Cidades

TRÁFICO DE AVES

Polícia apreende 224 filhotes de papagaios e araras traficados em MS

O período de agosto a dezembro é reprodutivo das aves e aumenta o número de tráficos

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A Polícia Militar Ambiental (PMA) apreendeu 229 filhotes de aves silvestres ilegais, transportados dentro de caixas em um carro de passeio, nessa segunda-feira (20), em Naviraí.

Foram apreendidos 224 filhotes de papagaios, três filhotes de arara e dois filhotes de maritaca e o veículo.

O carro, um Fiat Uno, era ocupado por um casal, que foi autuado administrativamente em R$ 2,5 milhões, pelo tráfico de animais.

De acordo com a PMA, o veículo foi abordado pela Polícia Civil no posto fiscal de Foz do Amambai, em ação da Operação Fronteira e Divisas Integradas.

Durante revista ao veículo, foram encontrados os filhotes e a Polícia Ambiental, que realiza a Operação Bocaiúva, contra tráfico de aves, foi acionada.

O casal, uma mulher de 24 anos e o homem, de 41, são moradores de Ponta Grossa (PR) e afirmaram que compraram as aves em Naviraí e levariam para vender no Paraná.

Por cada papagaio eles pagaram R$ 120, pelas araras R$ 600 cada e as maritacas R$ 40 cada, totalizando R$ 28.760,00.

O casal recebeu voz de prisão e foi conduzido à Delegacia de Polícia Civil, onde foram autuados em flagrante por crime ambiental, com pena prevista de seis meses a um ano de detenção.

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Multas e apreensão

Além de responder criminalmente, os traficantes foram autuados administrativamente e multados em R$ 1.145.000,00 pelo tráfico e mais R$ 114.500,00 por maus tratos, devido às condições de transporte das aves.

Este valor é o de multa para cada um dos criminosos, ou seja, somadas, as multas totalizam R$ 2.519,000,00.

Conforme a PMA, a multa por tráfico de animais é de R$ 5 mil para cada ave.

Os psitacídeos constam da lista da Convenção Internacional do Comércio da Fauna e da Flora em perigo de extinção (CITES), da qual o Brasil é signatário.

Já para o caso de maus tratos, a multa mínima é de R$ 500, também para cada animal.

Os filhotes apreendidos foram encaminhados para a fazenda Green Farm CO2 Free, em Itaquiraí.

O local, conforme a polícia, tem estrutura adequada para recebimento de animais silvestres.

As aves já receberam atendimento veterinário e ficam à disposição dos técnicos do Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS), de Campo Grande, que decidirá sobre a remoção à Capital ou reabilitação na própria fazenda até a soltura.

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Operação Bocaiúva

O período reprodutivo dos psitacídeos (papagaio, arara, periquitos, maritacas) é entre os meses de agosto e dezembro, o que aumenta a ocorrência de tráfico destas espécies.

Anualmente, a PMA realiza a Operação Bocaiúva, com objetivo de evitar a retirada dos filhos dos ninhos, especialmente o papagaio.

Segundo a polícia, mesmo quando o animal é apreendido, os problemas à natureza e os custos econômicos, para cuidar dos animais até a reintrodução envolvem muito dinheiro público.

Desde o dia 10 de agosto, equipes foram reforçadas e se distribuem em fazendas e bloqueios, principalmente em regiões com maior índice do tráfico.

A região principal do problema de tráfico de papagaio e que é monitorada é a que constitui os municípios próximos às divisas com os estados de São Paulo e Paraná, que são os principais destinos dos filhotes traficados no Estado.

Entre os municípios estão Jateí, Batayporã, Bataguassu, Ivinhema, Novo Horizonte do Sul, Anaurilândia, Santa Rita do Pardo, Nova Andradina, Três Lagoas e Brasilândia, além de Naviraí, Itaquiraí, Eldorado e Mundo Novo.

Apesar do foco nestas cidades, a operação é realizada em todo o Estado.

Como o foco principal é a evitar a retirada dos filhotes, ninhos são monitorados e há bloqueios nas saídas do Estado.

Tráfico de animais silvestres

O tráfico de animais silvestres é considerado a terceira atividade criminosa mais rentável, perdendo apenas para o tráfico de drogas e o tráfico de armas. 

Em Mato Grosso do Sul, o problema se resume quase que especificamente ao papagaio.

De acordo com a PMA, o que mais interessa ao comprador desta espécia é a capacidade que a ave tem de aprender a imitar a voz humana.

A retirada dos ninhos é feita apenas quando o papagaio é filhote, por isto, os meses de agosto a dezembro são os mais preocupantes e de maior ocorrência de tráfico de aves no Estado, por ser o período reprodutivo.

Influenza

Mais uma morte confirmada por gripe em MS

O boletim epidemiológico divulgado nesta quinta-feira (19) registrou o óbito de um homem, natural de Corumbá

19/09/2024 18h48

Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Conforme o Boletim Epidemiológico desta quinta-feira (19), um idoso de 71 anos é a nova vítima de influenza em Mato Grosso do Sul. Em 2024, o Estado acumula 78 óbitos por gripe.

Entre as causas de morte, estão:

  • 18 - Influenza A H1N1
  • 50 - Influenza A H3N2
  • 9 - Influenza A não subtipado
  • 1 - Influenza B


Neste boletim, destaca-se que apenas o idoso de 71 anos, natural de Corumbá, faleceu em 11 de setembro por Influenza A não subtipado. A vítima possuía comorbidades de doença cardiovascular crônica e diabetes mellitus.

Imunização

A Secretaria de Estado de Saúde (SES) alerta que a única forma de prevenção é manter o esquema vacinal atualizado.

“A vacinação contra a influenza é uma das medidas de prevenção mais eficazes para proteger contra essa doença e, principalmente, contra a evolução para complicações e óbitos. A vacinação também contribui para a redução da circulação viral na população, protegendo especialmente os indivíduos que apresentam fatores ou condições de risco.”

O perfil dos casos de influenza hospitalizados é composto por crianças de 1 a 9 anos, que correspondem a 20,9%; seguido por idosos com idade entre 80 e 98 anos, com 15,0%; e, em seguida, por aqueles com 60 a 69 anos, com 13,4%.

A faixa etária de 70 a 79 anos corresponde ao menor índice de internação entre os idosos, com 11,6%.

Divulgação SES

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Poluição

Fumaça tóxica de queimadas pode tomar céu de Campo Grande

Conforme a medição feita pela QualiAr, a condição do ar em Campo Grande caiu para moderada, e deve piorar com a chegada da fumaça das queimadas de outros estados

19/09/2024 18h00

Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Depois de dias de refresco devido à frente fria que trouxe chuva a diversas regiões do Estado, o céu será, mais uma vez, encoberto por fumaça com poluentes nocivos à saúde incluindo a Capital.

No dia 1º de setembro a fumaça tomou o céu de Campo Grande, foram treze dias em que a poluição intensificou a ponto de a qualidade do ar ser apontada como a pior do ano.

Com o avanço da frente fria e a chuva no final da noite de domingo (15), o meteorologista do Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec), Vinícius Sterling, explicou que os ventos vindos do sul empurraram a fumaça para a região mais ao norte, especificamente para os estados de Mato Grosso (MT) e Goiás (GO).

Divulgação Cemtec

É preciso ressaltar que, como não houve chuva na Amazônia (brasileira e boliviana) e em Mato Grosso - o estado que mais queima no país -, com a mudança de direção do vento, a fumaça tóxica das queimadas retorna para Mato Grosso do Sul.

No entanto, conforme o meteorologista ressaltou, é difícil cravar um cenário; as condições podem variar. Em uma estimativa favorável parte do Estado volta a receber chuva a partir de amanhã.

Poluição

Em conversa com o Correio do Estado, o professor e coordenador do Laboratório de Ciências Atmosféricas, Widinei Alves Fernandes, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, alertou que a qualidade do ar nesta quinta-feira (19) está moderada, e a tendência para os próximos dias é de piora.

“A qualidade do ar hoje está moderada, mas possivelmente ela vai piorar”, pontuou o professor.

Durante a semana, a condição do ar chegou a ficar boa. A mudança ocorre devido a várias regiões do país estarem em chamas e, é claro, ao Pantanal e à Amazônia.

Segundo o professor, ventos vindos do leste do estado de São Paulo, que registrou focos de incêndio em diversos municípios, também contribuem para a situação. “Vamos ter uma fumaça proveniente da Bolívia e da região noroeste do estado, está vindo da Amazônia. Então, haverá uma piora da qualidade do ar entre hoje e amanhã cedo.”

Índice

A qualidade do ar moderada está na medida 43, enquanto, para ser considerada como “boa”, precisa estar em 40. “Nesses próximos dias, possivelmente, vai ficar nessa condição moderada que estamos tendo, que estamos vendo hoje.”

O alerta para o perigo da poluição das queimadas está na presença do material particulado, que em altos índices pode causar diversas doenças, como câncer de pulmão.

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