Cidades

CASA PRÓPRIA

Prefeitura faz sorteio de casas populares na Capital

536 unidades habitacionais estão sendo sorteados nos três dias do evento

ALÍRIA ARISTIDES

17/08/2019 - 14h00
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A Prefeitura de Campo Grande sorteia neste sábado (17) centenas de unidades habitacionais para pessoas que se encontram em situação de vulnerabilidade social. Os sorteios fazem parte do 2º Feirão Habita Campo Grande, organizado pela Agência Municipal de Habitação (EHMA), e ao todo, 536 unidades habitacionais estão sendo sorteados nos três dias do evento, que teve início na quinta-feira (15) e vai até hoje. O evento acontece na Cidade do Natal, nos altos da Avenida Afonso Pena.

Os imóveis sorteados no 2º Feirão Habita são destinados para famílias com renda familiar mensal de até R$1.800, que não possuem financiamento imobiliário ou estão inscritas no Cadastro Nacional de Mutuários. Também podem ser beneficiadas mulheres que se encaixam nos pré-requisitos e que foram vítimas de violência doméstica. No evento também serão concedidos 300 subsídios de R$6 mil para entradas em imóveis. 

Mais de 35 mil famílias da Capital estão cadastradas no programa e habilitadas para receber os imóveis, caso sejam sorteadas. Uma das beneficiadas no último dia de sorteios foi Mariza Gonzales, 41 anos, que receberá as chaves de uma casa no Sírio Libanês. Ainda emocionada com o resultado, a auxiliar de laboratório contou que estava inscrita no programa há mais de 15 anos. Mãe de três filhos, Mariza afirmou que “agora as coisas vão melhorar, vamos ter um lugar nosso. Já sofri muito tempo pagando aluguel, mas acredito que as coisas vão melhorar”. 

Além dos 106 imóveis no Sírio Libanês, oferecidos na manhã deste sábado, na quinta-feira foram sorteadas 102 unidades do Portal das Laranjeiras e 66 apartamentos do Jardim Inápolis. Na parte da tarde de hoje, serão disponibilizados 105 apartamentos no Aero Rancho 7 e mais 105 unidades habitacionais do Aero Rancho 8. 

Muita gente se deslocou até a cidade do Natal para acompanhar ao vivo o resultado dos sorteios. Eleutéria Franco, de 54 anos, aguarda há mais de 12 anos a sorte de receber a casa própria e resolveu ir no evento torcer junto com a família. Aposentada por problemas de saúde, Eleutéria afirmou que os custos com medicamentos dificultam o pagamento do aluguel da casa em que mora. “Estou há seis anos parada, eu era auxiliar de limpeza e desenvolvi problemas na coluna e braço. Se conseguisse uma casinha iria sair do aluguel, seria uma preocupação a menos”, explicou. 

Para o diretor-presidente da EMHA, Enéas Netto, o evento está sendo um sucesso. “É com imensa alegria que oferecemos esta mega estrutura à população de Campo Grande. Estamos realizando uma grande festa, com espaço para crianças, shows, além dos sorteios. A realização pública do evento mostra para as pessoas a lisura e transparência que empregamos nos sorteios”, afirma. O diretor reforça que 14 empresas estão no evento oferecendo a oportunidade de financiamentos através do programa ‘Minha Casa, Minha Vida’. “Caso alguém saia sem ser sorteado, também pode passar lá para saber dos financiamentos”, completa.

 

MATO GROSSO DO SUL

Juro alto pode prejudicar novo leilão da Rota da Celulose

Modelagem feita pelo governo oferece taxa de retorno de 10,47% ao ano pelo investimento; abaixo da Selic, que está em 12,75% e com perspectiva de alta

26/12/2024 07h00

BR-262, que liga Campo Grande a Três Lagoas, é uma das rodovias que será concedida

BR-262, que liga Campo Grande a Três Lagoas, é uma das rodovias que será concedida Foto: Paulo Ribas / Correio do Estado

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A elevação dos juros e o aumento do preço do dólar têm sido uma pedra no sapato nos planos do governo do Estado de Mato Grosso do Sul para conceder à iniciativa privada o conjunto de rodovias formado majoritariamente pela BR-262, MS-040, MS-338 e MS-393, além da BR-267, chamado de Rota da Celulose.

No início deste mês de dezembro, após as demonstrações dos grandes players do setor de logística de que ninguém estava interessado em investir pelo menos R$ 9 bilhões nestas rodovias de Mato Grosso do Sul ao longo dos próximos 30 anos, o governo de Mato Grosso do Sul retirou o edital e pretende enviar à B3, no primeiro semestre de 2025, um novo edital para tentar leiloar estas rodovias à iniciativa privada.

O fator preponderante para a falta de interessados foi a concorrência desleal com a Taxa Selic, a taxa de juros do Banco Central do Brasil (BC), que subiu 1% neste mês, para 12,75%, e tem viés de alta de mais um ponto percentual nas duas próximas reuniões do Conselho Nacional de Política Monetária (Copom), chegando a 14,75% ao ano até o mês de março.

O conjunto de rodovias que o governo de Mato Grosso do Sul pretende leiloar estava oferecendo às empresas interessadas uma Taxa Interna de Retorno do Investimento (TIR) de 10,37% ao ano. A taxa foi calculada em abril de 2024, quando o horizonte no médio prazo para os juros da economia brasileira era bem mais otimista, com a possibilidade de a Taxa Selic voltar a ser de apenas um dígito (menos de 10%) já em 2026.

Agora, esta expectativa de redução na curva dos juros no médio e longo prazos foi prorrogada por pelo menos mais um ano, com perspectiva de início de queda para menos de um dígito em 2027, conforme indica o Boletim Focus mais recente do Banco Central. Certamente o governo de Mato Grosso do Sul terá de aumentar a TIR para competir em pé de igualdade com a Selic.

Estratégias

Uma das estratégias que serão adotadas pelo governo de Eduardo Riedel (PSDB) é a de alongar o encargo dos investimentos a serem realizados.

O edital da Rota da Celulose prevê investimentos diretos – chamados de Capex, no “idioma” do mercado – de R$ 6 bilhões durante a concessão de 30 anos, sendo que mais da metade deste valor seria despendida nos primeiros três anos de concessão.

A ideia é esticar as exigências, como implantação de terceiras faixas e duplicação de Campo Grande a Ribas do Rio Pardo pela BR-262.

Um servidor de alto escalão da administração estadual disse ao Correio do Estado, neste mês, que há apenas duas formas de aumentar o interesse pelo conjunto de rodovias neste cenário de juros altos e aumento dos custos (alta do dólar): redução do Capex ou aumento na tarifa de pedágio.

Claramente, Eduardo Riedel (PSDB) deu mostras de que vai optar pela flexibilização das operações. “Sem mexer em preço de pedágio e sem mexer no projeto original, mas deslocando algumas ações”, disse o governador de Mato Grosso do Sul durante evento na Federação da Indústria de Mato Grosso do Sul (Fiems) na sexta-feira (20).

Riedel pretende alongar os investimentos. Obras que estavam previstas para os primeiros anos de contrato serão empurradas também para o médio prazo. O edital que foi a leilão e não teve interessados previa a concentração dos investimentos da ampliação da capacidade até 2028, ano em que eles bateriam R$ 400 milhões. A ideia é diluir esses valores, que somam R$ 1,8 bilhão, em um período maior.

Esse R$ 1,8 bilhão está incluído nos aproximadamente R$ 6 bilhões em investimentos em melhorias (Capex). Também existem mais R$ 3 bilhões de investimentos em custo fixo de manutenção (Opex). O governo não deve mexer neste valor, apesar de existir certa flexibilidade.

Somente para garantir todos os investimentos necessários no Capex, seria necessário o levantamento de R$ 1,895 bilhão por meio de financiamentos em bancos, praticamente todo o valor da ampliação da capacidade. A receita com pedágio não daria conta desse investimento.

A alta da Selic, além de reduzir a atratividade para a remuneração do investidor, ainda deixou o custo do dinheiro para reformar as rodovias maior.

O governo também prevê uma outorga – o valor que o concessionário paga ao poder concedente pela concessão – de R$ 74 milhões de entrada e mais R$ 297 milhões de outorga variável, que será pago ao longo dos 30 anos de concessão. Esses valores estão incluídos nas “despesas operacionais”, o chapado “Opex”.

Os recursos da outorga variável serão usados para financiar a Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos (Agems), a Polícia Rodoviária Estadual, entre outras instituições.

Tarifa de pedágio

A modelagem econômico-financeira da Rota da Celulose prevê a instalação de 12 praças de pedágio, sendo que a praça de Bataguassu, na BR-262, teria o valor mais barato: R$ 4,70, enquanto a praça de Ribas do Rio Pardo, na BR-262, teria o valor maior: R$ 15,20.

As praças de Campo Grande e Ribas do Rio Pardo, na MS-040, seriam as segundas mais caras: R$ 13,70.
 

BR-262, que liga Campo Grande a Três Lagoas, é uma das rodovias que será concedidaTarifas de pedágio previstas na Rota da Celulose

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Cazaquistão

Avião da Embraer que caiu pode ter sido atingido por sistema de defesa aérea russo

Passageiros sobreviventes relataram ouvir uma explosão ao se aproximarem de Grozny, na região russa da Chechênia

25/12/2024 22h00

Avião caiu com 67 pessoas a bordo

Avião caiu com 67 pessoas a bordo Foto: Reprodução

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A queda de um avião da Embraer que matou ao menos 38 pessoas em Aktau, no Cazaquistão, nesta quarta-feira, 25, pode ter sido causada por um míssil, segundo relatos da imprensa.

De acordo com a agência Euronews, fontes oficiais ligadas à investigação do desastre disseram que alguns dos passageiros que sobreviveram ao acidente com o E190 da Azerbaijan Airlines teriam ouvido uma explosão ao se aproximarem de Grozny, na região russa da Chechênia, o destino do voo que saiu da capital do Azerbaijão, Baku.

Mais cedo, o canal de notícias Anewz, do Azerbaijão, havia citado em reportagem as declarações de um blogueiro militar russo relacionando os danos à aeronave a um sistema de mísseis de defesa aérea.

A tese de que o sistema de defesa aérea russo pode ter abatido o avião é corroborada por relatos de ataques de drones ucranianos na Chechênia na manhã desta quarta-feira.

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