Política

ELEIÇÕES 2022

Lula derrota Bolsonaro e é eleito presidente do Brasil

Em disputa acirrada, candidato do PT voltará a presidir a República após 12 anos

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Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, foi eleito novo presidente do Brasil, derrotando o atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), na disputa do segundo turno, neste domingo.

Com 98,50%  das urnas apuradas, o petista foi matematicamente eleito com 50,81% dos votos válidos, contra 49,19% de Bolsonaro.

Disputa foi voto a voto do início ao fim. Petista conquista à presidência por diferença de 1,5 milhão de votos e assume, em janeiro de 2023, seu terceiro mandato, após 12 anos.

Os dois entraram para história política do país: Lula como o único a chefiar o país com três mandatos, e Bolsonaro, como o único a não obter a reeleição depois do Brasil redemocratizado.

Lula manteve a vantagem que obteve no primeiro turno, quando obteve 48,43% dos votos válidos, e Bolsonaro teve 43,20%.

Lula acompanhou a apuração dos votos, em casa, e irá para o Hotel Intercontinental, onde concederá uma entrevista coletiva ainda nesta noite.

O Hotel é o mesmo onde Lula fez sua coletiva após vencer as eleições presidenciais pela primeira vez na vida, em 2002.

Biografia

Luiz Inácio Lula da Silva nasceu em 27 de outubro de 1945 na cidade de Garanhuns, interior de Pernambuco. Casado com Marisa Letícia, desde 1974, tem cinco filhos.

Em dezembro de 1952, a família de Lula migrou para o litoral paulista. Em 1956, a família mudou-se para São Paulo.

Aos 12 anos de idade, Lula conseguiu seu primeiro emprego numa tinturaria. Também foi engraxate e office-boy.

Com 14 anos, começou a trabalhar nos Armazéns Gerais Columbia, onde teve a Carteira de Trabalho assinada pela primeira vez.

Lula transferiu-se depois para a Fábrica de Parafusos Marte e obteve uma vaga no curso de torneiro mecânico do Senai - Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. O curso durou 3 anos e Lula tornou-se metalúrgico.

Passou por várias fábricas, até ingressar nas Indústrias Villares, uma das principais metalúrgicas do país, localizada em São Bernardo do Campo, no ABC paulista.

Trabalhando na Villares, Lula começou a ter contato com o movimento sindical, sendo eleito presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema em 1975.

Em 10 de fevereiro de 1980, Lula fundou o PT, juntamente com outros sindicalistas, intelectuais, políticos e representantes de movimentos sociais, como lideranças rurais e religiosas.

Em agosto de 83, participou da fundação da CUT – Central Única dos Trabalhadores. Em 1986, foi eleito o deputado federal mais votado do país, para a Assembléia Constituinte.

O PT lançou Lula para disputar a Presidência da República em 1989. Perdeu a disputa, no segundo turno, por pequena diferença de votos.

Em 1994 e 1998, Lula voltou a se candidatar a presidente da República e foi derrotado por Fernando Henrique Cardoso.

Em 27 de outubro de 2002, aos 57 anos de idade, Luiz Inácio Lula da Silva foi eleito Presidente da República Federativa do Brasil, tendo José Alencar como vice.

No dia 29 de outubro de 2006, foi reeleito presidente da República com mais de 58 milhões de votos.

Deixou a presidência em 1º de janeiro de 2011, sendo sucedido por Dilma Roussef.

* Com informações do Planalto

Política

Suplente de vereadora de MS faz parte de sindicato investigado por desvios no INSS

Investigações realizadas pela Controladoria-Geral da União e pela Polícia Federal apontaram ligação de sindicatos com partidos políticos no desvio de benefícios; incluindo uma candidata a vereadora por Campo Grande

27/04/2025 12h33

Crédito: Henry Milleo / Agência Brasil

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Investigações que revelaram o escândalo do desvio de benefícios de aposentadorias do INSS apontam ligações de entidades sindicais com partidos políticos. Com sindicalista que esteve ligada ao PSB e até disputou eleições em 2024 para vereadora em Campo Grande.

Como é o caso de Thaísa Silva, que ocupou o cargo de secretária-geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) até quinta-feira (24). Em Mato Grosso do Sul, ela foi ligada a dois partidos políticos.

No Estado, Thaísa foi secretária-geral do Movimento Popular Socialista, ligado ao PSB, em 2023. Em 2024, pelo MDB, chegou a ser candidata a vereadora de Campo Grande, mas não conseguiu votos suficientes e ficou na suplência.

Entre as entidades sindicais que sofreram o "pente-fino" da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU), a investigação apontou a ligação com partidos políticos como PT, PDT, PSB e MDB.

A Contag, para se ter ideia, segundo levantamento da Folha de São Paulo, é a entidade que mais recebe recursos dos descontos nas aposentadorias do INSS.

Somente em fevereiro, a Contag recebeu o montante de R$ 36,5 milhões de 1,2 milhão de associados.

O presidente da Contag, Aristides Veras dos Santos, é irmão do deputado federal Carlos Veras (PT-PE), que, desde fevereiro, ocupa o cargo de primeiro-secretário da Câmara.

Por meio de nota, a entidade sindical se defendeu:

"É um erro grosseiro colocar a Contag no mesmo patamar de instituições que têm realizado ações com fortes indícios de irregularidades e outras que, inclusive, a própria Contag e algumas de suas federações filiadas, já informaram os desmandos realizados e que configuram fraudes", diz a nota, que completa:

"Não há qualquer vinculação que possa ser estabelecida entre o mandato do deputado Carlos Veras e o acordo entre a Contag e o INSS."

Diferentemente das outras entidades investigadas, segundo o TCU, a Contag não apresentou crescimento expressivo de associados entre os anos de 2021 e 2023.

Em dezembro de 2021, os associados eram 1,5 milhão, e em dezembro de 2023, esse número caiu para 1,4 milhão.

Em família

Já o Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi) tem como vice-presidente José Ferreira da Silva, que é irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele ocupa o cargo há um ano e já participava da diretoria do sindicato desde 2008.

O presidente do Sindnapi, Milton Cavalo, atua como dirigente do PDT, partido do ministro da Previdência, Carlos Lupi.

O TCU apontou um crescimento no número de associados ligados a este sindicato:

  • 237,7 mil em dezembro de 2021;
  • 366,2 mil em dezembro de 2023.
  • Em fevereiro deste ano, foram 207,6 mil descontos em folha para a entidade.

"Não fomos intimados, não houve busca e apreensão em nenhuma das mais de 80 sedes do Sindnapi no país todo. Estranho essa alegação de termos sido alvos da PF e não ter havido nada", disse Cavalo. "A entidade apoia integralmente as investigações sobre eventuais irregularidades nos descontos aplicados sobre os benefícios dos aposentados", acrescentou.

Fraude no INSS

Com mandado de busca em Mato Grosso do Sul, a Controladoria-Geral da União em conjuto com a Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (23) uma operação contra um esquema nacional de descontos associativos não autorizados em aposentadorias e pensões no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), operação realizada em 34 cidades do país,.

Segundo a PF, entidades que representavam aposentados e pensionistas descontaram irregularmente parte de mensalidades associativas aplicadas sobre benefícios previdenciários.

** Colaborou Alison Silva

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Política

Tarifaço e fundo ambiental são prioridades de chanceleres do Brics

Eles se reúnem na semana que vem, no Rio de Janeiro

26/04/2025 17h00

Secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros do Ministério das Relações Exteriores e Sherpa do Brasil no Brics, o embaixador Mauricio Carvalho Lyrio.

Secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros do Ministério das Relações Exteriores e Sherpa do Brasil no Brics, o embaixador Mauricio Carvalho Lyrio. Foto: Fernando Frazão/ Agência Brasil

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Enfrentar a crise comercial e tarifária, e pressionar países mais ricos a aumentarem investimentos em fundos de combate às mudanças climáticas. Esses são dois temas prioritários para a presidência brasileira do Brics a serem abordados no encontro entre os chanceleres do países que compõem o bloco, nos próximos dias 28 e 29, no Rio de Janeiro.

Até o momento, o grupo é formado por 11 membros: África do Sul, Brasil, China, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia, Índia, Irã, Rússia e Arábia Saudita. Este último, tem o status de membro convidado, por ainda não ter finalizado a última etapa de adesão. Além desses, participam das reuniões outros países como convidados.

Uma prévia dos assuntos que serão tratados no encontro da próxima semana foi apresentada neste sábado (26) pelo secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros do Ministério das Relações Exteriores e Sherpa do Brasil no Brics, o embaixador Mauricio Carvalho Lyrio.

“Nosso apoio é pleno ao sistema de comércio multilateral, baseado em concessões feitas por diferentes países. Ministros estão negociando para emitir uma declaração que reafirme a centralidade das negociações multilaterais do comércio. E deverão reforçar, como sempre fizeram, as críticas às medidas unilaterais de qualquer origem”, disse Lyrio.

Guerra tarifária

Mesmo sem citar especificamente os Estados Unidos, o embaixador se referiu às atuais imposições tarifárias do governo de Donald Trump sobre outros países, com foco especial na China. 

O Brasil vê o Brics como mais uma oportunidade de oposição a esse tipo de medida norte-americana.

Lyrio destacou a importância de fortalecer a Organização Mundial do Comércio (OMC), como mediadora de conflitos globais. Ele considerou um “problema crônico” o fato de que o Órgão de Apelação (OA), responsável pelas decisões em segunda instância, esteja paralisado desde 2019, quando os EUA passaram a bloquear indicações de novos juízes.

“Isso priva o sistema multilateral do instrumento utilizado para solucionar controvérsias. O que não impede que os países que têm interesse em soluções em duas instâncias se organizem. Brasil é parte de um grupo que tem parceiros de peso como Japão, Canadá e União Europeia, que se compromete a ter uma apelação com juízes indicados pelos próprios países. Infelizmente só temos esse sistema paralelo atualmente. Importante que os países reforcem o apoio à OMC”, disse Lyrio.

Fundo Ambiental

Como sede da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP30), o Brasil também pretende levar para o centro das discussões do Brics questões de financiamento às mudanças climáticas.

Entre as propostas está a criação do Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF, na sigla em inglês), com objetivo de movimentar economias de baixo carbono. Países ricos, com histórico poluente muito superior aos demais, teriam de se comprometer a investir mais recursos na manutenção do fundo.

“Estamos negociando para os líderes do Brics uma declaração sobre financiamento do combate à mudança do clima”, reforçou Lyrio. 

“O TFFF é um tema que nós temos discutido. O que não está em pauta é a revisão do modelo que prevê alguns países pagarem formalmente pela transição energética, enquanto os demais podem financiar voluntariamente. Essa distinção é fundamental. E o Brasil é solidário com os países emergentes, por que o Acordo de Paris prevê que os países ricos, que mais poluíram ao longo do tempo, assumam obrigação financeira de combate às mudanças climáticas”.

Presidência brasileira

Sob a presidência brasileira, o Brics realizou quatro encontros ministeriais e cerca de 80 reuniões técnicas até agora. A reunião de cúpula do Brics em 2025 está marcada para os dias 6 e 7 de julho, também no Rio de Janeiro.

As sessões dos dias 28 e 29 de abril serão presididas pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira. Estão previstas três sessões, em que os chanceleres têm o papel de preparar as decisões que serão tomadas pelos líderes dos países membros a cúpula final.

Entre os temas previstos estão o papel do Brics nos desafios globais e nas crises regionais, o compromisso de trabalhar pela paz e pela resolução de conflitos geopolíticos, reforma da governança global e dos regimes internacionais, papel do Sul Global no reforço do multilateralismo, saúde, comércio, mudança do clima e enfrentamento a pobreza.

O ministro Mauro Vieira também tem uma agenda cheia de reuniões bilaterais com chanceleres de outros países como Indonésia, Rússia, Tailândia, China, Cuba, Nigéria e Etiópia.

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