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CLÁUDIO HUMBERTO

"Ele não tem culpa, está a quantos quilômetros daqui?"

Ministro aposentado do STF Marco Aurélio Mello isenta Bolsonaro de culpa sobre os atos de vandalismo no DF

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Celina prometeu a Ibaneis que nada irá mudar

A governadora em exercício do Distrito Federal, Celina Leão (PP), manteve demorada conversa com o titular do cargo, Ibaneis Rocha (MDB), tão logo se confirmou o seu afastamento por decisão monocrática do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

A conversa foi classificada como muito produtiva e Celina afirmou a Ibaneis que a sua decisão é nada mudar no governo do DF, principalmente na equipe empossada no dia 1º, nos diversos escalões da administração.

Segue a vida

Na conversa que teve com sua vice, o governador pediu para ela tocar o governo normalmente. Celina tem dito que é muito grata a Ibaneis.

Chance de ouro

Ela era candidata a deputada federal, mas, aconselhada por Arthur Lira (PP-AL), agarrou a chance oferecida por Ibaneis e mudou de patamar.

Manobra inspiradora

A candidatura de Celina foi uma resposta do grupo de Ibaneis a uma manobra de José Roberto Arruda (PL) para disputar o governo do DF.

A vez de Damares

Com a traição de Arruda, Ibaneis convidou Celina e retirou apoio a Flávia Arruda para o Senado, viabilizando a vitória de Damares Alves (Rep).

Senadora quer ao menos R$90 mil para torrar na CPI

Além de bancar o prejuízo milionário pelo vandalismo em Brasília, no domingo (8), o pagador de impostos terá pelo menos outros R$90 mil para bancar em decorrência da quebradeira promovida na Esplanada.

A senadora Soraya Thronicke (União-MS) pediu ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que autorize a gastança para “apurar” o caso, mesmo com mais de 1,2 mil já detidos pela polícia para depoimentos. Deve haver prorrogação e o custo será ainda maior.

Exemplo recente

A CPI da Covid pediu os mesmos R$90 mil para “apurar” a pandemia, por três meses. Foram seis meses e gastos totais milionários.

Rato à vista?

A CPI da senadora tem tudo para se arrastar. A começar pelo atraso na instalação, que deve ficar para depois de 1º de fevereiro.

Boleto

A fatura da quebradeira já está alta, levantamento preliminar calcula que o prejuízo já passou dos R$11 milhões só com mobília e obras de arte.

Coincidência

Leila Barros (PDT) foi a única senadora do DF que assinou o pedido de Soraya, desde o domingo (8). Ambas foram derrotadas, em outubro: Thronicke lançou candidatura à Presidência e Barros, ao governo.

MDB solidário a Ibaneis

Os maiores líderes do MDB, incluindo seu presidente, deputado Baleia Rossi (SP), os ex-presidentes Michel Temer e José Sarney, além dos ex-senadores Eunício Oliveira (CE) e Romero Jucá (RR) manifestaram apoio e solidariedade ao governador afastado do DF, Ibaneis Rocha.

Tempos sombrios

A definição de e-mail e de número de telefone para receber delações de manifestantes fazem lembrar a caçadas a judeus nos tempos sombrios da Inquisição e, muitos anos depois, na Alemanha nazista pré-II Guerra.

Pura ignorância

Só a má fé ou a ignorância inspiram a fantasiosa “extradição” do ex-presidente Jair Bolsonaro, que se encontra nos Estados Unidos. Não se extraditam cidadãos que não são condenados. Ele está limpo.

Caçada não cessará

Na avaliação de políticos do PL, petistas e lulistas de outros partidos alimentam o sonho de afirmarem, no futuro, que o principal adversário e maior ameaça ao atual presidente “também foi preso”. Como não se pode acusar Bolsonaro de corrupção, vale qualquer outro pretexto.

Cafajestada

Durante toda a segunda-feira, Ibaneis recebeu telefonemas de apoio de políticos de vários partidos, sobretudo do MDB, contra a iniciativa cafajeste – e a esta altura isolada – de sua “expulsão” do partido.

Faz pensar

No primeiro dia após o que o governo Lula e cia. classificam de “tentativa de golpe” e “terrorismo”, a Bolsa de Valores fechou em alta. Nos últimos dias de anúncio de ministros e presidentes de estatais, a Bolsa caiu.

Poucas boas notícias

Na Câmara, a destruição de obras de arte foi grande e ainda está sendo avaliada, revelou uma fonte próxima ao caso. Mas foi menor do que inicialmente estimada. Apesar de danificada, a escultura “Bailarina”, de Victor Brecheret, foi encontrada jogada no chão, mas dentro da Casa.

Pensando bem...

...Brasília em baixa, mercado em alta.

PODER SEM PUDOR

Corinthians em primeiro lugar

O então deputado Maluly Netto, corintiano doente, ajudava o filho na campanha para a prefeitura de Mirandópolis (SP), em 1992.

Um eleitor o abordou: “O sr. é conselheiro do Corinthians? Eu queria fazer um teste no time.” Maluly viu que o rapaz era baixinho, talvez uns 1,60m de altura: “Você é ponta-esquerda?”, perguntou. “Não, sou goleiro”, respondeu o homem. “No meu time, não, meu camarada”, despachou Maluly, dando as costas ao eleitor e a seu voto.

Escreva a legenda aqui

CLÁUDIO HUMBERTO

"Governos com cabeça vazia produzem pratos vazios"

Senador Ciro Nogueira (PP-PI) em momento reflexão sobre a situação do País

14/02/2025 07h00

Cláudio Humberto

Cláudio Humberto

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Montadoras ainda não se recuperaram de Dilma

A mais grave crise do setor automobilístico brasileiro não foi a pandemia da covid e sim o governo Dilma (PT). É o que apontam dados Federação da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Em 2011, primeiro ano da petista no Planalto, vendas bateram recorde com 5,7 milhões de veículos leves e comerciais emplacados. Mas, até o impeachment, em 2016, as vendas caíram à metade após cinco anos seguidos de retração e atingiram o pior nível dos últimos 15 anos: 3,2 milhões de veículos.

Permanece abaixo

Em 2024, o mercado comemorou 4,7 milhões de veículos vendidos, mas o resultado é quase 20% menor que o recorde de 2011.

Recuperar demora

Após o “tsunami Dilma” na economia brasileira, veículos novos emplacados voltaram a superar a marca de 4 milhões apenas em 2019.

Sem respiro

Com a pandemia da covid e lockdowns em 2020, vendas de veículos despencaram para 3,2 milhões. Mas voltaram a crescer em 2021.

Observe e compare

Em 2020, ano da pandemia, vendas caíram 21,63%. Em 2015, último ano cheio de Dilma, a queda foi de 21,85%. Em 2016, tombaram 20,3%.

Lula mal disfarça perda de autoridade sobre Ibama

Na visita ao Amapá, nesta quarta (13), o petista Lula deixou claro que seu discurso envelheceu com ele, recorrendo a velhos chavões, tentando jogar pobres contra ricos, para tentar se reconectar com o eleitor que o rejeita, e esconder sua falência de autoridade na área de meio ambiente do próprio governo. Hoje, o Brasil tem governo oficial, chefiado por Lula, e outro paralelo, no qual ele não manda, segundo resumiu o ex-ministro Aldo Rebelo no Jornal Gente, da rádio Bandeirantes e TV BandNews.

Lula quem?

O Ibama dá banana a Lula e não autoriza nem mesmo estudos sobre as fantástica reserva 10 bilhões de barris de petróleo na Margem Equatorial.

Lesa-Pátria

O Brasil e seu presidente estão reféns dos ambientalóides, ignorando a riqueza inexplorada que poderia garantir a prosperidade da população.

Hipocrisia

Rebelo lembrou que o burocrata nomeado presidente do Ibama diz defender o “paraíso da Amazônia”, mas nem sequer conhece a região.

Sentou na cadeira

Com Lula fragilizado, o ministro Flávio Dino age como se tivesse assumido o poder supremo. Intimou AGU, PGR, TCU e ministérios para uma audiência no próprio STF para discutir emendas e Orçamento, antes mesmo do início das discussões no Congresso.

Aqui, não

O senador Carlos Portinho (PL-RJ) avisou o juiz Carlos Villareal, da Corte Interamericana de Direitos Humanos , que investiga o STF por violar liberdade de expressão no Brasil: “Democracia aqui não é”.

Lotou

Faltou vaga para estacionar no centro de Brasília nesta quinta (13). A sede do PL fica na região e ficou lotada com prefeitos em busca de uma foto ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Gastança sem controle

Já soma R$1,4 trilhão o total de despesas realizadas pelo governo Lula até 10 de fevereiro de 2025. Isso representa pouco mais de 27% de todo o orçamento público previsto para este ano.

Muito por fora dos autos

Em mais uma entrevista ao canal de notícias CNN, o ministro Gilmar Mendes (STF) voltou a comentar sobre a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro, que ainda sequer foi julgado pela Corte Suprema.

Otimismo de aço

Os produtores de aço não parecem muito preocupados com as ameaças de taxação de Trump. Acham que tudo se resolverá com negociação, como disse ontem Marco Pólo de Melo Lopes, do Instituto Aço Brasil

À espera de um milagre

Quem circulou por Brasília nos últimos dias foi o ex-candidato à Presidência da República Padre Kelmon. O padre rodou pela Câmara atrás de apoio para o projeto de anistia aos presos pelo 8 de Janeiro.

Nada de inelegibilidade

O ex-presidente Jair Bolsonaro disse ontem que “quando eu voltar à presidência, transformarei a libertação do povo cubano em prioridade da política externa”, diz. “Tudo em cooperação com Donald Trump e Javier Milei”.

Pensando bem...

...VAR no campeonato carioca é como perfume em gente fedida: não serve para nada.

PODER SEM PUDOR

Um ataque elogioso

Ex-secretário-geral da Presidência da República Eduardo Jorge cultivava o hábito da discrição, evitando declarações fortes desde a época de poder. Mas, certa vez, surpreendeu um interlocutor que queria saber sua opinião sobre o governo do PT. Ferrenho defensor da era FHC, de quem foi ministro, EJ surpreendeu: “Eles têm muitas ideias boas e novas...”, disse, referindo-se aos petistas. O interlocutor não se conteve: “Dr. Eduardo, o senhor ‘lulou’?” Com seu estilo de sempre, o ex-ministro esclareceu: “Não. O problema é que as ideias boas não são novas, e as ideias novas não são boas.”

artigo

A dor que cala e o silêncio de todos nós

13/02/2025 16h14

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Imagine. Era uma manhã como outra qualquer. Em algum lugar, uma mulher acordava com o coração acelerado, os olhos marejados de medo. Em algum lugar, uma mulher olhava para o homem ao seu lado e não via mais o companheiro, o pai de seus filhos, o amor de sua vida. Via um algoz. Em algum lugar, uma mulher respirava fundo, tentando encontrar coragem para mais um dia de sobrevivência. Em algum lugar uma mulher suspira fundo ao imaginar que pode ser agredida a qualquer momento. Em algum lugar uma mulher será próxima vítima.

Ela teme vir à público, denunciar. Teme por mais agressões antes que medidas se tornem efetivas. Alguém, não sem razão, fará a pergunta: Quantas vezes o sistema falhou em protegê-las? Pode invocar o argumento que a justiça, que deveria ser um porto seguro, muitas vezes se transforma em um labirinto burocrático, onde a vítima é revitimizada a cada depoimento, a cada julgamento adiado, a cada olhar de descrença.

O machismo brasileiro é um câncer enraizado. Ele está nas piadas que objetificam as mulheres, nas letras de música que as reduzem a corpos, nas igrejas que pregam a submissão, nas famílias que ensinam aos meninos que chorar é “coisa de menina” e que meninas devem ser “boazinhas” e “comportadas”. Está nas delegacias, onde policiais despreparados perguntam: “Por que você não se separou antes?” Está nos tribunais, onde juízes questionam: “Mas ela não provocou?” Está nas ruas, onde homens se sentem no direito de invadir o espaço das mulheres com assédios e ameaças.

E enquanto isso, os números não mentem: o Brasil é um dos países com mais feminicídios no mundo. O Estado do MS, infelizmente, também não fica atrás. São mulheres mortas por serem mulheres. Mortas porque ousaram dizer “não”. Mortas porque tentaram recomeçar. Mortas porque existiam. São assassinadas pelo simples fato de ser mulheres. E, muitas vezes, seus assassinos seguem impunes, protegidos por uma justiça lenta e por uma sociedade que ainda hesita em enxergar a gravidade do problema.

Onde está a luz no fim deste túnel de horrores?  Nas mulheres que se levantam, que denunciam, que apoiam umas às outras. Há homens que questionam o machismo, que educam seus filhos para o respeito, que entendem que a luta pela igualdade não é só das mulheres, mas de todos nós. Há leis que avançam, como a Lei Maria da Penha e a tipificação do feminicídio (em MS já existe essa tipificação), mas que precisam ser aplicadas com rigor e eficácia. E há luz nas campanhas incisivas a exemplo da #TodosporElas, criada pela desembargadora Jaceguara Dantas, com chancela dos três Poderes.

É necessário se engajar. Protestar. Gritar se preciso for. E se unir a outras mulheres. Ninguém, em sã consciência, deve se calar, naturalizar, muito menos ignorar. Mais do que nunca é preciso alento. Para além das jovens, mulheres na meia idade e até idosas está em jogo o futuro das nossas crianças, meninas que sonham. Elas não precisam carregar esta culpa.

A dor que cala é a dor de milhares de mulheres silenciadas. A justiça que falta é a que deveria protegê-las. Enquanto houver uma mulher com medo, enquanto houver um agressor impune, enquanto houver um sistema que falha, a luta não pode parar. Porque nenhuma vida a menos é aceitável. Porque todas merecem viver sem medo. Porque o silêncio já foi demais.

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