Classificada como "devagar quase parando", a obra de reparo no ponto do Lago do Amor que deveria ser entregue já no próximo dia 31 de julho, deve ter o prazo prorrogado em até três meses, ficando para o último trimestre de 2023.
No local, poucos empregados se debruçam nos serviços da atual etapa do projeto que, segundo o engenheiro técnico da prefeitura, encontra-se em uma fase de "desenformar" as armações, sendo preciso esperar pelo menos mais três dias para a "cura" do concreto.
Segundo o profissional engenheiro, essa etapa deve ser rápida e, posteriormente, o aterro deverá ser colocado no local para reestruturação do ponto onde se abriu a cratera.
Ele faz questão de frisar que, a aparência de que as obras estavam paradas se dá devido à etapa do projeto, que foi "subempreitado" pela CCO para uma terceira firma.
"E também devido ao frio né. Não é questão de pagamento, que até atrasa uma vez ou outra, mas quem aqui não atrasa no Brasil?", pontua Nasser.
Ele frisa que, faltando pouco mais de um mês, como o cronograma não foi seguido devido às inconsistências climáticas, inclusive, no máximo mais três meses serão acrescidos ao prazo final.
Relembre os problemas
Estrago "mais velho" deste 2023, cratera no Lago do Amor foi aberta pela força das chuvas, registradas ainda em 04 de janeiro, responsável por transformar ruas em rios com os 92,6 milímetros registrados em seis horas seguidas de precipitação.
Diante desse primeiro estrago, cada nova chuva trazia maiores proporções para a cratera, que em três meses já engolia parte da ciclovia.
Longe de ser a solução definitiva para o problema do Lago do Amor, que sofre de assoreamento, o projeto visa instalar um novo vertedouro, que ficará em um nível mais alto do que a primeira saída de água.
Mas, pelo menos desde 2008, a situação do Lago do Amor é acompanhada pelo Laboratório de Hidrologia, Erosão e Sedimentos (Heros), da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e Hidrosed Engenharia.
Conforme o estudo, devido ao assoreamento, em uma década, o ponto registrava perda de 37% de volume em comparação com o primeiro levantamento.
Em 14 anos, aponta o Heros, o reservatório acumulou 88 mil metros cúbicos de volume de sedimentos e, diagnósticos classificam o "tempo de vida" do lago em aproximadamente mais 15 anos, caso o assoreamento não seja resolvido até lá.