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LUTO

Morre Edemar Cid Ferreira, fundador do falido Banco Santos, aos 80 anos

Cid Ferreira morreu do coração, dormindo

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Edemar Cid Ferreira, fundador e antigo controlador do falido Banco Santos e que ficou famoso como colecionador de obras de arte e pela mansão extravagante que construiu no Morumbi, bairro da zona oeste de São Paulo, morreu neste sábado (13), aos 80 anos, na capital paulista.

Cid Ferreira morreu do coração, dormindo. Deixou esposa e três filhos.

O ex-banqueiro se tornou um nome constante nos noticiários do Brasil nos anos 2000, quando o Banco Santos sofreu intervenção do Banco Central, após um rombo de R$ 2,1 bilhões (valores da época) no caixa da companhia.

Em 12 de novembro daquele ano, o BC interveio na instituição depois de constatar que não cumpria normas básicas, como o recolhimento compulsório –parcela dos depósitos dos clientes que as instituições financeiras são obrigadas a recolher no BC. À época, o Santos era o 21º maior banco do país.

Em 4 de maio do ano seguinte, o BC anunciou a liquidação do banco. Desde então, Cid Ferreira tentava reverter a decisão da Justiça argumentando que o negócio faliu em razão de pessoas que não honraram o pagamento de empréstimos feitos no banco.

Cid Ferreira e outros 18 ex-dirigentes do Banco Santos foram denunciados pelo Ministério Público Federal por lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e gestão fraudulenta.

Em maio de 2006, o ex-banqueiro foi preso por 89 dias. No período, ele se dedicou à vida espiritual e chegou a frequentar cursos ministrados no presídio por igrejas evangélicas, pela Igreja Católica e outros sobre espiritismo. Mas Edemar não se filiou a nenhum credo.

"Desde que deixou o colégio Marista, em Santos, na adolescência, ele estava afastado da religião", contou à Folha na ocasião um dos seus advogados, Ricardo Tepedino.

A rotina de Edemar no cárcere, de acordo com o advogado, também era preenchida por leituras e o trabalho na lavanderia do presídio.

Em 2020, uma mansão do ex-banqueiro localizada na rua Gália, no bairro do Morumbi, e que pertencia à massa falida do banco, foi vendida em leilão judicial por R$ 27,5 milhões.

Construída entre 2000 e 2004, e adquirida por R$ 140 milhões, a casa foi projetada pelo arquiteto Ruy Ohtake, que recebeu R$ 1,15 milhão pelo serviço. O decorador norte-americano Peter Marino recebeu outros R$ 8,86 milhões.

O imóvel chegou a passar por cinco leilões para ser vendido. Nos dois primeiros, não houve interessados. Em maio de 2019, no terceiro leilão, o imóvel chegou a ser arrematado por R$ 23,3 milhões. Mas o comprador, que não teve o nome revelado, não depositou o valor dentro do prazo estipulado pelo leiloeiro.

No quarto leilão, realizado em outubro do ano passado, a mansão foi vendida por R$ 9 milhões, mas o juiz Paulo Furtado de Oliveira Filho, da 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de SP, não aceitou o valor.
O imóvel, que ocupava um terreno de 8.000 metros quadrados e um complexo de cinco andares em uma área de 4.100 metros quadrados, possuía duas galerias de arte, com pé-direito de nove metros, uma biblioteca e um heliponto.

Banheiros de vidro com tecnologia que muda de cor quando estão ocupados, mármores importados da França e elevadores pneumáticos também compunham a mansão.

No mesmo ano, cerca de 2.000 peças que pertenciam ao empresário e foram apreendidas pela Justiça no ano da falência do Banco Santos, foram leiloadas para angariar fundos destinados a pagar aos credores da instituição financeira.

Na época, o ex-banqueiro pediu à Justiça o cancelamento do certame da coleção de obras de arte que estavam sob a guarda do MAC (Museu de Arte Contemporânea) da USP (Universidade de São Paulo). Em ofício enviado à 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais da cidade de São Paulo, ele argumentou que o leilão iria esquartejar a coleção, desvalorizando o conjunto e fazendo com que as obras percam valor de mercado.

Em outubro do ano passado, a coluna da Mônica Bergamo mostrou que a disputa entre Cid Ferreira, os devedores do Banco Santos e o administrador judicial da massa falida ganhou um novo capítulo. O imbróglio se deu em torno de quem iria administrar, provisoriamente, os bens buscados para saldar os R$ 2,1 bilhões da massa falida.

A massa falida reivindicava que parte do montante fosse quitada por meio da penhora de metade do shopping Eldorado, localizado na zona oeste de São Paulo. Uma decisão judicial de março de 2023 deu aval para a penhora de 50% do estabelecimento comercial, mas cabia recurso.

Procurados, os advogados do Grupo Veríssimo, segundo maior credor do Banco Santos, afirmaram, em nota, que o valor de R$ 2,1 bilhões já foi afastado pelo Judiciário e que o saldo atual da dívida é de R$ 120 milhões.

Mais recentemente, em dezembro, a coluna Painel S.A. noticiou que a Justiça de São Paulo autorizou o pagamento de uma dívida de R$ 120 milhões pelo Grupo Veríssimo ao Banco Santos, pondo fim a uma disputa de anos e que vinha travando o acerto de contas com os demais credores.

Agora, a expectativa é que a Justiça autorize o leilão de cerca de R$ 500 milhões em créditos pendentes. Há diversos bancos interessados no negócio.

O ex-banqueiro também possuía um apartamento de 3.000 metros quadrados na Praia Grande, que foi vendido por R$ 78 milhões após quatro leilões.

Desde então, passou a morar "de favor" e a viver com ajuda de amigos. Da mansão no Morumbi, transferiu-se para a casa vizinha, que pertencia a Zizinho Papa, ex-banqueiro dono do Banco Lavras.
Naquela época, dizia que, todas as noites, sentava-se em uma cadeira no deck da piscina da casa onde passou a viver ficava horas olhando para sua mansão.

Ficava indignado com a falta de manutenção na sua antiga residência. Reclamava da fuligem que, com o tempo, foi manchando e escurecendo o mármore branco que revestia as paredes da casa.

Edemar passou o restante de sua vida tentando provar que o banco tinha mais crédito a recuperar do que dívidas a serem pagas, o que jamais se comprovou.

Desse embate resultou uma relação de tensão permanente entre Edemar e o administrador judicial, Vânio Aguiar.

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Após perder emprego no SBT, filho de David Cardoso vai contra Havaianas

Tomando chimarrão, ator que tem fortes laços com a terra do tereré gravou um vídeo, publicado com a legenda em que afirma que "empresas esquerdistas não são bem vindas"

23/12/2025 13h13

"Tenho meu chinelo da Harley Davidson. Tchau Havaianas, que assim seja com todas as empresas que fazem isso", disse.  Reprodução

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Menos de uma semana após ser desligado e perder o emprego no Sistema Brasileiro de Televisão (SBT), o filho de um dos ícones sul-mato-grossenses da teledramaturgia símbolo da pornochanchada, o também ator David Cardoso Jr., aparece agora engrossando o coro da extrema-direita contra os chinelos Havaianas. 

Após a atriz Fernanda Torres protagonizar uma peça publicitária da marca, em que diz não querer que o telespectador "comece 2026 com o pé direito, não sendo nada contra a sorte", mas desejando que "comece com os dois pés... na porta, na estrada, na jaca", a extrema-direita se mordeu com a expressão antiga e têm se manifestado através das redes sociais como quem se sente atacado, propondo um boicote aos chinelos Havaianas. 

Recentemente, tomando um chimarrão, o ator que tem fortes laços com a terra do Tereré gravou um vídeo, publicado nas redes sociais com a legenda em que afirma que "empresas esquerdistas não são bem vindas. Chega de sermos otários". O ator mostra um par de chinelos Havaianas e diz: "nunca mais". 

"Tenho meu chinelo da Harley Davidson. Tchau Havaianas, que assim seja com todas as empresas que fazem isso", disse. 

Logo em seguida o ator, que diz não querer causar polêmica mas, sim, salvar o Brasil, postou uma nova gravação dizendo que o primeiro vídeo "explodiu" e que não pretende ser candidato, mas querendo mostrar "a força da direita". 

"Vamos nos posicionar sim!!!!! A direita tem mais força do que imagina. Chega de covardia. A palavra é Boicote!!!!!! Eles vão sentir no bolso e vão aprender", comentou o ator.  

Sem emprego

Recentemente, David Cardoso Jr., que chegou a afirmar em janeiro de 2025 que já havia ganhado mais dinheiro com um ano de OnlyFans o mesmo que ganharia em 25 anos de "A Praça É Nossa", foi desligado da emissora após compactuar com as posições de ataque de Zezé de Camargo às filhas de Silvio Santos. 

Após ser desligado, o ator usou das próprias redes sociais para contar sua versão e exaltar sua história, dizendo que trabalhou a primeira vez com Silvio Santos ainda em 1975, sendo inclusive "o príncipe do 'Boa Noite Cinderela' que seria dirigido por Gugu Liberato.  

David diz que nunca quis ofender ninguém, mas expõe a opinião de que, atualmente, "está havendo uma inversão de valores no Brasil", afirmando que nunca foi valorizado na emissora e não possuía contrato nesses 14 anos de serviço prestado. 

"O que está acontecendo no Brasil chama-se inversão de valores, sou a maior prova de que isso está explícito, porque eu, hoje, depois de 14 anos trabalhando e dedicando uma parte da vida para o SBT, sou 'persona non grata' lá dentro. Enquanto que o Lula, que é 'persona non grata' pelo Benjamin Netanyahu, pelo primeiro ministro de Israel, é muito bem quisto no SBT, fundado por um judeu. Ou seja, no Brasil o crime compensa", afirma ele. 

O ator complementa que adora a família, mas que nunca conheceu a esposa de Silvio Santos, por exemplo, lembrando que a Rede Globo chegou a "escurraçá-lo" lá de dentro, enquanto o SBT acabou "desfazendo dos meus serviços de maneira muito feia". 
 

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Idoso sofre fratura exposta após moto ser atingida por caminhão em Campo Grande

A vítima, de 63 anos, seguia pela direita da via e terminou tendo a motocicleta atingida quando o caminhão realizou uma conversão

23/12/2025 13h00

Crédito: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Um motociclista de 63 anos foi atingido por um caminhão no início da tarde desta terça-feira (23), no cruzamento da Avenida Fábio Zahran com a Travessa Haia, em Campo Grande.

Segundo apurou a reportagem do Correio do Estado, o motociclista seguia pela direita da via e, quando o caminhão realizou uma conversão, a moto acabou colidindo com a roda dianteira do veículo.

Com o impacto, uma peça do caminhão perfurou a perna da vítima, que sofreu fratura exposta. Ele recebeu atendimento no local e, conforme informações repassadas pelas autoridades, estava consciente e orientado.

Além disso, há suspeita de fratura no quadril. Após receber os primeiros socorros, o motociclista foi encaminhado para a Santa Casa de Campo Grande.

O condutor do caminhão permaneceu no local e também precisou de atendimento médico, após passar mal em razão do acidente.

Conforme informações da polícia, que esteve no local para prestar apoio, o motociclista estaria em situação irregular, uma vez que o caminhão seguia pela pista e, ao realizar a conversão, o idoso, em um momento de desatenção, não conseguiu parar a motocicleta.
 

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