Política

Assembleia legislativa

Azambuja intervém e Paulo Corrêa deve ser o primeiro-secretário

Decisão deve ser comunicada pelo ex-governador durante reunião com a bancada estadual do partido nesta semana

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Por causa da disputa interna na bancada estadual do PSDB pela primeira-secretaria da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems), o ex-governador Reinaldo Azambuja, que é o presidente estadual do partido, teve de intervir e fechar consenso pela definição do nome do deputado estadual reeleito Paulo Corrêa para o cargo.

A decisão deve ser comunicada na reunião que ele e o governador Eduardo Riedel terão nesta semana, provavelmente nesta quinta-feira, com os seis integrantes da bancada estadual da legenda, quando também deverá ser batido o martelo para que a presidência da Alems fique mesmo com o deputado estadual reeleito Gerson Claro (PP), a pedido da senadora eleita Tereza Cristina (PP-MS).

Segundo fontes ouvidas pelo Correio do Estado, Reinaldo Azambuja teve de entrar na definição dos dois principais cargos da Mesa Diretora da Alems em função de os postulantes – leia-se a deputada estadual reeleita Mara Caseiro e os deputados estaduais reeleitos Jamilson Name e Paulo Corrêa – não abrirem mão dos respectivos cargos.

Tanto Mara Caseiro, que deseja a presidência da Casa de Leis, quanto Paulo Corrêa e Jamilson Name, que têm interesse na primeira-secretaria, tornaram público, pela imprensa, que não recuaria de seus interesses e desejavam disputar no voto os dois cargos, o que provocaria uma rusga interna e também com um forte partido aliado, no caso, o PP.

Sabendo que não alcançaria a vitória por meio do voto direto dos 24 deputados estaduais, Paulo Corrêa teria recorrido ao velho amigo de longa data Reinaldo Azambuja, solicitando a intervenção do ex-governador como um último favor em troca dos anos em que foi seu fiel defensor na Assembleia Legislativa, ajudando na aprovação de inúmeros projetos polêmicos e impopulares.

Como Eduardo Riedel avisou mais de uma vez que a composição da Mesa Diretora da Alems era assunto interno dos 24 deputados estaduais, teria cabido a Reinaldo Azambuja usar sua força política para colocar um ponto final na disputa e argumentar com Mara Caseiro e Jamilson Name que a definição pelos nomes de Paulo Corrêa e Gerson Claro era, politicamente, a mais indicada.

Apesar de em um primeiro momento parecer uma derrota política para Mara Caseiro e Jamilson Name, na verdade, conforme interlocutores ouvidos pela reportagem, ambos devem sair fortalecidos, afinal, pelo recuo, podem ganhar “pontos” junto ao ex-governador e ao governador para futuras “negociações” políticas.

Entenda a disputa

Desde o fim do primeiro turno das eleições gerais no ano passado, teve início a disputa pelos principais cargos da Mesa Diretora da Alems, tendo como principais candidatos à presidência os deputados estaduais reeleitos Gerson Claro, Londres Machado (PP), Mara Caseiro, Zé Teixeira e Lidio Lopes (Patriota), enquanto pela primeira-secretaria surgiram os nomes dos deputados reeleitos Jamilson Name e Paulo Corrêa.

Com o passar do tempo, os decanos Londres Machado e Zé Teixeira saíram da briga, o primeiro em prol do colega de partido, e o segundo por não conseguir viabilizar o próprio nome entre os demais parlamentares, ficando no páreo apenas Gerson Claro, Mara Caseiro e Lidio Lopes, que contaria com os apoios de Reinaldo e Riedel em função desua esposa, a prefeita Adriane Lopes (Patriota), ter pedido voto para o PSDB no 2º turno das eleições.

Porém, como os apoios do ex-governador e do atual governador não avançaram, as pretensões de Lidio Lopes perderam força e ele também está praticamente descartado da disputa, ficando no “ringue” apenas Gerson Claro e Mara Caseiro, que continua irredutível com a ideia de que a Alems precisa ter uma mulher presidente pela primeira vez desde sua criação.

No caso da primeira-secretaria da Alems, tanto Jamilson Name quanto Paulo Corrêa não recuaram nem um milímetro de seus objetivos, colocando a direção estadual do PSDB em uma saia-justa e criando um grande problema para Reinaldo Azambuja resolver, o que finalmente teria acontecido na semana passada, após muitas conversas por WhatsApp com as partes interessadas.

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"Sempre fui mais à direita"

Após 10 meses sem partido, deputado Lucas de Lima se filia ao PL

Filiação foi oficializada na manhã desta terça, no gabinete do parlamentar na Alems

05/02/2025 14h34

Filiação foi oficializada na manhã desta terça-feira, no gabinete do deputado

Filiação foi oficializada na manhã desta terça-feira, no gabinete do deputado Foto: Divulgação

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Sem partido desde abril do ano passado, período em que deixou o PDT, o deputado estadual Lucas de Lima oficializou sua ida ao Partido Liberal (PL) na manhã desta terça-feira (5).

A mudança foi acompanhada de perto pelos deputados Neno Razuk, João Henrique Catan e Coronel David, do mesmo partido, além de Aparecido “Tenente” Portela, presidente da sigla em MS.

Sobre a mudança, Lucas de Lima disse ao Correio do Estado que sempre foi alguém mais à direita, e que a escolha pelo PL foi feita junto de Coronel David.

“Sempre fui alguém mais à direita, conversei com o deputado Coronel David, e foi uma mudança muito positiva, porque agora formamos uma bancada”, disse Lucas de Lima.

“Estar sem partido é muito ruim, você fica sozinho. Estamos alinhados com as propostas do Governo do Estado, inclusive sabemos da vaga Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a mais importante da Assembleia”, complementou.

Cabe destacar que a cadeira era ocupada pela deputada Mara Caseiro (PSDB), que deixa o posto após dois anos. 

Reconduzidos

Também nesta manhã, os deputados Londres Machado (PP) e Pedrossian Neto (PSD) foram reconduzidos aos cargos de líder e vice-líder do governo, respectivamente.

A decisão foi comunicada durante a sessão desta quarta-feira (5), pelo presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS), Gerson Claro (PP), que fez a leitura do ofício com a decisão do governador Eduardo Riedel (PSDB).


Desde 2024, ambos são encarregados de coordenar as ações do governo e encaminhar votações da bancada na Casa de Leis, além de articularem propostas de interesse do Estado.

“Estou convicto de que os parlamentares indicados desenvolverão, com competência e dinamismo, as atribuições que as funções requerem”, destacou o governador no ofício enviado à Mesa Diretora da Casa de Leis. As indicações devem ser publicadas no Diário Oficial da Alems.  
 

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ELEIÇÕES 2026

Liderança de Lula em pesquisa fortalece a pré-candidatura de Vander ao Senado

O deputado federal petista pretende disputar uma das duas cadeiras da Casa Alta em Mato Grosso do Sul no pleito do próximo ano

05/02/2025 08h00

O presidente Lula e o deputado federal Vander Loubet

O presidente Lula e o deputado federal Vander Loubet Foto: Ricardo Stucker/PR

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O resultado da pesquisa Genial/Quaest sobre intenções de votos para presidente da República divulgada na segunda-feira, na qual o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera em todos os cenários para 2026, fortalece a pré-candidatura do deputado federal petista Vander Loubet ao Senado no próximo ano.

“Esse cenário de liderança do Lula nas pesquisas para 2026 é muito positivo para o nosso projeto de disputa para o Senado. Eu quero ser o candidato do Lula em Mato Grosso do Sul, e, por isso, é muito importante que ele chegue forte para a disputa da reeleição”, declarou o parlamentar ao Correio do Estado.

Vander Loubet, ainda em estrevista exclusiva à reportagem, ressaltou que, com tudo o que construiu nos seis mandatos como deputado federal pelo PT e com as relações edificadas nesse período com lideranças de outras legendas, é possível enxergar que seu nosso projeto para o Senado também ajudaria a trazer votos do centro para o presidente Lula.

“Ou seja, a reeleição do presidente Lula e minha disputa ao Senado se casam em termos de estratégia. E eu não tenho dúvida de que, sendo senador com o Lula reeleito, Mato Grosso do Sul só teria a ganhar. Seria muito positivo para os nossos 79 municípios e, ainda, para o setor produtivo estadual. Poderíamos garantir muito mais investimentos para o nosso estado”, projetou.

ANÁLISE

Com relação à preferência majoritária do eleitorado nos diversos cenários da sucessão nacional de 2026 pelo presidente Lula, o deputado federal pontuou que o petista bateu qualquer um de seus possíveis adversários graças a alguns fatores capitais, entre os quais, a confiança do povo.

Segundo Vander, além de o governo ter ao seu favor um conjunto de excelentes resultados na economia – entre os quais, a queda nos índices de desemprego, que caiu para 6,2% em 2024, menor patamar da série histórica iniciada em 2012 –, a população, de forma geral, faz a comparação entre o presidente e seus eventuais adversários para aferir qual é o mais confiável no cargo.

“É uma espécie de acareação que o povo faz, uma avaliação sobre quem acha que merece seu crédito para governar. E Lula está liderando todos os cenários de intenção de voto, apesar de sua rejeição ter crescido”, argumentou o parlamentar petista.

Ele afirmou que, apesar de levantamentos recentes apontarem que a rejeição ao presidente subiu para 49%, Lula consolidou sua posição de liderança nas consultas sobre intenção de voto.

FAKE NEWS

Para o congressista, a queda do desemprego e outros avanços na economia teriam um efeito bastante positivo na pesquisa, “não fosse o impacto das fake news disseminadas pelos adversários para atacar medidas do governo federal, como a mentira da taxação do Pix”. 

“Essas mentiras desgastaram o governo, mas o eleitorado não deixou que elas contaminassem algo muito íntimo, muito pessoal, que é a sua liberdade de escolher em quem confiar e porque confiar”, ponderou.

No entendimento dele, neste momento, o maior desgaste governamental com a opinião pública se concentra na figura do ministro da Economia, Fernando Haddad, que, a seu ver, vem escolhendo os caminhos mais seguros para enfrentar a pressão monetária e preservar a soberania brasileira, sem receio de optar por decisões nem sempre simpáticas, sobretudo para o mercado.

“Estamos em um cenário de muitas incertezas por conta do início do governo do Donald Trump nos Estados Unidos e o que tudo que isso pode acarretar para o mundo. Mas o Brasil vai atravessar bem esta fase, pois o nosso país é muito maior que as mentiras”, argumentou.

Ele acrescentou que a confiança em Lula não é gratuita nem esporádica.

“Ela é reflexo de mais de 50 anos de dedicação aos interesses nacionais, à democracia, à luta contra as injustiças e a pobreza. É uma confiança que não se quebra, e isso incomoda quem não a tem”, concluiu.

SAIBA

O levantamento estimulado da Quaest coloca Lula na frente de Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Romeu Zema (Novo-MG), Ronaldo Caiado (União Brasil-GO), Ciro Gomes (PDT-PE), Pablo Marçal (PRTB-SP) e Gusttavo Lima (sem partido).

A margem de erro é de 1 ponto porcentual para mais ou para menos. Encomendada pela Genial Investimentos, a pesquisa ouviu 4,5 mil pessoas de 21 a 23 de janeiro e o nível de confiança é de 95%.

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