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GASTRONOMIA

Receita típica da culinária francesa: aprenda a preparar cassoulet

Mais uma iguaria deliciosa e bem típica da culinária francesa: hoje você tem a chance de dominar o preparo do cassoulet, que leva diferentes tipos de carne e é conhecido como a feijoada da França

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A fama de requinte que acompanha a culinária francesa esconde, muitas vezes, alguns pratos que estão bem longe da sofisticação normalmente associada ao cardápio “para exportação” embalado pelas vitrines de bom gosto dos chefs mais bombados pelo status quo do universo gastronômico.

É uma pena que isso aconteça. Debaixo da badalação, pode haver delícias que, se não ficam exatamente escondidas, permanecem em um limbo intermediário, entre os pratos de primeiro time e as receitas que, ainda que bem saborosas e nutritivas, não gozam do reconhecimento e do prestígio de tendências estreladas, como a nouvelle cuisine.

Não é bem esse o caso do cassoulet, pois, se a sua correta degustação envolve quantidades mais fartas do que as porções mínimas dos pratos chiques, os detalhes e os aromas da preparação fazem dele, ao mesmo tempo, um belo exemplar do orgulho nacional quando o assunto é sabor e dotes culinários.

Sua origem está na antiga região administrativa de Languedoc-Roussillon, hoje pertencente à Occitânia, especialmente no circuito de três cidades: Toulouse, Castelnaudary e Carcassonne.

O cassoulet é um dos pratos franceses mais famosos e gostosos. Por lá, o que se fala é sobre o quanto a iguaria vai bem no frio. Mas aqui, para os brasileiros, que consomem um dos insumos de base, o feijão, o ano inteiro, o argumento cai por terra.

FEIJOADA BRANCA

Preparado com ingredientes relativamente simples, o cassoulet leva feijão-branco (para muitos, do tipo seco), carnes e legumes e não precisa de muitas firulas para ficar pronto. Mas demanda várias etapas, um passo a passo fundamental para que a nuance de sabores sobressaia.

No que diz respeito ao medo da balança depois da refeição, paranoia de muitos dos que frequentam a gula mais como um pecado do que um jeito de ser feliz, também não há muito com o que se preocupar. Quase tudo em um cassoulet é customizável, e pode seguir os desejos e as necessidades dos comensais.

A flexibilidade tem a ver, uma vez mais, com a origem histórica. Conta-se que, em Castelnaudary, durante o cerco à cidade do sudeste francês, no período da Guerra dos Cem Anos (1337-1453), a população passara a inventar toda a sorte de ensopados para escapar da fome. Cozinhava-se basicamente o que estivesse à mão.

A disponibilidade foi uma questão de sobrevivência. E é o que fez das várias as opções de carne uma das marcas do cassoulet, ficando o feijão-branco, bastante cultivado na região, como item obrigatório e incontornável por excelência.

Além da carne de porco, que se apresenta sob diferentes formas (lombo, linguiça, bacon, etc), acrescenta-se frango, ovelha e até coxa de pato confit. Vem dessa mistureba o apelido de “feijoada francesa”.

FACILITANDO

Você pode facilitar a vida, na hora do vamos ver na cozinha, driblando algumas etapas do preparo mais tradicional. Por exemplo, o caldo usado no cassoulet original é o que é feito em casa, de frango ou de legumes. 

Se você não tiver a porção do caldo caseiro congelado ou estiver sem tempo para fazer, recorra aos famigerados tabletes industrializados. Atente apenas para a correção do sal, pois os cubinhos de supermercados costumam ser bem salgados.

Na pressa, ou ante a falta de jeito com tantas etapas, você pode esquivar também do preparo do feijão. Basta comprar o feijão-branco em lata, que, aliás, é a opção de muita gente mesmo na França e também é encontrável no Brasil, embora não com tanta facilidade. 

Você vai precisar apenas temperá-lo, o mais comum é o feijão-branco enlatado “sem gosto”.

E, por fim, mais uma dica: se utilizar tomates frescos, não se preocupe em retirar as sementes, a menos que haja resistência de quem for comer. Retire, se for o caso, apenas a pele dos tomates.

Mas também não precisa. Pelo menos para os adeptos do jeitinho brasileiro. Você pode servir com arroz branco e/ou fatias de pão. Agora, ao trabalho e bom apetite!

Cassoulet

Ingredientes

  • 200 gramas de feijão-branco;
  • 1,3 litro de água;
  • 100 gramas de bacon cortado em cubos de 1 cm;
  • 150 gramas de linguiça calabresa defumada, sem pele e cortada em rodelas;
  • 40 gramas de azeite de oliva extravirgem;
  • 350 gramas de sobrecoxa de frango, sem osso e sem pele, cortada em pedaços médios (de mais ou menos 3 cm);
  • 1 cebola grande cortada ao meio;
  • 4 dentes de alho;
  • 1 talo de salsão cortado em pedaços;
  • 100 gramas de carne de porco defumada (ex. lombo ou pernil) em cubos de 1 cm;
  • 200 gramas de costelinha de porco defumada cortada em pedaços médios;
  • 1 lata de tomates pelados em cubos com o molho;
  • 1 bouquet garni (1 folha de alho-poró, 1 folha de louro e 3 ramos de tomilho amarrados com barbante);
  • 50 ml de vinho branco seco;
  • 3 pitadas de pimenta-do-reino moída;
  • 1 cenoura média em rodelas finas;
  • 100 gramas de alho-poró em rodelas finas;
  • ½ colher (chá) de sal;
  • 2 talos de cebolinha fresca picados.

Modo de Preparo: 

Coloque o feijão-branco em um recipiente de vidro, cubra com meio litro de água e deixe de molho por 12 horas na geladeira.

Depois disso, escorra a água, lave bem os grãos e reserve. Coloque na panela o bacon, a linguiça calabresa e o azeite e refogue por 5 minutos.

Adicione a sobrecoxa de frango e refogue por mais 5 minutos. Retire as carnes e coloque dentro da varoma (“panela” de plástico, com cesta, tampa e tabuleiro para cozinhar alimentos no vapor), mantendo a gordura na parte de baixo, dentro da panela.

Reserve a varoma. Adicione, na panela, a cebola, os dentes de alho e o salsão. Misture com uma espátula, passando-a na lateral da panela para aproveitar o que fica grudado, e refogue por 5 minutos.

Adicione os grãos de feijão-branco demolhados, a carne de porco defumada, a costelinha de porco defumada, os tomates pelados com o molho, o bouquet garni, o vinho branco, a pimenta-do-reino, 600 ml de água e misture com a ajuda da espátula.

Cozinhe por 40 a 50 minutos. Retire a varoma de cima da panela e adicione, na panela, a cenoura, o alho-poró, o sal e 200 ml de água. Misture com ajuda da espátula e cozinhe por 30 minutos, colocando a varoma sobre a tampa. Retire a varoma.

Confira o ponto de cozimento dos grãos de feijão, e, caso ainda estejam um pouco firmes, cozinhe um pouco mais, por 5 a 10 minutos.

Quando o feijão estiver macio, retire o bouquet garni, adicione as carnes que estão na varoma, misture com a ajuda da espátula e ajuste os temperos que forem necessários. Finalize com a cebolinha picada e sirva em seguida.

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DIVERSÃO

5 aplicativos para fazer revelação de amigo da onça

Chegou a época das festas de fim de ano e com ela a tradicional brincadeira do amigo secreto. Conheça os melhores apps para organizar e tornar a revelação ainda mais divertida

12/12/2025 13h37

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A brincadeira do amigo oculto, também conhecida como amigo da onça ou amigo secreto, é uma tradição que reúne famílias, amigos e colegas de trabalho durante as festas de fim de ano.

Com a tecnologia cada vez mais presente no nosso dia a dia, surgiram diversas ferramentas digitais para facilitar a organização e tornar o momento da revelação ainda mais especial.

1. Amigo secreto (My Secret Santa)

Considerado um dos mais completos do mercado, o aplicativo Amigo Secreto permite criar grupos, sortear participantes automaticamente e enviar notificações para todos os envolvidos.

O diferencial está na função de revelação gradual, onde dicas sobre quem é o amigo secreto são liberadas aos poucos, aumentando a expectativa e a diversão.

Baixe no Google Play para Android

Baixe na App Store para Iphone

2. Sorteio fácil

Com interface intuitiva e design moderno, o Sorteio Fácil se destaca pela simplicidade. O app permite definir valores mínimo e máximo para os presentes, criar listas de desejos e fazer o sorteio mesmo sem que todos os participantes tenham o aplicativo instalado. Na hora da revelação, oferece recursos de animação que tornam o momento mais emocionante.

Baixe no Google Play para Android

Versão não disponível para IOS

3. Secret Santa

Popular em vários países, o Secret Santa traz recursos de chat integrado para que os participantes possam interagir anonimamente antes da revelação. O aplicativo também permite fazer enquetes sobre local e data do encontro, facilitando a organização do evento.

Baixe no Google Play para Android

Baixe na App Store pra Iphone

4. DrawNames

O DrawNames é ideal para grupos grandes e famílias numerosas. Além do sorteio tradicional, permite criar exclusões (para evitar que casais ou irmãos tirem um ao outro) e possui uma ferramenta de revelação ao vivo, onde todos podem participar simultaneamente através de videochamada integrada.

Baixe no Google Play para Android

Baixe na App Store para Iphone

Site oficial também disponível

5. Amigo oculto online

Gratuito e sem necessidade de cadastro, o Amigo Oculto Online funciona diretamente pelo navegador. Perfeito para quem prefere praticidade, o app envia o resultado por e-mail ou WhatsApp e oferece templates personalizáveis para a revelação, com temas natalinos e de fim de ano.

Baixe no Google Play para Android

Dica Extra:

Independente do aplicativo escolhido, o mais importante é o espírito de confraternização que a brincadeira proporciona.

Os apps são apenas ferramentas para facilitar a organização e adicionar um toque de modernidade a essa tradição tão querida pelos brasileiros.

AGENDA CULTURAL

Fim de semana tem ópera afro-brasileira, música e cinema

À frente da banda O Capuz Negro, cantor e multi-instrumentista Jorge Aluvaiá lança ópera afro-brasileira "Crônica sob o Céu Lilás"; Simona e Vozmecê agitam Praça Bolívia; Rose Mendonça estreia solo de dança e, em Corumbá, tem "Moinho In Concert"

12/12/2025 09h00

Ao lado da banda O Capuz Negro, o multi-instrumentista (ao centro) estreia a ópera afro-brasileira

Ao lado da banda O Capuz Negro, o multi-instrumentista (ao centro) estreia a ópera afro-brasileira "Crônica sob o Céu Lilás", amanhã, às 19h, no Teatral Grupo de Risco Divulgação

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O irrequieto multiartista Jorge Aluvaiá está fechando este ano com um ambicioso projeto. À frente da banda O Capuz Negro, ele estreia amanhã, às 19h, no Teatral Grupo de Risco (Rua Trindade, nº 401, Jardim Paulista), o show “Crônica sob o Céu Lilás”, que o próprio músico define como uma “ópera espacial afro-brasileira, um concerto surrealista que envolve tradição oral e retoma as raízes afro-brasileiras, com música, poesia e imaginação”.

No palco, com os seis parceiros do Capuz, Aluvaiá vai mostrar as 18 faixas que dão vida ao enredo do novo trabalho. As composições acompanham, com “muita mística”, a jornada de um viajante imaginário, o Mensageiro Rubro, considerado pelo band leader uma “entidade cósmica”, que vive uma epopeia ao aportar no Brasil do século 19, quando perde a capacidade de voar.

Para tentar superar sua condição, Rubro acaba hibernando nas águas do Rio Paraguai e, nessa nova realidade, inicia uma intensa trajetória de “brasilidade”, ritmos diversos, performances e ensinamentos ancestrais.

“A gente conta essa história através de um espetáculo musical, um concerto, e me utilizo também de linguagens da arte, como poesia declamada, para dar vida a essa proposta, para trazer a potência e as possibilidades do fantástico, que é a pulsão de vida, da criatividade, da imaginação”, viaja Aluvaiá.

Os ingressos estão disponíveis na plataforma Sympla, por R$ 20. A produção do evento anuncia também uma campanha de “apadrinhamento de ingressos” para contemplar jovens de instituições beneficentes, com cada entrada ao custo de R$ 18.

PRAÇA BOLÍVIA

A última edição deste ano da feira cultural Praça Bolívia, neste domingo, das 9h às 14 horas, será embalada por seis atrações musicais: o veterano Simona, o duo Vozmecê, Dandaras, Menos Pausa, Sangre Latino e Nobres. O evento conta com estandes de arte e artesanato, moda, pratos típicos e antiguidades. Endereço: Rua da Garças com Rua Aníbal de Mendonça, Bairro Santa Fé.

ROSE NA DOBRA

A dançarina Rose Mendonça estreia hoje o solo de dança “Dobra no Tempo”, às 19h, na Estação Cultural Teatro do Mundo. Uma segunda apresentação está agendada para amanhã, na sede da Central Única das Favelas (Cufa), na Rua Livino Godói, nº 710, Jardim São Conrado, às 16h. Os ingressos estão disponíveis gratuitamente na plataforma Sympla.

O solo integra o projeto Corpo-Território, que envolve ainda a realização de a oficina de house dance Tessituras Dançadas, amanhã, das 9h às 11h, no Centro Cultural José Octávio Guizzo.

O projeto busca democratizar o acesso a produções artísticas, contribuir para a visibilidade das danças negras na cidade, ampliar as discussões e estimular reflexões sobre a dança na sociedade, fortalecer a memória da arte contemporânea negra local e oportunizar um espaço seguro para debates acerca das questões raciais e de gênero.

Com direção artística de Simone Vieira, “Dobra no Tempo” se coloca como “um ritual” de movimento e som para despertar a potência do corpo e da presença, em que cada movimento é um gesto de afirmação e cada som é uma vibração capaz de ressoar no indivíduo.

“Com a intensidade da música house, seu fluxo único e mistura poderosa, no solo exploro a relação entre o meu corpo, o espaço e o tempo em um jogo de improviso, com os passos básicos e complexos da house dance e as corporeidades das danças afro-brasileiras”, afirma Rose, que, para realizar o projeto, contou com recursos da Política Nacional Aldir Blanc (Pnab), do governo federal e do Ministério da Cultura, sob operação da Fundação Municipal de Cultura de Campo Grande (Fundac).

“Dobra no Tempo” tem produção-geral de Ariane Nogueira, produção executiva de Marcos Mattos, Livia Lopes como social media, design gráfico de Leonardo Sales, produção audiovisual de Kaique Andrade, Jessé Macedo e Karem Martins como intérpretes de Libras, criação e confecção de figurino de Jéssika Rabello (Ajuberô Ateliê) e assessoria de imprensa por Isabela Ferreira (Reconta). As apresentações contarão com a participação da artista Aline Serzedello Vilaça.

“MOINHO IN CONCERT”

O Moinho Cultural realiza, neste sábado e no domingo, mais uma edição do “Moinho In Concert”. Sob a direção geral de Márcia Rolon, o espetáculo foi anunciado como “uma travessia que mistura memória, sonho e ancestralidade”, conduzindo o público pelos caminhos do Peabirú, a antiga rota sagrada dos povos originários, com música, dança e imagens.

A montagem reúne mais de 500 artistas, entre orquestra, coral, bailarinos, crianças, adolescentes e jovens atendidos pela ONG, tornando-se uma das maiores produções culturais da região.

O mergulho no imaginário da rota é acessado por jogos de amarelinha, explorando símbolos como o caracol e a cruzada para construir uma narrativa que convida o público a refletir sobre travessias internas, pertencimento e superação.

“Estamos alinhavando um novo Peabirú, como o sonho e o jogo de amarelinha, com a intenção de levar todos para o seu próprio céu”, diz Márcia Rolon. As apresentações serão às 19h30min, na sede do Moinho, em Corumbá.

A equipe de criação reúne pesquisa de linguagem e concepção coreográfica de Fernando Martins, a coreógrafa e ex-primeira bailarina do Stuttgart Ballet Beatriz Almeida, o ator Arce Correia, coralistas, músicos e o artista Leoni Antequera, da Bolívia.

A trilha sonora, com arranjos assinados por ex-alunos do Moinho, é inspirada no barroco sul-americano. Os figurinos foram confeccionados, dentro da instituição, por mães de participantes, retomando uma tradição afetiva que aproxima famílias do processo artístico.

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