Política

AGENDA INTERNACIONAL

Lula se encontra com presidente português em agenda pós-COP

Presidente eleito também deve ter uma reunião com o primeiro-ministro do país

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O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se encontrou na tarde desta sexta-feira (14h, pelo horário de Brasília) com o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, no Palácio de Belém, residência oficial em Lisboa.

O encontro foi registrado rapidamente pela imprensa brasileira e portuguesa, mas não houve, pelo menos por ora, coletiva de imprensa com ambos.

Também está previsto que Lula tenha uma reunião com o primeiro-ministro do país, António Costa, durante a noite (fim da tarde no Brasil).

Às 15h13 (horário de Brasília), a emissora CNN Brasil mostrou Lula e Rebelo saindo da reunião um do lado do outro. Ambos conversaram rapidamente, apertaram as mãos, deram "tapinhas" um nas costas do outro e deixaram o espaço juntos e acompanhados pelo ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT).

Lula falou brevemente com a imprensa, mas a emissora não transmitiu a rápida conversa com os jornalistas que estavam no local.

O presidente eleito chegou a Portugal direto do Egito, onde participou nos últimos dias da conferência do clima da ONU, a COP27.

O petista foi elogiado pela imprensa internacional pelo discurso de combate às mudanças climáticas e à destruição ambiental, principalmente na Amazônia.

Já na capital portuguesa, um vídeo que circula nas redes sociais mostra o presidente eleito sendo cumprimentado por apoiadores na saída de um restaurante.

Segundo integrantes da campanha de Lula, a ida a Portugal e os acenos feitos à comunidade internacional durante a COP demonstram vontade de Lula de restabelecer laços fragilizados durante o governo Bolsonaro.

Política

Eduardo Bolsonaro rebate críticas de governador bolsonarista e diz viver 'no exílio'

Além do embate com o governador, Eduardo Bolsonaro também tem acumulado desavenças dentro do campo bolsonarista

10/11/2025 22h00

Eduardo Bolsonaro também tem acumulado desavenças dentro do campo bolsonarista.

Eduardo Bolsonaro também tem acumulado desavenças dentro do campo bolsonarista. Foto: Arquivo

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O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) rebateu, neste domingo, 9, as declarações do governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil), que chamou o parlamentar de "louco" e criticou as declarações dele sobre o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

"Não me culpe pela sua frouxidão. Se hoje estou vivendo no exílio, é por causa de políticos bostas iguais ao senhor, com essa 'opiniãozinha' que vende para o público a responsabilização dos outros pela sua falta de coragem. E aí, os nossos inimigos, os ditadores, ficam confortáveis para expandir seu poder", escreveu o deputado nas redes sociais.

Em entrevista na semana passada, o governador afirmou que o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro está "falando merda lá nos Estados Unidos" e "longe da realidade", em reação aos ataques de Eduardo Bolsonaro a Tarcísio de Freitas, cotado para disputar a Presidência.

"Está louco, está falando bobagem. Está lá nos Estados Unidos, longe da realidade. Fez uma lambança gigante quando defendeu o tarifaço do (presidente dos Estados Unidos, Donald) Trump. Foi um grande equívoco que ele cometeu e está cometendo outro. Ele está perdendo tempo de ficar calado", disse Mendes.

"Eu respeito muito o presidente Bolsonaro, tenho um grande respeito por ele, deu uma grande contribuição. Na minha opinião, está sendo injustiçado. Agora, o filho dele está falando merda lá nos Estados Unidos", completou o governador.

Além do embate com o governador, Eduardo Bolsonaro também tem acumulado desavenças dentro do campo bolsonarista. Na sexta-feira, 7, o deputado atacou colegas do partido, como Nikolas Ferreira (PL-MG) e Ana Campagnolo (PL-SC), acusando-os de articular, com outros parlamentares mais jovens, uma tentativa de "se livrar de Bolsonaro".

Em publicação nas redes, o parlamentar compartilhou mensagem do perfil Mafinha. "A briga na direita que todos estão vendo é simples. Nikolas quer se livrar do Bolsonaro de vez. Ele está liderando uma dissidência, e vários políticos mais jovens estão com ele. O problema? O de sempre: 'temos que nos descolar do Bozo sem perder o eleitor'. Eles querem continuar sendo eleitos pelos bolsonaristas, mas não querem mais prestar contas ao Bolsonaro", diz o texto.

O mesmo perfil elogia Eduardo e o comentarista Paulo Figueiredo, afirmando que ambos estariam "lutando contra o verdadeiro mal e defendendo os inocentes".

"Só quem abre mão voluntariamente de seus privilégios faz isso por um ideal maior. O ganancioso por poder não consegue abandonar privilégios porque só quer mais privilégios. E quem fez isso foi Eduardo Bolsonaro", afirma a publicação.

Julgamento

Relator diz que CPMI do INSS blindou 4 depoentes que receberam R$ 10 milhões: 'É uma vergonha'

Weverton Rocha já afirmou publicamente ter recebido o "Careca do INSS" em seu gabinete por três vezes, mas para tratar de assuntos legislativos.

10/11/2025 21h00

Relator diz que CPMI do INSS blindou 4 depoentes que receberam R$ 10 milhões

Relator diz que CPMI do INSS blindou 4 depoentes que receberam R$ 10 milhões Carlos Moura/Agência Senado

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O relator da CPMI do INSS, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), disse, nesta segunda-feira, 10, que a comissão parlamentar blinda investigados que receberam R$ 10 milhões em propinas, segundo ele mesmo.

Gaspar mencionou as tentativas de impedir a convocação e quebras de sigilo de Paulo Boudens, ex-chefe de gabinete do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP); a publicitária Daniela Fonteles, que recebeu R$ 5 milhões de Antônio Carlos Camilo Antunes, o "Careca do INSS"; a empresária Roberta Luchsinger, que atuou com o 'Careca"; e Gustavo Gaspar, ex-assessor do senador Weverton Rocha (PDT-MA).

"O STF não é o principal blindador dessa comissão", disse Alfredo Gaspar. Para ele, falta altivez do próprio Congresso. "A blindagem pela própria comissão é uma vergonha."

O relator ainda mencionou que o Senado ainda tem outra "vergonha" ao impor sigilo de 100 anos sobre informações acerca de visitar do "Careca do INSS" a gabinetes de senadores. "Esse sigilo de 100 anos é outra vergonha da República", afirmou.

Gaspar ainda fez um desafio ao STF. Há, na Corte, um mandado de segurança pedindo a divulgação dessa informação. "Abra essa caixa preta dessas visitas", apelou o relator.

Weverton Rocha já afirmou publicamente ter recebido o "Careca do INSS" em seu gabinete por três vezes, mas para tratar de assuntos legislativos.

Essa foi a fala inaugural de Gaspar na sessão da CPMI do INSS desta segunda-feira, 10, que ouve Igor Dias Delecrode, dirigente da Associação de Amparo Social do Aposentado e Pensionista (AASAP).

Causou nova indignação entre os membros da comissão um habeas corpus concedido pelo ministro André Mendonça, do STF, a Delecrode, para que ele possa permanecer em silêncio em perguntas que possam o incriminar.

Com o benefício, Delecrode permaneceu em silêncio às perguntas do relator. Diante disso, Gaspar fez uma introdução do depoente citando reportagem do Estadão.

A reportagem em questão fala do cancelamento, por parte dos Correios, de leilão de R$ 280 milhões após receber cheque sem fundo de ONG de pai de santo.

"Esse pai de santo é um coitado. Esses aqui tiveram sucesso", citando uma lista de outras quatro entidades que, juntas, faturaram cerca de R$ 714 milhões com descontos associativos de aposentadorias entre 2022 e 2025. A AASAP, de Delecrode, recebeu R$ 63,2 milhões.

"Esse que está aqui, teve mais sucesso ainda. Ele conseguiu colocar suas empresas juntando outras entidades num desvio de R$ 1,4 bilhões", disse Gaspar.

O relator define Delecrode como "o coração tecnólogico da safadeza", operacionalizando um sistema de coleta de dados e verificação de autenticidade.
 

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