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Elite do funcionalismo de MS faz campanha contra o fim dos supersalários

Entidades que representam juízes, promotores, delegados, defensores públicos, auditores fiscais, entre outras, entendem que salário de R$ 44 mil por mês é insuficiente

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Na prefeitura de Campo Grande existem em torno de 3,3 mil servidores públicos que recebem um complemento salarial todo final do mês para que seus rendimentos não fiquem abaixo de um salário mínimo. Isso porque a Constituição determina que ninguém pode receber menos que os atuais R$ 1.412,00

Em outra extremidade do serviço público existem cerca de 1.800 servidores estaduais que, em sua grande maioria, ao final do mês também recebem complemento salarial. Para estes, contudo, estes complementos são bem mais generosos e elevam os rendimentos para mais R$ 200 mil mensais, em determinados casos. 

E este grupo, composto por juízes e desembargadores estaduais; promotores e procuradores do Ministério Público; defensores públicos, delegados, auditores fiscais, procuradores de justiça e auditores do Tribunal de Contas agora está correndo risco de perder a possibilidade de driblar o teto do salário e se juntou para reagir à proposta do governo federal que coloca um fim aos supersalários. 

Conforme a proposta que tramita no Congresso, o máximo que algum servidor pode receber será R$ 44.008,52 (R$ 46.366,19 a partir de fevereiro do próximo ano). Porém, sete categorias da elite do funcionalismo público estadual juntaram forças e estão pressionando deputados federais e senadores para que reprovem o trecho da proposta que acaba com os chamados penduricalhos. 

Juntas, estas sete entidades publicaram nota nas redes sociais na última segunda-feira (9) na qual fazem um apelo aos parlamentares sob o argumento, entre outros, de que a medida afeta  “todo o funcionalismo público, em atividade e aposentados”, como se a medida fosse prejudicar também o bolso dos outros 65 mil servidores públicos estaduais ativos e inativos, os quais estão muito longe de receber R$ 44 mil por mês. 

Alegam, ainda, que o fim dos supersalários (a nota não usa esse termo) causará, entre outras efeitos maléficos “a antecipação em massa de aposentadorias e o aumento de gastos com o pagamento de inativos. A necessidade de realização imediata de novos concursos e, consequentemente, novos gastos. O desestímulo ao ingresso e à permanência no serviço público e em carreiras típicas de Estado. E, a inviabilização da prestação contínua e eficiente dos serviços públicos”.

A aposentadoria em massa é possível que ocorra, pois cerca de um terço dos 225 magistrados e dos cerca de 230 promotores já têm direito a aposentadoria. Porém, por conta dos penduricalhos, sobre os quais nem mesmo incide imposto de renda, se recusam a “pendurar as chuteiras”. 

Porém, a partir do momento em que houver respeito ao teto salarial, será possível pagar a aposentadoria daquele que encerrar a carreira e contratar dois novos magistrados com os mesmos recursos que eram pagos a este que se aposentou, já que no início de carreira o juiz não chega a receber o teto remuneratório. 

Dados do relatório Justiça em Números, divulgados em maio deste ano pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ)  revelam que os juízes e desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul são os mais caros do país e custam 196% a mais que os últimos colocados deste ranking, que são os magistrados do estado de Alagoas.

Em Alagoas, um magistrado custou no ano passado R$ 40.673,00 por mês aos cofres públicos. Enquanto isso, em Mato Grosso do Sul esse valor foi de R$ 120.354,00 ao longo de 2023. 

Este, porém, é o custo médio. Em novembro do ano passado, por exemplo, 34 dos 37 desembargadores do TJ MS receberam acima de R$ 200 mil, sendo que o maior salário chegou a R$ 240 mil em um único mês. 

Outro argumento utilizado na nota divulgada nas redes sociais é que haverá necessidade imediata de novos concursos públicos, já que muita gente iria se aposentar. No caso do Ministério Público, porém, isso não seria algo novo. Em 45 anos de existência, está realizando o trigésimo processo seletivo para novos promotores. O 29º acabou em setembro e em novembro já foram feitas provas do 30º. 

FIM DA AUTONOMIA

Das sete entidades que assinam o apelo para que os deputados barrem as mudanças, os delegados são aqueles que estão mais longe de ultrapassarem o teto, mas dependendo do tempo de serviço e do cargo, até estes recebem acima de R$ 44 mil. 

Nesta nota, a elite do funcionalismo estadual até reconhece “a importância de iniciativas para o controle da dívida pública e ajuste fiscal”, mas defende a “necessidade de um debate mais maduro e profundo sobre o tema”. 

Entidades que fazem o apelo pela manutenção de privilégios

Conforme a proposta do governo federal, o que muda a partir de agora, caso ocorra a aprovação, os chamados penduricalhos poderão ser aprovados somente se houver legislação federal para isso. Atualmente, cada Tribunal de Justiça encaminha suas propostas  à Assembleia Estadual e os deputados aprovam. 

Depois disso, em efeito cascata, o MPE e Defensoria Púlbica criam mecanismos parecidos para engordares seus vencimentos, e sempre sem pagamento de imposto de renda ou previdência social. 

 

Cidades

Dois anos após matar idoso e jogar corpo em canavial, casal é preso em MS

Corpo de Alan Kardeck Rodrigues Coelho foi localizado sete meses depois do desaparecimento, em setembro de 2022

16/01/2025 18h00

Após localizado e preso, casal foi levado para a Delegacia de Paranaíba

Após localizado e preso, casal foi levado para a Delegacia de Paranaíba Reprodução, Polícia Civil

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Dois anos após homicídio do idoso Alan Kardeck Rodrigues Coelho, de 65 anos, a Polícia Civil concluiu o inquérito de investigação e prendeu um casal suspeito do crime. O idoso desapareceu em fevereiro de 2022, após ter discutido com o casal.

O corpo da vítima só foi localizado sete meses depois do crime, em setembro de 2022 em um canavial próximo ao município de Paranaíba, a 411 quilômetros da capital Campo Grande. Nesse sentido, A.A.V. e S.A.B responderão pelos crimes de assassinato e ocultação de cadaver.

Conforme a Polícia Civil, o casal foi preso no mês passado, mas o caso só foi divulgado pela Delegacia de Paranaíba nesta quinta-feira (16), após conclusão do inquérito. Os suspeitos foram localizados após suporte da Delegacia de Atendimento à Mulher de Três Lagoas (DAM). Ao longo de dois anos, o casal ficou foragido.

Relembre o caso

A sobrinha de Alan registrou o desaparecimento do idoso na delegacia de polícia no dia 27 de fevereiro. No dia do crime, a investigação apurou que Alan Kardeck teria se desentendido com o casal em um bar da cidade.

Após a briga, o idoso tentou ir embora do local utilizando uma bicicleta. Contudo, foi perseguido pelo casal e depois, desapareceu sem deu mais notícias.

Em depoimento, A.A.V. negou a participação no crime. S.A.B, por sua vez, confessou o homicídio. Segundo ela o casal estava em seu veículo junto com os três filhos, todos menores de idade.

Dinâmica do crime

O casal teria colocado o idoso no carro e partido em direção ao canavial. Após chegar no local, o homem teria derrubado Alan Kardeck no chão e o matou atropelado.

Em seguida, ele teria jogado a perna mecânica do idoso para dentro da plantação e enterrado o corpo da vítima em outra área do canavial. Após o crime, o casal fugiu do local.

Ainda segundo a Polícia Civil, foram ouvidas 10 testemunhas e casal possuía mandado de prisão preventiva em aberto. Após localizados e presos, a equipe policial encaminhou a dupla até a delegacia para a realização dos trâmites jurídicos.

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Cidades

MS: avião do tráfico é vendido 16 anos após último voo com cocaína

Conforme a Justiça Federal, aeronave realizou entrega de droga entre o município de Jardim e região do Chaco, no Paraguai; veículo foi leiloado por R$ 163,6 mil

16/01/2025 16h45

Avião Embraer PT-RIF sendo carregado em frente o Aeroporto de Campo Grande

Avião Embraer PT-RIF sendo carregado em frente o Aeroporto de Campo Grande Divulgação e Gerson Oliveira/Correio do Estado

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Uma aeronave monomotor de modelo Embraer 720C, apreendida em 2008 por estar envolvida no tráfico de drogas na fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai, foi leiloada pelo valor de avaliação de R$ 163,6 mil e lance inicial de R$ 81,8 mil.

A aeronave foi interceptada pela Polícia Federal em março de 2008, com 203 quilos de cocaína em seu interior.

O avião ficou guardada em um hangar da Coordenadoria Geral de Policiamento Aereo (CGPA) do Governo do Estado no Aeroporto Internacional de Campo Grande. Diante deste cenário, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) suspendeu tanto as operações de taxi aéreo quanto o certificado de aeronavegabilidade do avião.

Conforme apuração do jornal Correio do Estado, o comprador do avião foi um empresário do município de Catalão, interior do estado de Goiás. Após arrematado, a aeronave passou por um processo de desmontagem para poder ser transportado por caminhão até a cidade goiana.

O processo de carregamento da aeronave foi iniciado no começo da tarde desta quinta-feira (16), em terreno próximo a esquina da Rua Brasília com a Avenida Duque de Caxias, na Capital.

"O aeroporto [de Campo Grande] não permite que entremos com dois caminhões, que são necessários para fazer o transporte. Então tivemos que tirar o avião de lá para conseguir carregá-lo aqui. Eu desmontei o avião, instalei no caminão e amanhã cedo vamos embarcar para Catalão", explicou o mecânico de aeronaves, Nelson Rodrigues da Silva de 68 anos.

Avião Embraer PT-RIF sendo carregado em frente o Aeroporto de Campo GrandeTrabalhadores em operação de transporte da aeronave. Foto: Gerson Oliveira, Correio do Estado

Histórico da aeronave

A aeronave possui foi fabricada em 1980 e está registrada em nome de uma homem. O avião, tem capacidade para 1.633 quilos e possui autorização apenas para vôo visual noturno.

De acordo com o processo da Justiça Federal, as denúncias apontam que no dia 28 de março de 2008, S.T.R. e R.R.R. (Piloto e Copiloto) deixaram o país com a aeronave partindo do município de Jardim, interior de Mato Grosso do Sul.

Os suspeitos tinham como destino a região do Chaco, no Paraguai, onde adquiriram 203 quilos de Cocaína. No dia seguinte, retornaram ao Brasil, dirigindo-se para a cidade de Machado (MG), onde há uma pista de pouso abandonada.

Após deixarem a droga, o avião, em seguida, retornou para a cidade de Jardim. Contudo, ao chegarem no aeroclube, ambos os criminosos foram presos por policiais federais que já suspeitavam da atividade ilícita e monitoravam todas as movimentações da dupla. Também foram encontrados documentos falsificados com a dupla.

Avião Embraer PT-RIF sendo carregado em frente o Aeroporto de Campo GrandeAvião PT-RIF carregado em caminhão. Foto: Gerson Oliveira, Correio do Estado

 

 

 

 

 

 

 

Investigação

Ainda conforme os autos, um dos denunciados arquitetou um sistema de compra de droga adquirida no Paraguai, para ser posteriormente distribuída dentro do Brasil. Nesse sentido, os criminosos utilizavam a aeronave para realizar os tramites entre os dois países. Segundo informações do próprio denunciado, ele comprou a aeronave pelo valor de R$ 80.000,00.

As diligências da polícia baseavam-se na vigilância dos suspeitos L.M. e A.F. Os policiais constataram que os suspeitos se encontravam com um piloto de avião e juntos realizaram viagens interestaduais.

As investigações se intensificaram no começo do ano de 2008, quando os agentes da Polícia Federal acompanharam o encontro dos denunciados em um hotel na cidade de São Caetano (SP). Deste local, o grupo seguiu até a cidade de Pouso Alegre (MG), após retornaram à cidade de São Paulo, deixando o piloto na rodoviária do Tietê.

Uma equipe policial então passou a acompanhar o piloto, que se dirigiu até a cidade de Jardim, juntamente com o co-piloto, também denunciado. Os agentes presenciaram a decolagem da aeronave em direção ao território paraguaio.

Novos ares

Agora, conforme apurado pelo Correio do Estado, a aeronave será utilizado para o transporte de passageiros em propriedade de um empresário da região de Catalão, interior de Goiás.

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