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Almir Sater fatura meio milhão em duas semanas com shows em MS

Em 20 de setembro, Sater foi contratado pelo mesmo valor de R$ 250 mil para a celebração de 250 anos do Forte Coimbra e estará no pontapé inicial da 1.ª Bienal do Pantanal

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Conforme exposto nesta segunda-feira (29) pelo Diário Oficial de Mato Grosso do Sul, a contratação de Almir Sater para abertura da 1ª Bienal do Pantanal aparece pelo valor de R$ 250 mil, que fazem o violeiro campo-grandense faturar meio milhão de reais em duas semanas por shows em MS.

Isso porque, em 20 de setembro, Sater foi contratado pelo mesmo valor de R$ 250 mil para a celebração de 250 anos do Forte Coimbra, festividade histórica no coração do Pantanal que trouxe 90 minutos do talento do compositor e cantor regional.

Exatos 14 dias depois, no próximo dia 04 de outubro, Almir Sater traz sua banda para o pontapé inicial da 1ª Bienal do Pantanal, evento que trará Leandro Karnal e uma série de outros convidados para o Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo, em Campo Grande. 

Ou seja, com mais essa previsão de uma hora e trinta minutos de show, o cantor campo-grandense conseguiu faturar meio milhão de reais em duas semanas com shows em sua "terra natal". 

1.ª Bienal do Pantanal

Entre 4 e 12 de outubro, o Centro de Convenções Rubens Gil em Campo Grande deve reunir 72 convidados, vindos de 10 estados brasileiros e de 2 países sul-americanos, além dos participantes de MS, para a primeira edição da Bienal do Pantanal. 

Para além da abertura de Almir Sater e da presença de Karnal no dia seguinte, em 04 e 05 de outubro, a Bienal traz ainda a romancista, roteirista, dramaturga e professora Ana Maria Gonçalves, considerada primeira mulher negra eleita para a Academia Brasileira de Letras (ABL).

Serão nove dias de atrações e mais de 70 atividades gratuitas, somando 108 horas de programação que se estende de segunda-feira à sexta-feira, a Bienal Pantanal funciona entre 9h e 21h, e das 10 às 22h no sábado e domingo. 

Cabe destacar que o evento conta com programação nas escolas públicas sul-mato-grossenses, nos ensinos Fundamental e Médio, sendo que as escolas podem agendar visitas à Bienal do Pantanal através de uma mensagem para o email  [email protected], contendo telefone de contato e o dia e horário pretendidos.

Shows e dinheiro público

Atrações para os mais variados eventos, não é de hoje que, em algumas ocasiões, cantores e artistas no geral são contratados através do Poder Público para apresentações fins específicos. 

Há cerca de um mês, por exemplo, o Governo do Estado publicava o contrato de um pastor que esteve que esteve presente na Marcha para Jesus de Campo Grande um dia após o evento, ocasião em que o cantor e compositor Antônio Cirilo recebeu 90 mil reais dos R$355 mil empenhados dos cofres públicos para o evento religioso. 

Em mato Grosso do Sul, o setor cristão da sociedade há tempos têm movimentado os cofres públicos que, a exemplo do movimento "Clamor do Brasil" - como acompanhou o Correio do Estado - somente nos oito primeiros meses do ano embolsou quase R$ 1,2 milhão, para eventos normalmente associados ao "bolsonarismo" com fundo religioso. 

Antes disso, ainda em abril deste ano, um cachê de R$ 450 mil era pago para a cantora Luísa Sonza para uma apresentação no projeto MS ao Vivo.  

Mesmo entre os sertanejos, a fim de comparação, o valor pago a Almir Sater aparece longe dos contratos firmados com alguns outros "medalhões" da nova era do gênero que são escolhidos tanto nas playlists dos sul-mato-grossenses como pelos chefes dos executivos locais. 

Já no segundo semestre de 2025, uma única prefeitura de MS destinou R$1,6 milhão para shows de Ana Castela e mais uma dupla sertaneja, já que a "boiadeira" recebeu R$ 800 mil e Zé Neto & Cristiano foram pagos com R$ 850 mil para tocar no aniversário Paranaíba, município ao leste de MS que possui pouco mais de 40 mil habitantes. 

Corte de gastos

Vale lembrar que, pelo menos desde meados deste 2025 o assunto "corte de gastos" ganhou cada vez mais força, com estimativa do Governo a época de que a ação alcance R$800 milhões até o fim do ano, com um plano concentrado em despesas de custeio. 

Já no dia 05 de agosto, em meio a um agravamento da crise fiscal que atinge o Estado, o governador Eduardo Riedel anunciou um corte de despesas no governo estadual, por meio da redução de 25% no custeio da máquina pública que atingiu todas as secretarias. 

Por meio de decreto, ficou estabelecido que os órgãos da administração direta e demais autarquias do Poder Executivo Estadual deverão:

  • Revisar os contratos vigentes, visando à redução de 25% (vinte e cinco por cento) dos valores contratados a título de despesas de custeio;
  • Reduzir outras despesas de custeio, tais como pagamento de diárias, passagens, participação em eventos e seminários e horas extras, entre outros;
  • Evitar as despesas com a aquisição de novos veículos, mobiliários, equipamentos ou de outros bens permanentes.

Conforme o texto, para racionalização temporária e controle de gastos, foi levado em consideração o Relatório de Gestão Fiscal, relativo ao primeiro quadrimestre de 2025, que aponta que o Estado se encontra no limite prudencial de gastos com pessoal.
**(Colaboraram Neri Kaspary e Glaucea Vaccari)

 

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Ministras defendem penas maiores para crimes de feminicídio

Protesto foi convocado por organizações da sociedade civil

07/12/2025 19h00

As ministras da Igualdade Racial, Anielle Franco, das Mulheres, Márcia Lopes, e da Gestão, Esther Dweck, durante o Levante Mulheres Vivas, na área central de Brasília

As ministras da Igualdade Racial, Anielle Franco, das Mulheres, Márcia Lopes, e da Gestão, Esther Dweck, durante o Levante Mulheres Vivas, na área central de Brasília Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

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Seis ministras e um ministro do governo federal participaram, neste domingo (7), em Brasília, do ato Levante Mulheres Vivas convocado por dezenas de organizações da sociedade civil. A manifestação ocorreu em diversas capitais do país após sucessão de casos de feminicídios que chocaram a sociedade. 

Sob fortes pancadas de chuva, o ato contou também com a participação da primeira-dama Janja Lula da Silva. O ministro que participou foi o do Desenvolvimento Social, Wellington Dias.

A ministra da Mulher, Márcia Lopes, defendeu que as mulheres precisam ocupar 50% dos cargos políticos no Brasil. “Não vamos votar em homem que agrida, que ofenda as mulheres. Não vamos votar”.

A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, disse que essa é uma luta civilizatória, que precisa da participação dos homens.

“É muito importante ter os homens ao lado da gente nessa caminhada. Essa luta é de toda a sociedade. Temos que unir forças para tirar essa chaga da sociedade. Nós temos um problema histórico e cultural de subordinação das mulheres e temos que mudar isso”, afirmou.

A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, lembrou sua irmã Marielle Franco, vereadora carioca assassinada em 2018 no Rio de Janeiro (RJ).

“Quando Marielle foi assassinada da maneira que foi, com cinco tiros na cabeça, logo depois a mãe Bernadete, poucos anos depois, com 21 tiros na cabeça, há um recado dado para essas mulheres. A gente tá aqui hoje pra dizer que vai permanecer viva, de pé, lutando, ocupando todos os espaços, eles queiram ou não. A gente vai permanecer”, afirmou.

Mesmo se recuperando de uma cirurgia, a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, participou do ato em uma cadeira de rodas. Ela lembrou que a violência contra as mulheres indígenas segue invisível.

“Essa violência que a gente vê hoje em redes sociais, em noticiários, nos territórios indígenas acontece igualmente e nem notícia vira. Elas continuam no anonimato e ainda nem estatística viraram”, lamentou.

Também participou do ato a ministra da Ciência e Tecnologia, Luciana Santos, que argumentou que a luta das mulheres contra a violência é secular. 

“Isso é para que a gente possa ter a dimensão da batalha que tem pela frente. Por isso, a luta para que tenhamos salário igual para função igual, creches, direitos para que, nas universidades, as mulheres que sigam a carreira científica possam avançar sem nenhum tipo de empecilho”, afirmou.

Em sua fala, a primeira dama Janja Lula da Silva lamentou os feminicídios e pediu medidas mais duras contra o assassinato de mulheres.

“Que hoje seja um dia que fique marcado na história desse movimento das mulheres pelo Brasil. A gente precisa de penas mais duras para o feminicídio. Não é possível um homem matar uma mulher e, uma semana depois, estar na rua para matar outra. Isso não pode acontecer”, disse.

Também participou do ato, na Torre de TV, na área central de Brasília, a ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck.

Entenda

A mobilização nacional foi convocada após uma onda de feminicídios recentes que abalaram o país.

No final de novembro, Tainara Souza Santos teve as pernas mutiladas após ser atropelada e arrastada por cerca de um quilômetro, enquanto ainda estava presa embaixo do veículo. O motorista, Douglas Alves da Silva, foi preso acusado do crime.

Na mesma semana, duas funcionárias do Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet-RJ), no Rio de Janeiro, foram mortas a tiros por um funcionário da instituição que se matou em seguida.

Na sexta-feira (5), foi encontrado, em Brasília, o corpo carbonizado da cabo do Exército Maria de Lourdes Freire Matos, 25 anos. O crime está sendo investigada como feminicídio após o soldado Kelvin Barros da Silva, 21 anos, ter confessado a autoria do assassinato.

Cerca de 3,7 milhões de mulheres brasileiras viveram um ou mais episódios de violência doméstica nos últimos 12 meses, segundo o Mapa Nacional da Violência de Gênero.

Em 2024, 1.459 mulheres foram vítimas de feminicídios. Em média, cerca de quatro mulheres foram assassinadas por dia em 2024 em razão do gênero. Em 2025, o Brasil já registrou mais de 1.180 feminicídios.

assalto

Gravuras raras de Portinari são roubadas da Biblioteca Mário de Andrade, em SP

Criminosos entraram no local armados, renderam seguranças e roubaram obras de arte antes de fugir

07/12/2025 18h30

Foto: Reprodução Instagram Biblioteca Mário de Andrade

Foto: Reprodução Instagram Biblioteca Mário de Andrade

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A Biblioteca Mario de Andrade foi alvo de um assalto neste domingo, 7, em São Paulo. Criminosos entraram no local armados, renderam seguranças e roubaram obras de arte antes de fugir. Ao todo, 13 gravuras foram levadas - oito de Henri Matisse e cinco de Candido Portinari.

As de Portinari envolviam uma série rara, referente à obra Menino de Engenho, de José Lins do Rego. Em 1959, foi lançada uma edição especial do livro, pela Sociedade dos Cem Bibliófilos do Brasil. A instituição havia sido fundada em 1943 por Raymundo Ottoni de Castro Maya, inspirada na Sociétédes Cents Bibliophiles da França, da qual seu pai tinha sido membro.

Ao longo dos anos, a sociedade promoveu uma série de 23 edições de clássicos da literatura do Brasil com ilustrações de artistas plásticos de renome do País. Entre os autores, nomes como Machado de Assis, Jorge Amado e Mario de Andrade. Já entre os ilustradores, Di Cavalcanti, Djanira, Poty, Isabel Pons, além do próprio Portinari, entre outros.

As tiragens eram limitadas aos sócios e os exemplares traziam consigo o número de inscrição de seu proprietário na Sociedade dos Cem Bibliófilos.

Segundo informações do Grupo Globo História, as gravuras foram impressas sob supervisão de Poty Lazzarotto, Castro Maya e Cypriano Amoroso Costa. O livro conta a história de Carlinhos, menino que se depara com uma tragédia: o pai assassinou a mãe. Então, tem que morar no engenho de seu avô, às margens do Rio Paraíba.

Portinari já tinha desenhado inspirado na obra do autor. Antes, em 1953, a revista Cruzeiro publicou trechos de Cangaceiros, de Lins do Rego, com ilustrações de Portinari.

As obras roubadas faziam parte da exposição Do Livro Ao Museu: MAM São Paulo na Biblioteca Mario de Andrade, que estava em cartas desde 4 de outubro e seria encerrada neste domingo.

Segundo informações do site Projeto Portinari, a edição especial contou, ao todo, com 30 gravuras do artista espalhadas pelas 203 páginas do livro.

São elas:

- Banho no Rio

- Casal de Trabalhadores

- Cavalos no Rio

- Corregedor

- Enchente

- Gaiola I

- Homem a Cavalo com Menino na Garupa

- Homem Morto

- Homens com Facas

- Homens e Meninos no Curral

- Homens na Rede

- Menina Deitada

- Menino

- Menino com Carneiro

- Menino com Carneiro

- Menino com Canavial

- Menino Montado em Carneiro

- Menino na Árvore

- Meninos a Cavalo

- Meninos Brincando com Varas

- Meninos e Coqueiros

- Mestiço Preso em Tronco

- Mulher Morta

- Namorados

- Peru e Galo

- Queimada no Canavial

- Retirantes

- Trabalhadores no Canavial

- Velho Montado a Cavalo

- Vendedor de Perus

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