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TEMPO

Agosto registrou chuvas acima da média histórica em Mato Grosso do Sul

Oscilação antártica, mudança no fluxo de ventos e transporte de umidade são responsáveis por período atípico

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As chuvas no mês de agosto de 2022 foram atípicas e atingiram volumes acima da média histórica em Mato Grosso do Sul.

De acordo com o meteorologista Natálio Abrahão, o recorde histórico de chuvas ocorreu em agosto de 1998, quando 147,6 mm foram contabilizados. 

A maior chuva, no intervalo de um dia, ocorreu em 11 de agosto de 1998, quando 69,6 mm foram registrados em 24 horas. 

Relatório divulgado pelo Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec) aponta que, de 1º a 22 de agosto, os maiores acumulados de chuva se concentraram nas regiões centro-sul (120-240 milímetros) e sul (80-120 mm). 

Geralmente, a estação de inverno é seca com pouca ou nenhuma chuva, mas fatores como oscilação antártica, mudança no fluxo de ventos e transporte de umidade, mudaram o cenário climatológico neste mês.

Segundo Natálio Abrahão, o acumulado previsto para todo o mês de agosto é de 31,4 milímetros em Campo Grande, e, até o momento, choveu 239,4 mm, ou seja, sete vezes a mais que o esperado. 

Em três dias (16, 17 e 18 de agosto), choveu 121 mm em Campo Grande. Conforme noticiado pelo Correio do Estado, houve queda de árvores e galhos, destelhamento de casas, pane em semáforos, ruas alagadas e queda de energia em alguns bairros

Duas árvores de grande porte caíram em cima de quatro casas nos bairros Parque Lageado e Iracy Coelho. Em um dos locais, duas residências foram atingidas pela árvore e um morador ficou preso em casa.

Os maiores volumes de chuva foram registrados nos municípios de Campo Grande (239,4 mm), Aquidauana (183,2 mm), Nova Alvorada do Sul (179), Bataguassu (170 mm), Dois Irmãos do Buriti (168,6 mm) e Corguinho (168,2 mm). Confira a tabela de municípios abaixo:

MunicípioVolume de chuva
Maracaju167,6 mm
Ivinhema165,4 mm
Bataguassu170 mm
Dourados165 mm
Ribas do Rio Pardo142,6 mm
Miranda140,8 mm
Angélica133,4 mm
Água Clara129
Itaquiraí124,6 mm
Mundo Novo127,2 mm
Rochedo116,4 mm
Ponta Porã97,8 mm
Corumbá - São Francisco81,4 mm
Bela Vista78,6 mm
Camapuã76 mm
São Gabriel do Oeste75,2 mm
Três Lagoas70,6 mm
Coxim 63,4 mm
Corumbá54,8 mm
Porto Murtinho49 mm
Paranaíba7,6 mm

Influenza

Mais uma morte confirmada por gripe em MS

O boletim epidemiológico divulgado nesta quinta-feira (19) registrou o óbito de um homem, natural de Corumbá

19/09/2024 18h48

Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Conforme o Boletim Epidemiológico desta quinta-feira (19), um idoso de 71 anos é a nova vítima de influenza em Mato Grosso do Sul. Em 2024, o Estado acumula 78 óbitos por gripe.

Entre as causas de morte, estão:

  • 18 - Influenza A H1N1
  • 50 - Influenza A H3N2
  • 9 - Influenza A não subtipado
  • 1 - Influenza B


Neste boletim, destaca-se que apenas o idoso de 71 anos, natural de Corumbá, faleceu em 11 de setembro por Influenza A não subtipado. A vítima possuía comorbidades de doença cardiovascular crônica e diabetes mellitus.

Imunização

A Secretaria de Estado de Saúde (SES) alerta que a única forma de prevenção é manter o esquema vacinal atualizado.

“A vacinação contra a influenza é uma das medidas de prevenção mais eficazes para proteger contra essa doença e, principalmente, contra a evolução para complicações e óbitos. A vacinação também contribui para a redução da circulação viral na população, protegendo especialmente os indivíduos que apresentam fatores ou condições de risco.”

O perfil dos casos de influenza hospitalizados é composto por crianças de 1 a 9 anos, que correspondem a 20,9%; seguido por idosos com idade entre 80 e 98 anos, com 15,0%; e, em seguida, por aqueles com 60 a 69 anos, com 13,4%.

A faixa etária de 70 a 79 anos corresponde ao menor índice de internação entre os idosos, com 11,6%.

Divulgação SES

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Poluição

Fumaça tóxica de queimadas pode tomar céu de Campo Grande

Conforme a medição feita pela QualiAr, a condição do ar em Campo Grande caiu para moderada, e deve piorar com a chegada da fumaça das queimadas de outros estados

19/09/2024 18h00

Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Depois de dias de refresco devido à frente fria que trouxe chuva a diversas regiões do Estado, o céu será, mais uma vez, encoberto por fumaça com poluentes nocivos à saúde incluindo a Capital.

No dia 1º de setembro a fumaça tomou o céu de Campo Grande, foram treze dias em que a poluição intensificou a ponto de a qualidade do ar ser apontada como a pior do ano.

Com o avanço da frente fria e a chuva no final da noite de domingo (15), o meteorologista do Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec), Vinícius Sterling, explicou que os ventos vindos do sul empurraram a fumaça para a região mais ao norte, especificamente para os estados de Mato Grosso (MT) e Goiás (GO).

Divulgação Cemtec

É preciso ressaltar que, como não houve chuva na Amazônia (brasileira e boliviana) e em Mato Grosso - o estado que mais queima no país -, com a mudança de direção do vento, a fumaça tóxica das queimadas retorna para Mato Grosso do Sul.

No entanto, conforme o meteorologista ressaltou, é difícil cravar um cenário; as condições podem variar. Em uma estimativa favorável parte do Estado volta a receber chuva a partir de amanhã.

Poluição

Em conversa com o Correio do Estado, o professor e coordenador do Laboratório de Ciências Atmosféricas, Widinei Alves Fernandes, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, alertou que a qualidade do ar nesta quinta-feira (19) está moderada, e a tendência para os próximos dias é de piora.

“A qualidade do ar hoje está moderada, mas possivelmente ela vai piorar”, pontuou o professor.

Durante a semana, a condição do ar chegou a ficar boa. A mudança ocorre devido a várias regiões do país estarem em chamas e, é claro, ao Pantanal e à Amazônia.

Segundo o professor, ventos vindos do leste do estado de São Paulo, que registrou focos de incêndio em diversos municípios, também contribuem para a situação. “Vamos ter uma fumaça proveniente da Bolívia e da região noroeste do estado, está vindo da Amazônia. Então, haverá uma piora da qualidade do ar entre hoje e amanhã cedo.”

Índice

A qualidade do ar moderada está na medida 43, enquanto, para ser considerada como “boa”, precisa estar em 40. “Nesses próximos dias, possivelmente, vai ficar nessa condição moderada que estamos tendo, que estamos vendo hoje.”

O alerta para o perigo da poluição das queimadas está na presença do material particulado, que em altos índices pode causar diversas doenças, como câncer de pulmão.

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