No Brasil, existem vários bancos privados de sangue de cordão umbilical, mas centros de transplantes específicos para medula óssea estão localizados apenas nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba, e estão ainda se adequando à nova tecnologia. Campo Grande está na disputa para sediar um Centro de Transplantes de Medula Óssea há algum tempo, e recebeu promessas do Governo do Estado de que terá o serviço especializado em 2010, funcionando no Hospital Regional, mais especificamente no Centro de Tratamento Onco-Hematológico Infantil. “É uma luta de muito tempo, pois todos os nossos pacientes que precisam da cirurgia têm de ser encaminhados para estes grandes centros, acompanhados da família”, aponta Terezinha Selem, vice-presidente da AACC, que ainda informa. “O Hospital Regional tem espaço físico, existe equipe especializada, só falta comprar alguns equipamentos, entre outras demandas, para que tenhamos o centro de transplante por aqui”, diz Terezinha. Depois que estiver funcionando, a esperança é que também o centro em Campo Grande realize transplantes com o cordão umbilical. “Nossas mães estão atentas às notícias. Acompanham as novidades da medicina e estão muito ansiosas para que o centro cirúrgico comece a funcionar e que esta tecnologia com células-tronco também venha para cá”, continua Terezinha. Tanto é a aposta da AACC neste centro de transplantes de medula óssea, que a associação está finalizando a construção de dois quartos especiais, chamados de bolhas, para receber pacientes recém-transplantados em Campo Grande. “Depois do pós-cirúrgico no hospital, o paciente tem que ficar ainda uns dois, três meses num isolamento como parte do protocolo do tratamento. Com a construção dos quartos especiais já estaremos aptos para fazer este acompanhamento após a cirurgia”, descreve a vice-presidente. A construção das bolhas e de outros 4 quartos para abrigar pacientes que vêm para Campo Grande se tratar deve estar finalizada em março deste ano.