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A um ano das Olimpíadas, falta de locais para treinar prejudica atletas

A um ano das Olimpíadas, falta de locais para treinar prejudica atletas

Agência Brasil

05/08/2015 - 13h14
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O Rio perdeu atletas olímpicos pela falta de locais apropriados para treinar. Essa é a avaliação de entidades esportivas fluminenses, hoje (5), a um ano para as Olimpíadas Rio 2016. Eles criticam as autoridades por não terem investido em equipamentos para atletas no estado. Somente na capital, três locais de competição e treinamento foram demolidos, desde que a cidade foi anunciada sede do evento.

Construído para os Jogos Panamericanos de 2007 por R$ 14 milhões na época, o Velódromo Municipal, na Barra da Tijuca, zona oeste, foi demolido em 2012, por estar fora das normas internacionais. Um mês depois, o vizinho Autódromo, que também servia como local de treinamento de atletas olímpicos, foi derrubado para a criação do Parque Olímpico. O Parque Aquático Júlio Delamare e o Estádio de Atletismo Célio de Barros, anexos ao Maracaná, zona norte, foram interditados em 2013 pelo governo estadual. O Célio de Barros acabou demolido e hoje serve de estacionamento para os dias de jogos no Maracanã. A previsão é que seja reconstruído depois dos Jogos Olímpicos.

A coordenadora técnica de atletismo do Vasco, Solange Chagas do Valle, explicou que praticamente todos os atletas de alto rendimento deixaram o Rio. Quem ficou teve como únicas opções as instalações cedidas pela Aeronáutica, zona norte, e o Estádio Olímpico Nilton Santos, Engenhão, zona oeste. As duas instalações não suprem a demanda do estado.

“É lamentável que na cidade sede das Olimpíadas estejam destruindo em vez de construir pistas. Estamos sem local para treinar e competir. A situação é caótica. Nossos atletas estão em desvantagem em relação aos atletas de outros estados e países. Sempre fomos um celeiro de atletas, sobretudo de velocidade. Os melhores já migraram, alguns até abandonaram o esporte”, lamentou ela. “Em qualquer Olimpíada, constroem-se pistas para atender delegações estrangeiras, aqui não temos nem para a nacional.”

ENGENHÃO

Para piorar a situação dos atletas, o Engenhão foi interditado, em meados de junho, pela prefeitura, por não estar adequado aos parâmetros internacionais. Com isso, mais de 100 atletas ficaram sem local de treino. Obras estão sendo realizadas para permitir que o estádio receba as disputas de atletismo e futebol nas Olimpíadas de 2016 no Rio de Janeiro.

O presidente da Federação de Atletismo do Rio de Janeiro (Farj), Carlos Alberto Lancetta, informou que, dos mais de 4 mil atletas do atletismo que virão competir na capital fluminense, metade não terá local para treinar. “Algumas seleções estrangeiras vão se hospedar em outros estados. Em Minas Gerais, vão ficar pelo menos três seleções de atletismo. A seleção americana, que é a melhor do mundo, vai ficar em Miami e só virá ao Rio dois dias antes da competição, pois não encontraram aqui local que atendesse às suas necessidades.”

Levantamento feito pela Farj no ano passado aponta que o Rio de Janeiro terá menos de 8% da estrutura esportiva de Londres, na Inglaterra. “A necessidade é que se tenha pelo menos seis pistas de atletismo na cidade sede dos jogos. Nas Olimpíadas passadas, havia pelo menos dez pistas no entorno de Londres. A seleção do Brasil tinha uma pista excepcional lá”, lembrou.

“O treinamento é sempre interrompido. Nos foi cedido o Engenhão, por conta da interdição do Célio de Barros, de repente, tivemos de parar de treinar no Engenhão. Estamos cada vez mais sufocados com a possibilidade de soluções”, disse Lancetta, que lamentou ainda que todas as 21 Vilas Olímpicas Municipais estejam com as pistas em estado precário.

As velocistas Rosângela Santos e Evelyn dos Santos; Geysa Arcanjo, do arremesso de peso, e Diego Hypólito, da ginástica artística, são alguns dos atletas olímpicos que tiveram que sair do Rio para conseguir manter o bom rendimento. Alguns estão, inclusive, em outros países. O anúncio do Rio como sede das Olimpíadas 2016 também não foi bom negócio para os ciclistas do Rio, na opinião do presidente da Federação de Ciclismo do Rio de Janeiro, Cláudio Santos.

CICLISMO

As autoridades fluminenses eliminaram qualquer possibilidade de desenvolver o ciclismo de pista, modalidade olímpica, com a demolição do único velódromo do Rio e do autódromo, opinou ele. “A Inglaterra ganhou na última olimpíada no ciclismo mais medalhas do que o Brasil em todas as modalidades. Nos lugarejos há três velódromos em um só local. Aqui tínhamos um só, que foi demolido por conta da especulação imobiliária, aquilo virou um grande condomínio de luxo e o novo será construído ao lado.”

Segundo Santos, o número de mortes e atropelamentos de ciclistas aumentou consideravelmente após as demolições. “As áreas de Proteção aos Ciclistas de Competição (APPCC) só foram criadas, por decreto, após a morte do nosso triatleta de alto rendimento, Pedro Nicolay, atropelado por um ônibus. Aqui, primeiro tem que acontecer uma tragédia, para se criar uma situação mais segura, em vez de fazer as coisas com antecedência.”

O governo do estado informou que o encerramento temporário das atividades no Célio de Barros ocorreu mediante a negociação com a Federação de Atletismo do Rio de Janeiro e os responsáveis pela administração dos equipamentos esportivos para onde foram encaminhados os cerca de 500 alunos e atletas. O governo informou ainda que o estádio será reformado após o término dos Jogos e que, no momento, analisa o pedido de reequilíbrio financeiro enviado pela Concessionária Maracanã, responsável pelas obras. O governo não comentou o fato de o Engenhão estar parcialmente interditado para treino. Foram citados outros locais de treinamento como a Vila Olímpica do Mato Alto, Centro Esportivo Miécimo da Silva, Vila Olímpica da Mangueira, Comissão de Desportos da Aeronáutica e Escola de Educação Física do Exército. O governo não comentou as críticas feitas sobre as condições físicas desses espaços.

Sobre a falta de locais para as delegações estrangeiras treinarem, o governo informou que foram disponibilizados 172 centros de treinamento pelo Brasil, com o objetivo de nacionalizar os Jogos, engajar todos os brasileiros por meio da aproximação com esses atletas e “possibilitar que o evento contribua para o desenvolvimento da economia de outras regiões do Brasil, e não apenas do Rio de Janeiro”.

A prefeitura foi procurada e, até o fechamento desta matéria, não se pronunciou sobre as críticas feitas pelos atletas e entidades.

BRASILEIRO

Galo estreia novo técnico em jogo decisivo pela Série D e busca reabilitação

Raphael Pereira comanda Operário pela primeira vez, em duelo contra o Cascavel, com foco na recuperação e retomada de confiança

14/06/2025 11h30

Partida contra o Cascavel, válida pela 8ª rodada da Série D, será um termômetro para o novo momento

Partida contra o Cascavel, válida pela 8ª rodada da Série D, será um termômetro para o novo momento Foto: Rodrigo Moreira/Operário

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O Operário Futebol Clube de Mato Grosso do Sul inicia, neste sábado, um novo capítulo em sua caminhada na Série D do Campeonato Brasileiro.

A partir das 15h (horário de MS), no Estádio Jacques da Luz, em Campo Grande, o time alvinegro entra em campo para enfrentar o Cascavel-PR, em partida válida pela oitava rodada da competição nacional. O duelo marca a estreia oficial do técnico Raphael Pereira, recém-contratado para comandar o Galo no restante da temporada.

A mudança no comando técnico veio após a saída de Leocir Dall’Astra, que deixou o clube com um legado importante. Bicampeão sul-mato-grossense e peça-chave no processo de reconstrução do Operário nos últimos anos, o treinador encerrou sua passagem deixando o time na lanterna do Grupo A7, com apenas 4 pontos conquistados em sete jogos.

O desempenho abaixo do esperado forçou a diretoria a buscar uma solução imediata para tentar reverter a situação e manter viva a esperança de classificação à próxima fase.

NOVA FILOSOFIA

Raphael Pereira, de 46 anos, chega com a missão de recolocar o Operário nos trilhos. Natural de São Paulo, o treinador construiu carreira sólida no futebol paulista, com destaque para os títulos consecutivos da Série A4 do Campeonato Paulista – um com o Rio Branco, de Americana, e outro com o União Barbarense.

No comando do União Barbarense, aliás, fechou a campanha de forma invicta: foram sete vitórias e quatro empates, um aproveitamento de 75,7%, o que lhe rendeu o prêmio de melhor técnico da competição.

Licenciado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) com a Licença A, Raphael é reconhecido por seu perfil disciplinador, capacidade de formação de grupo e ênfase no desempenho coletivo.

A aposta da diretoria é de que a experiência dele em reverter cenários adversos, aliada a um modelo de jogo mais intenso e organizado, possa surtir efeito já nas próximas rodadas.

“Sabemos que a situação na tabela é complicada, mas o grupo tem qualidade e está mostrando muita entrega nos treinamentos. Nosso foco agora está em recuperar a confiança, organizar a equipe taticamente e buscar os resultados necessários”, afirmou o treinador durante a coletiva de apresentação.

Com Raphael, também chega o auxiliar técnico Lúcio Borges, profissional com experiência em preparação de equipes nas categorias de base e no futebol profissional. Juntos, os dois lideraram, ao longo da semana, sessões de treinos com foco na reorganização tática, melhora do condicionamento físico e ajuste no sistema defensivo, que tem sido um dos pontos frágeis da equipe na Série D.

ADVERSÁRIO

O confronto contra o Cascavel representa um desafio de peso. A equipe paranaense ocupa posição intermediária na tabela e vem de resultados mais consistentes. Para o Operário, o jogo é encarado como um divisor de águas. Uma vitória pode não apenas melhorar a pontuação, mas também servir como combustível emocional para o elenco, que busca sair da incômoda última colocação.

“Temos que pensar jogo a jogo. Cada rodada será uma final para a gente. O trabalho da semana foi muito bom, o grupo respondeu bem às ideias que estamos implementando, e agora é colocar tudo isso em prática dentro de campo”, acrescentou Raphael Pereira.

Durante os últimos treinos, o novo técnico realizou ajustes na escalação titular, promoveu testes em diferentes formações e enfatizou a compactação defensiva e as transições rápidas ao ataque. A expectativa é de que o time entre em campo com uma postura mais agressiva e buscando o domínio das ações desde o início da partida.

MOBILIZAÇÃO

A diretoria também aposta no apoio da torcida como fator decisivo nesta nova fase. Os ingressos estão sendo vendidos de forma antecipada pelo site www.ingressosms.com.br, com preço único de R$ 20.

Para os torcedores que preferirem comprar presencialmente, haverá venda nas bilheterias do Estádio Jacques da Luz no dia da partida, a partir do início da tarde.

“Queremos ver o estádio com um bom público, porque o momento exige união. Precisamos da torcida ao nosso lado para empurrar o time”, destacou o presidente do clube, Estevão Petrallás.

SAIBA

O jogo será neste sábado, às 15h, no Estádio Jacques da Luz, em Campo Grande. Os ingressos estão à venda, por R$ 20,00, no site www.ingressosms.com.br.

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Esportes

Jogadores deixam o Brasil cada vez mais cedo rumo à Europa

Muitos atletas não ficam mais do que uma ou duas temporadas no Brasil antes de serem vendidos para a Europa, como Vinicius Júnior, Endrick e Savinho

12/06/2025 17h25

Souza Sergio na Unsplash

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Êxodo de jogadores para a Europa se intensifica e molda cenário no futebol brasileiro

O Brasil sempre foi reconhecido como o país do futebol, mas nos últimos anos, uma tendência crescente é a saída precoce de jovens talentos para a Europa, muitas vezes antes mesmo de estrearem profissionalmente.

Esse fenômeno não passam despercebidos no universo das apostas esportivas, onde jovens brasileiros em ascensão geram palpites interessantes na Superbet Apostas. Jogue com responsabilidade.

Com essa situação, muitos jogadores brasileiros não ficam mais do que um ou duas temporadas no país. Esse é o caso de Vinicius Júnior, Endrick, Savinho, entre outros, vendidos rapidamente.

Atualmente no Palmeiras, Estêvão é outro que segue essa tendência. O jogador acertou com o Chelsea, e se apresentará a equipe inglesa no meio da temporada, após a disputa do Super Mundial de Clubes.

A casa de apostas William Hill fez um levantamento sobre os jogadores que estão na seleção brasileira e argentina, e como resultado, 70% deles não jogaram duas temporadas por clubes de seu país de origem.

Motivos que levam os jovens para a Europa

Do ponto de vista dos jogadores, três fatores fundamentais explicam a saída rápida para a Europa: dinheiro, competitividade em alto nível e exposição.

Portanto, o primeiro fator a ser considerado é a desvalorização do real em comparação com moedas fortes como o dólar e o euro. Isso faz com que os salários oferecidos no exterior muitas vezes dobrem ou até superem com folga os valores pagos no Brasil, tornando-se um incentivo financeiro decisivo para jogadores deixarem o país mais cedo.

Outro aspecto importante é a competitividade. O futebol europeu concentra os principais talentos do mundo, tornando as competições mais atrativas e desafiadoras para os jogadores.  

Dessa forma, jogar contra os melhores do planeta é uma oportunidade valiosa de crescimento técnico e visibilidade, desenvolvendo o seu futebol.

Por fim, atuar na Europa amplia significativamente a exposição do atleta, o que pode abrir portas para objetivos maiores, como conquistar uma vaga na Seleção Brasileira. Um bom desempenho em torneios de alto nível, como a Champions League da UEFA, costuma chamar mais atenção dos técnicos e da mídia especializada.

Além disso, outros fatores podem contribuir, como a logística do dia a dia, que é mais fácil com o calendário europeu em comparação com o brasileiro. A estrutura das equipes também é um diferencial, já que favorece o desenvolvimento dos jogadores e tratamento de possíveis lesões.

Desvantagens de uma saída rápida

Apesar das vantagens, uma saída rápida também apresenta desvantagens. Muitos jogadores brasileiros acabam enfrentando dificuldades para ganhar minutos em campo, o que pode limitar seu desenvolvimento.

Isso aconteceu com Gabigol e Pedro, jogadores cotados para serem estrelas, mas que voltaram para brilhar no Brasil sem deixar uma boa impressão na Europa. Na mesma linha, Vitor Roque é um exemplo recente.

Atualmente no Real Madrid, Endrick, apontado como uma das maiores promessas do mundo, também enfrenta o problema da minutagem, mas não mostra o desejo de voltar ao Brasil.

O principal ponto negativo de uma saída repentina é para o país, que perde um talento antes mesmo de mostrar o seu melhor futebol aos torcedores. Em um mundo ideal, podemos citar Neymar, como exemplo.

Badalado desde cedo, Neymar se profissionalizou pelo Santos, permaneceu no clube mesmo em meio ao forte assédio europeu e conquistou vários títulos, como a Libertadores, marcando seu nome na história do Peixe antes de seguir para o Barcelona.
 

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