Cidades

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Congresso Estadual de Direito das Famílias e Sucessões começa nesta quinta; Veja programação

O evento terá como tema "Novas Perspectivas do Direito Civil" e será realizado no auditório da OAB-MS

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Campo Grande sediará o IV Congresso Estadual de Direito das Famílias e Sucessões do IBDFAM-MS, que será realizado nesta quinta-feira (29) e sexta-feira (30) e terá como tema "Novas Perspectivas do Direito Civil".

O evento será no Auditório da Ordem dos Advogados do Brasil seccional de Mato Grosso do Sul (OAB-MS), localizado na Avenida Mato Grosso, 4700.

Confira a programação completa:

29/08 Quinta-feira

  • 19h Solenidade de abertura 
  • Advogado Rodrigo da Cunha Pereira - Novas perspectivas do Direito de Família e Sucessões

A compreensão do sujeito de direitos como sujeito de desejo traz para o Direito de Família uma perspectiva ampliada sobre os velhos e novos institutos jurídicos. É exatamente isso que nos remete à autonomia privada e autonomia da vontade como fio condutor de novos direitos.

A partir daí tudo pode ser questionado, desconstruído e repensado, principalmente a dicotomia Público X Privado. Ou seja, qual o limite de intervenção do Estado na vida privada do cidadão? Porque excluir do ordenamento jurídico determinadas formas de famílias? 

Essas reflexões nos autorizam a pensar, também, uma maior e mais ampla contratualização no Direito de Família, e por que não, no Direito das Sucessões? 

A partir dessa perspectiva, faz-se necessário, inclusive, pensar em reparações históricas de injustiças e exclusões sociais, como ainda acontecem em muitas situações. Daí a necessidade de se posicionar e refletir em julgamentos pela perspectiva de gênero, violência patrimonial, multiconjugalidades e etc.

As novas perspectivas do Direito de Família e Sucessões pressupõe entender o sujeito de direitos, e compreendê-lo sua total dignidade. É essa dimensão e perspectiva que nos remete ao Direito de família do futuro e ao futuro do Direito de Família e Sucessões.

30/08 Sexta-feira 

  • 8h30 Advogada Ana Luiza Nevares - O cônjuge na perspectiva sucessória no novo código civil - como ficará na prática?

O objetivo é abordar a sucessão hereditária do cônjuge e do companheiro, abordando a problemática desse tema, segundo a legislação hoje vigente, e como que o anteprojeto de reforma tratou dessa matéria à luz dos problemas e das angustias que nós temos diante da forma como o assunto está regulamentado hoje.

E o objetivo da palestra vai ser fazer ponderações sobre esse anteprojeto de reforma, analisar se as soluções são adequadas, se foram acertadas, e então poder evoluir sobre esse futuro da sucessão hereditária do cônjuge e do companheiro, que é um tema bastante difícil, considerando que nós temos vários tipos de arranjos conjugais, casamentos longos, casamentos curtos, casamentos com filhos, casamentos sem filhos, famílias recompostas, então é difícil estabelecer uma regra diante de arranjos conjugais tão diferentes. Então o objetivo será avaliar se as propostas do anteprojeto foram acertadas diante dos problemas que são enfrentados na sucessão do cônjuge do companheiro.

  • 9h Psicóloga Andreia Calçada - A perícia psicológica em casos que envolvam alienação parental e acusações de abuso sexual infantil

O conhecimento do conceito de pericia psicológico em sua essência, etapas e procedimentos são fundamentais para que se compreenda sua importância no direito de Família.

Os processos que envolvam alienação parental e aqueles que perpassam as acusações de abuso sexual mobilizam muito os profissionais envolvidos, desde juízes, promotores, advogados e psicólogos além das partes e precisam de um olhar apurado do perito psicólogo. Instrumentalizar com informações importantes sobre o tema para os operadores do direito é a ideia desta palestra.

  • 9h30 Anderson Schreiber Multa por infidelidade e outras sanções nas relações afetivas 

Na palestra "Multa por Infidelidade e Outras Sanções nas Relações Afetivas", o Professor Anderson Schreiber abordará a crescente contratualização das relações afetivas, incluindo a inserção em pactos antenupciais e escrituras de união estável de multas por violação à fidelidade conjugal e outras espécies de cláusula penal. Serão analisados exemplos de casos reais, com foco nos desafios éticos e jurídicos envolvidos.

  • 10h15 Francisco Cahali Arbitragem no agronegócio
  • 10h45 Defensora Pública Cristiana Mendes Carvalho de Oliveira Alimentos (economia do cuidado) trabalho invisível e dos alimentos compensatórios

Na palestra trataremos dos Alimentos e seus desafios (economia de cuidado, trabalho invisível e padrão de vida).

A abordagem será predominantemente jurisprudencial na fixação dos alimentos e seus critérios. Reforçaremos a preocupação com o trabalho não remunerado das mulheres e como deverá ser objeto de tutela no Direito das Famílias.

Abordaremos ainda os alimentos compensatórios e suas nuances, bem como sua natureza jurídica e sua recepção no âmbito do Direito Brasileiro.

  • 14h Advogado Marcelo Truzzi A Reconfiguração da União Estável a partir dos Provimentos 141 e 149 CNJ

Nesta palestra trataremos da distinção entre casamento e união estável. Natureza jurídica dos institutos e suas consequências. Enfrentaremos a disciplina da união estável a partir do Código Civil e dos Provimentos 141 e 149 do CNJ e as repercussões práticas na constituição, formalização, contratação do regime de bens e a extinção da União Estável. Finalizaremos ponderando sobre a possibilidade de uma relação afetiva livres regras.

  • 14h30 Advogada Daniela Mucilo - Alteração de Regimes de Bens Questões Práticas

O tema trata sobre a alteração do regime de bens, onde nós abordaremos as questões sobre os efeitos retroativos ou não desse regime, sobre a possibilidade de já incluirmos um pacto que preveja um regime novo, falaremos sobre a necessidade ou não da partilha de bens, e trataremos de questões recém-trazidas a partir do julgamento do dia 1º de fevereiro com relação à facultatividade do regime da separação de bens para as pessoas com 70 anos.

Sobre também a questão processual da alteração do regime de bens e sobre a necessária fundamentação do pedido ou não de acordo com o que dispõe o Código Civil, mas preparando a análise com vistas a obtermos uma sentença que reconheça os principais pontos que os cônjuges querem abordar na alteração proposta.

  • 15h - Assessora Jurídica no TJMA Bruna Barbieri Waquim Parentalidade Tóxica e os desafios da convivência familiar pós-divórcio: como a disciplina positiva pode auxiliar cuidadores no respeito a infância

A Lei Federal n.14.826/2024 inseriu no ordenamento jurídico brasileiro a Parentalidade Positiva como estratégia de prevenção à violência contra crianças. A parentalidade positiva é uma filosofia que prega a criação dos filhos baseada não só na disciplina, mas especialmente no respeito e na gentileza, premissas que parecem ser esquecidas pelos cuidadores no cenário de um divórcio.

Nesta palestra, vamos dialogar sobre as bases da Parentalidade Positiva e de que forma a educação parental em disciplina positiva pode contribuir para a proteção da condição de sujeito de direitos dos filhos na família, especialmente diante das situações de dissolução conjugal.

  • 15h45 Advogada Fernanda Carvalho Leão Barretto - A possibilidade de desconstituição do vínculo paterno filial em face do abandono afetivo

Vamos tratar sobre a primeira decisão em primeiro grau do Brasil que autorizou a desconstituição do vínculo paterno-filial de uma moça que foi abandonada pelo pai, afetiva e materialmente desde os dois anos de idade.

O argumento principal é o abandono afetivo e não abandono material. Além disso, abordaremos outra decisão do TJDF, em que pessoa teve um pai afetivo, então houve a retirada do pai da certidão, não há mais vínculo e nem filiação com relação a ele.

  • 16h25 Desembargador no TJRJ Alexandre Câmara O processo reestruturante de Família

O objetivo da palestra é demonstrar que as técnicas do que vem sendo chamado de processo estrutural e que eu prefiro chamar de processo reestruturante podem ser adotadas em processos que versam sobre alguns conflitos de família, especialmente aqueles que versam sobre guarda e convivência.

Muitos desses processos são processos em que há questões relacionadas a alegações de abuso, de violência, de alienação parental. E isso faz com que a gente identifique famílias absolutamente desestruturadas e a única forma de.

Reorganizar a convivência entre os integrantes dessa família é através de técnicas processuais muito específicas que normalmente não são aplicadas nesse tipo de processo, mas que eu vou tentar demonstrar que podem ser aplicadas são as técnicas do processo estrutural era isso.

Cotidiano

Brasil atinge a marca de mil casos de Mpox, revela Ministério da Saúde

Dos 426 casos suspeitos no Brasil, 169 (39,7%) estão no estado paulista

13/09/2024 21h00

Emergência global por mpox: OMS não aconselha lockdown

Emergência global por mpox: OMS não aconselha lockdown Pixabay/ Divulgação

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O Brasil contabilizou 1.015 casos comprovados ou prováveis de Mpox até o dia 7 de setembro de 2024, de acordo com o informe semanal do Ministério da Saúde. Não há mortes. Os números referem-se a notificações segundo a unidade federativa de residência.

O Sudeste lidera com 821 (80,9%) casos. São Paulo é a federação com mais registros, 533 (52,5% do total). Em seguida, vem o Rio de Janeiro, que somou 224 (22,1%). Até o momento, a doença não circula no Amapá e no Piauí.

Dos 426 casos suspeitos no Brasil, 169 (39,7%) estão no estado paulista.
São Paulo e Rio de Janeiro são as capitais com mais ocorrências da doença, com 370 (36.5% do total do país) e 167 (16,5%), respectivamente.

A Mpox está mais concentrada na população masculina (94,2%), de 18 a 39 anos (70,7%). Somente um caso foi registrado em criança na faixa de zero a quatro anos. Nenhuma gestante contraiu a doença.

Do total, 71 (7,0%) pessoas precisaram ser hospitalizadas. Cinco (0,5%) permaneceram internadas em UTI (unidade de terapia intensiva).

No Brasil, não há casos da nova cepa 1b, considerada mais transmissível e letal.

Em 2022, a Mpox disparou no país: de janeiro a dezembro, foram registrados 10.648 casos e 14 mortes. Em 2023, o Brasil contabilizou 853 casos e duas pessoas morreram.

Para o infectologista Alexandre Naime Barbosa, coordenador científico da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia) e professor da Unesp (Universidade Estadual Paulista), a queda nos números se deve a disseminação das informações sobre formas de prevenção e diagnóstico entre as populações mais vulneráveis -homens que fazem sexo com homens, gays, travestis e mulheres trans.

Segundo o especialista, a maior parte dos casos no Brasil está concentrada neste grupo.

"Esse é um dado estatístico. É um assunto delicado, que precisa ser discutido sem estigmatização ou preconceito. O vírus encontrou nessa população maior possibilidade de transmissão principalmente através de práticas sexuais. E a mensagem sobre prevenção e busca de diagnóstico foi assertiva nesse grupo. O alerta e o aumento da percepção de risco nas populações mais vulneráveis fizeram com que a transmissão caísse bastante", afirma o infectologista.

De 2022 para 2023, o número de casos de Mpox caiu 91,9%. Naime também atribui a queda acentuada a subnotificações. De acordo com o infectologista, de 50% a 60% dos casos são leves, com poucos sintomas. Além disso, ainda existem barreiras que impedem a ida do paciente com suspeita da doença ao serviço de saúde, como por exemplo, o receio ou a vergonha por causa das lesões. A pessoa sente medo de ser julgada pelo comportamento.

O aumento de casos de 2023 para 2024 pode ser reflexo da Mpox ter sido declarada como emergência de saúde pública global pela OMS (Organização Mundial da Saúde), em agosto. A vigilância dos países melhorou.

"Podemos dizer que, hoje em dia, o mundo como um todo está muito mais preparado para rastreio e identificação de casos. Até agora, só teve dois casos do clado 1b fora da África. O alerta funcionou", diz Alexandre Naime Barbosa.

CENÁRIO INTERNACIONAL 
De janeiro a 8 de setembro de 2024, foram notificados, em 14 países da região da África, 24.873 casos de Mpox, dos quais 5.549 foram confirmados. No período, 643 pessoas morreram.
- África do Sul: 24 casos e três mortes
- Burundi: 328 casos
- Camarões: cinco casos e três mortes
- Congo: 21 casos
- Costa do Marfim: 43 casos e um óbito
- Gabão: dois casos
- Guiné: um caso
- Libéria: oito casos confirmados
- Nigéria: 48 casos
- Quênia: cinco casos
- República Centro Africana: 48 casos e uma morte
- República Democrática do Congo: 5.002 casos e 635 óbitos
- Ruanda: quatro casos
- Uganda: dez casos

República Democrática do Congo, Ruanda, Uganda, Quênia e Burundi têm casos da cepa 1b. Além disso, Suécia e Tailândia confirmaram a ocorrência de um caso importado cada um.

A DOENÇA 
Mpox é uma doença viral transmitida por pessoas, roedores infectados e materiais contaminados com o vírus. A principal forma de transmissão é através do contato íntimo.
Os sintomas são erupções cutâneas ou lesões de pele, febre, ínguas, dores no corpo, dor de cabeça, calafrio e fraqueza.

O intervalo entre o primeiro contato com o vírus até o início dos sinais e sintomas é de três a 16 dias, mas pode chegar a 21. Após a manifestação de sintomas como erupções na pele, o período em que as crostas desaparecem, a pessoa doente deixa de transmitir o vírus.

As lesões podem ser planas ou levemente elevadas, preenchidas com líquido claro ou amarelado, e podem formar crostas, que secam e caem. Elas podem ocorrer em qualquer parte do corpo, como na boca, nos olhos, órgãos genitais e no ânus, mas a tendência é que se concentrem no rosto, na palma das mãos e planta dos pés.

 

*Informações da Folhapress
 

Economia

Encontro do G20 da Agricultura: Compromissos climáticos definidos em meio à fumaça

Aproximadamente 23 ministros e autoridades ministeriais, além de representantes de quase 50 países estiveram presentes no evento.

13/09/2024 20h00

Fotos: Audivisual G20/ Divulgação

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O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, comemorou na tarde desta sexta-feira (13) a assinatura, de forma unânime, da declaração de ministros da Agricultura do G20.

Ao todo, 23 ministros e autoridades ministeriais, além de representantes de quase 50 países chegaram a um consenso. "Depois de cinco anos em que todos os grupos se dedicaram, mas não conseguiram fazer uma declaração, simplesmente cartas resumindo os trabalhos", disse o titular da pasta, após o fim da plenária do evento, que ocorre em um resort em Chapada dos Guimarães (MT).

Segundo sua avaliação, desta vez o resultado é um compromisso de construir uma agropecuária sustentável e inclusiva e contra pescas ilegais e a pesca predatória. O documento traz prioridades dentro do tema escolhido pelo Brasil na presidência temporária, de inclusão e sustentabilidade.

"Por parte da agricultura, esse tema é muito latente, porque não há como construir um mundo melhor quando as pessoas ainda passam fome. O G20 assume compromissos com a inclusão social, com a extinção da fome, com a inclusão de oportunidades econômicas (pequenos produtores, comunidades quilombolas e indígenas)."

Fávaro também falou da importância de reconhecer que as mudanças climáticas chegaram para ficar e com intensidade. "Precisamos agir de forma concreta para enfrentar essas diversidades climáticas."

Ele mencionou, como exemplos, os compromissos firmados com a agricultura regenerativa, com o combate ao desmatamento, com a valorização de boas práticas, com o uso de bioinsumos, de tecnologias mais modernas e eficientes com respeito ao meio ambiente.
Segundo o ministro, a conversão de pastagens degradadas em áreas agricultáveis também é parte do documento.

"No mundo todo há terras em estado de degradação que podem e devem ser recuperadas, [permitindo] produzir alimentos de qualidade em maior volume e maior escala."
Ele também destacou que o pacto contra a fome é um tema central da proposta do presidente Lula (PT) aos líderes do G20.

O encontro, que estava previsto para ocorrer em Cuiabá, foi transferido para o resort Malai Manso, ligado aos Maggi, ao lado do Parque Nacional da Chapada dos Guimarães.
Em ambas as cidades, o cheiro de fumaça das queimadas acompanhou todos os dias do evento.

A região tem sido coberta nos últimos dias pela fumaça das queimadas. Na quinta-feira (12), o ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) informou que a área queimada registrou 36.290 hectares atingidos em todo o município da Chapada dos Guimarães, sendo 3.807 na área do parque.
"É um momento especial para mostrarmos a realidade das mudanças climáticas que estão cada vez mais intensas e que são necessárias as medidas", afirmou o ministro, reforçando a escolha do local para sediar o evento.
 

*Informações da Folhapress 

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