeno La Niña pode reduzir temperaturas

Mato Grosso do Sul, que vem sofrendo com a onda de calor há meses, pode ter temperaturas amenas, apesar de o fenômeno climático apontar chuvas irregulares no Centro-Oeste brasileiro.

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Nesta quarta-feira (11), a Organização Meteorológica Mundial (OMM) afirmou que há probabilidade de o fenômeno La Niña ganhar força neste ano. Segundo estudos meteorológicos, existe uma chance de 60% de que o La Niña possa se iniciar entre outubro de 2024 e fevereiro de 2025.

Segundo os estudos, pode ocorrer uma redução na probabilidade de ocorrência do fenômeno. Em junho, essa mesma probabilidade era de 70% para que o La Niña se iniciasse entre agosto e novembro, segundo a OMM. 

O fenômeno La Niña refere-se ao resfriamento em grande escala das temperaturas da superfície do oceano Pacífico equatorial central e oriental, acompanhado por alterações nos ventos, pressão atmosférica e padrões de precipitação.

Os efeitos do La Niña no planeta Terra variam conforme a intensidade e a duração com que se desenvolve, além de sua interação com outros fatores climáticos. 

Resumindo, o La Ninã provoca impactos climáticos ao El Niño, especialmente em regiões tropicais. 

Os efeitos de cada evento de La Niña variam conforme sua intensidade, duração, época do ano em que se desenvolve e a interação com outros fatores climáticos. De modo geral, provoca impactos climáticos opostos aos do El Niño, especialmente nas regiões tropicais.

O fenômeno ocorre quando  há o resfriamento da faixa Equatorial Central e Centro-Leste do Oceano Pacífico. Ele é estabelecido quando há uma diminuição igual ou maior a 0,5°C nas águas do oceano. O fenômeno acontece a cada 3 ou 5 anos.

Mas a ONU (Organização das Nações Unidas), o aquecimento do planeta permanece em longo prazo. 


 Para o Brasil, os efeitos clássicos do La Niña são:

  • Aumento de chuvas no Norte e no Nordeste;
  • Tempo seco no Centro-Sul, com chuvas mais irregulares;
  • Tendência de tempo mais seco no Sul;
  • Condição mais favorável para a entrada de massas de ar frio no Brasil, gerando maior variação térmica.

Ainda segundo a OMM, atualmente, as condições do fenômeno estão "neutras".

O fenômeno La Niña ocorreu em 2016, 2010, 2007, 1998 e 1995, sendo que o episódio mais recente durou de julho de 2020 a fevereiro de 2023.

No Brasil, o La Niña está associado a períodos com chuvas acima da média nas regiões Norte e Nordeste, e chuvas abaixo da média nas regiões Centro-Oeste e Sul. Além disso, costuma trazer anos mais frios.

De acordo com a nota técnica do Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Desastres Naturais), cada ocorrência do fenômeno é única


El Niño x La Niña

Nos últimos meses, o fator climático permanece neutro, sem a presença de El Niño ou La Niña. No entanto, mesmo em cenários atmosféricos mais neutros, foram observadas condições climáticas extremas em todo o planeta, como chuvas acima da média e ondas de calor extremo.

Segundo a OMM, desde junho de 2023, houve uma sequência prolongada de temperaturas excepcionais na superfície terrestre e oceânica. Embora o La Niña possa trazer um resfriamento de curto prazo, isso não alteraria a trajetória de longo prazo do aquecimento global.

Nos últimos anos, os períodos mais quentes já registrados na história do país ocorreram, mesmo com a influência de um fenômeno de La Niña prolongado, que durou de 2020 até o início de 2023. Esse fenômeno atingiu seu ápice entre novembro de 2022 e janeiro de 2023, sendo um dos cinco mais fortes já registrados, antes de se dissipar, embora alguns efeitos tenham persistido.

 

Anomalias da temperatura da superfície do mar em 9 de setembro.Escreva a legenda aqui

 

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COP15

MS vai sediar evento climático da ONU em 2026

Conferência irá unir agentes globais para debater sobre a conservação de espécies migratórias de animais silvestres

11/12/2024 18h15

Encontro do governador com integrantes da Convenção sobre Espécies Migratórias

Encontro do governador com integrantes da Convenção sobre Espécies Migratórias Saul Schramm / Divulgação

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Em uma movimentação que promete colocar Mato Grosso do Sul no centro das discussões globais sobre biodiversidade, o estado foi indicado para sediar a 15ª Conferência das Partes da Convenção sobre Conservação de Espécies Migratórias de Animais Silvestres (COP15) da ONU.

Nesta quarta-feira (11), o governador Eduardo Riedel recebeu uma comitiva de peso em Campo Grande. O grupo, composto por integrantes da Convenção sobre Espécies Migratórias das Nações Unidas e técnicos do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, reuniu-se com o governador para discutir a possibilidade de o estado sediar o evento de magnitude global.

A escolha de Mato Grosso do Sul como possível sede para a COP15 não é por acaso. O estado abriga o Pantanal, um dos maiores e mais importantes biomas do mundo, reconhecido pela UNESCO como Patrimônio Natural da Humanidade. 

O ecossistema único é lar de uma biodiversidade impressionante e desempenha um papel crucial na conservação de inúmeras espécies migratórias.

O Pantanal, com sua vasta planície alagável, serve como um ponto de parada vital para aves migratórias e abriga uma variedade de espécies endêmicas.

Seleção

A secretária executiva da CMS COP, Amy Fraenkel, juntamente com outros membros da comitiva, está realizando visitas técnicas a várias estruturas e equipamentos do Governo do Estado que poderiam ser utilizados para a organização do evento. 

Essas visitas são cruciais para avaliar a capacidade logística e operacional de Campo Grande em sediar um evento desta magnitude.

A decisão final sobre a sede da COP15 será anunciada em janeiro de 2025. Se confirmada, a conferência está prevista para acontecer em março de 2026, dando a Mato Grosso do Sul pouco mais de um ano para finalizar todos os preparativos necessários.

Impacto

A realização da COP15 em Mato Grosso do Sul seria uma oportunidade para o estado mostrar ao mundo seu compromisso com o desenvolvimento sustentável e seu objetivo de se tornar um estado carbono neutro.

Para o governador Riedel, o evento colocaria Mato Grosso do Sul no centro das discussões globais sobre conservação da biodiversidade e mudanças climáticas.

Além disso, a conferência poderia trazer benefícios econômicos significativos, impulsionando o turismo e o setor de serviços na região.

A Convenção sobre Espécies Migratórias, da qual o Brasil é signatário, visa conservar espécies que migram por vias terrestres, marinhas e aéreas, transcendendo fronteiras nacionais.

A realização da COP15 no Brasil reforçaria o compromisso do país com estes objetivos e poderia catalisar ações mais efetivas de conservação em toda a América do Sul.

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Campo Grande

Entenda o que muda com aprovação da reforma administrativa em Campo Grande

Proposta impacta diretamente nas atribuições das secretarias municipais

11/12/2024 17h28

Projeto foi votado em sessão extraordinária nesta quarta-feira (11)

Projeto foi votado em sessão extraordinária nesta quarta-feira (11) - Paulo Ribas/Correio do Estado

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O Projeto de Lei nº 41 do Executivo Municipal, que propõe uma reforma administrativa na Prefeitura de Campo Grande, foi votado em sessão extraordiária na manhã desta quarta-feira (11). Mesmo sob protestos de manifestantes contrários à proposta, a reforma foi aprovada por 25 votos de vereadores favoráveis e apenas dois contrários. Contudo, você sabe quais mudanças o Projeto de Lei acarretará na prática?

A reforma impactará nas atribuições das secretarias municipais, que sofrerão extinções, readequações e novas criações. 

Segundo a proposta, a Secretaria Municipal de Governo e Relações Institucionais ficará responsável pela Fundação Municipal de Esportes e a Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran).

A Secretaria Especial da Casa Civil ficará a cargo da Agência Municipal de Meio Ambiente e Planejamento Urbano, Agência Municipal de Habitação e Assuntos Fundiários, além da Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos.

Além disso, a mudança acarretará na criação das três secretarias executivas (Cultura, Juventude e Mulheres), e no fim da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana (Semadur). Esta, deverá ser anexada à Secretaria Municipal de Inovação, Desenvolvimento Econômico e Agronegócio.

Outro ponto relevante é a separação da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Sectur). A Cultura, que antes seria anexada à Secretaria Municipal de Educação, será incorporada à Secretaria Municipal de Governo.

Já Turismo ficará dentro de nova pasta a ser criada: a Secretaria do Desenvolvimento Econômico, Turismo, Meio Ambiente e Fiscalização Urbana.

Confira todas as atualizações da reforma:

Se mantém

  • Secretaria de Governo e Relações Institucionais;
  • Secretaria Especial de Segurança e Defesa Social;
  • Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos;
  • Secretaria de Educação;
  • Secretaria de Saúde;
  • Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos.

Será criada uma nova secretaria

  • Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Turismo, Meio Ambiente e Fiscalização Urbana;
  • Secretaria Especial da Casa Civil;
  • Secretaria Especial de Planejamento e Parcerias Estratégicas;
  • Secretaria Especial Licitações e Contratos;
  • Secretaria Especial de Articulação Regional;

Já existentes, porém sofrerão mudanças

  • Secretaria de Fazenda (anteriormente era a Secretaria de Finanças e Planejamento)
  • Secretaria de Administração e Inovação (anteriormente era Secretaria de Gestão);
  • Secretaria de Assistência Social, Mulher e Cidadania (anteriormente era Secretaria de Assistência Social);

Serão extintas

  • Secretaria Municipal de Cultura e Turismo;
  • Secretaria Municipal da Juventude;
  • Secretaria de Inovação, Desenvolvimento e Agronegócio;

Projeto foi votado em sessão extraordinária nesta quarta-feira (11)Protestos marcaram o primeiro dia de votação da reforma administrativa em Campo Grande - Paulo Ribas/Correio do Estado

Em meio a protestos, Câmara aprova reforma administrativa por 25 a 2

Nem os protestos que resultaram no cancelamento da sessão da última terça-feira (10) conseguiram evitar a aprovação Projeto de Lei nº 41, de 4 de dezembro de 2024, do Executivo, que propõe uma reforma administrativa na Prefeitura de Campo Grande.

A proposta foi votada durante sessão extraordinária realizada na manhã desta quarta-feira (11), e teve 25 vereadores favoráveis e dois contrários. Apenas Luiza Ribeiro (PT) e Prof. André Luis (PRD) votaram "não".

Antes da votação da reforma administrativa, foram votadas emendas. Quatro delas eram a favor da manutenção das secretarias de Juventude, Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano, Cultura e Turismo, e da subsecretaria de Políticas para a Mulher.

Elas foram apresentadas pela vereadora Luiza Ribeiro, e tinham como objetivo atender às reivindicações que preencheram a Câmara Municipal na manhã de ontem, quando a sessão precisou ser suspensa por falta de energia elétrica na Casa de Leis. No entanto, as matérias em questão não foram aprovadas.

Posteriormente, foram aprovadas com unanimidade emendas que determinam que qualquer modificação no orçamento do próximo ano, que estavam destinadas às secretarias que estão sendo dissolvidas, sejam feitas a partir de lei municipal, e não decreto, como previa o projeto.

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