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Em MS 18 territórios Quilombolas podem ser demarcados até 2026

Anuncio da ministra da Igualdade Racial Anielle Franco é que em todo país, cerca de 300 terras quilombolas devem ser tituladas

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Processo longo de titulação das terras quilombolas em todo o país pode ser acelerado nos próximos três anos, em Mato Grosso do Sul, 18 comunidades já estão com processo aberto da demarcação.

A informação é da Vânia Lucia Baptista Duarte subsecretária da Subsecretaria de Políticas Públicas para a Promoção da Igualdade Racial em Mato Grosso do Sul, contactada pela reportagem Correio do Estado.

Segundo Vânia, em todo o Estado existem 22 comunidades quilombolas, sendo todas elas certificadas pela Fundação Cultural Palmares, que é uma fundação federal brasileira de promoção da afro-brasilidade e da política cultural igualitária e inclusiva.

Deste quantitativo, apenas quatro têm o seu território total ou parcialmente titulados, sendo elas as comunidades quilombolas: Furnas do Dionísio(Jaraguari), Chácara Buriti(Campo Grande), São Miguel(Maracaju) e Boa Sorte(Corguinho).

Conforme informado pela subsecretária Vânia Lucia, os processos de titulação de territórios em aberto estão sendo analisados pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), e uma destas titulações também está no encargo da Prefeitura de Campo Grande.

Entre as mais tradicionais comunidades quilombolas de Mato Grosso do Sul, a Comunidade Tia Eva estabelecida em Campo Grande desde 1905 ainda não é oficialmente titulada pelo Incra.

Em 2021 o Ministério Público Federal (MPF) cobrou do instituto o desengavetamento do processo de identificação, reconhecimento, delimitação, demarcação e titulação da comunidade quilombola Tia Eva. 

O processo foi publicado em diário oficial no ano de 2018 e engavetado desde a posse do ex-presidente da república Jair Bolsonaro.

POPULAÇÃO

Mato Grosso do Sul tem 2.546 pessoas quilombolas residentes no Estado, sendo o Estado com a segunda menor população quilombola do País. 

Os dados são do Censo Demográfico 2022, divulgados nesta quinta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que investigou pela primeira vez esse grupo, integrante dos povos e comunidades tradicionais reconhecidos pela Constituição de 1988.

De acordo com o Censo, Mato Grosso do Sul aparece como o Estado com o quarto menor número de quilombolas. No entanto, dois estados - Roraima e Acre - não têm esta população. Desta forma, considerando as unidades da federação que têm quilombolas, a de MS é a segunda menor, em números absolutos.

O número de 2.546 pessoas quilombolas corresponde a 0,09% do total de moradores do Estado.

MOVIMENTO NACIONAL

A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, reafirmou na primeira semana de Agosto que a meta do governo federal é regularizar ao menos 300 territórios quilombolas até o fim da atual gestão, em dezembro de 2026.

“[A questão do] acesso ao território é, desde sempre, no nosso país, algo muito grave. É uma luta. Precisamos retomar isto para pensar uma titulação a nível nacional. Se formos comparar, na última gestão [federal, entre 2019 e 2022], apenas um território quilombola foi titulado, por ordem judicial. Nestes seis meses [de 2023], já titulamos cinco territórios quilombolas. E nosso objetivo é chegarmos a 300 até o final do nosso mandato”, disse ela, em entrevista ao canal Gov.

Porposto a partir da ampliação do Programa Brasil Quilombola, de 2007, o Aquilomba Brasil é composto por um conjunto de medidas voltadas à promoção dos direitos da população quilombola, com ênfase em quatro eixos temáticos: acesso à terra, infraestrutura e qualidade de vida; inclusão produtiva; desenvolvimento local e direitos e cidadania.

A estimativa do Ministério da Igualdade Racial é que, “orientado por novos objetivos e uma estratégia ampliada de acesso aos direitos”, o programa beneficie, direta ou indiretamente, cerca de 214 mil famílias, com, por exemplo, a titulação de terras e o estímulo à permanência de quilombolas no ensino superior.

 

Educação

Senado aprova proibição de celular nas escolas; medida por valer para 2025

Proibição foi aprovada no Senado e texto foi encaminhado para a sanção de Lula

18/12/2024 20h38

Celulares serão proibidos nas escolas

Celulares serão proibidos nas escolas Agência Brasil

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O plenário do Senado aprovou, nesta quarta-feira (18), o texto-base do projeto de lei que proíbe o uso de celulares em escolas públicas e privadas de todo o país. A proposta foi aprovada de forma simbólica, sem a contagem de votos no painel, e segue agora para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A proposta ganhou apoio no Congresso Nacional após o Ministério da Educação endossar a mudança. A expectativa do governo federal é que a lei entre em vigor no início do próximo ano letivo.

O projeto passou com grande apoio em um intervalo de uma semana. Na Câmara dos Deputados, o texto foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) de forma terminativa, dispensando a votação no plenário. No Senado, a oposição se dividiu quanto à proposta.

A proibição abrange o uso de celulares e outros dispositivos eletrônicos móveis, como tablets e relógios conectados à internet, em toda a área escolar, incluindo aulas, recreios, intervalos e atividades extracurriculares.

O relator da proposta, senador Alessandro Vieira (MDB-SE), afirmou que a medida tem mostrado resultados positivos em outros locais. “Em todos os lugares onde se implementou a medida de restrição ao uso de aparelhos celulares, você teve uma melhoria no desempenho escolar, na disciplina nas escolas e na redução de bullying”, declarou.

Renan Ferreirinha (PSD-RJ), secretário municipal de Educação do Rio de Janeiro, reassumiu seu mandato de deputado federal para relatar o projeto na Câmara. Ele acompanhou a votação no Senado, sendo o Rio de Janeiro uma das cidades pioneiras na proibição de celulares em escolas, desde o início deste ano.

São Paulo também aprovou uma legislação similar. A norma paulista é mais específica quanto ao armazenamento dos aparelhos, determinando que devem ser guardados de maneira que os alunos não tenham acesso a eles, o que exclui o uso de mochilas ou armários individuais.

O projeto de lei nacional, por sua vez, não define regras específicas para o armazenamento dos dispositivos. Esse aspecto poderá ser regulamentado posteriormente em nível nacional ou por legislações locais.

Denis Mizne, CEO da Fundação Lemann, ressaltou que o celular não tem lugar na sala de aula. “Ele gera enormes distrações para o processo de aprendizagem e prejudica não só o relacionamento com o professor, mas também com os colegas”, afirmou. Mizne também destacou que a tecnologia pode ser benéfica para a educação quando usada de forma adequada, orientada pelos professores.

“O que estamos discutindo não é a tecnologia na educação, mas o uso indiscriminado do celular dentro do ambiente escolar”, concluiu.
 

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Cidades

Brasileiros relatam menor renda e insegurança alimentar após pandemia

Mais pobres e casas chefiadas por mulheres tiveram maior impacto

18/12/2024 20h00

Foto: Agência Brasil

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A pesquisa Epicovid 2.0: Inquérito nacional para avaliação da real dimensão da pandemia de Covid-19 no Brasil, realizada pelo Ministério da Saúde, mostra que 48,6% dos brasileiros relataram redução na renda devido à pandemia e 47,4% enfrentaram insegurança alimentar, ou seja, pessoas que não tinham a garantia de prover seu alimento diariamente. 

Os impactos foram mais frequentes nos mais pobres e nos domicílios chefiados por mulheres. Cerca de 34,9% das pessoas perderam o emprego e 21,5% interromperam os estudos durante a pandemia. Segundo o estudo, 14,7% dos entrevistados registraram morte de um familiar devido à Covid-19. 

A pesquisa mostra que mais de 28% da população brasileira, o equivalente a 60 milhões de pessoas, relatou ter sido infectada pela doença. 

Pesquisa

O Epicovid 2.0 foi conduzido em 133 cidades brasileiras, com uma amostra de 33.250 entrevistas. As pessoas entrevistadas foram selecionadas aleatoriamente, com apenas uma pessoa por residência respondendo ao questionário.  

Sob coordenação do Ministério da Saúde, a pesquisa foi realizada pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), com participação da Universidade Católica de Pelotas (UCPel), Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e Fundação Getúlio Vargas (FGV). 

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