Política

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Um anjo mau

Um anjo mau

Redação

16/04/2010 - 20h51
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Mariana Trigo, TV Press

 

Apesar do jeito frágil, visual retrô, pele alva e aparência de "biscuit", Débora Falabella sempre imprimiu força e uma certa petulância aos personagens que interpretou. Essa ambivalência traz equilíbrio e imprime personalidade aos constantes papéis de destaque que esta atriz, de 31 anos, coleciona na tevê – desde que estreou como a inquieta Antônia em "Malhação".

De lá para cá, esta mineira de Belo Horizonte colecionou tipos fortes em novelas e minissérie. No entanto, em seus 15 anos de carreira, Débora ainda não havia interpretado uma vilã ou feito qualquer personagem com vertente cômica. Mas, em seu primeiro trabalho após o nascimento da filha Nina, há 10 meses, a atriz volta à tevê unindo estas duas características na pele da maquiavélica e ruiva Beatriz, em "Escrito nas estrelas". Na trama de Elizabeth Jihn, a personagem de Débora é aliada da mãe Sofia, de Zezé Polessa, que interpreta uma mulher interesseira e arma todas ao lado da filha. Voltar a trabalhar em uma novela das seis é bem mais calmo pelo ritmo de gravação. O que parece que não vai ser tranquilo são as armações da Beatriz. "Ela é uma mau-caráter, não vale nada. Mas tem um lado cômico forte para contrabalançar", adianta.

Em 15 anos de carreira na tevê, você nunca interpretou uma vilã. Por que demorou tanto?

R - Às vezes olho para trás e falo: "nossa, já trabalhei demais!". Acho que já fiz muita coisa e fui deixando a carreira me levar mesmo. Não pintou uma personagem assim antes. Queria muito não só fazer uma vilã, mas uma personagem voltada para a comédia e papéis diferentes do que já tinha feito. Estava sempre na mesma linha de trabalho. É desafiador poder brincar em cena e pirar nas loucuras com uma atriz que também se propõe a isso, como a Zezé Polessa. A gente não improvisa muito no texto, mas nas ações.

Às vezes olho para trás e falo: "nossa, já trabalhei demais!". Acho que já fiz muita coisa e fui deixando a carreira me levar mesmo. Não pintou uma personagem assim antes. Queria muito não só fazer uma vilã, mas uma personagem voltada para a comédia e papéis diferentes do que já tinha feito. Estava sempre na mesma linha de trabalho. É desafiador poder brincar em cena e pirar nas loucuras com uma atriz que também se propõe a isso, como a Zezé Polessa. A gente não improvisa muito no texto, mas nas ações.

Estrear numa vilã cômica traz leveza e ameniza a maldade?

R - Acho que ameniza mesmo. Foi bom fazer essa primeira vilã na tevê dessa forma, porque vilão é um personagem muito pesado, você acaba mexendo com situações mais carregadas. Sei que ela não é uma vilã de novela das oito, como a Flora, da Patrícia Pillar, que se mostrou uma grande vilã (em "A favorita"). Ela é malvada, mas joga para o humor, as coisas que ela faz dão errado. A novela tem uma suavidade no núcleo dela.

Acho que ameniza mesmo. Foi bom fazer essa primeira vilã na tevê dessa forma, porque vilão é um personagem muito pesado, você acaba mexendo com situações mais carregadas. Sei que ela não é uma vilã de novela das oito, como a Flora, da Patrícia Pillar, que se mostrou uma grande vilã (em "A favorita"). Ela é malvada, mas joga para o humor, as coisas que ela faz dão errado. A novela tem uma suavidade no núcleo dela.

Fugitiva

CCJ da Câmara abre prazo para Carla Zambelli apresentar defesa no processo de cassação

A parlamentar tem o limite de cinco sessões para expor sua defesa escrita e indicar provas

23/06/2025 23h00

CCJ da Câmara abre prazo para Carla Zambelli apresentar defesa no processo de cassação

CCJ da Câmara abre prazo para Carla Zambelli apresentar defesa no processo de cassação Divulgação

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A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados instaurou nesta segunda-feira, 23, um prazo para que a deputada licenciada Carla Zambelli (PL-SP) se defenda no processo de cassação do seu mandato.

A parlamentar tem o limite de cinco sessões para expor sua defesa escrita e indicar provas, contando a partir de 24 de junho.

O Estadão procurou a defesa da deputada para obter uma manifestação e não havia obtido resposta até o momento da publicação. O espaço continua disponível para atualização.

O processo de cassação de Zambelli tem como relator o deputado federal Diego Garcia (Republicanos-PR), escolhido pela CCJ na última terça-feira, 17. Ele é opositor do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e, durante seus três mandatos, já teve embates com parlamentares petistas.

A CCJ deve analisar a cassação de Zambelli e dar parecer positivo ou negativo. Em seguida, o processo será submetido à votação no plenário da Câmara. Para que Zambelli efetivamente seja destituída de seu cargo, 257 parlamentares precisam votar a favor.

Zambelli enfrenta o processo de perda de mandato devido à sua condenação, em 14 de maio, pela invasão do sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça. A sentença do Supremo Tribunal Federal (STF) também determinou que a congressista fosse presa por dez anos.

Zambelli deixou o País dias após a decisão e se refugiou na Itália, país em que possui nacionalidade. O juiz Alexandre de Moraes, do STF, decretou prisão preventiva da deputada por motivo de fuga, a captura ainda não se cumpriu.

Atualmente, um processo de extradição corre contra Zambelli e seu nome foi incluído na lista de difusão vermelha da Interpol. As redes sociais da deputada e de seus familiares também foram retiradas do ar por determinação do Supremo.

Guerra

Irã cogita suspender cooperação com agência fiscalizadora da ONU para energia nuclear

A ideia da suspensão partiu do Parlamento iraniano e foi divulgada pelo seu presidente

23/06/2025 22h00

Irã cogita suspender cooperação com agência fiscalizadora da ONU para energia nuclear

Irã cogita suspender cooperação com agência fiscalizadora da ONU para energia nuclear Divulgação

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O Irã planeja suspender a cooperação com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), a agência de energia nuclear da ONU, depois de sofrer os ataques dos Estados Unidos. A ideia da suspensão partiu do Parlamento iraniano e foi divulgada pelo seu presidente, o deputado Mohammad Bagher Ghalibaf.

Na rede social X, Ghalibaf disse que a AIEA, agência da ONU responsável por monitorar os níveis de enriquecimento de urânio, não tem objetividade e profissionalismo. Segundo Ghalibaf, os deputados trabalham para aprovar um projeto que suspenderia a cooperação das autoridades com a agência.

No início deste mês, a AIEA censurou Teerã pela primeira vez em 20 anos pela falta de cooperação com a agência em torno das atividades nucleares. A agência também avaliou que o Irã tinha estoques oficiais para fabricar várias bombas atômicas.

A iniciativa de suspender é mais uma ação do Parlamento iraniano, que também ameaçou neste domingo fechar o Estreito de Ormuz, por onde passa 20% do petróleo mundial, em retaliação aos ataques dos EUA no sábado.

Essa proposta foi aprovada pelos deputados e encaminhada ao Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irã, que tem a palavra fim. O fechamento também passa pelo crivo do líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei

Teerã retaliou os ataques nesta segunda-feira com uma ofensiva contra a Base Aérea de Al-Udaid, que abriga o Comando Central dos EUA no Oriente Médio. A base fica localizada no Catar e é a maior e mais estratégica dos EUA na região.

O Irã coordenou os ataques à base aérea americana no Catar com autoridades catarianas e avisou com antecedência que os ataques estavam por vir, a fim de minimizar as baixas, de acordo com três autoridades iranianas familiarizadas com os planos. A base estava em alerta para ataques há dias, desde o início do confronto entre Israel e Irã.

O Catar disse que suas defesas aéreas interceptaram com sucesso os mísseis iranianos. Ainda de acordo com o governo do Catar, a situação no país é estável e não houve maiores danos.

O Catar anunciou que está suspendendo temporariamente o tráfego em seu espaço aéreo "para garantir a segurança dos cidadãos, residentes e visitantes". Os Emirados Árabes Unidos e o Bahrein tomaram uma medida similar. Os dois países servem como hub de aviação para rotas entre a Europa e a Ásia. 

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