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Tarapacá Day: evento aproxima Chile e Mato Grosso do Sul

Governo estadual abre escritório em Iquique e busca voo direto para Campo Grande, com o objetivo de promover integração econômica e cultural

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Para impulsionar os benefícios da rota bioceânica e aumentar a competitividade, o Governo de Mato Grosso do Sul está intensificando a parceria e integração com o Chile, com foco nos portos principais para o acesso ao mercado asiático. Recentemente, o governador José Miguel Carvajal Gallardo de Tarapacá, Chile, discutiu novas medidas em conjunto com autoridades sul-mato-grossenses.

Uma das iniciativas inclui a abertura de um escritório de representação de Mato Grosso do Sul em Iquique, capital de Tarapacá, destinado a promover as potencialidades do estado. Além disso, está prevista a criação de uma organização de governança envolvendo governadores dos quatro países, focada em questões relacionadas à rota bioceânica.

Os governos de Mato Grosso do Sul e Tarapacá também estão negociando com companhias aéreas locais para estabelecer um voo direto entre Iquique e Campo Grande, visando fortalecer o intercâmbio comercial e cultural, facilitando o deslocamento de empresários e turistas.

“Mato Grosso do Sul está de portas abertas para promover esta integração. É uma trajetória que está sendo construída e sentimos do Governo de Tarapacá um dinamismo e proatividade para construir as pontes antes da rota estar 100% pronta. Esta relação vai fortalecer os negócios, intercâmbio cultural e turismo. Os portos (chilenos) serão porta de entrada para ida e volta de produtos”, afirmou o governador.

Riedel destacou que a parceria com o estado chileno vai trazer grandes benefícios ao Estado. “Mato Grosso do Sul vai ter sua casa em Iquique, para podermos promover nosso Estado, assim como Tarapacá já tem seu escritório em Campo Grande. Ainda vamos lutar para conseguir este voo direto. Estamos nos extremos, mas criando um elo e se conectando”.

Para o governador de Tarapacá, José Miguel Carvajal, esta integração trará mais competitividade a ambos os estados, trazendo benefícios a milhares de famílias. “Isto será possível por meio do corredor bioceânico, que deixou de ser um sonho para ser uma realidade. Os empresários sul-mato-grossenses vão ter vantagens tributárias e de logística pelo porto de Iquique para acessar o Oceano Pacífico pela costa do Chile”.

O secretário estadual Jaime Verruck ressaltou que a presença de Mato Grosso do Sul em Iquique será um espaço para promover o estado, similar ao escritório de Tarapacá em Campo Grande, e manifestou otimismo em relação à possibilidade de um voo direto, mesmo que inicialmente com frequência reduzida.

O evento "Tarapacá Day" em Campo Grande, sediado no Hotel Deville, tem como objetivo principal divulgar as oportunidades de negócios do estado chileno, crucial na rota bioceânica para o acesso ao mercado asiático pelo Oceano Pacífico.

O encontro reúne empresários de Mato Grosso do Sul, representantes da Zona Franca de Iquique (ZOFRI), da Empresa Portuária de Iquique (EPI) e da Embaixada do Brasil no Chile, marcando também o primeiro ano de funcionamento do escritório da Corporação de Desenvolvimento de Tarapacá em Campo Grande, com a assinatura de convênios entre entidades públicas e privadas ao longo do evento.

ARTICULAÇÕES

Rose avisa que União Brasil anunciará em breve criação de "superfederação" com PP

A presidente estadual do partido explicou que o único empecilho está na Paraíba, mas problema já está sendo resolvido por Rueda

17/04/2025 08h30

A ex-deputada federal Rose Modesto, que preside o União Brasil

A ex-deputada federal Rose Modesto, que preside o União Brasil Arquivo

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A chance de sair a criação da “superfederação” partidária do União Brasil com o PP para as eleições gerais do próximo ano aumentou nos últimos dias, com a redução da rejeição por parte de algumas lideranças do União Brasil, e poderá ser anunciada em breve.

A informação foi repassada com exclusividade ao Correio do Estado pela ex-deputada federal Rose Modesto, presidente estadual do União Brasil, explicando que antes havia descontentamentos mais fortes em Goiás e Bahia, mas agora o problema estaria concentrado apenas na Paraíba.

Ela explicou ainda que o presidente nacional do União Brasil, Antonio Rueda, estaria tratando pessoalmente dessa questão e que as tratativas estariam bem adiantadas. “O que podemos dizer é que estão sendo debatidos os últimos detalhes e a possibilidade da oficialização da federação aumentou muito. Eu acredito que isso não passa de um mês”, projetou.

No dia 18 de março, em Brasília (DF), parlamentares federais e lideranças do PP aprovaram a confirmação da entrada da sigla em uma federação partidária com o União Brasil, entretanto, quase um mês depois, nada foi oficializado, freando o surgimento da maior bancada dentro da Câmara dos Deputados, com 109 deputados federais (50 do PP e 59 do União Brasil) e a terceira maior bancada do Senado, com 13 senadores (6 do PP e 7 do União Brasil).

Na semana passada, a senadora Tereza Cristina revelou ao Correio do Estado que a criação da “superfederação” estava parada. “Tenho conversado com o senador Ciro Nogueira, presidente nacional do PP, sobre essa situação, e ele falou que está esperando o União Brasil. Ficou claro que deu chabu com o União Brasil, pois, em alguns estados, o partido está tendo dificuldades para alinhar a federação. Aqui está tudo tranquilo”, revelou.

Apesar da demora na aprovação por parte de dirigentes e parlamentares do União Brasil para a criação da “superfederação”, Tereza Cristina acredita que o acordo vai sair, pelo menos essa é a análise. Questionada pela reportagem até quando deverá sair essa definição por parte do União Brasil, a senadora sul-mato-grossense acredita que será ainda neste primeiro semestre. 

VANTAGENS

Com a “superfederação”, PP e União Brasil terão, para o pleito de 2026, direito ao maior repasse do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), o famoso Fundo Eleitoral, algo em torno de mais de R$ 1 bilhão, para o custeio de campanhas eleitorais no Brasil, bem como o maior tempo de rádio e televisão.

Em março, Ciro Nogueira revelou que a aliança entre os partidos estava sendo costurada desde o ano passado e que o modelo de federação foi o escolhido porque une as duas siglas, que passam a atuar como uma só por, no mínimo, quatro anos.

Os arranjos também estabelecem que deve haver um alinhamento das siglas nas campanhas, o que significa que a “superfederação” deve caminhar de forma unificada nas disputas, definindo conjuntamente candidaturas que representem a aliança, permitindo que os resultados eleitorais dos dois partidos sejam somados para o cálculo da cláusula de barreira.

Em Mato Grosso do Sul, o Correio do Estado apurou que a “superfederação” de PP e União Brasil lançará chapa única, tendo 1 candidato a senador, 9 candidatos a deputado federal (3 mulheres e 6 homens) e 25 candidatos a deputado estadual (9 mulheres e 16 homens).

A reportagem apurou ainda que a “superfederação” só terá um candidato ao Senado, pois está encaminhando uma aliança com o Republicanos, que também poderá lançar um candidato ao cargo, já que no pleito do próximo ano serão duas vagas para a Casa de Leis.

Com relação ao fato de não lançar candidato a governador, o motivo é que há um consenso de que tanto PP quanto União Brasil vão apoiar a reeleição do governador Eduardo Riedel (PSDB). 

No Estado, a “superfederação” já nascerá com 1 senadora, 1 deputado federal, 3 deputados estaduais, 18 prefeitos, 24 vice-prefeitos e 207 vereadores. 

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Haddad afirma que EUA são incoerentes ao tarifar o Brasil

Postura brasileira é a melhor possível ante um parceiro histórico, diz

17/04/2025 07h00

Foto: Fernando Frazão/ Agência Brasil

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quarta-feira (16) que o governo dos Estados Unidos é incoerente por estabelecer tarifas adicionais aos produtos brasileiros. Segundo Haddad, a atitude não faz sentido para um país que tem superávit em relação a outro.

"Essa é a incoerência que estamos tentando chegar às autoridades americanas. E vamos ter que fazer valer o que o Congresso aprovou com unanimidade, a Lei da Reciprocidade. Mas a diplomacia brasileira é expert nisso, vai saber tomar as medidas certas na hora certa, depois de muita negociação", disse o ministro.

"Acredito que o governo brasileiro está tomando a melhor postura possível. Considerar um parceiro histórico. Entender que é um momento delicado da história americana, e temos que saber lidar com isso. E colocando nossos pontos de vista, que são totalmente defensáveis."

As tarifas a que o ministro se refere foram impostas pelo governo de Donald Trump a todos os parceiros comerciais no início do mês. Em média, as tarifas foram de 10% para países da América Latina, de 20% para Europa e de 30% para Ásia.

Haddad atendeu à imprensa depois de participar do programa Sem Censura, da TV Brasil, em que falou sobre a reforma do Imposto de Renda (IR) e sobre a necessidade da sociedade brasileira discutir a desigualdade tributária.

Crédito consignado

O ministro da Fazenda também voltou a falar sobre a possibilidade de uso do crédito consignado pelo trabalhador celetista, que tem carteira de assinada. Lançado no mês passado, o Crédito do Trabalhador oferece melhores condições de juros em relação aos de mercado.

Na terça, durante evento em Paracambi, região metropolitana do Rio, o ministro havia recomendado prudência aos trabalhadores, para evitarem contrair dívidas desnecessárias. Ele lembrou que o empréstimo por consignado é um dos recursos possíveis, mas "não resolve todos os problemas".

"Não existe uma bala de prata que vai resolver o problema de todos as pessoas, independentemente da sua situação. Há 20 anos, pensamos no consignado, inclusive privado, que não aconteceu. Aconteceu o do servidor público, o do aposentado, e o do celetista ficou muito acanhado, porque dependia de um convênio entre a empresa e o banco. Entendemos que agora, pelos novos mecanismos criados, pela tecnologia, nós vamos conseguir criar um marketplace de crédito mais barato. É para um determinado público", disse Haddad.

Haddad acrescentou que o Congresso Nacional também precisa avançar em projetos que estão em tramitação.

"Falei com o senador [Davi] Alcolumbre [presidente do Congresso], que tem uma lei pronta para ser aprovada no Senado. Já passou pela Câmara com larga margem de votação. E está no Senado há seis meses. Ela abre novas possibilidades de crédito para quem não é celetista. Mas eu preciso do Congresso, preciso da lei dando amparo ao que estou imaginando. Já tem um tempo razoável para o Senado se debruçar sobre ela. Vai abrir um novo campo de oportunidades para quem é empreendedor e para quem é informal", disse o ministro.

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