A Secretaria Municipal da Saúde oficializou nesta quinta-feira (15) a criação de uma comissão técnica que tem como objetivo a criação e implantação do Hospital Municipal de Campo Grande.
O Correio do Estado revelou a criação da comissão no dia 30 de julho.
A resolução, publicada no Diário Oficial do Município e assinada pelo secretário José Mauro Pinto de Castro Filho, revela quais foram os nove integrantes do grupo escolhidos pelo prefeito Marcos Trad (PSD).
Segundo a publicação, farão parte da comissão o superintendente da Rede de Atenção à Saúde; o Superintendente de Relações Institucionais de Saúde; o chefe de Gabinete da Secretaria da Saúde; o Supervisor Executivo do Gabinete da Pasta; o Coordenador-Geral de Planejamento e Gestão Participativa; o secretário adjunto da Sesau; o superintendente de Vigilância em Saúde e o superintendente de Economia em Saúde.
Ainda de acordo com o texto, a comissão terá como finalidade o levantamento das características e estruturas assistências necessárias, para subsidiar a criação do projeto arquitetônico do hospital.
Além disso, o grupo terá de elaborar o plano de administração hospitalar que garanta maior eficiência do nível de assistência pretendido, acompanhar todas as fases de criação, execução e implantação do novo hospital e levar à Comissão Especial Estratégica demandas, para deliberação com outras esferas de poder, como o Estadual e o Judiciário.
Segundo a resolução, o tempo de duração da comissão será de dois anos, contados a partir do último dia 1. As reuniões do grupo estão previstas para serem realizadas a cada 15 dias, ou quando forem convocadas em caráter extraordinário.
Participarão da comissão, mediante convocação, as Superintendências e Coordenadorias quando estiverem em pauta matérias afetas à suas atribuições regimentais.
O HOSPITAL
A motivação para construção do hospital municipal se iniciou devido a frequentes paralisações dos serviços na Santa Casa de Campo Grande, em função das greves de profissionais. A parceria será entre o governo do Estado e a prefeitura.
Proposta semelhante já havia sido ventilada em 2013, pelo então prefeito Alcides Bernal (PP), mas o projeto nunca saiu do papel.
Conforme o secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende, tanto o governo estadual quanto o municipal estão descontentes com o serviço oferecido pelo hospital e a ausência de diálogo com a atual gestão. “Ficamos incomodados, porque é todo dia notícia de paralisação do serviço na Santa Casa e por falta de pagamento. Mas a Santa Casa tem recursos que ela recebe com regularidade e tem outras fontes de recursos. Então, ela tem condições de honrar esse compromisso com o corpo médico. Logicamente que o repasse do Estado pode ter um atraso pontual, mas ela não pode jogar a responsabilidade de problemas na gestão do hospital em cima do Estado e do município. Estamos fazendo o repasse com muito mais regularidade do que no passado”, garante.
Para resolver o problema, o gestor afirma que ambos os governos têm pensado em soluções emergenciais, além da construção do hospital, que exigirá um pouco mais de tempo. “Estamos pensando num plano B para a gente não ficar dependente da Santa Casa, nós estamos em Brasília discutindo isso. A única saída é contratação de serviços de outros hospitais, inclusive particulares, e em médio prazo, a construção de um hospital municipal”, disse o secretário.