Política

Rota Bioceânica

"Grande mérito da Rota Bioceânica foi do governo Temer", diz Zeca do PT

Liderada pelo deputado, Frente Parlamentar para o Acompanhamento da Implantação da Rota Bioceânica foi acatada pela Mesa Diretora da Assembleia Legislativa

Continue lendo...

A proposta de Zeca do PT para criação da Frente Parlamentar para o Acompanhamento da Implantação da Rota Bioceânica foi acatada pela Mesa Diretora da Assembleia Legislativa. Além de Zeca, que será coordenador deste grupo de trabalho, a proposição contou com a adesão de outros 21 deputados.

De acordo com o Ato nº 04/2023 publicado pela Mesa Diretora, a Frente Parlamentar tem por finalidade acompanhar os investimentos e ações para implantação da Rota Bioceânica, bem como propor e discutir as políticas públicas relacionadas a este projeto.

Em entrevista ao Correio do Estado, o deputado afirmou que o debate acerca da Rota Bioceânica dentro da Assembleia Legislativa é fundamental para falar sobre sua importância e significado para Mato Grosso do Sul.

“A rota é um sonho que nós, eu e meus irmãos que já morreram, começamos a 30, 40 anos atrás, que muita gente achava que era mentira. Hoje é uma realidade, que vai nos tornar o centro da América do Sul, vai tornar o Mato Grosso do Sul altamente competitivo no mercado asiático para colocar nosso produto, a proteína animal, vegetal, soja, milho, carne, enfim, de forma muito competitiva, gerando riqueza e emprego aqui no estado. Como que a assembleia não vai discutir isso?”, destacou.

Para Zeca, o grande mérito da Rota Bioceânica é do governo de Michel Temer, que foi presidente do Brasil de 31 de agosto de 2016 a 1 de janeiro de 2019.

“O grande mérito da Bioceânica, para a gente ser honesto e justo, foi o governo Temer, foi o ex-ministro Marun, que bateram o martelo e conseguiram os recursos da Itaipu Binacional em uma negociação com o governo paraguaio, para acelerar a construção da ponte, que é fundamental. Sem a ponte não tem a rota, e sem a rota não tem a ponte”, comentou.

O deputado ainda destacou as ações do governo do Paraguai para o avanço do projeto.

“O governo paraguaio tomou a iniciativa e garantiu na negociação asfaltar todo o trecho dentro do território paraguaio, e já asfaltou mais da metade. Falta em torno de 200 quilômetros em território paraguaio, que já está licitado e deve começar logo em março. Do lado paraguaio, 60% das estruturas de sustentação da ponte já estão prontas”, afirmou.

Em terceiro lugar, entra o mérito do  Governo do Estado, desde o mandato de Reinaldo Azambuja (PSDB) e este início de governo de Eduardo Riedel (PSDB).

“Eu acho que o grande mérito depois disso foi o governo do Reinaldo, que botou técnicos, que acompanhou e que garantiu. O que o Lula tem feito, e a gente tem que ser justo, foi uma reivindicação do governador Eduardo Riedel, que garantiu R$ 100 milhões via bancada. O deputado Vander Loubet teve um papel importante, e a bancada federal, para se fazer a alça, que sai da BR-267 e vai até a cabeceira da ponte para atravessar o rio Paraguai”, concluiu.

Sob coordenação de Zeca do PT, a Frente Parlamentar da Rota Bioceânica será composta pelas deputadas Lia Nogueira e Mara Caseiro, e pelos deputados Amarildo Cruz, Antonio Vaz, Coronel David, Gerson Claro, Jamilson Name, João Henrique, João Mattogrosso, Junior Mochi, Lidio Lopes, Londres Machado, Lucas de Lima, Marcio Fernandes, Paulo Corrêa, Pedro Kemp, Pedrossian Neto, Professor Rinaldo, Rafael Tavares, Renato Câmara e Roberto Hashioka.

Andamento das Obras

Em Carmelo Peralta, no Paraguai, a construção da ponte que conecta a cidade a Porto Murtinho, principal ligação para concretizar o Corredor Bioceânico, segue em ritmo acelerado.

Segundo informações do Ministério de Obras Públicas e Comunicações do Paraguai (MOPC), divulgadas na última quarta-feira (22), a implantação das 300 estacas da ponte está 65% concluída.

Pedro Martínez, engenheiro residente, explicou que a obra é composta por três partes: dois viadutos de acesso nas duas margens do rio Paraguai, e a própria ponte estaiada, que terá 650 metros de extensão.

“Do lado paraguaio é onde se tem o maior avanço na parte das estacas (65%); depois há os cabeçotes que atingiram aproximadamente 50% de avanço, acrescentando que também está avançando na construção dos pilares da ponte, estimando sua conclusão em quatro meses”, afirmou.

As estacas citadas são cilindros de betão armado que servem de fundação à ponte a uma profundidade entre 33 e 43 metros que estão embutidos no maciço rochoso denominado xisto.

A nova ponte em Porto Murtinho será a terceira ligando o Brasil ao Paraguai. A primeira é a Ponte da Amizade, em Foz do Iguaçu (PR), enquanto a segunda é a Ponte da Integração, no mesmo município. 

Rota Bioceânica

A Rota Bioceânica vai encurtar em 8 mil km a distância percorrida pelos produtos brasileiros rumo ao mercado asiático, integrando Brasil, Paraguai, Argentina e Chile. A ordem de serviço da ponte, que será implantada no km 1000 da Hidrovia do Paraguai e distante 7 km pelo rio ao norte de Porto Murtinho, foi dada no dia 13 de dezembro de 2021 pelo presidente paraguaio Mario Abdo Benitez, em ato na fronteira com a presença do governador Reinaldo Azambuja.

Na ocasião, o então governador Reinaldo Azambuja reforçou a importância da obra para a economia, cultura e turismo.

“A ponte tem um simbolismo muito forte ao garantir esse corredor ao Pacífico, que dará maior competitividade a Mato Grosso do Sul e a toda região Centro-Oeste, integrando definitivamente o bloco de quatro países não só economicamente, mas também na cultura e no turismo”, destaca o governador. “O Centro-Oeste exporta 68% de sua produção aos países asiáticos e a rota vai encurtar distâncias e reduzir o custo do frete em até 35%.”
 

Política

Avaliações positiva e negativa do STF crescem e mostram divisão da percepção da população

O porcentual de brasileiros que avaliam positivamente o trabalho do STF subiu de 23% para 33% entre julho e dezembro deste ano; percepção negativa, que segue predominante, avançou de 32% para 36%

19/12/2025 22h00

Supremo Tribunal Federal (STF)

Supremo Tribunal Federal (STF) Crédito: Fábio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil

Continue Lendo...

Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta sexta-feira, 19, mostra que cresceram as avaliações positivas e negativas sobre o trabalho do Supremo Tribunal Federal (STF), mostrando uma divisão da percepção da população brasileira sobre a atuação da Corte.

O porcentual de brasileiros que avaliam positivamente o trabalho do STF subiu de 23% para 33% entre julho e dezembro deste ano. No mesmo período, a percepção negativa, que segue predominante, avançou de 32% para 36%. Já a avaliação regular recuou de 34% para 24%.

No intervalo entre os dois levantamentos, a Primeira Turma do STF condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a 27 anos e três meses de prisão pelos crimes de organização criminosa armada, golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, deterioração de patrimônio tombado e dano qualificado contra o patrimônio da União.

Entre as duas edições da pesquisa, também houve mudança no comando da Corte. O ministro Edson Fachin assumiu a presidência do tribunal e o ministro Luís Roberto Barroso se aposentou. Fachin adota um perfil mais discreto e defende a chamada "autocontenção" do Judiciário, em contraste com o antecessor, que sustentava que o Supremo deveria exercer um "papel iluminista" e atuar de forma mais protagonista na definição de direitos.

No mesmo período, o secretário de Estado do governo Donald Trump, Marco Rubio, revogou o visto do ministro Alexandre de Moraes e de seus familiares, além de outros sete integrantes do STF. O governo dos Estados Unidos também aplicou sanções a Moraes com base na Lei Magnitsky, norma criada para punir violadores graves de direitos humanos. Foi a primeira vez que uma autoridade de um país democrático foi alvo das medidas previstas na legislação. Neste mês, o presidente Donald Trump retirou o nome do ministro da lista de sancionados.

Outros poderes

A pesquisa também avaliou os demais Poderes. No Legislativo, a percepção varia conforme a Casa. No Senado Federal, a maior parcela dos entrevistados (34%) classifica o desempenho como regular, porcentual que empata, dentro da margem de erro (2 p p), com a avaliação negativa, de 33%. A avaliação positiva soma 22%, enquanto 11% não souberam ou não quiseram responder.

Na Câmara dos Deputados, a avaliação negativa predomina: 36% consideram o trabalho ruim ou péssimo. A percepção, porém, está tecnicamente empatada com a avaliação regular, que alcança 35%. A avaliação positiva é de 20%, e 9% não responderam.

A pesquisa foi realizada por meio de entrevistas presenciais entre os dias 11 e 14 de dezembro de 2025. O levantamento tem nível de confiança de 95% e margem de erro de dois pontos porcentuais. Os entrevistados puderam classificar cada Poder como ótimo, bom, regular, ruim ou péssimo, com os resultados consolidados nas categorias positiva, regular e negativa.

Governo Lula

Em relação ao Executivo federal, 38% dos brasileiros avaliam que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) faz um trabalho ruim ou péssimo. Outros 34% consideram a gestão boa ou ótima, enquanto 25% a classificam como regular. Já 3% não souberam ou não responderam.

Política

Ministro do Paraguai fala em disposição construtiva para avançar em acordo Mercosul-UE efetivo

Segundo Rubén Ramírez Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais

19/12/2025 21h00

Segundo Rubén Ramírez Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais

Segundo Rubén Ramírez Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais Foto: Divulgação

Continue Lendo...

O ministro das Relações Exteriores do Paraguai, Rubén Ramírez Lezcano, reafirmou a "disposição construtiva" para avançar na concretização efetiva do acordo entre Mercosul e União Europeia (UE), durante a 67ª reunião do Conselho do Mercado Comum (CMC) do Mercosul, órgão decisório de nível ministerial do bloco, nesta sexta-feira, 19, segundo nota do Ministério de Relações Exteriores do país.

"Em particular, o Paraguai confia que os mecanismos de salvaguarda serão abordados e aplicados de maneira compatível com respeito ao negociado e acordado, e também de acordo com as normas multilaterais preservando o equilíbrio de direitos e obrigações das partes", disse Lezcano.

O chanceler também afirmou que "o Paraguai acredita e aposta em um Mercosul que funcione para todos, capaz de traduzir seus princípios em resultados concretos e de responder com pragmatismo e visão aos desafios estruturais que ainda persistem" na região.

Segundo Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais entre os Estados Parte do Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e, mais recentemente em 2024, Bolívia). "Não se trata de uma noção abstrata, mas de uma realidade econômica e geográfica que limita nosso desenvolvimento e condiciona nossa competitividade", disse, frisando que a condição mediterrânea do país impõe custos adicionais que encarecem as exportações e restringem a participação nas cadeias regionais de valor.

A reunião do CMC, em Foz do Iguaçu, nesta sexta-feira, foi majoritariamente fechada à imprensa.

No sábado, 20, o Brasil deve passar o bastão da Presidência Pro Tempore do bloco ao Paraguai, durante a 67ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul e Estados Associados, também em Foz do Iguaçu. 

Assine o Correio do Estado

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).