Cidades

Ribas do Rio Pardo

Fazenda da Suzano em MS sofre tentativa de invasão por sem-terra

Acampamento ao lado de propriedade que fornecerá matéria-prima para megafábrica de celulose já tem mais de 60 barracos

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Um acampamento com aproximadamente 60 barracos de lona, em frente a uma das fazendas da Suzano S.A. em Ribas do Rio Pardo, preocupa a direção nacional da gigante mundial da celulose.

A empresa está prestes a colocar em operação, no mesmo município, distante 96 quilômetros da capital, Campo Grande, sua maior planta processadora de celulose, que também será a maior unidade em capacidade de produção do mundo.

Barraco atrás de cerca da Fazenda da Suzano, em Ribas/Reproução

Os supostos sem-terra chegaram a invadir a Fazenda Passará, que pertence à Suzano, no dia 13 de abril, mas acabaram deixando a propriedade após negociação com o setor de vigilância patrimonial e segurança da multinacional.

Atualmente, há uma liminar, em uma ação de interdito proibitório ajuizada pela Suzano na comarca de Ribas do Rio Pardo, que impede os acampados de retornarem ao território da fazenda, onde a Suzano planta eucalipto para servir de matéria-prima para a sua fábrica que está prestes a entrar em operação.

A Suzano recorreu à Justiça depois que os invasores saíram da propriedade, mas montaram, em uma estrada ao lado dela, um acampamento com mais de 60 barracos. A tentativa de ocupação da área (esbulho possessório) e o aumento de um acampamento nas imediações da propriedade levaram a Suzano a ingressar com uma ação de interdito proibitório (quando a posse de uma propriedade está em risco e o titular dela quer preservá-la) contra o grupo dos supostos sem-terra.

De acordo com os advogados da Suzano, apenas o líder da invasão, Sílvio dos Santos Menezes, foi identificado.

A ação foi ajuizada em 4 de junho, mas apenas um mês depois, no dia 5 de julho, Sílvio foi citado pela oficial de Justiça Rose Mary Aparecida de Araújo. Ela relatou ao juiz Claudio Müller Pareja, para o qual a ação foi distribuída, que não encontrou ninguém na área, apenas vários barracos.

Projeto Cerrado

A unidade processadora de celulose da Suzano em Ribas do Rio Pardo, denominada Projeto Cerrado, deve entrar em operação até o fim deste mês. Os testes operacionais começaram na semana passada.

Depois da montagem eletromecânica da nova fábrica, iniciou-se o comissionamento – um processo que envolve uma série de verificações e testes para garantir o funcionamento adequado das instalações antes do início das operações.

Capaz de processar 2,55 milhões de toneladas de celulose por ano, o Projeto Cerrado teve sua entrada em operação atrasada por causa de um suposto calote aplicado por uma de suas terceirizadas.

Conforme apuração do Correio do Estado, a empresa Enesa foi a causa do atraso no início das operações da fábrica, que custou R$ 22,2 bilhões.

Ao Correio do Estado, uma fonte revelou que a central de evaporação, cuja conclusão estava a cargo da Enesa, não foi concluída e, por isso, as atividades foram repassadas para a empresa capixaba Imetame, que já havia concluído sua parte na obra, mas continua trazendo até Campo Grande seus colaboradores em voos fretados diretamente do Espírito Santo.

Em uma ação judicial, a empresa GD - Fabricação e Montagem de Equipamentos Industriais Ltda. cobra pouco mais de R$ 7 milhões da Enesa, da Andritz Brasil, e da Suzano, por serviços de pintura na fábrica que não teriam sido quitados.

Ela exige a reparação de R$ 1,357 milhão em danos materiais e R$ 400 mil em danos morais. Mas a maior fatia é relativa a lucros cessantes, da ordem de R$ 5,34 milhões. O valor total da ação é de R$ 7,09 milhões.

Ainda há outros calotes sendo cobrados na Justiça. A empresa VBX Transportes é outra que está sendo acusada de deixar um rastro de dívidas da ordem de R$ 2,5 milhões com fornecedores de máquinas, donos de postos de combustíveis, supermercadistas e empresários de Ribas do Rio Pardo e de outros estados, como Minas Gerais e São Paulo.

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Previsão do tempo

Confira a previsão do tempo para hoje (15) em Campo Grande e demais regiões de Mato Grosso do Sul

Chuva traz trégua ao calor e tempo seco no estado

15/09/2024 04h30

Chuva chega à maior parte do estado, aliviando calor e tempo seco

Chuva chega à maior parte do estado, aliviando calor e tempo seco Marcelo Victor / Correio do Estado

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Neste domingo (15) a chance de chuva aumenta devido ao aumento do fluxo de umidade, a presença de um cavado em médios níveis da atmosfera e a frente fria que estará se deslocando no oceano Atlântico. Com aumento de nebulosidade e possibilidade de chuva na metade sul do Mato Grosso do Sul, os índices de umidade relativa do ar apresentam uma melhora, com valores acima de 40% e 50%.

A ocorrência de chuvas escuras ou pretas pode ser atribuída à elevada concentração de material particulado (poeira e fuligem dos incêndios), como poeira e fuligem provenientes de incêndios florestais, presentes na atmosfera. Esse material é associado ao grande número de incêndios, especialmente na região Amazônica, e também a períodos prolongados sem chuva em diversas partes do país. A chuva, que se forma acima da camada de fumaça, coleta essas partículas durante sua queda, resultando na chuva preta. Recomenda-se que, caso essa condição se confirme, a população evite o contato com essa água escura.

Por outro lado, nas regiões Norte e Nordeste do estado, não se espera a ocorrência de chuvas, devido a um longo período de estiagem, caracterizado por altas temperaturas e baixa umidade relativa do ar. Porém não se descarta aumento de nebulosidade e pancadas de chuvas na região de Três Lagoas. 

Os ventos atuam do quadrante sul com valores entre 30 km/h e 50 km/h. Pontualmente, podem ocorrer rajadas de vento acima de 50 km/h.

Confira abaixo a previsão do tempo para cada região do estado: 

  • Para Campo Grande, estão previstas temperatura mínima de 20°C e máxima de 31°C. Irá chover.
  • A região do Pantanal deve registrar temperaturas entre 21°C e 30°C. Deve chover.
  • Em Porto Murtinho é esperada a mínima de 18°C e a máxima de 21°C. Deve chover.
  • O Norte do estado deve registrar temperatura mínima de 23°C e máxima de 35°C.
  • As cidades da região do Bolsão, no leste do estado, terão temperaturas entre 22°C e 37°C. 
  • Anaurilândia terá mínima de 19°C e máxima de 29°C. Pode chover.
  • A região da Grande Dourados deve registrar mínima de 16°C e máxima de 23°C. Há probabilidade de chuva.
  • Estão previstas para Ponta Porã temperaturas entre 16°C e 18°C. Irá chover.
  • Já a região de Iguatemi terá temperatura mínima de 16°C e máxima de 21°C. Há previsão de chuva.

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JUSTIÇA

Conciliação em processo sobre indígenas isolados será dia 25 no STF

Primeiras decisões de proteção aos indígenas são de 2022

14/09/2024 23h00

Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

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O Supremo Tribunal Federal (STF) marcou para 25 de setembro a audiência de conciliação no processo que trata medidas para proteger territórios com presença de indígenas isolados. O caso é relatado pelo ministro Edson Fachin..

A audiência contará com a presença de representantes do governo federal e dos indígenas e terá o objetivo de avaliar as propostas e dificuldades de cumprimento das determinações da Corte para garantir a sobrevivência de indígenas isolados e de recente contato, como os da Terra Indígena Kawahiva do Rio Pardo, no noroeste de Mato Grosso.

Em 2022, motivado por ações da Articulação dos Povos Indígenas (Apib), o Supremo proferiu as primeiras decisões de proteção aos indígenas que vivem isolados.

A principal medida trata das portarias que criaram restrições de acesso às áreas isoladas. As normas devem ser sempre renovadas antes do fim da vigência até a conclusão definitiva do processo demarcatório para impedir a entrada de terceiros, como missionários, garimpeiros, madeireiros e demais pessoas que possam explorar ilicitamente o território.

As decisões foram proferidas em função do assassinato do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips, na Terra Indígena Vale do Javari, no Amazonas. Ambos estavam na região em busca de contato com os indígenas.

As medidas também foram tomadas após a morte do “índio do buraco”, último remanescente de uma etnia não identificada massacrada na década de 1990. O indígena era monitorado há 26 anos pela Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai).

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