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Em prédio alugado, Hospital Municipal deve ficar pronto em dois anos

Serão investidos R$ 210 milhões na construção da unidade, que ficará no bairro Chácara Cachoeira

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A Prefeitura de Campo Grande realizou nesta segunda-feira (1º) o evento de lançamento do projeto do Hospital Municipal de Campo Grande (HMCG), e a previsão é de que a unidade seja entregue em 24 meses.

Prometida desde setembro de 2023, o complexo vai demorar mais do que o anunciado anteriormente para ficar pronto. Isso porque em abril deste ano, durante rodada de entrevistas com pré-candidatos às eleições municipais da CBN, a prefeita da Capital, Adriane Lopes (PP), havia dito que o hospital começaria a funcionar em outubro de 2025.

Agora, se o cronograma for cumprido, a população campo-grandense terá acesso ao HMCG em julho de 2026.

Conforme antecipado pelo Correio do Estado, o hospital será construído em uma área nobre da Capital, no cruzamento entre as ruas Augusto Antônio Mira e Raul Píres Barbosa, no bairro Chácara Cachoeira, em um terreno avaliado em R$ 29 milhões.

Inicialmente, a prefeita de Campo Grande havia anunciado que o hospital seria feito por meio de uma iniciativa público-privada (PPP). No entanto, o modelo foi descartado, e agora a construção será feita por meio de uma atividade imobiliária conhecida como built to suit (BTS), termo que em tradução livre quer dizer "construído para se adequar".

"Nós, como mais de 90% dos municípios do país, não temos um recurso imediato para colocar. Então, essa modalidade, que é o BTS, permite que a gente comece a pagar a partir da entrega, como se fosse um aluguel", explicou a Secretária de saúde, Rosana Leite.

A iniciativa é baseada em contratos celebrados entre empresas particulares e o poder público, em que o empreendimento é viabilizado e construído de acordo com as necessidades impostas pelo ente público, o qual, em vez de comprar um hospital, por exemplo, aluga por até 35 anos uma unidade sob medida.

Esse tipo de contrato prevê aluguel fixo independentemente do faturamento e a possibilidade de o imóvel ser incorporado ao patrimônio público. Assim, esse procedimento também pode ser enquadrado como uma operação de crédito.

É uma espécie de locação, na qual o bem locado foi construído ou reformado pelo futuro locador de acordo com as exigências e parâmetros feitos pelo futuro locatário.

"Nesse nosso caso, a responsabilidade é total deles, não só a construção, mas equipar também, com todos os nossos equipamentos e os facilities. Ou seja, quando eles entregarem a obra, eles ainda vão ficar, durante aproximadamente 20 anos, responsáveis pela limpeza, pela segurança. E a gente paga tipo um aluguel", acrescentou a secretária.

Segundo a titular da Sesau, o aluguel pode custar R$ 5 milhões por mês.

"A modalidade de licitação é concorrência, a concorrência é aberta. Um dos quesitos seria o menor preço do aluguel mensal. Ele pode ir até R$ 5 milhões, que é um valor considerável que dá para se pagar", revelou Rosana Leite.

Vale lembrar que o Hospital atenderá 100% através do Sistema Único de Saúde (SUS)

"Todo equipamento de saúde feito por uma instituição pública, ele automaticamente faz parte do SUS. E aí nós temos que seguir todas as leis e as regras do SUS", disse a secretária.

Para a construção, serão investidos mais de R$ 210 milhões. Em mobiliário, ou seja, móveis e equipamentos, estima-se um gasto aproximado de R$ 80 milhões. Para facilities, que são os servições de conservação e manutenção da estrutura das organizações, como por exemplo jardinagem, segurança e dedetização, é estimado gasto de R$ 20 milhões por ano.

Capacidade de atendimento

O HMCG terá capacidade para:

  • 1.500 internações ao mês;
  • 1.000 procedimentos cirúrgicos ao mês;
  • 2.500 atendimentos no pronto-atendimento ao mês;
  • 13.500 consultas médicas ao mês;
  • 13.500 exames de imagem ao mês.

Estrutura

O HMCG terá aproximadamente 15 mil metros quadrados de área construída, com guarita, jardim e estacionamento com 225 vagas, além, é claro, do prédio, que terá quatro pavimentos, sendo um subsolo, térreo, primeiro e segundo andares.

A unidade contará com 259 leitos, sendo 49 de pronto atendimento, 20 de Centro de Terapia Intensiva (10 pediátricos e 10 adultos) e 190 leitos de enfermaria (60 leitos pediátricos, 60 leitos adultos para homens e 70 leitos adultos para mulheres).

Além disso, terá Unidades de Terapia Intensiva (UTI) adulto e pediátrica, 10 salas de cirurgia, 53 consultórios e 19 salas para a realização dos seguintes exames:

  • audiometria;
  • eletrocardiograma;
  • eletroencefalograma;
  • eletroneuromiogia;
  • ecocardiograma;
  • ergometria;
  • hemodinâmica;
  • mamografia;
  • radiografia;
  • ressonância magnética;
  • tomografia;
  • ultrassonografia;
  • endoscopia;
  • colonoscopia. 

Projeto

O arquiteto responsável pelo projeto, Luiz Fernando Martinez, destacou que a ideia é otimizar o hospital para a economia de recursos, desde a construção ao atendimento.

"Ele [hospital] vai ser feito com construção a seco, o que já diminui a quantidade de água utilizada para a sua construção. Ele já vem com a estrutura toda pré-moldada. Além disso, a gente trabalhou com bastante vidro, que é para a captação de luz solar para os ambientes, diminuindo assim a necessidade de luzes acesas ao longo do dia.

Ainda pensando na economia de energia, está prevista no projeto a captação de energia alternativa e reutilização da água da chuva.

"Além disso tudo, já foi previsto também a ampliação do hospital a longo prazo. Nós não construímos tudo que pode ser construído no terreno, já deixando a área para futuras construções de até 50% da área total do hospital", acrescentou o arquiteto.

O projeto demorou mais de 3 meses para ser desenvolvido.

"O hospital era um pouco mais complexo, então são várias frentes, né? Tem o pronto atendimento, tem centro cirúrgico, tem salas de exames, todas elas necessitam de uma atenção diferenciada", concluiu Martinez.

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BENEFÍCIO

Governo antecipa R$ 17 mil e paga Mais Social antes da 'Sexta-feira Santa'

Para gastos com o feriado "da paixão", quase 38 mil famílias sul-mato-grossense recebem o benefício que está em franca expansão

14/04/2025 09h25

Exclusivamente usado na compra de gás de cozinha, produtos de higiene e de gêneros alimentícios, o Mais Social não permite saques em espécie

Exclusivamente usado na compra de gás de cozinha, produtos de higiene e de gêneros alimentícios, o Mais Social não permite saques em espécie Reprodução/Sead/Monique Alves

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Apoio financeiro que chega para quase 38 mil famílias antes da Sexta-feira Santa em Mato Grosso do Sul, a antecipação de pagamento do benefício local batizado de "Mais Social" foi anunciada pelo Governo do Estado para a próxima quinta-feira (17). 

Com isso, um total de 37.875 famílias em situação de vulnerabilidade social, segundo a Secretaria de Estado de Assistência Social e dos Direitos Humanos (Sead) em nota, devem receber os R$450 no cartão do programa para colaborar com o comércio local. 

O intuito do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul com a antecipação, pouco mais de R$17 mil dos cofres públicos, é focar nos gastos das famílias para a Semana Santa e tentar movimentar a economia dos municípios. 

Segundo o Governo do Estado, o programa Mais Social - em atual expansão por meio de busca ativa - chega como benefício direto para 37.875 famílias até então, com a antecipação movendo R$17.043.750. 

Cabe apontar que o pagamento é encarado com caráter de "antecipação", já que costumeiramente o benefício costuma ser depositado nos cartões do programa após o dia 20 de cada mês. 

Entenda o Mais Social

Exclusivamente usado na compra de itens como gás de cozinha, produtos de higiene e de gêneros alimentícios, é importante frisar que o cartão do Mais Social não permite saques em espécie e tem o intuito de fortalecer a segurança alimentar e nutricional.  

Para adentrar no Programa, os critérios previstos no Decreto N. 16.575, de 27 de fevereiro de 2025, são:

  • Ser maior de idade;
     
  • Estar inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), atualizado há, no máximo, 24 meses, com o devido formulário emitido pelo Centro de Referência de Assistência Social (CRAS);
     
  • Comprovar inscrição de todos membros familiares no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF);
     
  • Ter renda familiar per capita igual ou inferior a 1/2 (meio) salário Mínimo mensal nacional vigente;
     
  • Residir no Estado de Mato Grosso do Sul, ininterruptamente há pelo menos 2 anos;

Busca ativa

O Governo de Mato Grosso do Sul começou uma busca ativa, em março, por pessoas em situação de vulnerabilidade que se enquadrem nos critérios do programa mas que ainda não estão cadastrados para receber o benefício Mais Social, em uma franca expansão do programa. 

Identificados com crachás, coletes e tabletes, são   aproximadamente 180 servidores capacitados pela Sead em busca ativa, que tem previsão para durar até o mês de junho e alcançar aproximadamente mais 17 mil famílias em todo o Mato Grosso do Sul. 

Titular da Sead, Patrícia Cozzolino divulgou que cerca de mil e duzentas pessoas já foram incluídas no Mais Social no intervalo de três semanas de busca ativa, em balanço feito há cerca de cinco dias. 

"O Estado inverteu a logística! Ao invés do beneficiário se deslocar até a sede do programa ou se inscrever pela plataforma, agora é o Estado que está indo atrás das pessoas mais necessitadas. Estamos muito felizes com os resultados e vamos continuar trabalhando para alcançarmos o maior número possível”, afirmou.


Beneficiários do programa podem tirar suas dúvidas pelo telefone (67) 3368-9000, ou através do site da Sead. 

 

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Acidente na BR-267 faz segunda vítima fatal; homem era tio de menino de 11 anos

Outras três pessoas ficaram feridas, incluindo uma menina de 5 anos; hipóteses apontam que os ocupantes do carro estariam sem cinto de segurança

14/04/2025 09h15

Acidente na BR-267 faz segunda vítima fatal; homem era tio de menino de 11 anos

Acidente na BR-267 faz segunda vítima fatal; homem era tio de menino de 11 anos Alvorada Informa

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Foi confirmado na manhã desta segunda-feira (14) a segunda morte em decorrência do grave acidente registrado na manhã de domingo (13), na BR-267, na altura do km 189, em Nova Alvorada do Sul (MS). A colisão frontal envolveu um veículo modelo Chevrolet Celta e um caminhão prancha.

As vítimas fatais foram um menino de 11 anos, que morreu ainda no local após ser arremessado para fora do veículo, e seu tio, identificado como Rogério da Silva, de 30 anos, que chegou a ser socorrido com vida, mas não resistiu aos ferimentos. O corpo de Rogério deve passar pelo Instituto de Medicina e Odontologia Legal (IMOL) antes de ser liberado para a família.

A família viajava no Celta e, segundo informações, havia pernoitado no Distrito de Pana devido a problemas mecânicos no veículo. Durante a viagem, o carro trafegava em zigue-zague pela pista, segundo relato do motorista do caminhão ao portal Alvorada Informa. Ele ainda tentou frear para evitar a colisão, mas não conseguiu impedir o impacto.

Além das vítimas fatais, outras três pessoas ficaram feridas com gravidade: a mãe da criança, o motorista do Celta e uma menina de 5 anos, que foi encontrada sob o tanque de combustível do caminhão, com suspeita de fraturas. Todos foram socorridos e transferidos em estado grave para a Santa Casa de Campo Grande. A mãe chegou a receber os primeiros atendimentos às margens da rodovia, enquanto aguardava transferência para uma unidade de saúde.

O motorista do caminhão não sofreu ferimentos físicos, mas entrou em estado de choque após o acidente.

Fontes ligadas à polícia informaram que há suspeita de embriaguez ao volante por parte do motorista do Celta, o que pode ter contribuído para a condução irregular do veículo. Também foi levantada a hipótese de que os ocupantes não utilizavam o cinto de segurança, o que pode explicar o fato de terem sido lançados para fora do carro, agravando os ferimentos.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF), equipes da Polícia Civil e a perícia estiveram no local para apurar as causas do acidente, que foi registrado como homicídio culposo — quando não há intenção de matar — e será investigado pela Polícia Civil.

O trânsito na BR-267 foi liberado posteriormente, mas apresentou lentidão nos dois sentidos devido à gravidade do acidente.

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