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Professores vão às ruas no primeiro dia de greve na Capital

Cerca de 3 mil professores percorreram algumas ruas do centro até o Paço Municipal

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Nesta sexta-feira (2) professores da Rede Municipal de Ensino (REME) foram às ruas reinvidicar o rejauste salarial no primeiro dia de greve. 

Aos gritos de, "Prefeita cadê você, eu vim aqui para receber", cerca de 3 mil servidores municipais da educação percorreram algumas ruas do centro de Campo Grande até o Paço Municipal, onde ficaram concentrados até o fim da manhã.

De acordo o professor, Gilvano Bronzoni, que assume a presidência do Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública (ACP) no próximo dia 15, espera-se que haja uma solução.

"A categoria já entendeu a negociação em março e deixou boa parte do aumento para novembro e dezembro, então nós esperamos que a prefeita possa achar uma solução. Se chegar o dia 9 sem nada, nós também podemos reavaliar o movimento e continuar. Espera-se que haja um diálogo, que possa avançar e não que a prefeita simplesmente vá contra a categoria ainda mais impondo uma multa de 100 mil reais por dia, isso totalizaria quase 1 milhão de reais na nossa greve", comenta.

Conforme já publicado pelo Correio do Estado, a greve pode ser interrompida pelo Tribunal Superior de Justiça (TJMS), devido ao pedido feito pela Prefeitura alegando que a educação é um serviço básico. O Sindicato foi notificado nesta sexta-feira (2) e será levado para a assessoria jurídica.

O atual presidente do Sindicato, Lucilio Nobre, enfatizou que não estão fora da lei e querem que seja cumprido o acordo.

"A prefeita usou o pior instrumento que foi a judicialização e nós não estamos fechado com diálogo, nós estamos cobrando é a justa aplicação dos 10,39%, então ela precisa apresentar uma proposta concreta. Suspender a greve não é inteligente do ponto de vista da negociação, da política, porque ela usou o extremo do recurso que é o judiciário, não precisa disso, tem uma lei, tem que ser cumprida. Portanto, a greve é legítima, continuamos com muita responsabilidade, principalmente em relação as reposições", disse.

Enquanto não houver uma resposta da Prefeita Adriane Lopes, a mobilização acontece com uma agenda pré-definida. 

"Mandamos um ofício pedindo que ela receba e possa apresentar uma solução. O início da mobilização foi hoje, então, segunda estaremos novamente aqui [na Prefeitura], terça-feira na Câmara Municipal. E depois tem outras agendas que a gente vai pensanod de acordo com as com as ações, com as demandas. Agora, se a Prefeita apresentar uma proposta decente tenho certeza que a categoria vai apreciar e a greve pode ser encerrada a qualquer momento', comentou Lucilio.

A mobilização aconteceu após dias de negociações sem acordo com a Prefeitura Municipal, para o reajuste do piso salarial de 10,39% que deveria ser pago em novembro, conforme acordo feito em março. 

Entenda

Em 2021, não foi aplicado o reajuste previsto no piso nacional do magistério, com isso em 2022 o índice de reajuste foi de 33,24%. Em março deste ano, a categoria negociou com a Prefeitura Municipal e conquistou a Lei Municipal nº 6.796/2022, que restabeleceu a política salarial do Piso 20h. Os profissionais aceitaram fracionar o reajuste devido até 2024. Nesse caso, em novembro deveriam ter 10,39% e em dezembro mais 4,78%, porém a Prefeitura não cumpriu o acordo. 

 

prefeitura de ivinhema

"Mais louco do Brasil" gasta R$ 5 milhões na quarteirização de oficina

Contrato, de 6 meses, é com empresário cuiabano preso em novembro passado por suposto elo com esquema de R$ 1,8 bilhão em Mato Grosso

18/03/2025 12h05

O influenciador digital Juliano Ferro, prefeito de Ivinhema, pegou carona em ata de registro de preços para contratar a empresa de MT

O influenciador digital Juliano Ferro, prefeito de Ivinhema, pegou carona em ata de registro de preços para contratar a empresa de MT

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Terceirização de serviços no poder público faz parte rotina e é algo comum. Agora, porém, surgiu a quarteirização. E quem optou por esta modalidade em Mato Grosso do Sul é prefeitura de Ivinhema, administrada pelo autointitulado prefeito “mais louco do Brasil”. Pelo serviço de seis meses para conservação de veículos e maquinários, vai gastar R$ 4.995.750,45. 

O contrato, publicado no diário oficial do Governo do Estado nesta terça-feira (18), começou em 11 de março e vai até 11 de setembro. Mas, prevê que poderá ser prorrogado, evidenciando que a quarteirização pode custar perto de R$ 10 milhões à prefeitura localizada a cerca de 280 quilômetros ao sul de Campo Grande.

A modalidade de quarteirizar algum serviço é tão rara que esta foi a primeira vez que o termo apareceu no diário oficial do Governo do Estado. Fazendo busca detalhada pelo termo, esta foi a única vez que ele apareceu, e com grafia incorreta, entre as milhares de páginas que são publicadas semanalmente pela administração estadual e por prefeituras. 

E o curioso é que a contratação foi feita por meio de ata de registro de preços, uma modalidade de licitação cada vez mais comum e que está no radar dos tribunais de contas do país inteiro por conta de uma infinidade de suspeitas de fraude. 

Neste acaso específico, o prefeito “mais louco do Brasil” pegou carona em um pregão feito em Minas Gerais, pelo Consórcio Intermunicipal Multifinalitário dos Municípios do Extremo Sul de Minas (CIMESMI), e contratou uma empresa com sede em Cuiabá, a Centro América Comércio, Serviço, Gestão e Tecnologia LTDA. 

INFORMÁTICA

Em sua descrição, a CAT, como é conhecida, se descreve com como “uma empresa que atua no desenvolvimento de programas de computador sob encomenda”. A sede fica na Avenida Prainha, em Cuiabá. 

Entre as principais atividades, descreve a CAT, está o “desenvolvimento de programas de computador sob encomenda; oferecimento de produtos que utilizam tecnologia de última geração; fornecimento de equipamentos de ótima qualidade; integração de informações dos clientes; foco na transparência e praticidade do processo na gestão tecnológica, pública e privada”. 

Somente em suas atividades secundárias aparece a informação de que atua na “manutenção e recuperação de veículos automotores”. Ou seja, trata-se de uma empresa de informática que vai faturar R$ 5 milhões para serviços que terão de ser prestados por mecânicos, eletricistas, lanterneiros e outros profissionais que atuam em oficinas mecânicas.  

Quem assina o contrato, além do prefeito Juliano Ferro, é o dono da empresa, Janio Correa da Silva. Em novembro do ano passado`, junto com mais cinco pessoas de sua família, ele chegou a ser detido em uma operação do Ministério Público de Mato Grosso. 

ESQUEMA DE R$ 1,8 BILHÃO

A operação, chamada de Gomorra, que já foi uma sequência da Operação Sodoma, apontou que havia uma “organização criminosa constituída para fraudar licitações e obter vantagens indevidas em prefeituras e câmaras municipais de Mato Grosso”, conforme texto publicado em 7 de novembro do ano passado pelo MPE de Mato Grosso.

Segundo o MPE-MT, “as investigações revelaram que nos últimos cinco anos, os montantes pagos às empresas chegam à quantia de R$ 1.8 bilhão, conforme a lista de contratos divulgada no Radar MT do Tribunal de Contas do Estado (TCE).”

Segundo a apuração , “as empresas investigadas atuam em diversos segmentos, sempre com foco em fraudar a licitação e disponibilizam desde o fornecimento de combustível, locação de veículos e máquinas, fornecimento de material de construção até produtos e serviços médico-hospitalares”.

O “cabeça” do suposto esquema de corrupção em Mato Grosso foi apontado como sendo Edézio Correa, que é tio de Janio Correa da Silva. Os dois e mais quatro familiares foram detidos naquela data. Janio e quatro familiares foram soltos no dia 12 de novembro, mas o tio continuou na cadeia. 

Em novembro, o principal alvo da operação foi a prefeitura de de Barão de Melgaço. Mas, por se tratar de uma investigação complexa, o MP não descartou a “realização de novas fases da operação Gomorra com foco nas mais de 100 prefeituras e câmaras que possuem contratos homologados com as empresas investigadas”.

O MAIS LOUCO

Além de prefeito em seu segundo madato, Juliano Ferro é também digital influencer, sendo o político com o maior número de seguidores em Mato Grosso do Sul. Tem 858 mil no Instagran e 306 mil no Facebook, totalizando1,16 milhão. 

Além de conquistar votos e simpatizantes, usa as redes sociais principalmente para vender rifas. E é com o dinheiro destas rifas que diz conseguir o dinheiro para comprar e bancar as caminhonetes de luxo com as quais costuma desfilar. 

O Correio do Estado entrou em contato com o prefeito no começo da manhã desta terça-feira para saber como era feita a manutenção da frota antes do contrato de quarteirização, qual o tamanho da frota e qual o custo desta manutenção antes da contratação da empresa cuiabana. 

A reportagem perguntou também ao prefeito se ele tinha conhecimento que o empresário com o qual assinou o contrato acabara de ser detido por suspeita de corrupção em Mato Grosso. Porém, até a publicação da reportagem, Juliano Ferro não havia se manifestado. 

INTERIOR

Garota que diz ter sido abusada sexualmente mata o pai em MS

Discussão começou por causa de dívida cobrada pelo progenitor, o que não foi bem aceito pela filha, que deferiu um golpe com faca na região do peito do homem

18/03/2025 11h15

Casa onde aconteceu o crime na noite desta segunda-feira (17)

Casa onde aconteceu o crime na noite desta segunda-feira (17) Foto: Divulgação/PCMS

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Uma jovem de 22 anos, identificada como Daniela Moraes de Souza, matou o próprio pai, Daniel Pereira de Souza, de 47 anos, com uma facada no peito, em Mundo Novo, município a 463 quilômetros de Campo Grande, nesta segunda-feira (17).

Segundo informações policiais, a discussão começou por causa de uma dívida, que teria sido cobrada pelo pai. A filha, que teria ingerido bebida alcoólica durante todo o dia, não gostou e desferiu um golpe com faca na região esquerda do tórax do homem.

Ao chegarem na residência, localizada na Rua Dom Pedro Primeiro. o Bairro Fleck, os agentes se depararam com o indivíduo caído no chão, ainda com sinais vitais. Daniel chegou a ser socorrido pelos militares do Corpo de Bombeiros e encaminhado ao hospital municipal, onde ele já chegou sem vida.

No interrogatório, a autora disse que não tinha intenção de matar o pai, apenas feri-lo. Porém, esta versão não foi aceita pela Polícia, já que, segundo o delegado Alex Junior da Silva, titular da Delegacia de Mundo Novo, há sim um dolo eventual de Daniele, ou seja, quando uma pessoa assume o risco de cometer um crime, mesmo que não queira o resultado.

Ainda, durante seu depoimento, a filha revelou que sofria abusos sexuais do progenitor desde os 9 anos de idade, o que também teria motivado o crime. 

A Polícia comunicou que ainda não tem confirmação destes fatos, mas informa que há uma condenação nas “costas” do homem por estupro de vulnerável, praticado em 2006, contra a enteada, que é irmã da autora, o que corrobora com a acusação de Daniela.

A jovem foi autuada pelo crime de homicídio simples e foi solicitada sua prisão preventiva. Caso seja aceita, ela será transferida para um presídio em Mato Grosso do Sul.

Dados

Segundo a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), já aconteceram 91 ocorrências por homicídio doloso neste ano em Mato Grosso do Sul, sendo 38 em janeiro, 31 em fevereiro e 22 em março.

Em 2024, foram 391 ocorrências ao longo dos 12 meses, uma média de 32,5 por mês. No primeiro trimestre, ou seja, o mesmo período analisado anteriormente, foram 99. O recorde anual de ocorrências pertence a 2015 e 2016, quando ambos obtiveram 564 boletins de homicídio simples.

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