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OMERTÁ

Jamil Name, preso há quase 2 anos, morre de Covid-19 no Rio Grande do Norte

Jamil Name foi pecuarista, empresário do jogo, presidente do Operário, e mais recentemente, acusado de chefiar milícia

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Jamil Name, morreu aos 82 anos, em decorrência da Covid-19. O réu da Operação Omertá, estava internado desde 31 de maio de 2021 em Mossoró (RN), mas o caso se agravou e Name foi a óbito na tarde deste domingo (27).

Name já havia tomado às duas doses de vacina contra a Covid-19 e foi diagnosticado com a doença em 31 de maio. A família não informou ainda como será o translado, mas o advogado Tiago Bunning confirmou que o velório sera realizado em Campo Grande.

Ao Correio do Estado, o deputado estadual Jamilson Name (sem partido), filho da vítima, disse estar muito abalado para prestar mais informações. 

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O réu foi preso em 27 de setembro de 2019, na Operação Omertà, sendo acusado de pertencer a uma organização criminosa voltada a crimes de milícia armada, ligado a práticas de desobstrução de justiça, corrupção ativa, aquisição de armas de fogo de uso restrito, extorsão e lavagem de dinheiro, dentre outros crimes.

No dia 30 de outubro do mesmo ano, foi transferido para o Presídio Federal de Mossoró. Os advogados tentaram mais de 20 pedidos de prisão domiciliar para Jamil Name, mas todos foram negados. 

Seu filho, Jamil Name Filho, também foi preso em Mossoró, a onde continua detido.

Operação Omertá

Jamil Name foi preso nas primeiras fases da Operação Omertá, deflagrada em setembro de 2019. Na época, o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) e a Polícia Civil prenderam policiais, empresários e guardas municipais investigados por serem membros de grupo de extermínio.

Conforme informações do Ministério Público, a suspeita é que grupo chefiado por Jamil Name e o filho Jamil Name Filho, teria executado ao menos três pessoas em junho de 2018, na Capital. 

Duas das mortes interligada aos Name, foram a do ex-chefe de segurança da Assembleia Legislativa, Ilson de Figueiredo e do estudante de direito Matheus Coutinho Xavier, de 19 anos, morto a tiros de fuzil em abril de 2019, enquanto manobrava o carro do pai.

Um mês após a morte de Matheus, policias do Garras e do Batalhão de Choque desmantelaram um arsenal de armas que estava em posse de um guarda municipal. Conforme o Gaeco, as armas pertenciam aos grupo de extermínio e investiga se eram utilizadas nas execuções.

Na prisão  

Durante perícia psiquiátrica em 22 de maio, Name apontou que ter precatórios a receber de aproximadamente, R$ 41 bilhões, além de ter faturado R$ 1 bilhão sendo dono de uma mina ametista.

O valor dos precatórios é quase três vezes maior que o orçamento do Governo, que é estimado em R$ 16,8 bilhões para este ano.

O acusado disse na perícia que antes de ser preso era tranquilo e dormia bem, mas nos últimos tempos estava tendo dificuldades para dormir e que acordava muito cedo, além de ter perdido 30 quilos.

Dois funcionários da Penitenciária Federal de Mossoró que tinham contato frequente com Jamil também foram questionados.

A técnica de enfermagem relatou que o acompanhou quase dois anos e que Jamil procurava 'se virar' sozinho, não aceitava bengala, muleta ou cadeira de rodas, mesmo com dificuldade de andar.

O chefe de vivência relatou que ele apresentava esquecimentos frequentes e que em alguns momentos não tomava os medicamentos. Além de ter dificuldade para limpar e às vezes se mostrar autoritário e irritado.

Ao ser questionado sobre o motivo de estar preso, lembra que foi preso em 2019, com acusação de ser chefe de quadrilha de extermínio e tráfico de arma; mas que é inocente e quer provar isso.

Histórico

A vida de luxo de Jamil Name começou em 1957, quando morava em São Paulo. Em 1958 foi morar sozinho em Campo Grande, onde fez sociedade com um conhecido e passaram a fazer anotações de jogo de bicho e pif-paf.

Depois de algum tempo desfez a sociedade e passou a fazer a anotação do jogo sozinho. Após isso, fez sociedade em negócio imobiliário, fundando a imobiliária Fena, fazendo muitas transações em terras em Mato Grosso (antes da divisão), São Paulo e Paraná. 

Abriu também diversos loteamentos de condomínios na Capital de Mato Grosso do Sul. Name era dono de diversas empresas, inclusive do Jóquei Club, já foi presidente do Operário Futebol Clube e teve seu nome envolvido em negócios ilícitos.

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insatisfação

Negociação salarial nao evolui e policiais civis param nesta quinta-feira (19)

Paralisação será de 24 horas e somente atendimentos mergenciais serão feitos nas delegacias de todo o Estado, segundo o sindicato da categoria

18/09/2024 23h38

Manifestações de policiais civis estão ocorrendo desde o final de agosto, mas até agora houve pouca evolução na negociação

Manifestações de policiais civis estão ocorrendo desde o final de agosto, mas até agora houve pouca evolução na negociação

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Em protesto ao que chamam de descumprimento de promessas de melhorias salariais, os policiais civis de Mato Grosso do Sul promovem nesta quinta-feira (19) uma paralisação de 24 horas nos atendimentos das delegacias, iniciando às 8 horas e encerrando no mesmo horário de sexta-feira (20). 

As mobilizações do sindicato da categoria, o Sinpol, começaram ainda em agosto e têm o objetivo de pressionar o governo estadual a cumprir a promessa de valorização salarial da categoria e reconhecer a importância do trabalho dos policiais civis. Eles reivindicam melhorias que garantiriam reajustes da ordem de 69% em seus vencimentos. 

A categoria afirma ter o 19º pior salário do País e reivinca aumento no salário inicial de R$ 5 mil para R$ 6,5 mil. Além disso, exige o pagamento de auxílio saúde semelhante ao que que está sendo pago aos delegados, da ordem de R$ 2 mil mensais. 

Conforme a direção do Sinpol, a paralisação não afetará os serviços essenciais, como atendimento a crianças, idosos, medidas protetivas e casos de flagrante delito. O Sinpol garante que a segurança pública será mantida e os casos mais urgentes serão atendidos.

"O Sinpol conclama todos os policiais civis, filiados ou não, a se unirem ao movimento, demonstrando a força da categoria e a necessidade de uma resposta urgente do governo", afirma o presidente do Sinpol-MS, Alexandre Barbosa.

Está prevista uma manifestação da categoria a partir das 07:30 horas em frente à Depac Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro, na Rua Padre João Crippa. 
 
Além dos reajuses salariais, a categoria exige novas contratações, pois alega déficit de  900 profissionais para os cargos de investigadores e escrivães. 
Atualmente, o Estado possui 1,6 mil profissionais, entre escrivães e investigadores. Conforme a categoria, o necessário para atender a demanda seria de 2,5 mil trabalhadores.

Cidades

Oito em cada dez municípios têm risco alto ou muito alto para sarampo

Brasil chegou a ser certificado como país livre do sarampo em 2016

18/09/2024 21h00

Agência Brasil

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Ao menos 4.587 municípios foram classificados como em alto risco para sarampo, enquanto 225 foram categorizados como em risco muito alto, totalizando 86% das cidades em todo o país com risco elevado para a doença. Há ainda 751 municípios listados com risco médio e apenas quatro com baixo risco. Os dados foram apresentados nesta quarta-feira (18) durante a 26ª Jornada Nacional de Imunizações, em Recife.

Ao comentar o cenário, a coordenadora de Imunização da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), Flávia Cardoso, lembrou que o Brasil chegou a ser certificado como país livre do sarampo em 2016, mas perdeu o status em 2019 após voltar a registrar a circulação do vírus por um período superior a 12 meses. “Em 2022, o Brasil estava endêmico para sarampo e, em 2023, passou para o status de país pendente de reverificação”, explicou. 

Segundo Flávia, em maio deste ano, a Comissão Regional de Monitoramento e Reverificação do Sarampo, da Rubéola e da Síndrome da Rubéola Congênita nas Américas esteve no país e fez uma série de recomendações, incluindo ampliar a sensibilidade na definição de casos suspeitos de sarampo. A entidade pede que o país apresente o número de amostras recebidas de pacientes com febre e exantema e quais foram os diagnósticos de descarte.

De acordo com a coordenadora, a comissão destacou que, embora a cobertura vacinal tenha melhorado tanto para o sarampo quanto para a rubéola, por meio da tríplice viral, em alguns estados o progresso foi mínimo ou mesmo negativo. A situação no Rio de Janeiro, no Amapá, no Pará e em Roraima foi classificada pela entidade como muito preocupante para a manutenção da eliminação do sarampo e da rubéola no país. 

Também foi recomendado que o Brasil padronize um fluxograma de resposta rápida a casos suspeitos, tomando como base o caso recente de sarampo detectado no Rio Grande do Sul, importado do Paquistão. Por fim, a comissão sugere articular junto ao Ministério do Esporte e ligas esportivas a vacinação de atletas brasileiros, a exemplo do que foi feito previamente aos Jogos Olímpicos de Paris este ano. 

“Foi feita ainda a recomendação de buscas ativas integradas de casos de sarampo e rubéola com poliomielite e paralisia flácida em menores de 15 anos”, disse Flávia, ao citar que as ações servem para fortalecer a vigilância a nível municipal. 

Em junho deste ano, o país completou dois anos sem casos autóctones, ou seja, com transmissão em território nacional, do sarampo. Com isso, o país espera retomar a certificação de 'livre de sarampo'

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