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Último remanescente da 'era Marquinhos' deixa Prefeitura da Capital

Procurador-Geral do Município, Alexandre Ávalo, foi exonerado a pedido por Adriane Lopes e, após oito anos, deixa cargo técnico com sentimento de "missão cumprida"

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Veio a público através do Diário Oficial de Campo Grande, nesta quarta-feira (25), a saída da "última peça" do corpo técnico erguido na Prefeitura Municipal na última eleição - quando Marquinhos subiu ao cargo -, com a exoneração do Procurador-Geral, Alexandre Ávalo Santana. 

Em entrevista ao Correio do Estado, o advogado da "maior cliente de todas: a Capital" [nas palavras do próprio Ávalo] diz que deixa o cargo com o sentimento de "missão cumprida". 

"Fui procurador-geral por 8 anos, é que eu tenho muitos projetos na advocacia, aqui e fora também. A missão do cargo foi muito importante, mas foi cumprida", afirma

Elevado ao cargo quando o ex-prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad, assumiu a Cidade Morena com a atual chefe do Executivo como vice, Ávalo expõe que, justamente pelo caráter técnico do seu trabalho "não tem nada a ver" com quaisquer possíveis rusgas entre as partes. 

"Vou dar o apoio jurídico na campanha também, mas não só isso. Eu sou muito grato a ambos, é que meu cargo não é uma coisa política, eles depositaram em mim muita confiança e tenho gratidão a quem confiou em mim", complementa o agora ex-procurador. 

Adriane x Marquinhos

Essa história começa a ser contada pela eleição definida em 30 de outubro de 2016, quando o ex-prefeito venceu o pleito daquele ano com 58,77% dos votos válidos, ocasião de segundo turno em que a então candidata Rose Modesto registrou 41,23%, como bem detalha registro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE)

Enquanto o ex-prefeito vinha pelo Partido Social Democrático (PSD), a atual chefe do Executivo, Adriane Lopes, incorporava a chapa como vice pelo então Partido Ecológico Nacional (PEN), que posteriormente se tornou o Patriota, em abril de 2018. 

Durante o sexto ano como prefeito, Marquinhos Trad - que conseguiu reeleição no pleito de 2020 - resolveu lançar candidatura em busca da cadeira de Governador, porém, viu esse novo projeto amargar após cumprir um mandato e meio no Executivo da Capital. 

Isso porque, enquanto o candidato Capitão Contar avançou para o segundo turno com 26,86% dos votos válidos, ao lado do atual Governador, Eduardo Riedel (24,89%), Marquinhos amargou a sexta colocação no pleito. 

"Vencendo" apenas dos candidatos dos partidos Socialismo e Liberdade (PSOL) e da Causa Operária (PCO) - representados na eleição de 2022 por Adonis Marcos (0,23%) e o indígena Magno Souza (0,17%), Marquinhos com seus 8,76% dos votos válidos ainda ficou atrás de: 

  • André Puccinelli (MDB), com 17,34%;
  • Rose Modesto (União Brasil), com 12,49%;
  • Giselle Marques (PT), com 9,26%

"Limpando a casa"

Passado esse momento, com Adriane Lopes comandando o Executivo, exonerações de secretários da prefeitura passaram a levantar indícios de uma suposta ruptura política entre as partes. 

Isso porque em um mês após a derrota de Marquinhos ao menos 10 indicados de primeiro escalão já tinham sido trocados e, ainda em novembro de 2022, Adriane já havia trocado: 

  • Secretária municipal da Juventude, Laura Miranda
  • Secretário-executivo de Compras Governamentais, Ralphe Nogueira.
  • Adjunto da secretaria da Juventude, Nikythelms Guesso e 
  • subsecretário-adjunto do Bem-Estar Animal, Bruno Nóbrega.

Em 08 de novembro de 2022 houve troca do assessor-chefe do gabinete da prefeita, cargo passado de Laura Marina para Wilton Celeste Candelório; além da titularidade da subsecretaria de bem-estar animal, que foi de Ana para Ana, com Cristina Camargo de Castro trocada por Luiza Lourenço de Oliveira. 

Aproximadamente dois dias depois a pasta da Educação saiu das mãos de Alelis Izabel de Oliveira - que ficou cerca de sete meses no cargo - para o atual titular Lucas Bitencourt de Souza. 

Houve mudança na Secretaria Municipal de Assistência Social (SAS), com Auxiliadora Mongenot Santana assumindo a cadeira deixada vaga por Michele dos Santos Ferreira, jogada para comandar a Secretaria Municipal de Juventude. 

Também a Secretaria-executiva de Compras Governamentais (Secomp) recebeu nova titularidade e, antes mesmo do fim de 2022, com a troca de comando da pasta da Saúde (pela saída de José Mauro para entrada de Sandro Benites), só restavam poucos do time original escalado por Marquinhos. 

Vale lembrar que Márcia Hokama assumiu a secretaria de Finanças com a saída de Pedro Pedrossian Neto, que disputou as eleições de 2022, porém a troca na pasta municipal de obras não demorou para acontecer. 

Já na primeira quinzena de janeiro de 2023 Adriane Lopes anunciava a troca no comando da Sisep, tirando o Rudi Fiorese, pelo engenheiro-civil Domingos Sahib Neto; que ficou cerca de 10 meses no cargo até ser trocado por Marcelo Miglioli

Antes da saída de Alexandre Ávalo, a última troca envolvendo o time original de Marquinhos Trad tinha sido registrada em abril, quando Janine de Lima Bruno deixou a Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran) para o ex-dono de autoescola, Paulo Silva, ser nomeado no lugar. 

 

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vale da celulose

Estudo da Bracell prevê investimento menor que o esperado em MS

EIA Rima prevê R$ 16 bilhões para fábrica em Batagussu, ante R$ 23 bilhões anunciados no ano passado na fábrica prometida para Água Clara

14/04/2025 12h30

Atualmente, eucaliptos cultivados pela Bracell em Mato Grosso do Sul é levado para Lençóis Paulista (SP)

Atualmente, eucaliptos cultivados pela Bracell em Mato Grosso do Sul é levado para Lençóis Paulista (SP)

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Dados do estudo de impacto ambiental divulgados pela Bracell revelam que os investimentos previstos para uma fábrica de celulose em Bataguassu, de R$ 16 bilhões, serão 30% menores que os inicialmente anunciados para a fábrica que chegou a ser prometida para Água Clara, que seriam da ordem de R$ 23 bilhões. 

De acordo com este estudo, que foi entregue ao Governo do Estado e disponibilizado para consulta pela administração estadual, a fábrica ficará às margens da BR-2,67, a nove quilômetros da área urbana de Bataguassu, entre a cidade e o lago da hidrelétrica de Porto Primavera,  a quase quatro quilômetros do lago.

E é deste lago, resultado do represamento do Rio Paraná, que a indústria vai coletar os 11 milhões de litros de água por hora que serão necessários para viabilizar o funcionamento da indústria. Cerca e 9 milhões de litros serão devolvidos ao lago depois da utilização. Segundo a Bracell, todos os efluentes serão tratados e trarão impacto mínimo na qualidade da água

Conforme o estudo, as obras, cuja data de início ainda não foram anunciadas, devem se estender ao longo de 38 meses, sendo quatro para os trabalhos de terraplanagem e 34 para a construção da fábrica propriamente dita. 

Atualmente, eucaliptos cultivados pela Bracell em Mato Grosso do Sul é levado para Lençóis Paulista (SP)Previsão é de que a fábrica seja instalada às margens da BR-267, entre a cidade de Bataguassu e o lago da Porto Primavera

No pico dos trabalhos devem ser gerados 12 mil empregos e em torno de dois mil depois que o empreendimento entrar em operação. A previsão é de que sejam construídos alojamentos para abrigar até cinco mil trabalhadores ao mesmo tempo. 

Por ano, a indústria deve processar 12 milhões de metros cúbicos de eucaliptos, que sairão de cerca de 300 mil hectares de reflorestamento. Em torno de um terço deste montante já estão em fase de crescimento em municípios como Santa Rita do Pardo, Ribas do Rio Pardo e Bataguassu. 

Mas apesar da redução no valor do investimento, o volume de celulose equivale ao anunciado em novembro do ano passado. Em anos sem interrupção para manutenção dos equipamentos serão produzidos, conforme o estudo de impacto ambiental, 2,9 milhões de toneladas de celulose usada para fabricação de papel.

Porém, dependendo da demanda, a unidade terá condições de produzir também celulose líquida, como já ocorre com a fábrica do grupo asiático em Lencóis Paulista (SP). 

Para efeito de comparação, a Suzano investiu R$ 22,3 bilhões em Ribas do Rio Pardo e produz 2,55 milhões de toneladas por ano. A Arauco promete investir 25 bilhões e produzir 3,5 milhões de toneladas.

Além da produção de celulose, o estudo informa que será gerada energia suficiente para abastecer a indústria e um excedente que será injetado na rede de energia da região. A quantidade desta energia, porém, não foi informado.

Na unidade da Arauco, em Inocência, onde serão produzidas 3,5 milhões de toneladas por ano, serão gerados 400 megawatts de energia, sendo que somente a metade será consumida na própria indústria. 

Conforme a previsão, a celulose deve ser escoada por caminhões, pela MS-395 e a BR-158, margeando o Rio Paraná, até a ferrovia que passa em Aparecida do Taboado. De lá, seguirá por ferrovia até o porto de Santos.

É uma distância de cerca de 270 quilômetros de rodovias que terão de receber uma série de melhorias, já que serão em torno de 80 mil carretas a mais por ano nestas estradas. 

Embora ainda não exista data para início das obras, a previsão do Governo do Estado é de que as atividades comecem ainda em 2026. Existe a previsão de que no começo de maio a multinacional faça o anúncio oficial sobre o investimento. 

“A empresa vai fazer uma nota oficial de prioridade no dia 6 de maio, quando estará com o Governo do Estado fazendo o anúncio efetivo de qual o projeto que irá iniciar. Pode ser uma, podem ser duas unidades, mas a prioridade será definida nessa data”, segundo o secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento, Jaime Verruck. 

É que em novembro do ano passado o Estado havia informado que a fábrica seria erguida em Água Clara, com previsão de investimentos da ordem de 4 bilhões de dólares (R$ 23 bilhões) e capacidade para 2,8 milhões de toneladas por ano. 

Mas, apesar do suspense oficial sobre a localização, o fato é que o projeto de Água Clara está descartado. Prova disso é que até agora a Energisa não fez qualquer tipo de planejamento para levar energia a um possível canteiro de obras naquela região. Enquanto isso, faz 18 meses que se prepara para o empeendimento em Bataguassu. 
 

ANASTÁCIO (MS)

Idosa cai da cama, bate a cabeça e morre em MS

Mulher caiu da cama às 5h, teve hemorragia interna, vomitou e morreu 10 horas depois, às 15h

14/04/2025 11h00

Hospital Santa Casa de Campo Grande, para onde a idosa foi transferida

Hospital Santa Casa de Campo Grande, para onde a idosa foi transferida MARCELO VICTOR

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Idosa, de 71 anos, que não teve o nome divulgado, morreu horas após cair da cama, na tarde deste domingo (13), em Anastácio, município localizado a 137 quilômetros de Campo Grande.

Conforme apurado pela reportagem, idosa estava dormindo na cama e, por volta das 5h30min de ontem (13), se movimentou, caiu da cama e bateu a cabeça em um criado-mudo que estava ao lado.

De acordo com o boletim de ocorrência, não houve lesões ou sangramentos externos, mas, após alguns instantes, a idosa vomitou.

O esposo e a filha levaram a vítima até o hospital de Aquidauana, onde fez exames e ficou em observação. Os exames indicaram traumatismo craniano com sangramento interno e, com isso, foi encaminhada ao Hospital Santa Casa de Campo Grande.

Mas, no caminho, teve uma parada cardiorrespiratória, não resistiu e faleceu. Médicos tentaram reanimar a vítima, mas, não obtiveram êxito. O óbito foi confirmado às 15h13min de ontem (13).

O caso foi registrado como Morte Decorrente de Fato Atípico na na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC-CEPOL).

A morte da idosa acende alerta para bebês, crianças, idosos e até mesmo adultos encostarem a cama na parede na hora de dormir, para evitar possíveis quedas e tragédias familiares.

Outro caso parecido foi noticiado pelo Correio do Estado em 2019, quando um homem de 41 anos morreu após ter hemorragia e entrar em coma após cair da cama.

Uma pessoa que cai da cama e bate a cabeça pode sofrer lesões internas que podem levar à morte, como hemorragia e coma. Veja quais são os sinais de lesões internas:

  • Dor de cabeça intensa
  • Fraqueza ou tontura
  • Vômitos
  • Sangramento, principalmente pelo nariz, boca, ouvido ou olhos
  • Confusão mental
  • “Galo” atrás da orelha ou hematomas ao redor dos olhos
  • Desmaio ou perda de consciência, mesmo que por poucos segundos
  • Convulsões

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