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Em reunião com prefeitos, Azambuja teria confirmado que vai assumir o PL

Presidente estadual do PSDB, o ex-governador também pregou a manutenção da união de todos pela reeleição de Riedel

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Durante reunião realizada nesta terça-feira, no diretório estadual do PSDB, em Campo Grande, o ex-governador Reinaldo Azambuja, presidente da legenda em Mato Grosso do Sul, teria comunicado aos 39 prefeitos tucanos presentes que deve assumir o diretório estadual do PL.

Conforme fontes ouvidas pelo Correio do Estado, depois que a união entre PSDB e Podemos foi cancelada, surgiu um certo receio entre os 44 prefeitos do partido em Mato Grosso do Sul com relação aos rumos que tomarão nas eleições de 2026 as duas principais lideranças da sigla no Estado: Azambuja e o governador Eduardo Riedel.

Afinal, na segunda-feira, o ex-governador amenizou para a reportagem os efeitos do rompimento do PSDB com o Podemos. 

“Vida que segue! Agora, vamos concentrar todos os nossos esforços para formar uma federação com o Republicanos”, declarou, explicando que é um consenso da executiva nacional do partido mirar essa nova federação, que ainda pode incluir o MDB e o Solidariedade.

“Quem sabe ainda até o próprio Podemos, já que, diferentemente de uma incorporação, haveria menos necessidade de disputa para o comando da nova estrutura”, analisou Azambuja, sem deixar claro a permanência ou saída do ninho tucano.

Diante disso, ele reuniu os prefeitos tucanos para dar uma espécie de satisfação e, nessa reunião, conforme apurou o Correio do Estado, teria reforçado que, independentemente da possível federação com o Republicanos e o MDB, tomaria um novo rumo.

Nas suas redes sociais, Azambuja também deixou subentendido que tomará esse caminho. “Reunião com as prefeitas e os prefeitos do PSDB para confirmar a unidade do grupo e a coerência de continuarmos juntos quando for o momento certo de definir o rumo – ou os rumos – partidários. Ainda tem muita água para passar debaixo da ponte até o prazo final das definições, em abril de 2026”, escreveu.

O ex-governador ainda postou que “a política é muito dinâmica e o mais importante está selado: a união das lideranças em torno do projeto principal, que é a reeleição do governador Eduardo Riedel”. “Assim teremos a certeza que Mato Grosso do Sul vai continuar crescendo sem deixar ninguém para trás!”, reforçou.
Procurado pela reportagem para comentar a informação de que teria encaminhado a saída do PSDB para assumir o PL em Mato Grosso do Sul, Azambuja foi categórico: “Não procede!”

“Eu disse aos prefeitos que ainda estamos analisando o nosso futuro partidário, pois temos convites do PL, PP, União Brasil, Republicanos e MDB”, afirmou.

Apesar dessa afirmação, o Correio do Estado recebeu a confirmação de que o ex-governador deixou bem claro para os prefeitos e também para os deputados federais e estaduais do PSDB, que também se reuniram com ele e Riedel, que “estava tudo encaminhado para comandar o PL em Mato Grosso do Sul”. 

Além disso, Azambuja teria ouvido tanto dos prefeitos quanto dos parlamentares que eles vão acompanhar a orientação dele e do governador Riedel quanto a uma possível mudança partidária. Já uma outra fonte garantiu ao Correio do Estado que estaria tudo certo para que ele assuma o PL já no mês de julho, para preparar o partido para o pleito de 2026.

Há um consenso de que os deputados federais e estaduais, os prefeitos e os vereadores do PSDB vão continuar fechados pela reeleição de Eduardo Riedel, independentemente do partido para o qual ele decida migrar, entretanto, não está alinhado se os 3 parlamentares federais e 6 estaduais, os 44 prefeitos e os 256 vereadores vão acompanhar o ex-governador e o atual governador para a mesma legenda.

No entanto, conforme as articulações políticas, a possibilidade é de que grande parte dos deputados federais e estaduais, bem como dos prefeitos e vereadores, acompanhe Azambuja, enquanto outras partes fiquem com Riedel ou ingressem em partido diferente.

Um pé em MS, outro em BSB

Primeira-dama de cidade de MS ganha cargo no Senado com salário de R$ 12 mil

Kelly Aborízio, primeira-dama da cidade de Três Lagoas, foi nomeada em cargo de comissão no gabinete da senadora Tereza Cristina, em Brasília

16/07/2025 16h45

Primeira-dama de Três Lagoas é funcionária à distância de Tereza Cristina

Primeira-dama de Três Lagoas é funcionária à distância de Tereza Cristina Divulgação

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A primeira-dama da cidade de Três Lagoas, Kelly Carla Abonízio faz parte, desde abril, da equipe da senadora Tereza Cristina, tendo sido nomeada para um cargo comissionado, em Brasília.

De acordo com o Portal da Transparência do Senado, em abril deste ano, Kelly ingressou na equipe com o cargo de auxiliar parlamentar pleno, com funções de auxílio na elaboração de projetos de lei, pesquisa, atendimento ao público, além do auxílio em atividades administrativas. 

O salário bruto da primeira-dama é de R$ 12.360,33 e o líquido chega a R$ 9.180,04 após os descontos. 

A situação levanta questionamentos sobre o uso de recursos públicos, já que, ao mesmo tempo em que o nome de Kelly aparece nos registros do gabinete da senadora, paralelamente ela aparece participando de eventos e campanhas em Três Lagoas, onde o marido Cassiano Maia é prefeito.

Isto porque o Senado Federal tem sede em Brasília, mas a atuação da primeira-dama é diária na cidade sul-mato-grossense, sem qualquer publicação de afastamento oficial ou licença, o que levantou questionamento da população de que o salário da “auxiliar parlamentar” não condiz com o trabalho efetivamente realizado. 

Primeira-dama de Três Lagoas é funcionária à distância de Tereza CristinaA primeira-dama de Três Lagoas aparece como funcionário ativo no site do Senado.

Polêmicas

No mês passado, Kelly foi flagrada utilizando um veículo oficial da prefeitura para ir às compras. Segundo a legislação, os veículos oficiais devem ser usados apenas para cumprir as funções públicas.

O uso para outras finalidades configura crime de improbidade administrativa. 

Em maio, a primeira-dama foi palco de aplausos ao lançar a campanha do agasalho “Três Lagoas unida contra o frio”, juntamente com lojas e estabelecimentos parceiros para a arrecadação de roupas e sapatos. 

Ao seu lado, Maia, como marido orgulhoso, elogia o coração bondoso da esposa e seu empenho em “fazer a diferença para quem mais precisa”. 

Enquanto isso, as denúncias de cidadãos três-lagoenses são de falta de medicamentos na rede pública, serviços sobrecarregados e dificuldades em setores essenciais como a saúde municipal. 

Condições precárias foram relatadas à Procuradoria de Justiça em um hospital da cidade.

Cadeiras desconfortáveis, goteiras e a falta de profissionalismo de médicos não especialistas, adotando “condutas paliativas” em tratamento de câncer, por exemplo. 

E um detalhe: Cassiano Maia é médico, mas a gama de denúncias dos cidadãos da cidade perpetua, em grande escala, no setor da saúde. 

POLÍTICA

Em resposta a Eduardo Bolsonaro, Tereza Cristina diz que anistia é "problema interno"

Em entrevista ao Globo News, a senadora afirmou que Eduardo está agindo em defesa do pai 'perseguido e injustiçado'

16/07/2025 15h00

Senadora Tereza Cristina

Senadora Tereza Cristina FOTO: Andressa Anholete/Agência Senado

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Nesta quarta-feira (16), em entrevista ao Globo News, a senadora de Mato Grosso do Sul, Tereza Cristina avaliou a anistia ampla defendida pelo deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), aos envolvidos no atos golpistas do 8 de janeiro, tratam-se um "problema interno".

Na opinião dela, é importante colocar-se no lugar do outro para entender a reação, e no caso de Eduardo Bolsonaro, está agindo em defesa do pai, o ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro. "Ele está agindo como o filho, preocupado com o pai, se sentindo perseguido e injustiçado, então ele está colocando a anistia, mas eu acho que isso é um problema interno", disse ela.

Tereza ainda ressaltou que, nesse momento é importante discutir como esse asunto será tratado no Brasil. "Como é que vamos tratar esse assunto da anistia e do julgamento de todos os que estão aí, que foram indiciados anteontem pelo Supremo e pela PGR. Então esse é um assunto interno”, opinou a senadora que foi Ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil entre 2019 e 2022, durante o governo de Bolsonaro.

Além disso, a ex-ministra ainda ressaltou que misturar os dois temas pode prejudicar o país. “Nós temos que começar a separar o assunto da anistia e do comércio e o Eduardo está fazendo essa vinculação, na intenção de defender o pai, mas isso pode ir contra o nosso país", afirmou Tereza na entrevista.

LEI DA RECIPROCIDADE

Vale lembrar que, a recentemente, a senadora Tereza Cristina foi criticada pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e saiu em defesa da Lei de Reciprocidade, matéria da qual foi relatora durante a tramitação no Congresso Nacional. Segundo ela, a lei deve ser usada apenas como “último recurso”..

Em seu “autoexílio” nos Estados Unidos, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), criticou os aliados de seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) e a senadora de Mato Grosso do Sul, Tereza Cristina. 

O deputado federal que está morando no Texas, e é apontado como um dos principais articuladores com o presidente dos EUA, Donald Trump, do tarifaço de 50% de produtos brasileiros, disse que a Lei da Reciprocidade, que foi regulamentado na segunda-feira (14) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para reagir às medidas de Trump, é uma “lei inócua” e lembrou que a iniciativa da matéria é da senadora sul-mato-grossense, Tereza Cristina. 

"O Congresso aprovou uma lei inócua. E me causa estranheza gente da direita apoiar o projeto de lei da reciprocidade, porque ainda dá a oportunidade de o Lula dizer que está agindo em nome das instituições brasileiras, do povo brasileiro inteiro, porque foi um projeto aprovado com o apoio de muita gente da direita. Um projeto que teve a iniciativa da senadora Tereza Cristina”, disse Eduardo Bolsonaro em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo.

Em contrapartida, ao Globo News, Tereza disse não saber o nível de interlocução que o Eduardo Bolsonaro tem com o governo Trump. "Eu sei que ele é amigo da família, mas o Trump está tratando esse assunto com todo mundo, não é só com o Brasil. Aqui ele só adicionou uma pitada a mais na relação", concluiu.

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