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REPRESSÃO

Polícia fecha 11 bocas de pó em um dia em Dourados

Polícia fecha 11 bocas de pó em um dia em Dourados

DOURADOS AGORA

05/03/2011 - 00h00
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Uma mega operação realizada pela Polícia Civil de Dourados, com apoio de agentes de Campo Grande, resultou no fechamento de onze pontos de venda de droga, num só dia, em Dourdos. Doze pessoas foram presas, além de apreendida grande quantidade entorpecentes, arma, dinheiro e objetos sem procedência, possivelmente trocados, por drogas, por dependentes químicos.

Ao todo foram cumpridos 25 mandados de busca e apreensão, expedidos pelos juizes Dileta Terezinha Souza Thomaz e Jairo Roberto de Quadros, das 1º e 2º Varas Criminais de Dourados.

Informações detalhadas sobre os pontos de venda de drogas, além de fotos de satélites, dos locais, dos suspeitos, levantamento da ficha criminal dos envolvidos e também filmagens, resultado do serviço de inteligência, da Polícia Civil, foram usadas para elaboração das representações, documento com mais de 90 páginas que foi entregue aos magistrados, para a expedição dos mandados.

A operação foi resultado de um trabalho de investigação de quatro meses realizado por agentes do Serviço de Investigação Geral (SIG) e da Delegacia de Repressão aos Crimes da Fronteira (Defron), de Dourados, que culminou com a Operação Carnaval deflagrada pela Delegacia Geral de Polícia Civil de Mato Grosso do Sul.

A data foi escolhida estrategicamente pelo DGPC, porque neste mês do ano os pontos de vendas de drogas são mais abastecidos para atender a demanda do período do carnaval. O maior volume de entorpecente foi apreendido na "Boca do Vaguinho", localizada na Vila Cachoeirinha. Quando os policiais entraram para cumprir o mandado, o dono da casa e um adolescente estavam embalando drogas. No local os policiais apreenderam 46 papelotes prontos para a comercialização e várias grandes porções que renderiam mais de mil papelotes. Vagner da Silva Matos, de 19 anos foi preso e o adolescente de 16 foi apreendido, ambos em flagrante.

Entre os 12 presos na Operação Carnaval está também Ainton Fantinati Mariano, de 41 anos, também conhecido pelo apelido de "Pezão", que é proprietário da Conveniência Brasil na W17, esquina com a Z2, no Bairro Canaã 3. De acordo com as investigações, ele traficava drogas no estabelecimento comercial.

No ato da abordagem policial, devido o estabelecimento estar equipado com sistema de monitoramento por câmeras, Ailton, assim que percebeu a ação policial, despejou algo no vaso sanitário antes da abordagem policial, sendo que os policiais acabaram encontrando vestígios de cocaína, no banheiro, próximo do vaso, cerca de duas gramas da droga. Na residência dele foram apreendidos vários produtos contrabandeados, dentre eles bebidas e cigarros. Mariano foi presos anteriormente com 17 quilos de cocaína e estava cumprindo pena em regime domiciliar por ser portador de deficiência física.

Ainda durante a operação, na tarde de ontem, por volta das 15h, os policiais estiveram na residência de Lucileide dos Santos, de 23 anos, conhecida pelo apelido de "Maligna". Os policiais estavam monitorando a casa onde havia denunciais de que no local funcionava um ponto de venda de entorpecente. No momento da ação policial duas pessoas, dependentes químicas, foram encontradas fazendo uso de crack, sendo uma jovem de 23 anos e uma adolescente de 16 anos. Maligna foi presa e autuada em flagrante, por corrupção de menores. No local foram encontrados vários petrechos para consumo de drogas.

Segundo a Delegacia Geral de Polícia Civil, a operação tem como objetivo desativar pontos de vendas de drogas mapeadas durante os trabalhos de inteligência dos agentes. Outras ações similares estarão acontecendo ao longo do carnaval e também em outras cidades do Estado.

A Operação Carnaval, realizada ontem, em Dourados, envolveu 36 agentes, nove delegados e 13 viaturas, do Defron, SIG e das delegacias da Mulher, Regional e do 1º Distrito Policial, de Dourados. A Operação contou ainda com o apoio de policiais do Garras, das delegacias de Narcóticos (Denarc) e de Furtos e Roubos (Defurv), além do departamento de comunicação da Polícia Civil, de Campo Grande.

MATO GROSSO DO SUL

Juro alto pode prejudicar novo leilão da Rota da Celulose

Modelagem feita pelo governo oferece taxa de retorno de 10,47% ao ano pelo investimento; abaixo da Selic, que está em 12,75% e com perspectiva de alta

26/12/2024 07h00

BR-262, que liga Campo Grande a Três Lagoas, é uma das rodovias que será concedida

BR-262, que liga Campo Grande a Três Lagoas, é uma das rodovias que será concedida Foto: Paulo Ribas / Correio do Estado

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A elevação dos juros e o aumento do preço do dólar têm sido uma pedra no sapato nos planos do governo do Estado de Mato Grosso do Sul para conceder à iniciativa privada o conjunto de rodovias formado majoritariamente pela BR-262, MS-040, MS-338 e MS-393, além da BR-267, chamado de Rota da Celulose.

No início deste mês de dezembro, após as demonstrações dos grandes players do setor de logística de que ninguém estava interessado em investir pelo menos R$ 9 bilhões nestas rodovias de Mato Grosso do Sul ao longo dos próximos 30 anos, o governo de Mato Grosso do Sul retirou o edital e pretende enviar à B3, no primeiro semestre de 2025, um novo edital para tentar leiloar estas rodovias à iniciativa privada.

O fator preponderante para a falta de interessados foi a concorrência desleal com a Taxa Selic, a taxa de juros do Banco Central do Brasil (BC), que subiu 1% neste mês, para 12,75%, e tem viés de alta de mais um ponto percentual nas duas próximas reuniões do Conselho Nacional de Política Monetária (Copom), chegando a 14,75% ao ano até o mês de março.

O conjunto de rodovias que o governo de Mato Grosso do Sul pretende leiloar estava oferecendo às empresas interessadas uma Taxa Interna de Retorno do Investimento (TIR) de 10,37% ao ano. A taxa foi calculada em abril de 2024, quando o horizonte no médio prazo para os juros da economia brasileira era bem mais otimista, com a possibilidade de a Taxa Selic voltar a ser de apenas um dígito (menos de 10%) já em 2026.

Agora, esta expectativa de redução na curva dos juros no médio e longo prazos foi prorrogada por pelo menos mais um ano, com perspectiva de início de queda para menos de um dígito em 2027, conforme indica o Boletim Focus mais recente do Banco Central. Certamente o governo de Mato Grosso do Sul terá de aumentar a TIR para competir em pé de igualdade com a Selic.

Estratégias

Uma das estratégias que serão adotadas pelo governo de Eduardo Riedel (PSDB) é a de alongar o encargo dos investimentos a serem realizados.

O edital da Rota da Celulose prevê investimentos diretos – chamados de Capex, no “idioma” do mercado – de R$ 6 bilhões durante a concessão de 30 anos, sendo que mais da metade deste valor seria despendida nos primeiros três anos de concessão.

A ideia é esticar as exigências, como implantação de terceiras faixas e duplicação de Campo Grande a Ribas do Rio Pardo pela BR-262.

Um servidor de alto escalão da administração estadual disse ao Correio do Estado, neste mês, que há apenas duas formas de aumentar o interesse pelo conjunto de rodovias neste cenário de juros altos e aumento dos custos (alta do dólar): redução do Capex ou aumento na tarifa de pedágio.

Claramente, Eduardo Riedel (PSDB) deu mostras de que vai optar pela flexibilização das operações. “Sem mexer em preço de pedágio e sem mexer no projeto original, mas deslocando algumas ações”, disse o governador de Mato Grosso do Sul durante evento na Federação da Indústria de Mato Grosso do Sul (Fiems) na sexta-feira (20).

Riedel pretende alongar os investimentos. Obras que estavam previstas para os primeiros anos de contrato serão empurradas também para o médio prazo. O edital que foi a leilão e não teve interessados previa a concentração dos investimentos da ampliação da capacidade até 2028, ano em que eles bateriam R$ 400 milhões. A ideia é diluir esses valores, que somam R$ 1,8 bilhão, em um período maior.

Esse R$ 1,8 bilhão está incluído nos aproximadamente R$ 6 bilhões em investimentos em melhorias (Capex). Também existem mais R$ 3 bilhões de investimentos em custo fixo de manutenção (Opex). O governo não deve mexer neste valor, apesar de existir certa flexibilidade.

Somente para garantir todos os investimentos necessários no Capex, seria necessário o levantamento de R$ 1,895 bilhão por meio de financiamentos em bancos, praticamente todo o valor da ampliação da capacidade. A receita com pedágio não daria conta desse investimento.

A alta da Selic, além de reduzir a atratividade para a remuneração do investidor, ainda deixou o custo do dinheiro para reformar as rodovias maior.

O governo também prevê uma outorga – o valor que o concessionário paga ao poder concedente pela concessão – de R$ 74 milhões de entrada e mais R$ 297 milhões de outorga variável, que será pago ao longo dos 30 anos de concessão. Esses valores estão incluídos nas “despesas operacionais”, o chapado “Opex”.

Os recursos da outorga variável serão usados para financiar a Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos (Agems), a Polícia Rodoviária Estadual, entre outras instituições.

Tarifa de pedágio

A modelagem econômico-financeira da Rota da Celulose prevê a instalação de 12 praças de pedágio, sendo que a praça de Bataguassu, na BR-262, teria o valor mais barato: R$ 4,70, enquanto a praça de Ribas do Rio Pardo, na BR-262, teria o valor maior: R$ 15,20.

As praças de Campo Grande e Ribas do Rio Pardo, na MS-040, seriam as segundas mais caras: R$ 13,70.
 

BR-262, que liga Campo Grande a Três Lagoas, é uma das rodovias que será concedidaTarifas de pedágio previstas na Rota da Celulose

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Cazaquistão

Avião da Embraer que caiu pode ter sido atingido por sistema de defesa aérea russo

Passageiros sobreviventes relataram ouvir uma explosão ao se aproximarem de Grozny, na região russa da Chechênia

25/12/2024 22h00

Avião caiu com 67 pessoas a bordo

Avião caiu com 67 pessoas a bordo Foto: Reprodução

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A queda de um avião da Embraer que matou ao menos 38 pessoas em Aktau, no Cazaquistão, nesta quarta-feira, 25, pode ter sido causada por um míssil, segundo relatos da imprensa.

De acordo com a agência Euronews, fontes oficiais ligadas à investigação do desastre disseram que alguns dos passageiros que sobreviveram ao acidente com o E190 da Azerbaijan Airlines teriam ouvido uma explosão ao se aproximarem de Grozny, na região russa da Chechênia, o destino do voo que saiu da capital do Azerbaijão, Baku.

Mais cedo, o canal de notícias Anewz, do Azerbaijão, havia citado em reportagem as declarações de um blogueiro militar russo relacionando os danos à aeronave a um sistema de mísseis de defesa aérea.

A tese de que o sistema de defesa aérea russo pode ter abatido o avião é corroborada por relatos de ataques de drones ucranianos na Chechênia na manhã desta quarta-feira.

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