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Chuvas intensas e frio repentino deixam MS em alerta de perigo nesta semana

As temperaturas devem cair a partir desta terça-feira, especialmente na região sul do Estado, com risco de chuva e rajadas de vento

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A próxima semana será marcada por condições meteorológicas críticas em Mato Grosso do Sul. Segundo o boletim divulgado hoje pelo Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima em Mato Grosso do Sul (CEMTEC), as projeções apontam para o tempo predominantemente seco e baixos índices de umidade em grande parte do Estado. 

No entanto, o avanço da frente fria, aliado à atuação de uma área de baixa pressão atmosférica em interação com o transporte de ar quente e úmido deve trazer quedas bruscas de temperatura acompanhada de pancadas de chuva especialmente nas regiões sudoeste e sul. 

De forma pontual, pode ocorrer o aumento da nebulosidade e tempestades acompanhadas de rajadas de vento. 

Ao longo desta segunda-feira, as temperaturas devem permanecer altas em todo o Estado, com mínimas de 18ºC nas regiões sul e grande Dourados, até máximas de 40ºC nas regiões norte e leste. Em Campo Grande, as temperaturas podem chegar a 35ºC. 

O calor extremo colocou três cidades sul-mato-grossenses entre as quatro mais quentes do País até às 15 horas de hoje. Água Clara liderou o ranking, atingindo 41,7ºC, seguida por Três Lagoas, que chegou a 41,3ºC. Dracena, em São Paulo, ficou em terceiro lugar, com 40,8ºC e Bataguassu fechou a lista, atingindo 40,7ºC nesta segunda-feira. 

No entanto, na terça-feira (7) as temperaturas caem na região sul e sudoeste, podendo chegar a 14ºC e máximas de 24ºC. No restante do Estado, são esperadas mínimas entre 20ºC e 24ºC e máximas de até 37ºC. Na capital, os termômetros devem marcar máximas de até 29ºC, uma queda grande com relação ao dia anterior. 

Em razão disso, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta laranja para o declínio de temperatura em todo o Estado, que é o grau de perigo para todos os municípios, iniciando às 6 horas desta terça até o final do dia. 

Essa condição de grande amplitude térmica costuma ocorrer na transição entre o fim da estiagem e o início gradual de maiores períodos de instabilidades, condição normal e esperada nos meses de outubro, novembro e dezembro. 

Além disso, 66 municípios de Mato Grosso do Sul estão em alerta amarelo (perigo potencial) para chuvas intensas com início às 18 horas desta segunda-feira até o final da manhã de terça (7), com risco de ventos intensos (entre 40 e 60 km/h), podendo ocorrer queda de energia elétrica, queda de galhos de árvores e alagamentos, e chuva entre 20 e 30 mm/h ou até 50 mm/dia. 

Temperaturas devem mudar a partir de terça-feira em todo o Estado / Fonte: CEMTEC

A partir de quarta-feira (8), a previsão indica tempo mais firme com sol e variação de nebulosidade em grande parte do Estado, devido a um sistema de alta pressão atmosférica. 

No entanto, com destaque na região sul de Mato Grosso do Sul, as temperaturas continuam caindo, podendo atingir 11ºC. Não são descartadas pancadas de chuvas e tempestades isoladas, especialmente nas regiões norte, bolsão e sul do Estado. 

Entre quarta e quinta-feira, estão previstas mínimas entre 11ºC e 15ºC e máximas entre 22ºC e 29ºC para as regiões de Ponta Porã, Iguatemi e Dourados. 

Anaurilândia, Três Lagoas, Paranaíba e Coxim devem concentrar mínimas entre 19ºC e 23ºC e máximas entre 25ºC e 35ºC. 

Nas regiões sudoeste e pantaneira, entre Porto Murtinho, Corumbá e Aquidauana, as mínimas podem atingir 16ºC e as máximas podem chegar a 32ºC. 

Em Campo Grande, estão previstas mínimas entre 16ºC e 18ºC e máximas de até 31ºC. 

Riscos à saúde

A combinação do calor intenso durante o dia, baixa umidade e noites frias pode gerar um ciclo bastante agressivo ao organismo humano. A alternância brusca entre calor e frio exige ajuste fisiológico rápido do organismo. 

Nas noites frias, as vias aéreas ficam mais suscetíveis a reações de irritação e a rápida troca de temperaturas pode desencadear crises em pessoas vulneráveis, como idosos, crianças e portadores de doenças respiratórias ou cardíacas. 

Por isso, o Correio do Estado reuniu alguma recomendações para minimizar os riscos causados pelas variações de temperaturas no Estado. 

  • Mantenha-se hidratado constantemente;
  • Utilize umidificadores em ambientes internos, como bacias com águas ou toalhas molhadas para elevar a umidade relativa do ar;
  • Em razão do tempo seco, podem acontecer queimadas. Evite se expor à fumaça nestes casos, evitando atividades físicas ao ar livre nesses momentos;
  • Proteja as vias respiratórias usando soro fisiológico, soluções salinas para irrgação leve e hidratação das mucosas;
  • Evite se expor às trocas bruscas de temperaturas, agasalhando-se adequadamente quando sair à noite, evitando ambientes frios após exposição ao calor intenso;
  • Atente para os grupos vulneráveis, como gestantes, crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias crônicas;
  • Fique alerta a sintomas como tosse persistente, falta de ar, dor no peito ou sangramento nasal. Em casos agudos, procure um médico com urgência. 


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80 milhões

Adriane diz que culpa de enchentes é falta de dinheiro do Governo Federal

Prefeita afirmou que Campo Grande não tem recursos próprios para arcar com obra de R$80 milhões para drenagem na Av. Rachid Neder, projeto que não foi aprovado pelo PAC

13/11/2025 17h52

Obra de drenagem está orçada em R$80 milhões

Obra de drenagem está orçada em R$80 milhões FOTO: Gerson Oliveira/Correio do Estado

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A prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes, afirmou na manhã de hoje que as inundações que aconteceram, de forma específica, na Avenida Rachid Neder na Capital, em razão das fortes chuvas que caíram durante a noite, são consequência da falta de envio de recursos do Governo Federal à cidade. 

Segundo Adriane, as obras de drenagem e contenção na região do São Francisco, especificamente na Avenida Ernesto Geisel, trariam uma "resposta rápida" para Campo Grande. 

"Essa é a obra que traria uma resposta rápida para a cidade. Infelizmente não tivemos aprovação no PAC, o Governo Federal não recepcionou o projeto que estava pronto, então nós estamos em busca de recursos. Essa obra da Rua Corguinho é uma obra de grande relevância que reduziria os impactos da chuva na Rachid Neder", pontuou a prefeita.

Em 2024, a Prefeitura Municipal do município elaborou projetos de infraestrutura para solicitar recursos do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), do Governo Federal.

No mês de julho do mesmo ano, foram destinados R$150 milhões para Campo Grande, com destaque para o projeto de recuperação e adequação de drenagem e manejo de águas fluviais/Prevenção a desastres no Fundo de Vale do Rio Anhanduizinho. 

No entanto, de acordo com Adriane, o projeto que contemplava a restruturação da Avenida Mascarenha de Moraes, não foi contemplado no Plano. 

"Não houve nenhuma justificativa plausivel para que não fosse aprovado porque o projeto estava pronto e é de grande relevância para a cidade Mas, também, de grande valor de investimento. Campo grande precisa de aporte e de recursos. Sem esses recursos, não é possível fazer uma uma obra de emergência, que traz resposta para a resposta. 

Segundo a prefeita, a obra para trabalhar a drenagem e conter outros alagamentos, após décadas de problemas na região está orçada em R$80 milhões. 

"Nossa equipe tem o planejamento, mas precisamos de recursos. Recursos próprios para esse investimento, Campo Grande hoje não tem, por isso estamos buscando a parceria do governo federal e estadual". 

O impacto das chuvas sobre a região do São Francisco, especialmente no cruzamento da Ernesto Geisel, Mascarenha de Moraes e Rachid Neder, tem contribuído para o desgaste e impermeabilização do asfalto.  

"A cidade vai crescendo, vai impermeabilizando, vai criando asfalto, calçada, isso vai dificultando a drenagem nas regiões. Essa drenagem tinha um impacto quando foi construída, mas com o desenvolvimento da região, esse impacto mudou. 

Monitoramento

Campo Grande possui 16 pontos críticos que são "monitorados a todo tempo, especialmente em períodos de chuva". O acumulado de chuva entre a noite de ontem e a manhã de hoje já havia chegado a 110 milímetros na cidade em 12 horas.

"É um impacto muito grande pra cidade em curto espaço de tempo. Temos equipe a postos, preparados, mas nunca sabemos qual o volume que vai ter de chuva. As mudanças climáticas estão afetando diversas cidades e em Campo Grande não é diferente", afirmou a prefeita. 

PAC

A Casa Civil da Presidência da República divulgou, no dia 15 de outubro, uma nova lista de projetos incluídos no Novo PAC. Ao todo, 24 projetos de Mato Grosso do Sul terão recursos para obras e aquisição de bens e serviços. 

Em Campo Grande, foram incluídos empreendimentos para Equipamentos para Expansão da Radioterapia no SUS e para Creche/Escola de Educação Infantil, fora os R$150 milhões emprestados no ano passado. 

Ao todo, Campo Grande tem R$ 730.785.668,67 em projetos com investimentos do programa federal.

Chuvas

No início da tarde de hoje, mais 41,2 milímetros de chuva caíram em Campo Grande em um intervalo de duas horas, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia. A temperatura despencou 6,5ºC, saindo de 27,9°C para 21,4°C.

Mais uma vez, a avenida Rachid Neder se transformou em rio, juntamente com a avenida Ernesto Geisel. 

O alagamento deixou mãe e filha presas dentro de um veículo no meio da enxurrada. De acordo com as informações, o carro ficou parado cerca de 10 minutos no meio das águas enquanto as mulheres aguardavam o resgate. 

Segundo observadores da situação, o carro chegou a ser levado por poucos metros pela força da correnteza. O veículo foi retirado por um trator. 

Segundo o Climatempo, durante as próximas horas ainda podem cair cerca de 12,66 milímetros se estendendo até a madrugada.

Mato Grosso do Sul segue em alerta de perigo para tempestades até a manhã do próximo sábado (14), abrangendo todos os municípios do Estado. Há risco de grandes volumes de chuva, fortes rajadas de vento (até 100 km/h) e possível queda de granizo. 

Em caso de perigo, contate a Defesa Civil pelo número 199.
 

Audiência pública

Câmara vai discutir por que Campo Grande voltou a ter favelas

Capital de MS, há duas décadas "zerou" favelas, agora tem 62 comunidades

13/11/2025 17h22

Vereador Landmark Rios

Vereador Landmark Rios Gerson Oliveira

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Por iniciativa do vereador Landmark Rios (PT), a Câmara dos Vereadores de Campo Grande promove nesta sexta-feira, a partir das 8h30min, a Audiência Pública sobre Regularização de Favelas. A iniciativa também foi promovida com a deputada estadual Gleice Jane (PT). 

No evento, Landmark pretende discutir a situação de 62 comunidades da periferia de Campo Grande, resultantes de ocupações irregulares, de áreas públicas (a maioria) e privadas. O objetivo é buscar saídas para investimento em habitação e regularização fundiária. 

Devem participar do evento representantes das agências municipal (Amhasf) e estadual (Agehab), além de representantes do Ministério do Desenvolvimento Regional, responsável pela área habitacional no governo federal. 

“É algo muito grave o que está ocorrendo, porque há pouco mais de 10 anos não tínhamos favelas em Campo Grande, tínhamos zerado, e agora, elas voltaram a se proliferar. Além de entender o problema, é preciso resolvê-lo, encontrar caminhos para isso”, disse Landmark Rios em entrevista ao Correio do Estado. 

Também participarão do evento lideranças de movimentos sociais, como por exempo integantes locais da Central Única das Favelas (Cufa). 

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