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Bullying é crime!

Por Carolline Leal Ribas, professora da Estácio, escritora e pesquisadora das conquistas de direitos sociais no Brasil

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Recentemente foi promulgada a Lei nº 14.811/2024, que institui medidas de proteção à criança e ao adolescente contra a violência em estabelecimentos educacionais ou similares. Entre as alterações promovidas, incluem-se os crimes de bullying e cyberbullying no Código Penal, além de transformar crimes previstos no Estatuto da Criança e Adolescente (ECA) em hediondos, como o sequestro e a indução ao automutilamento.

Sabe-se que o bullying é caracterizado por comportamentos repetidos de agressão física, verbal ou psicológica, perpetrados por um ou mais indivíduos contra uma pessoa que tem dificuldade de se defender. Há diferentes formas de bullying, como o bullying direto (físico e verbal) e o bullying indireto (social e psicológico), além de novas manifestações que surgiram com o avanço da tecnologia, como o cyberbullying.

Frequentemente, as vítimas de bullying enfrentam uma ampla gama de sentimentos intensos e perturbadores, pois a experiência de ser alvo de intimidação repetida pode ter um impacto profundo em seu bem-estar emocional e psicológico. Na maioria das vezes, as vítimas vivenciam o medo constante de ser alvo de novos ataques, o que pode levar a uma sensação de ansiedade generalizada em relação à escola ou ao ambiente no qual ocorre o bullying, além de profunda tristeza e desesperança, especialmente quando se sentem isoladas e sem apoio.

E mais, a constante exposição a mensagens negativas e aos comportamentos agressivos pode contribuir para o desenvolvimento de sintomas depressivos, minando a autoestima e a autoconfiança das vítimas, o que leva a uma visão negativa de si mesmas e de seu valor pessoal.

Nesse contexto, prevenir o bullying requer uma abordagem abrangente que envolva toda a comunidade, incluindo escolas, famílias e instituições sociais. É fundamental estabelecer valores e normas que promovam o respeito mútuo, a empatia e a inclusão.

Finalmente, a lei federal veio a criminalizar formas de intimidação sistemática, prevendo como crime a intimidação, mediante violência física ou psicológica, de uma ou mais pessoas, de modo intencional e repetitivo, sem motivação evidente, por meio de atos de intimidação, de humilhação ou de discriminação ou de ações verbais, morais, sexuais, sociais, psicológicas, físicas, materiais ou virtuais.

Ademais, se a conduta for realizada por meio da rede de computadores, rede social, aplicativos, jogos on-line ou por qualquer outro meio ou ambiente digital, ou transmitida em tempo real, o agressor poderá estar sujeito a uma pena de reclusão de 2 anos a 4 anos e multa, se a conduta não constituir crime mais grave.

Embora a lei represente um progresso social e normativo, ainda são necessários programas educacionais, campanhas de conscientização e modelagem de comportamentos positivos em todos os campos sociais.

ARTIGOS

"Digo mais: o judiciário brasileiro precisa ser todo reformado"

José Nelto (PP-GO), ao defender PEC da revisão de decisões do STF

25/08/2024 07h00

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Jato da FAB virou refúgio de luxo para o ‘politburo’

Se carrão oficial com motorista ou imóvel de luxo “funcional” estavam entre as maiores regalias dos políticos, hoje a mordomia de jatinhos da FAB é um dos maiores sinais exteriores de poder de suas excelências do politburo, que morrem de medo de encarar cidadãos em voos de carreira. Projetam-se até o fim do ano cerca de 2 mil voos pelas asas da FAB, e na faixa. Até o último dia 15 de agosto, já totalizavam 1.068 voos, número que deve aumentar muito com o início da campanha eleitoral.

Estatal oficiosa

Para administrar essa grande “companhia aérea” à qual quem paga a conta não viaja, existe o Grupo de Transporte Especial (GTE) da FAB.

A conta é nossa

Um orçamento milionário banca despesas de manutenção de aeronaves, abastecimento, diárias e alimentação das tripulações e pessoal de terra.

Sem controle

A lei só autoriza jatos da FAB para chefes de poder, ministros de Estado e comandantes militares, mas atualmente a esculhambação predomina.

Politburo Airlines

Viajam também nesses jatinhos da FAB os “convidados” da autoridade que requisitou o voo, incluindo ministros do STF e familiares em geral. 

Redução de candidatos é a maior deste século

O total de candidatos a prefeito e vereador em 2024 apresentou a maior queda dos últimos 24 anos. Em 2020, quase 558 mil brasileiros tentaram a sorte nas urnas, mas, este ano, são pouco mais de 464 mil (18,5% a menos). Além da reforma eleitoral de 2021, que limitou as candidaturas por partidos e federações, o cientista político João Cândido aponta a polarização e o desgaste da classe política e até mesmo a pandemia como alguns dos motivos do afastamento dos políticos em potencial.

Além da política

Além do acirramento, a covid provocou perdas que podem influenciar candidaturas a vereador, a mais comum porta de entrada na política.

Classe exclusiva

O cientista político Murilo Medeiros cita a cláusula de desempenho, que reduz o número de partidos, acesso ao fundo e ao tempo de rádio e TV.

Eficiência no gasto

O constitucionalista Ariel Uarian lembra: “estratégia que os partidos têm usado é ter menos candidatos para focar gastos do fundo de campanha”.

Com ‘D’ maiúsculo

“Os ministros do STF se colocam como sendo ‘a democracia’. Não são. Nenhuma Instituição é a democracia. Democracia é a vontade popular”, declarou à coluna Luiz Philippe de Orléans e Bragança (PL-SP).

GSI invicto

Ministro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência, Marcos Amaro não teve encontro privado com Lula em 2024. É o único que não despachou com o chefe este ano. Desde a posse, só uma reunião.

Multidão para atender

A maioria (26 de 40) dos ministros do governo Lula se encontrou com o chefe apenas entre uma e três vezes, em 2024. Rui Costa (Casa Civil) lidera reuniões na agenda de Lula; 14 desde o início do ano.

Brasília do bem

O governador Ibaneis Rocha comemorou estudo do IBGE que aponta o DF como a unidade da federação com a maior expectativa de vida da população do Brasil. “Fruto de um trabalho diário”, afirmou.

Me larga

Desde que o “supremo tribunal” da Venezuela oficializou a frade da “reeleição” de Maduro que diplomatas brasileiros percebem esforço do México para se descolar da posição do Brasil. Não querem virar pária.

Tragicomédia

“O almoço foi uma cena deplorável, deixa o cidadão de bem com ojeriza”, afirmou o senador Eduardo Girão (Novo-CE) sobre a reunião no STF sobre as emendas. “Poder de barganha do Lula é cada vez maior”, diz.

Investimentos fazem falta

Apagões no Norte e acionamento de termelétricas mostram que fazem falta os investimentos em geração de energia renovável, hidrelétrica, inibidas pela ação de ONGs espertas e ambientalóides ignorantes. 

Tiro de canhão

Marqueteiros e operadores contam os dias para o início da propaganda eleitoral “gratuita”. A expectativa é de mexida nas pesquisas a partir do dia 30, ao menos para aqueles com mais tempo no rádio e na TV,

Pergunta no divã

O que se faz contra bullying de ditador contra presidente?

PODER SEM PUDOR

Bom da cabeça

O governador do Ceará, Virgílio Távora, adorou ser aplaudido com entusiasmo ao chegar certa vez no Asilo de Pirangaba. A direção do hospício havia preparado uma bela festa para o governador, na esperança de que ele resolvesse suas eternas dificuldades financeiras. Em meio à festa, um assessor de Távora percebeu que apenas um doente não aplaudia seu chefe. Foi até o homem e perguntou por que ele não batia palmas. A resposta foi imediata: “Porque eu não sou doido, oras!”

Colunistas

Tokenização Imobiliária: inovação que revoluciona o mercado de negócios em Campo Grande

A tokenização imobiliária é uma solução inovadora que digitaliza imóveis físicos, convertendo-os em ativos digitais representados por tokens

25/08/2024 05h00

Dijan de Barros - colunista de empreendedorismo

Dijan de Barros - colunista de empreendedorismo

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Prestes a completar 125 anos, Campo Grande se destaca como um dos novos polos de inovação tecnológica no Brasil com a chegada da tokenização imobiliária. Esse avanço promete transformar o mercado de imóveis na capital sul-mato-grossense, posicionando a cidade no mapa da modernidade.

A Netspaces, plataforma pioneira na criação, transação e gestão de propriedades digitais, apresentou essa tecnologia disruptiva na última terça-feira (20), em um evento voltado para líderes do setor imobiliário do Mato Grosso do Sul.

Tive o privilégio de conversar com Andreas Blazoudakis, CEO da Netspaces, na Construtora Saraiva de Rezende esta semana.

Aproveitamos a oportunidade para gravar um episódio do Podcast com Negócios, que será disponibilizado em breve em nosso canal do Spotify. Durante nossa conversa, pude aprofundar meu entendimento sobre essa inovação que está transformando o mercado imobiliário de Campo Grande.

A tokenização imobiliária é uma solução inovadora que digitaliza imóveis físicos, convertendo-os em ativos digitais representados por tokens.

Esses tokens, armazenados em blockchain, podem ser comprados e vendidos, permitindo a negociação fracionada de propriedades.

A tecnologia facilita o ingresso de pequenos investidores no mercado imobiliário, que antes ficavam à margem devido às barreiras financeiras.

Após ser implementada em mais de 70 cidades do Brasil, a tokenização chega agora a Campo Grande, liderada pelos empresários Ana Lia Coletto de Barros e Fabricio Aranha.

Propriedade Digital e Tokenização Imobiliária

O processo de tokenização começa com uma permuta entre o proprietário do imóvel e uma empresa especializada, que passa a deter a propriedade legal do bem.

A empresa emite os tokens correspondentes, conferindo ao proprietário original a titularidade digital sobre o imóvel. Esses tokens podem ser negociados na plataforma da Netspaces, possibilitando a venda fracionada do bem no mercado secundário. Esse modelo democratiza o acesso ao mercado imobiliário, permitindo que investidores adquiram pequenas parcelas de imóveis, tornando o setor mais inclusivo.
 

Blockchain, Smart Contracts e Segurança

A tokenização utiliza a tecnologia blockchain, conhecida pela imutabilidade e transparência
de suas transações. Cada operação é registrada de forma permanente, eliminando a possibilidade de fraudes.

Os contratos inteligentes, ou smart contracts, são outro aspecto crucial, automatizando o cumprimento das condições acordadas entre as partes sem a necessidade de intermediários, reforçando a segurança e a eficiência das transações.

Registro e legalidade

Embora a regulamentação da tokenização imobiliária ainda esteja em processo de desenvolvimento no Brasil, algumas regiões, como o Rio Grande do Sul e o Rio de Janeiro, já estabeleceram diretrizes para a implementação dessa tecnologia.

A expectativa é que a legislação nacional avance para proporcionar um ambiente mais seguro e confiável para investidores. Esse movimento é essencial para garantir o crescimento sustentável da tokenização, assegurando que as transações digitais sejam reconhecidas legalmente.

Vantagens da Tokenização Imobiliária

A tokenização imobiliária apresenta uma série de vantagens em relação ao modelo tradicional.

Uma das principais é o acesso democrático ao mercado, permitindo que investidores comprem frações de imóveis, em vez de serem obrigados a adquirir uma propriedade inteira. Isso amplia as oportunidades de investimento, inclusive para pequenos investidores.

Outro benefício é a liquidez aprimorada. A possibilidade de negociar tokens no mercado secundário torna a venda de participações em imóveis muito mais ágil e simplificada em comparação com a venda de propriedades físicas, que pode ser um processo lento e burocrático.

A transparência e a segurança são outros pontos fortes da tokenização. Com os registros armazenados de forma imutável na blockchain, os riscos de fraude e conflitos de propriedade são drasticamente reduzidos. Além disso, os contratos inteligentes garantem a execução automática das condições previamente acordadas, trazendo segurança jurídica e eficiência para as operações.

Outro aspecto importante é a eliminação de barreiras geográficas. Investidores de qualquer parte do mundo podem adquirir tokens de imóveis localizados em diferentes regiões, superando as tradicionais dificuldades burocráticas que envolvem transações internacionais.

O impacto para Campo Grande

Na capital sul-mato-grossense, Ana Lia Coletto e Fabricio Aranha lideram a implementação dessa tecnologia inovadora. Eles ressaltam que a tokenização já está pronta para operar com o Drex, a futura moeda digital brasileira, o que coloca Campo Grande à frente na adaptação às novas formas de transações financeiras.

Com a chegada da tokenização imobiliária, Campo Grande se consolida como uma cidade moderna e receptiva às inovações tecnológicas, reforçando seu mercado imobiliário e atraindo novos investidores.

A capital não apenas acompanha a revolução digital, mas também contribui para moldar o futuro do setor imobiliário no Brasil.

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