Cidades

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Mortes no trânsito aumentaram no 2º trimestre em MS

Mortes no trânsito aumentaram no 2º trimestre em MS

Redação

27/07/2009 - 12h15
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O número de homicídios culposos no trânsito de Mato Grosso do Sul aumentou 17% de abril a junho deste ano, na comparação com o trimestre anterior. Já na comparação com o mesmo período do ano passado, o número caiu 11%, segundo dados da Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp). Nos últimos três meses ocorreram 25 mortes no trânsito de Campo Grande e 71 nas cidades do interior. Além do trânsito, os dados da Sejusp mostram 1045 roubos em Campo Grande e 786 no interior.

Encerramento

Com três oitivas, vereadores encerram entrevistas da CPI do ônibus

Previsão é de que relatório seja concluído conclusão até 15 de agosto

09/07/2025 14h00

Foto: Divulgação / Câmara

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Três oitivas encerraram a fase de questionamentos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do transporte, realizada na manhã desta quarta-feira (9). Foram ouvidos a secretária especial de Planejamento e Parcerias Estratégicas, Catiana Sabadin Zamarrenho, a diretora-adjunta da Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran) Andréa Luiza Torres de Figueiredo da Silva e o secretário municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos, Ednei Marcelo Miglioli.

Neste momento, os vereadores seguem para a análise de documentos para elaboração do relatório final, que investiga a qualidade do transporte público de Campo Grande. “Cada membro da CPI vai passar uma minuta com suas percepções, análises documentais para a relatora considerar no relatório final”, afirmou. A previsão é de conclusão até 15 de agosto, caso não haja mais prazo para análise dos dados.

“O relatório tem como objetivo colocar o ‘dedo na ferida’ do Consórcio Guaicurus e da Prefeitura, mostrando suas responsabilidades e deficiências, tanto na prestação de serviço como na fiscalização”, afirmou o vereador Dr. Lívio. Ele destacou o objetivo em ir além, apontando sugestões para melhoria na mobilidade urbana e na política de transporte coletivo. O presidente da Comissão lembrou ainda o trabalho histórico da Comissão em colocar luz em um problema que se arrasta desde 2012 e as soluções se iniciam com a CPI.

Foram abordados temas relacionados a obras dos corredores de transporte coletivo, linhas de ônibus sem pavimentação, recapeamento de vias, pontos de ônibus e novos projetos para a cidade foram debatidos nesta quarta-feira. No entanto, a execução dos investimentos esbarra na falta de recursos da prefeitura.
Um dos impasses é em relação aos recursos insuficientes para a contrapartida das obras, que precisa ser dada pela prefeitura e fica em aproximadamente 40% dos investimentos, conforme relatado pelo secretário Marcelo Miglioli.

O secretário falou sobre as obras dos corredores de transporte, a exemplo da Rua Brilhante e Rui Barbosa, já finalizados. “Temos uma série de obras ainda não concluídas, existem previsão de conclusão e execução de outras obras, dos terminais de transbordo, corredores de ônibus e outras sem previsão de conclusão. Os secretários nos passaram sobre a dificuldade de contrapartida para fazer a execução das obras”, afirmou o vereador Dr. Lívio.

O vereador falou da necessidade de parcerias para esses recursos. “Vamos exigir troca dos ônibus velhos por novos, mas não adianta só ter ônibus andando com baixa velocidade. Precisamos priorizar o deslocamento do usuário”, ressaltou o presidente da Comissão.

A vereadora Ana Portela lembrou que o Consórcio Guaicurus argumenta não cumprir cláusulas contratuais porque o executivo não faz sua parte em relação a investimentos de mobilidade. Por isso, a necessidade de esclarecimentos relacionados a esse tema. Catiana Sabadin informou que dos R$ 144 milhões do PAC Mobilidade, foram desembolsados R$ 37 milhões até agora. Há ainda, conforme o secretário Miglioli, série de projetos previstos. “Temos que avançar para terminar o que já iniciamos”, informou.

O vereador Maicon Nogueira informou que, atualmente, 57 veículos do Consórcio Guaicurus estão proibidos de circular, interditados pela Agetran, por falta de inspeção, necessárias para segurança dos passageiros. “Isso é muito grave porque já tínhamos poucos ônibus. Isso é item contratual, não pode rodar sem inspeção”, afirmou.

Terminais e pontos

A Capital tem ainda 2,1 mil pontos de ônibus apenas com poste. Cerca de 60% podem ter abrigos implantados, conforme informado pela diretora da Agetran.

Ela informou que em algumas localidades os pontos cobertos não cabem na calçada, há discordância dos moradores da implantação em frente às casas, entre outros entraves. Andréa falou ainda que há licitação prevendo 500 abrigos, porém o contrato foi rescindido e será feita nova licitação para dar continuidade ao trabalho.

A prefeitura planeja uma PPP (Parceria Público Privada) para manutenção dos terminais de ônibus, conforme informado pela secretária Catiana Sabadin, a partir de questionamento do vereador Junior Coringa. Ela informou que a licitação deve ser lançada ainda neste ano e os termos de referência já foram elaborados. Também foi informado que os terminais da Avenida Cafezais e do Bairro Parati não serão mais executados, porém há previsão para o terminal do Tiradentes, considerado prioritário, além do São Francisco e reforma do Terminal Morenão.

Com a conclusão das oitivas, a CPI avançará à fase voltada à análise técnica de documentos e à consolidação do relatório final, que deverá apontar responsabilidades e propor soluções para os problemas enfrentados pelos usuários do transporte coletivo em Campo Grande.

Com assessoria


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CAMPO GRANDE

Educação revela reajustes em contratos um dia após aprovação do teto de gastos

Empresas foram todas contratadas em 05 de abril de 2024 pelo mesmo objeto, a aquisição de gêneros alimentícios "hortifrúti"

09/07/2025 12h54

Rede Municipal de Ensino de Campo Grande, no ano passado, contava com aproximadamente 111.378 alunos, que até o mês de junho de 2025 caíram para 111.255 matriculados

Rede Municipal de Ensino de Campo Grande, no ano passado, contava com aproximadamente 111.378 alunos, que até o mês de junho de 2025 caíram para 111.255 matriculados Reprodução/Arquivo/Correio do Estado

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Enquanto a Prefeitura busca alternativas para alcançar o dito equilíbrio fiscal em uma novela que se arrasta há tempos, a Secretaria Municipal de Educação de Campo Grande (Semed) publicou quatro novos aditivos em contratos ligados à alimentação escolar um dia após a aprovação do novo teto de gastos. 

Todos esses contratos foram acrescidos dentro do limite, beirando 25 por cento (24,9%) de reajuste, com os seguintes aditivos para as empresas contratadas para o fornecimento de hortifrútis.

  • + R$370.501,47 | Empresa Irmãos Cardoso = de R$1.482.070,11 p/ R$ 1.852.571,58
  • + R$208.104,65 | S.E. de Oliveira Avila = de R$832,458,20 p/ R$1.040.562,85 
  • + R$197.477,33 | DJE Comercial de Alimentos e Serviços = de R$789.986,66 p/ R$ 987.463,99 
  • + R$302.997,92 | GRB Comércio Serviços e Transporte = de R$ 1.212.103,68 p/ R$1.515.101,60  

Importante apontar que a Rede Municipal de Ensino (Reme) de Campo Grande, no ano passado, contava com aproximadamente 111.378 alunos, que até o mês de junho de 2025 caíram para 111.255 matriculados.  

Conforme detalhado no Portal da Transparência da Capital, as quatro empresas que já estão anotando seus segundos aditivos, foram todas contratadas em 05 de abril de 2024 pelo mesmo objeto: "aquisição de gêneros alimentícios - hortifrúti".

Mesmo que esses reajustes datem como celebrados antes do final de junho, entre os dias 25 e 26 do mês passado, esses extratos só vieram à tona após o encaminhamento ainda ontem (08) do projeto com pacote de medidas para ajuste fiscal, que teve aprovação "relâmpago" na terça-feira na Câmara Municipal de Campo Grande. 

Novela do teto de gastos

Cabe lembrar que, neste 2025, a novela fiscal de Campo Grande começou com cortes radicais nos gastos e nomeações no início de março, por decreto da chefe do Executivo após ser pressionada por servidores que há três anos não eram contemplados por reajustes.

Inicialmente a medida previa uma espécie de moratória válida até o fim de junho, afastando a possibilidade de conceder reposição salarial ao funcionalismo, cuja data-base é maio. 

Junto disso foi decretado corte de pelo menos 25% em gastos com água, luz, combustíveis, impressões e demais serviços de terceiros prestados por pessoa física e/ou jurídica, em uma ação que a prefeita classificou à época como "coisas caminhando como devem acontecer". 

Já ao fim de junho, e longe de atingir a meta de economizar R$ 140 milhões, Adriane Lopes prorrogou por mais 90 dias a medida de arrocho e, por consequência, impediu reajuste salarial linear aos servidores municipais. 

Nesse intervalo de três meses entre as datas, de acordo com Adriane Lopes, a prefeitura foi capaz de economizar R$ 19 milhões na folha de pagamentos, apesar de aumento de cerca de 27% no próprio salário, com um impacto de R$ 95 milhões, que beneficiou aproximadamente 500 integrantes da elite do funcionalismo público local. 

Teto para o serviço público municipal, desde abril o salário da prefeita passou de R$21,2 mil para R$26,9 mil. Já em fevereiro de 2026 subirá para R$31,9 e um ano depois, para R$35,4 mil. 

Além disso, houve redução de quase um milhão de reais nos gastos com locação de imóveis, segundo afirmou a prefeita durante agenda em 28 de junho. 

De acordo com Adriane, “mais de cinco imóveis” teriam sido devolvidos nestes três meses de vigência do decreto de arrocho de gastos. 

Ainda nessa última terça-feira, a prefeitura enviou três projetos de lei em um pacote para a Câmara Municipal, aprovado de forma relâmpago pelos vereadores, e você fica por dentro do que muda através do material publicado ontem (08) pelo Correio do Estado CLICANDO AQUI. 

Entre outras ações, como por exemplo a ideia de um leilão reverso de dívidas, basicamente as despesas do orçamento terão como teto a variação do IPCA do ano anterior, sendo no máximo igual às do ano de referência se acaso for registrada deflação. 

Por vários anos seguidos Campo Grande ultrapassou os tetos estabelecidos para os gastos com pessoal, com as finanças estando, na maior parte do tempo, no limite da Lei de Responsabilidade Fiscal dentro dessa última década. 

Em resumo, todas as medidas atuais tem o intuito de melhorar o acesso de Campo Grande a crédito. 
 

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