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Cerimônia

Novo presidente da Suzano recebe licença de operação para a nova fábrica de celulose em MS

Planta em Ribas do Rio Pardo começou a operar no dia 21 de julho, e coloca MS como maior exportador de celulose do Brasil

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Em evento fechado, realizado na noite da última segunda-feira (29) na sede da Federação da Indústria de Mato Grosso do Sul (Fiems), o Governo do Estado formalizou a entrega da licença de operação da nova fábrica da Suzano em Ribas do Rio Pardo, que foi ativada no dia 21 de julho.

O documento foi expedido pelo Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (IMASUL) no dia 9 de julho deste ano, e possibilitou o início das operações da terceira fábrica da companhia no estado.

Quem recebeu a licença foi o novo presidente da Suzano, Beto Abreu, que assumiu o cargo no dia 1º de julho, às vésperas do Projeto Cerrado ser finalizado.

"Quase três anos de obra e na semana passada tivemos a felicidade de iniciar as operações. É de fato um projeto marcante não só para o Estado, mas para o País. Temos uma oportunidade enorme como sociedade, empresas privadas, instituições e setor público para trabalharmos juntos no desenvolvimento da qualificação profissional e inserir cada vez mais brasileiros no mercado de trabalho", disse o presidente da companhia, durante discurso.

A Licença de Operação emitida pela IMASUL atesta o cumprimento de todas as condicionantes para instalação, o manejo sustentável e respeito da companhia com a conservação dos recursos naturais e da biodiversidade no Estado. O documento tem validade por quatro anos e estabelece também as obrigações para funcionamento da unidade, assim como as medidas mitigatórias e procedimentos de segurança que devem ser adotados ao longo da vigência da licença.

“Estamos entregando a licença da maior fábrica de celulose de linha única do mundo. É um momento histórico no desenvolvimento do Estado. Lembrando que o projeto Cerrado engloba mais indústrias dentro do sítio como é o caso da White Martins e da Nouryun (indústria química) que também já receberam suas licenças de operação. Ou seja é um projeto integrado, e a liberação das licenças dentro do cronograma estabelecido pelas partes é a otimização da coisa pública”, frisou o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck. 

Com investimento total de R$ 22,2 bilhões, dos quais R$ 15,9 bilhões foram destinados à construção da fábrica e R$ 6,3 bilhões à formação da base de plantio e à estrutura logística para escoamento da celulose, a maior linha única de produção de celulose do mundo tem capacidade para produzir 2,55 milhões de toneladas de celulose por ano, e vai transformar Mato Grosso do Sul no maior exportador de celulose do Brasil.

A construção da Unidade Ribas do Rio Pardo também foi destaque na geração de empregos. Anunciada em maio de 2021, a planta teve, no pico das obras, mais de 10 mil empregos diretos criados. Com o início das operações, cerca de 3 mil pessoas, entre colaboradores próprios e terceiros, passaram a trabalhar nas atividades industrial, florestal e de logística da nova unidade.

"Esse ambiente de negócio competitivo e positivo faz parte da harmonia que existe entre o governo, o poder público e a iniciativa privada. A licença entregue hoje talvez traduza um pouco disso tudo, beneficiando a população por meio de oportunidades de emprego e renda. Mato Grosso do Sul tem todo o seu desdobramento e planejamento estratégico elaborado num Estado próspero, verde, inclusivo e digital. São os quatro eixos que norteiam a nossa estratégia de política pública em qualquer área", acrescentou o governador do Estado, Eduardo Riedel.

Cerimônica contou com a presença do governador Eduardo Riedel, do presidente da Suzano, Beto Abreu, vice-presidentes da companhia, secretários de Estado, parlamentares e demais autoridades estaduais. Foto: Bruno Rezende/Governo do Estado.

Sobre a Suzano

A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores produtoras de papéis da América Latina, líder no segmento de papel higiênico no Brasil e referência no desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras a partir de matéria-prima de fonte renovável.

Com o início das operações da nova unidade, a capacidade instalada de produção de celulose da Suzano salta de 10,9 milhões para 13,5 milhões de toneladas anuais, o que representa um aumento de mais de 20% na produção atual da companhia.

Novo presidente

Beto Abreu é Engenheiro de Produção formado pela PUC-Rio e com MBA em Administração pela Fundação Dom Cabral, Beto Abreu também concluiu programas executivos no IMD Business School e na Wharton School da Universidade da Pensilvânia. Antes de ingressar na Suzano, foi presidente da Rumo, a maior operadora de logística ferroviária independente do Brasil, por cinco anos.

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antônio joão

Após morte em confronto, secretário culpa 'índios paraguaios a serviço do tráfico'

Titular de Segurança Pública diz que organizações criminosas miram plantações de maconha na linha da fronteira entre Brasil e Paraguai para "escoar" essa produção "de aldeia em aldeia" até grandes centros

18/09/2024 12h24

Governo do Estado convocou sala de situação onde o secretário de Justiça e Segurança Pública, Antonio Carlos Videira, culpou

Governo do Estado convocou sala de situação onde o secretário de Justiça e Segurança Pública, Antonio Carlos Videira, culpou "índios paraguaios a serviço do tráfico de drogas" pelo acirramento dos confrontos Naiara Camargo/Correio do Estado

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Após registro de morte de um indígena, em confronto com a polícia durante a madrugada de hoje (18), em território Nanderu Marangatu, o Governo do Estado de Mato Grosso do Sul convocou sala de situação onde o secretário de Justiça e Segurança Pública, Antonio Carlos Videira, culpou "índios paraguaios a serviço do tráfico de drogas" pelo acirramento dos confrontos no interior de MS. 

Esses povos originários residem na Terra Indígena batizada de Nanderu Marangatu, onde ainda existe uma propriedade que seria a última na posse de outros que não os povos originários. 

Importante apontar que, com homologação datando de 2005, essa propriedade estaria sobreposta em uma área voltada para ocupação tradicional dos indígenas de Nanderu Marangatu. 

O secretário de Estado frisa que há instrução para policiamento ostensivo da área, sendo a ordem judicial emanada pelo Juiz Federal de Ponta Porã, com a situação de conflito se estendendo há tempos, comenta Videira. 

"Nós percebemos que nos últimos dias foi acirrando com a presença de 'índios paraguaios'. Nós estamos ali numa região onde a fronteira é um rio pequeno, facilmente transponível; e do lado de lá nós temos diversas plantações de maconha... então há um interesse de facções criminosas que exploram o tráfico de drogas", afirma o titular da Sejusp. 

Segundo Videira, a Fazenda Barra fica menos de 5 km da linha internacional de fronteira, com informações da inteligência apontando a região como "estrategicamente posicionada" para escoar a produção do tráfico de drogas. 

"A grande produção de toda essa região tem como destino grandes centros, por meio de aldeias. De aldeia em aldeia até chegar próximo de Campo Grande; Dourados; e aí ter acesso aos maiores centros consumidores", afirma o titular da pasta de Segurança Pública de MS.

Situação de conflito

Durante sua fala, o governador por Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, reforçou que o Estado "tem buscado avançar" nas políticas públicas voltadas para as comunidades indígenas e seu desenvolvimento. 

"Sou representante dos governadores na mesa de conciliação do STF, é um tema complexo, difícil, mas o que nós estamos vendo aqui foge completamente a essa discussão", expõe o Governador. 

Com base no que lhe foi repassado pelo setor de inteligência, Riedel apontou para a versão de "disputa de facções criminosas paraguaias", destacando que a ordem recebida judicialmente é para que se mantenha a ordem.

"Em uma propriedade que está em litígio, do ponto de vista fundiário, mas que tem uma família morando na casa e que não sai de lá, dizendo que vão morrer lá. A decisão é que o Estado garanta a segurança dessa família e o acesso das pessoas nessa propriedade", reforçou o governador. 

Cabe lembrar que há cerca de um ano, em reunião da Frente Parlamentar que trata dos conflitos agrários em Dourados, Videira foi o secretário responsável por declarações firmas que reverberaram na mídia. 

Ao ser provocado por agricultor que teve sua propriedade invadida e a família ameaçada por indígenas, Videira disse: “Policial meu não vai morrer na faca com fuzil na mão

Medidas

Ainda conforme o governador, Riedel deve se reunir na parte da tarde com os ministros do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes; junto do titular da Casa Civil, Rui Costa, para discutir essa situação de confronto. 

Dizendo que "lamenta profundamente" o episódio, Videira reforça que a ideia era tentar evitar confrontos, porém, que a situação fugiu ao controle. 

"Tudo o que a gente não queria era que isso acontecesse. Nós queremos de agora para frente é que se gerencie a crise para que nós não tenhamos mais nenhuma morte", cita o secretário. 

Apoiado na ordem judicial, Videira complementa que a decisão sob a qual a polícia age foi inclusive estendida, para que as forças policiais garantam o "ir e vir" dos funcionários e "proprietários" da fazenda, desde a rodovia até a sede, num percurso de mais de 10 quilômetros. 

"Temos aproximadamente 100 militares lá, de PMs; do Tático; batalhões da região; quatro equipes do Departamento de Operações de Fronteira (DOF) e batalhão de Choque também... vamos manter porque estamos cumprindo a ordem judicial", completa o titular da Sejusp. 

Abaixo, você confere na íntegra a nota da Sejusp sobre o caso: 

"O governador Eduardo Riedel realizou uma reunião com integrantes da Segurança Pública do Mato Grosso do Sul para esclarecimentos sobre morte de um indivíduo, inicialmente identificado como indígena da etnia Guarani Kaiowá, no município de Antônio João, nesta quarta-feira (18).

O óbito ocorreu depois de um confronto e troca de tiros com a Polícia Militar em uma região rural da cidade, na fronteira com o Paraguai.

O secretário estadual de Segurança Pública, Antônio Carlos Videira, esclareceu que os policiais militares que estão no local (100 homens) cumprem ordem judicial (da Justiça Federal) para manter a ordem e segurança na propriedade rural (Fazenda Barra), assim como permitir o ir e vir das pessoas entre a rodovia e a sede da fazenda.

O conflito na região se arrasta há anos, no entanto a situação se acirrou nos últimos dias.

Além da disputa por terra, também foi apurado pela inteligência policial que há interesses de facções criminosas relacionadas ao tráfico de drogas, já que há diversas plantações de maconha próximas a fazenda, do lado paraguaio, pois a região está na fronteira entre os dois países.

As equipes de perícia já estão no local da morte para devida identificação e apuração dos fatos. Foram apreendidas armas de fogo com o grupo de indígenas que tentava invadir a propriedade e todo este material será coletado para formação de um relatório que será entregue em Brasília".  

 

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TRÁFICO DE DROGAS

PF prende envolvidos em mega-carregamento de maconha 

Dados da investigação indicam que a empresa transportou 22 toneladas de drogas nos últimos 12 meses

18/09/2024 11h55

Droga estava escondida em meio a carga de milho a granel

Droga estava escondida em meio a carga de milho a granel Foto: Polícia Rodoviária Federal/ Divulgação

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Um mês após apreender 11 toneladas de maconha em carga de milho , a Polícia Federal (PF) cumpriu, nesta quarta-feira (18), um mandado de prisão e duas buscas e apreensões na cidade de Assis (SP)

A série de mandados, expedidos pela Vara Criminal de Angélica (MS), faz parte de uma apuração minuciosa para desmantelar uma empresa supostamente ligada ao tráfico estadual de drogas. 

Iniciada em agosto deste ano, a investigação tomou corpo após a prisão em flagrante de um indivíduo transportando quase 11 toneladas de maconha em um caminhão de milho, apreendido na cidade de Angélica. 

Na ocasião, o veículo havia saído de Mato Grosso do Sul e teria como destino o Estado de São Paulo. De acordo com  a PF, o caminhão, onde estava localizado a droga estava registrado em nome de uma empresa sediada na cidade de Assis (SP), que já teve veículos apreendidos em cinco flagrantes com  grande quantidade de maconha nos últimos 12 meses. 

Conforme o balanceamento, a empresa estaria envolvida no carregamento de mais de 22 toneladas de droga nos últimos 12 meses 

Durante a operação da PF, foram apreendidos computadores e veículos. Além disso, no momento do cumprimento de um dos mandados, a equipe policial também relatou que um investigado danificou um aparelho celular, na tentativa de apagar provas. 

O autor foi preso e deve ser autuado pelo crime de destruição de provas. Atualmente, ele segue sob prisão preventiva, conforme o mandado expedido anteriormente. 
 

Droga estava escondida em meio a carga de milho a granel

11 TONELADAS

No início de agosto deste ano, quase 11 toneladas de maconha foram encontradas em meio a carga de milho a granel, em uma carreta de transportadora, na MS-145, próximo ao município de Angélica, a 271 quilômetros de Campo Grande. 

De acordo com a polícia, os agentes avistaram o veículo entre o distrito de Ipezal e o Assentamento Pana, sentido a Nova Alvorada do Sul, realizando o sinal de parada ao motorista de 34 anos. 

Ao ser abordado, o motorista, que é residente em Maringá (PR), confessou o transporte e disse que os entorpecentes estavam escondidos em meio a carga de milho. Ainda de acordo com o caminhoneiro, os 10,9 toneladas de maconha, seria encaminhadas para São Paulo. Ele foi preso em flagrante e encaminhado à Polícia Federal de Dourados. 

(Colaborou João Gabriel)

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