Polícia

PRESOS PELA PF

Traficantes movimentaram R$ 278 milhões, compraram Lamborghini e comemoraram com Bruno & Marrone

Com Porsches, Audis, Lamborghinis e Land Rovers, traficantes ostentavam em Jurerê Internacional, Chapada dos Guimarães e em Campo Grande

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A Polícia Federal identificou movimentações de R$ 278 milhões em um período de dois anos por quadrilha de traficantes de cocaína chefiada por integrantes da Família Morinigo. 

Para comemorar os ganhos com o tráfico de cocaína, a dupla Bruno & Marrone cantou para a quadrilha presa pela Polícia Federal e comprou uma Lamborghini Aventador, avaliada em R$ 2 milhões.  

O grupo, composto pelos irmãos Jefferson Garcia Morinigo e Kleber Garcia Morinigo, e também pelo pai deles, Emídio Morinigo, ostentou muito luxo nos últimos quatro anos, com mansões e carros importados nas cidades de Campo Grande e Ponta Porã, em Mato Grosso do Sul, Cuiabá e Chapada dos Guimarães, no Mato Grosso, Jurerê Internacional, em Florianópolis (SC) e em Pedro Juan Caballero, no Paraguai

Somente em carros importados, foram apreendidos mais de R$ 20 milhões, e uma mansão de alto luxo, localizada às margens do Lago do Manso, na Chapada dos Guimarães, também foi retida pelos federais. Foi nela que os criminosos contrataram a dupla sertaneja Bruno & Marrone, para um show privê, em 2017.  

Nos mandados de prisão e de busca e apreensão cumpridos nesta sexta-feira (11) os federais apreenderam jet skis, lanchas, e sequestraram duas revendas de automóveis de alto luxo, com veículos das marcas Porsche, Land Rover, Mercedes-Benz, Audi e Lamborghini, em Campo Grande (JV Veículos) e em Cuiabá (Classe A Motors).

Foi a grande ostentação da Família Morinigo que levou a Polícia Federal a investigá-la a fundo ao longo dos últimos quatro anos. No período, foram dezenas de apreensões de cocaína, quase todas em tanques de combustível de caminhões.  

Os chefões, como se esperava, não se misturavam com a linha de frente, e mantinham distância do produto que os enriquecia: a cocaína que entrava no Brasil pelo Paraguai. Para a sociedade (eles moraram em Campo Grande, Cuiabá e Pedro Juan Caballero) eram empresários e fazendeiros. 

LAVAGEM DE DINHEIRO

Para obter o alto patrimônio sequestrado pela Justiça (são mais de R$ 230 milhões em bens, entre fazendas, carros e mansões) os chefões do tráfico montaram uma complexa rede de lavagem de dinheiro.  

Os recursos obtidos por meio do tráfico de cocaína, conforme o delegado Lucas Vilela, do Grupo de Investigações Sensíveis (Gise) da Polícia Federal, eram feitos por empresas de fachada ou laranjas, como construtoras e revendas de veículos importados.  

A conexão dos doleiros de Ponta Porã era com casas de câmbio em Curitiba e na Região Sudeste, em São Paulo e no Rio de Janeiro. De lá, estes pagamentos eram feitos às empresas de fachada. Laranjas eram contratados para depositar dinheiro vivo na conta destas empresas, que eram transferidos para outros laranjas, e depois para a Família Morinigo. 

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APOIO

A quadrilha também não esquecia dos que atuavam na outra ponta: a do tráfico de cocaína. Quem foi preso, também recebia uma mesada, por meio de seus famíliares. Os pequenos pagamentos constantes, por meio das empresas de fachada, foram identificados pela Polícia Federal. Os valores oscilavam entre R$ 2,5 mil e R$ 1,5 mil.  

Apesar do modus operandi, o delegado Lucas Vilela explicou que não foi identificada conexão com a quadrilha com grandes facções criminosas, como o Primeiro Comando da Capital (PCC).  

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TRÁFICO DE DROGAS

Sogro e genro são presos com 157 quilos de crack em Hilux

Sogro era responsável pelo transporte e logística do entorpecente na cidade, já o genro atuava como batedor e olheiro

11/12/2025 11h30

Tabletes de crack

Tabletes de crack Divulgação/Polícia Civil - MS

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Sogro, 49 anos e genro, de 40 anos foram presos em flagrante transportando 157 quilos de crack, nesta quarta-feira (10), na região do Parque dos Coqueiros em Dourados, município localizado a 226 quilômetros de Campo Grande.

Tabletes de crackTabletes de crack. Foto: Polícia Civil

Um terceiro possível envolvido também foi conduzido à unidade policial e será investigado pelas autoridades.

O entorpecente estava distribuído em tabletes e acondicionado em uma Toyota Hilux. Eles foram presos por policiais civis da Seção de Investigação Geral/Núcleo Regional de Inteligência (SIG/NRI) de Dourados.

Conforme apurado pela reportagem, o sogro era responsável pelo transporte e logística do entorpecente na cidade. Já o genro atuava como batedor (escoltando a droga) e olheiro (observando a presença de forças policiais).

A ação faz parte de uma investigação contra uma organização criminosa que atua na cidade e região da fronteira, abastecendo pontos de distribuição em Dourados e região.

TRÁFICO DE DROGAS

O tráfico de drogas é um problema crescente no Brasil.

Comércio, transporte e armazenamento de cocaína, maconha, crack, LSD e haxixe são proibidos no território brasileiro, de acordo com a Lei nº 11.343/2006.

Mas, mesmo proibidos, ainda ocorrem em larga escala em Mato Grosso do Sul. O Estado é conhecido como um vasto corredor no Brasil, devido à sua extensa fronteira com outros países. Com isso, é uma das principais rotas utilizadas para a entrada de substâncias ilícitas no país. 

O tráfico resulta em diversos crimes direta e indiretamente, como furto, roubo, receptação e homicídios.

Dados divulgados pela Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp-MS) apontam que 13.130 quilos de cocaína, 502.682 quilos de maconha e 378 quilos de outras drogas foram apreendidos, entre 1º de janeiro e 11 de dezembro de 2025, em Mato Grosso do Sul.

As forças de segurança responsáveis em apreender entorpecentes são Polícia Rodoviária Federal (PRF), Polícia Federal (PF), Polícia Militar (PMMS), Polícia Civil (PCMS) e Guarda Civil Metropolitana (GCM).

 

HOMICÍDIO E TRÁFICO

Mulher foge de violência doméstica em MG e é morta por ordem da prima em MS

Mulher encontrada morta na tarde de quarta-feira (3), na BR-262, estava cansada de apanhar do marido em Minas Gerais e veio buscar abrigo na casa da prima em MS, que a abandonou

05/12/2025 11h45

Titular da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Rodrigo Daltro, em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (5)

Titular da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Rodrigo Daltro, em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (5) Foto: Naiara Camargo

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Maria de Fátima Alves, de 40 anos, encontrada morta na tarde de quarta-feira (3) no anel viário da BR-262, saiu de Minas Gerais para Mato Grosso do Sul para fugir de violência doméstica que sofria do marido. Ela deixou três filhos no estado mineiro.

Ela veio para Campo Grande (MS), há três meses, procurar abrigo na casa da prima, que prometeu acolhê-la em sua casa, localizada no bairro Moreninhas. Mas, não foi o que aconteceu. Sua prima, de 32 anos, recusou o abrigo, pegou seus documentos por motivos ainda desconhecidos e a abandonou nas ruas.

Ela se tornou moradora de rua, passou a fazer uso exagerado de bebidas alcoólicas e foi abrigada no Centro de Referência Especializado para a População em Situação de Rua (CENTRO POP), em Campo Grande.

Titular da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Rodrigo Daltro, em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (5)Vítima, Maria de Fátima Alves, de 40 anos

Na tarde de terça-feira (2), Maria de Fátima pegou uma bicicleta emprestada e foi buscar seus documentos na casa da prima, pois queria arrumar um emprego. De acordo com a vítima, sua prima seria uma pessoa “muito perigosa”.

Ao chegar no endereço, a prima se negou a devolver os documentos. Em seguida, Maria de Fátima foi até o quarto, abriu o guarda-roupa e flagrou diversos tabletes de cocaína dentro do móvel e, curiosa, começou a manuseá-los.

Com receio de ser denunciada, a prima repreendeu a vítima e a colocou dentro de um Hyundai HB20 com ajuda de um comparsa, de 41 anos. Em seguida, a levaram até o anel viário da BR-262, onde a executaram com um tiro na cabeça e outro no ombro. Após o crime, eles fugiram e o corpo ficou abandonado.

O titular da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Rodrigo Daltro, acredita que a vítima tenha sido morta pelo rapaz e não pela prima.

Titular da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Rodrigo Daltro, em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (5)Prima, de 32 anos e seu comparsa, de 41 anos

“Ele assumiu que a droga era dele, mas negou a questão de ser o coautor do homicídio. Todo o tempo ele negou o homicídio e sempre confessou o tráfico de drogas. Na cabeça deles, o tráfico é mais fácil obter a liberdade.

Na tarde de quarta-feira (3), a Polícia Militar recebeu uma denúncia que havia um cadáver, às margens do anel viário da BR-262, saída para Terenos/Rochedo.

Viaturas se deslocaram até a rodovia e os militares constataram que se tratava de uma mulher, sem identificação até então. Polícia Civil e Polícia Científica estiveram no local para recolher os indícios do assassinato e retirar o corpo.

A prima, de 32 anos e seu comparsa, de 41 anos, estão presos preventivamente pelos crimes de homicídio qualificado, tráfico de drogas e associação para o tráfico.

A mulher é empresária, possui transportadoras e não tem passagens pela polícia. O homem tem passagens por tráfico de drogas.

O caso continua sendo investigado pela DHPP.

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