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Deputado federal

Simulação ou atentado? Um ano depois, PF e Trutis mantêm versões opostas

Investigação contra Loester Trutis continua no Supremo Tribunal Federal e entrará na reta final neste semestre

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Já se passou um ano desde que o deputado federal Loester Trutis (PSL) foi às redes sociais para denunciar que tinha escapado de um atentado a tiros na BR-060, entre Campo Grande e Sidrolândia. 

Desde a manhã do dia 16 de fevereiro de 2020, domingo, a versão do parlamentar descolou-se da apurada pela Polícia Federal, que hoje suspeita que ele teria simulado o atentado.  

Últimas notícias

O incidente ainda gera desdobramentos e chegou ao seu auge no dia 12 de novembro de 2020, quando a Polícia Federal desencadeou uma operação para o cumprimento de vários mandados de busca e apreensão nos endereços ligados a Trutis, ao irmão dele, Alberto Carlos Gomes de Souza, ao seu assessor, Ciro Fidelis, e ao ex-primeiro-secretário do PSL de Campo Grande, Jovani Batista da Silva. Os dois últimos também integram o Movimento Conservador de Mato Grosso do Sul.

Quase prisão

Foi nesta operação policial que Trutis quase foi preso. Só não foi porque as mudanças na legislação advindas do pacote anticrime do ex-ministro Sergio Moro, enviado ao Congresso em 2019 e ao qual o deputado federal campo-grandense votou a favor, não permitiram.  

Com a nova lei, prisões em flagrante de posse irregular de arma de fogo para alguns casos, como o de Trutis, que registra suas armas como colecionador, não são mais permitidas.

A operação ocorreu dias antes da eleição para prefeito, à qual Trutis chegou a se candidatar em Campo Grande, mas sofreu um revés dentro do próprio partido, que acabou indo às urnas com o ex-vereador Vinicius Siqueira.  

Naquele dia, o deputado passou todo o tempo na Superintendência Regional da Polícia Federal em Campo Grande. A Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) chegou a reservar uma cela para ela. 

A prisão em flagrante, porém, não foi concretizada e não foi permitida pela ministra do Supremo Tribunal Federal Rosa Weber, que autorizou as buscas e apreensões e permitiu que a operação ocorresse.  

O quase flagrante ocorreu por causa da apreensão de um fuzil Taurus T4 (arma de uso restrito), além de uma pistola 9 mm, um carregador com 14 munições e um revólver .357 com 10 munições.  

Com Alberto Carlos, irmão de Trutis, a Polícia Federal ainda apreendeu um certificado de registro de arma não especificada emitido pelo Exército.  

No desdobramento mais recente do inquérito, Trutis e os outros três investigados pediram a devolução das armas.  

A Procuradoria-Geral da República, por meio do vice-procurador-geral, Humberto Jacques de Medeiros, negou o pedido e afirmou que as armas são imprescindíveis para a investigação.  

Indícios

A operação foi desencadeada quase nove meses após o incidente. Para evitar que todo o inquérito subisse para o STF e o departamento de Polícia Federal em Brasília, os alvos da investigação em Campo Grande foram Ciro Nogueira Fidelis, assessor parlamentar de Trutis que dirigia o Toyota Corolla alugado por seu gabinete na Câmara dos Deputados, Jovani Batista da Silva e Alberto Carlos Gomes de Souza.  

Na investigação, além dos trabalhos de perícia e balística, os policiais também solicitaram imagens de câmeras de várias empresas localizadas no trajeto, e as conclusões não coincidiram com as alegações do deputado.  

Em seu depoimento, o deputado disse ter sido abordado na rodovia por uma caminhonete Mitsubishi L200 e que só conseguiu escapar do atentado porque Fidelis, que dirigia o Corolla, executou uma manobra brusca: freou abruptamente, deixou que a picape seguisse o caminho e depois revidou a tiros.  

No mesmo depoimento, Trutis também contou que os integrantes da caminhonete portavam uma carabina .40 (CTT .40).

Não foi o que a perícia da Polícia Federal concluiu. As câmeras do posto da Secretaria de Fazenda (Sefaz) identificaram apenas três veículos no momento do atentado: um Renault Kangoo, um Ford Ka e uma picape Fiat Strada.

A perícia ainda concluiu que os tiros no Corolla foram disparados por uma pessoa que estava em pé, e não em movimento, e que não eram projéteis de uma CTT .40, e sim de uma pistola Glock 9 mm.  

Coincidência ou não, o deputado federal Loester Trutis exibe uma pistola deste modelo em suas redes sociais. E este foi o principal cruzamento de informação que levou o inquérito a subir para o STF (Trutis tem foro privilegiado) em 3 de novembro do ano passado.  

Outros elementos, como rastreamento do carro via GPS, também alicerçam os crimes que a Polícia Federal suspeita que tenham sido cometidos: falsa comunicação de crime, disparo de arma de fogo, dano e posse ilegal de arma de fogo.  

Foi para investigar se a Glock de Trutis é a mesma que alvejou o Corolla que a operação de novembro foi desencadeada.

Deputado diz ter havido má-fé na investigação da Polícia Federal

Ao Correio do Estado, o deputado federal Loester Trutis disse considerar que a investigação conduzida pela Polícia Federal em Campo Grande foi parcial e que houve “má-fé” por parte dos que a conduziram.  

O deputado questiona as alegações ponto a ponto. Sobre o rastreamento do GPS, ele lembra que o Corolla foi devolvido à locadora e o dispositivo já foi formatado, o que impede que ele solicite uma segunda perícia no aparelho. 

“Por que não foi avisado que seria feita uma perícia no GPS do carro para a gente também ter acesso ou, se necessário, para que se fizesse uma perícia judicial?”, questionou.

Trutis questiona alguns dados do laudo, como, por exemplo, o de que ele estava a 240 metros do local do incidente. 

“Só que se você for ler o mesmo laudo, ele fala que esse tempo não passou de 40 segundos. Não sei se você já pegou um Uber ou mandou a localização para alguém e chega uma localização diferente, que dá até um constrangimento. Isso não é exatamente normal”, defendeu-se.

O deputado também questiona a investigação, que encontrou duas picapes L200, velhas (com fotos anexadas ao inquérito) e que não teriam condições mecânicas de perseguir o Corolla conforme descrito.

“É má-fé, colocaram até o carro velho no inquérito. Pô, você acha mesmo que assassino contratado, traficante, usa carro próprio para fazer isso [o atentado]? Eles nunca ouviram falar em placa clonada? Em placa adulterada? Eles acham mesmo que alguém pegou um carro no nome de alguém e atirou em um deputado federal? Não, ele não acha isso. É má-fé!”.

Trutis também questiona o ponto que motivou a operação contra ele em novembro último: a pistola Glock 9 mm. Ele afirma que se trata de uma pistola para a prática de air soft (jogo que simula operações policiais com munições de pressão não letais). 

“Se você perguntar para qualquer especialista de segurança pública, para qualquer policial civil, do CAT, do Bope, do Choque ou policial militar, ele vai te confirmar que aquela arma, pelo formato de saída de munição do cano dela, é de air soft”, alegou.

Quanto aos dois habeas corpus ajuizados em dezembro, aos quais não foi dado seguimento pelos ministros plantonistas do Supremo Tribunal Federal, Trutis questiona a cobertura da imprensa. 

“Eu não estou querendo travar a investigação [como divulgado]. Eu só quero que ela não seja concluída enquanto nossos argumentos não forem levados em conta”, afirma.  

Ele cita a devolução do GPS, por meios administrativos, que ele considera uma “destruição de prova”. “São esses absurdos que eu quero que sejam levados em conta antes da conclusão do inquérito”, disse o deputado.  

Conselho de ética

Por fim, Loester Trutis disse não acreditar que o caso chegue ao Conselho de Ética da Câmara e venha a prejudicar o seu mandato de deputado federal. 

“Tenho o apoio de todos os meus colegas, inclusive os que são delegados, membros do meu convívio, alguns que já integraram a lista tríplice da PF [Polícia Federal]. Eles acham um absurdo o que foi alegado”, afirma.  

“Então eu acho muito difícil haver o indiciamento com a conclusão desse inquérito, seja ela qual for. Eu estou muito tranquilo, quem não deve não teme”, concluiu. (EM)

INQUÉRITO

Tenente Portela foi o 'embaixador' da tentativa de golpe em MS, revela PF

No fim de 2022, ele era um frequentador assíduo do Palácio da Alvorada, visitando constantemente o então presidente

27/11/2024 08h02

Tenente Portela ainda acreditava no sucesso de um golpe de Estado

Tenente Portela ainda acreditava no sucesso de um golpe de Estado Reprodução

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Relatório da Polícia Federal (PF), divulgado ontem, após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), retirar o sigilo, revelou, depois das análises dos telefones celulares apreendidos, que o presidente do PL em Mato Grosso do Sul, Aparecido Andrade Portela, mais conhecido como Tenente Portela, primeiro-suplente da senadora Tereza Cristina (PP), atuou como um intermediário entre o governo do então presidente da República Jair Messias Bolsonaro (PL) e os “financiadores” das manifestações antidemocráticas residentes em Mato Grosso do Sul. 

Segundo a PF, no fim de 2022, Tenente Portela era um frequentador assíduo do Palácio da Alvorada, visitando o então presidente constantemente. No dia 26 de dezembro de 2022, em diálogo pelo aplicativo WhatsApp entre Portela e o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, então ordenança de Bolsonaro, ambos tratavam da concretização do golpe de Estado.

“Mauro Cid é cobrado pelo Tenente Portel sobre a ‘realização de um churrasco’. Diz: ‘O pessoal q colaborou com a carne, estão me cobrando se vai ser feito mesmo o churrasco’. ‘Pois estão colocando em dúvida, a minha solicitação’.

A contextualização da mensagem com os demais elementos de prova indica que Portela utilizou o codinome ‘churrasco’ para se referenciar ao golpe de Estado.

Nesse sentido, o investigado repassa a Mauro Cid que, possivelmente, pessoas que financiaram os atos antidemocráticos com a ‘colaboração da carne’ estariam cobrando a consumação do ato de ruptura institucional pelo presidente Jair Bolsonaro”, trouxe o relatório da PF.

Dando esperança

Em resposta ao Tenente Portela, Mauro Cid disse o seguinte: “Vai sim. Ponto de honra. Nada está acabado ainda da nossa parte”. Ou seja, conforme a PF, Mauro Cid estava alimentando a esperança do suplente de senador de que ainda era possível o golpe de Estado. 

A sequência do diálogo reforça que estavam tratando da possibilidade de uma ruptura institucional. “Mauro Cid ainda se oferece para intermediar uma possível solução ‘se quiser eu falo com eles...para tirar da sua conta’.

Tenente Portela responde: ‘Se eles vier aqui em casa, eu ligo, por viva vós (sic) p o sr.’ E completa: ‘Vamos vencer de alguma forma’”.

Ainda no relatório, a PF contextualizou que Tenente Portela era amigo próximo de Bolsonaro desde o período em que ambos serviram na cidade de Nioaque, na década de 1970. 

“Conforme notícias veiculadas em fontes abertas, Tenente Portela, como é conhecido, foi indicado pelo ex-presidente para ser suplente da senadora Tereza Cristina. De acordo com os registros de entrada e saída de pessoas no Palácio da Alvorada (Ofício n° 38/2023/GAB/GSI), o investigado Tenente Portela realizou ao menos 13 visitas no mês de dezembro de 2022 ao então presidente Jair Bolsonaro, o que evidencia a proximidade de ambos”, reforçou.

É nesse contexto que a PF identificou os diálogos entre Tenente Portela e o então ajudante de ordens e atual colaborador Mauro Cid, fazendo com que a conversa ganhasse relevância para a investigação. 

“Considerando que o Tenente Portela possui residência em Campo Grande-MS, onde é suplente de senador, a cobrança do mesmo a Mauro Cid no dia 26/12/2022, apenas 2 dias após estar junto ao então presidente no Palácio da Alvorada, para que ‘ocorra um churrasco’ e que, segundo ele, pessoas que teriam ‘contribuído com a carne’ o estariam cobrando, revela que ambos tinham objetivos em comum”. 

Os diálogos, realizados por meio de mensagens cifradas, técnica comum no meio militar, demonstram que os interlocutores ainda tinham a esperança de concretizar o plano que estava em ação desde o fim do segundo turno das eleições presidenciais de 2022.

“Ao ser cobrado por uma ação mais contundente do então presidente Jair Bolsonaro (‘realização de um churrasco’), Mauro Cid tenta manter o ânimo do aliado, ao dizer que ainda tem esperança de que seja desencadeada alguma ação: ‘Nada ainda está acabado de nossa parte’”.

Intento golpista

No relatório, fica evidenciado o intento golpista dos diálogos no dia 29 de dezembro de 2022, quando Tenente Portela volta a enviar mensagens para Mauro Cid pelo aplicativo WhatsApp, questionando: “Alguma esperança ainda?. Ou podemos aceitar a derrota?”.

É então que Mauro Cid responde: “zero...”. No dia seguinte, 30 de dezembro de 2022, Tenente Portela envia uma mensagem, mas a apaga, porém, mais tarde, no mesmo dia, tenta realizar uma chamada de voz para Mauro Cid, mas ele responde que estaria em voo – nesse horário Mauro Cid estaria voando para os Estados Unidos da América no avião presidencial.

*Saiba

“Churrasco” era código para golpe de Estado

No relatório, a Polícia Federal apontou que, na contextualização da troca de mensagens entre Tenente Portela e Mauro Cid com os demais elementos de prova, o suplente de senador utilizou o codinome “churrasco” para se referenciar a golpe de Estado. “O pessoal que colaborou com a carne, estão me cobrando se vai ser feito mesmo o churrasco”, escreveu Portela para Cid.

Já no dia 9 de janeiro de 2023, evidenciando preocupação após a tentativa de golpe de Estado no dia anterior, na Praça dos Três Poderes, em Brasília (DF), Tenente Portela envia a Mauro Cid diversas mensagens de usuários da rede social X, que estariam reconhecendo pessoas de Mato Grosso do Sul que teriam participado dos atos antidemocráticos do dia 8 de janeiro de 2023.

“Pessoal está em cima de mim aqui, infelizmente vou ter que devolver a parte desse pessoal, minha vida está um inferno”, disse o suplente de senador, acrescentando ainda que tentaria pagar os valores de forma parcelada, mas que não teria cargo nenhum e que tentou pegar um empréstimo consignado, mas não teria margem suficiente.

Mauro Cid então informa que enviou a resposta no aplicativo Signal, o que indica o cuidado que ambos teriam para não serem descobertos.

“Diante dos diálogos identificados, restou claro que o investigado Tenente Portela atuou de forma direta na solicitação e arrecadação de recursos financeiros entre apoiadores do plano de ruptura do Estado Democrático de Direito. Verificou-se também que os investigados tinham confiança de que os atos antidemocráticos ocorridos no 8/1/2023 desencadeariam ações concretas das Forças Armadas para executar um golpe de Estado”, trouxe o relatório da PF.

Temor

Ainda de acordo com o documento, além de arrecadar recursos e sugerir linhas de ação, Tenente Portela também apresentava a preocupação de que pudesse ser identificado por outros usuários de redes sociais como um organizador dos atos criminosos ocorridos no dia 8 de janeiro de 2023. 

“A preocupação dele com as denúncias com relação aos ataques de 8 de janeiro fica clara quando envia mensagens com prints para Mauro Cid. As mensagens partiram do perfil @camilajarams, da candidata a deputada federal Camila Jara (eleita) no X (Twitter).

Ela buscava informações sobre ‘golpistas’ e pedia para que enviassem dados por mensagem direta”, relatou a PF.

Já no dia 12 de janeiro de 2023, em função da resposta eloquente dada pelas instituições para combater os atos antidemocráticos, o investigado passa a se desesperar, no sentido de que teria de ‘‘devolver a parte desse pessoal’’. 

“Os diálogos demonstram a atuação do mesmo [Tenente Portela] como agente intermediário de arrecadação e financiamento de ações antidemocráticas que resultaram no episódio do 8/1/2023.

Assim, tem-se que a gravidade das condutas identificadas em relação ao investigado Aparecido Portela (Tenente Portela) são relevantes do ponto de vista penal, uma vez que atuou como elo de financiamento entre apoiadores da causa golpistas e os interesses do núcleo mais próximo do então presidente Jair Bolsonaro.

A extração pericial, formalizada no Laudo nº 1522/2023, do telefone celular apreendido em poder de Jair Messias Bolsonaro, identificou trocas de mensagens, por meio do aplicativo WhatsApp, entre Aparecido Portela e o ex-presidente, evidenciando uma relação subjetiva entre ambos”.

A reportagem tentou contato com Tenente Portela, mas, até o fechamento desta edição, não obteve sucesso. O espaço continua aberto para posterior declaração do presidente estadual do PL.

 

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Tentativa de golpe

Golpe de Estado fracassou por falta de apoio militar, revela investigação da PF

Além do Exército, a Aeronáutica também se recusou a participar da tentativa de golpe

26/11/2024 21h00

Palácio do Governo

Palácio do Governo Antônjo Cruz/ Agência Brasil

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A Polícia Federal (PF) concluiu que o plano de golpe de Estado articulado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados não se concretizou devido à falta de apoio do Exército. O relatório, que indiciou Bolsonaro e outras 36 pessoas por tentativa de golpe, teve seu sigilo removido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo a investigação, o golpe estava previsto para 15 de dezembro de 2022, três dias após a diplomação do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. Nessa data, Bolsonaro se reuniu no Palácio da Alvorada com figuras-chave, incluindo o então ministro da Justiça, Anderson Torres, e os generais da reserva Braga Netto e Mario Fernandes.

A PF afirma que uma operação clandestina para prender o ministro Alexandre de Moraes estava em andamento no mesmo dia. No entanto, o plano foi abortado quando os conspiradores souberam que não teriam o apoio das tropas comandadas pelo general Freire Gomes.

"Apesar de todas as pressões realizadas, o general Freire Gomes e a maioria do alto comando do Exército mantiveram a posição institucional, não aderindo ao golpe de Estado", declara o relatório da PF.

A investigação também revelou que, além do Exército, a Aeronáutica se recusou a participar da tentativa de golpe. Por outro lado, o comandante da Marinha, almirante Almir Garnier, e o ministro da Defesa, Paulo Sérgio, teriam aderido ao plano.

O fracasso do golpe está diretamente ligado à falta de confiança do grupo em avançar sem o apoio militar necessário. Isso teria impedido Bolsonaro de assinar a minuta golpista encontrada durante as investigações.

Este episódio ocorreu em um contexto de tensão política, com tentativas de invasão à sede da Polícia Federal em Brasília e incêndios em ônibus nas proximidades, horas após a diplomação de Lula e Alckmin pelo Tribunal Superior Eleitoral.

A revelação desses detalhes pela Polícia Federal lança nova luz sobre os eventos que se seguiram às eleições de 2022, demonstrando a importância da postura institucional das Forças Armadas na manutenção da democracia brasileira.

*Com informações de Agência Brasil

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