Política

CAMPO GRANDE

Bolsonaro escala "tropa de elite" para abrir pré-campanha em Mato Grosso do Sul

Deputados Carla Zambelli, Daniel Silveira e Major Fabiana, todos do PL, juntam-se a Trutis em 1º evento da pré-campanha do partido

Continue lendo...

O presidente da República e pré-candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), mandará o que considera a “tropa de elite” de seu partido para Mato Grosso do Sul nesta sexta-feira, às 14h30min, para reforçar seu time no lugar onde aparece na liderança das pesquisas.  

Desembarcarão em Campo Grande os deputados federais Carla Zambelli (SP), Daniel Silveira (RJ) e Major Fabiana (RJ), todos do PL. Eles reforçarão a campanha do colega de partido Loester Trutis, que tentará a reeleição, e também verão de perto como andam os palanques bolsonaristas por aqui.  

O que, no mês de março, o presidente Jair Bolsonaro chamou de “Frente Parlamentar Lealdade Acima de Tudo” terá em Mato Grosso do Sul um de seus primeiros eventos no Brasil. 

A intenção é utilizar deputados considerados puxadores de votos do bolsonarismo, como Eduardo Bolsonaro (que não vem desta vez), Carla Zambelli e Daniel Silveira, para apoiar seus colegas em todo o País. Há um representante por estado. Em Mato Grosso do Sul, o integrante escolhido pelo presidente e seus aliados foi Trutis.  

O evento ainda será um dos primeiros de Daniel Silveira fora do eixo Rio de Janeiro (RJ)-Brasília (DF), depois do perdão concedido por Bolsonaro após sua condenação pelo Supremo Tribunal Federal. 

Embora ainda exista controvérsia sobre a validade das medidas restritivas de direitos após o perdão judicial, Silveira já não usa mais a tornozeleira eletrônica e voltará a viajar pelo País, sendo Campo Grande um de seus primeiros destinos.  

“Vamos fazer, na sexta-feira, na Câmara Municipal de Campo Grande, com a minha pessoa [Carla Zambelli], o Trutis, a Raquelle, esposa do Trutis, o Dárcio Bracarense [líder do movimento Nas Ruas] e várias outras pessoas, um [evento] para vocês poderem nos conhecer. Vamos conversar de política e saber informações que serão superimportantes para este ano, para que estejamos todos informados e saibamos conversar com todas as pessoas que não têm conhecimento político por falta de informação ou por falta de acesso à mídia”, disse Carla Zambelli ao Correio do Estado. Ela ainda destacou que este ano “é muito importante”.

“É um evento histórico para a direita de Mato Grosso do Sul ter a base de Bolsonaro, com os apoiadores locais, traçando a estratégia para reeleger o presidente. A gente está muito feliz em receber a Carla Zambelli, que é a deputada mais influente do Congressso, o deputado Daniel Silveira, que acabou virando um ícone da liberdade de expressão, e a Major Fabiana, que hoje tem a confiança da família Bolsonaro em relação à segurança pública”, afirmou Trutis.  

Além de Carla Zambelli, a advogada de Jair Bolsonaro, Karina Kuffa, também deve vir para o evento desta sexta-feira, fechando a lista de autoridades do primeiro escalão do bolsonarismo que devem estar presentes na capital de Mato Grosso do Sul. 

Kuffa ganhou notoriedade em 2019, quando foi uma das principais lideranças na criação do partido Aliança pelo Brasil, iniciativa que não conquistou a adesão necessária, e levou Bolsonaro a filiar-se ao PL após um longo período sem partido depois de ter deixado o PSL, meses após ter sido empossado no cargo.  

Trutis também deve aproveitar a visibilidade do evento para lançar sua esposa, Raquelle, à Assembleia Legislativa de MS. 

Mas, ao contrário dele, que enfrenta um caminho com poucos adversários internos no partido, Raquelle terá de disputar votos com nomes fortes da legenda, como Coronel David, João Henrique Catan e Neno Razuk, todos com mandato de deputado estadual e que tentarão a reeleição.  

Disputas regionais

Nos bastidores, a expectativa é de que Carla Zambelli traga recados do presidente Jair Bolsonaro para apaziguar a disputa local. 

Se em outros estados o presidente enfrenta uma dura disputa com a esquerda, em Mato Grosso do Sul o problema é outro: um palanque ajustado oficialmente por ele, com Eduardo Riedel (PSDB) como pré-candidato ao governo e sua ex-ministra da Agricultura Tereza Cristina (PP) como candidata ao senado, e um outro extraoficial, em que o deputado estadual Capitão Contar se coloca na disputa para o governo.  

O Correio do Estado apurou que o PL, partido sobre o qual Jair Bolsonaro tem controle em Mato Grosso do Sul desde que Rodolfo Nogueira, muito leal ao Coronel David, assumiu a presidência, está majoritariamente “fechado” com Tereza Cristina. Neste mês, Riedel e a ex-ministra estiveram com Bolsonaro.  

Antes das convenções, Bolsonaro deve oficializar Eduardo Riedel como seu candidato a governador, caso a candidatura de Contar continue causando divisões na direita do Estado. 

ORDEM DOS ADVOGADOS

Eleição da OAB no Estado leva hoje às urnas 12,3 mil advogados aptos a votar

Os candidatos são Bitto Pereira, da chapa 22 ("Pelo Futuro da OAB"), e Lucas Rosa, da chapa 11 ("Renovação: OAB de Todos")

22/11/2024 07h53

Os advogados Bitto Pereira, da chapa 22, e Lucas Rosa, da chapa 11, disputam a presidência da OAB-MS

Os advogados Bitto Pereira, da chapa 22, e Lucas Rosa, da chapa 11, disputam a presidência da OAB-MS Foto: Montagem

Continue Lendo...

Das 9h às 17h de hoje, os 12.380 advogados do Estado aptos a votar – que não têm condenação disciplinar e estão em dia com a tesouraria – vão às urnas para eleger o próximo presidente da Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso do Sul (OAB-MS) para o triênio 2025-2027, que na eleição deste ano tem como candidatos Bitto Pereira, da chapa 22 (“Pelo Futuro da OAB”), que tentará a reeleição, e Lucas Rosa, da chapa 11 (“Renovação: OAB de Todos”).

Ao todo, são 31 subseções em Mato Grosso do Sul. Além do presidente, os advogados vão eleger o Conselho Seccional e sua diretoria, o Conselho Federal, a diretoria da Caixa de Assistência dos Advogados (CAAMS) e as diretorias e conselhos subseccionais. 

Para votar, os advogados devem levar o Cartão de Identidade Profissional ou um dos seguintes documentos: Carteira de Identidade Nacional (CIN), Carteira Nacional de Habilitação (CNH), Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) e Passaporte.

As chapas para o Conselho Seccional são compostas por 45 conselheiros seccionais titulares, incluídos os membros da diretoria e com indicação nominal desses, e 45 suplentes, três conselheiros federais titulares e três conselheiros federais suplentes e cinco membros para a composição da diretoria da CAAMS.

Os vencedores do pleito vão tomar posse no dia 1º de janeiro de 2025 para o exercício do mandato trienal em sessão ordinária realizada no Plenário do Conselho Federal, presidida pelo presidente eleito, após prestarem o compromisso legal. 

O advogado que não comparecer ao local de votação fica sujeito à multa, equivalente a 20% do valor da anuidade. Em caso de ausência, ela deve ser justificada, por escrito, dentro do prazo de 30 dias, contados a partir do dia útil seguinte à data da eleição – ou seja, até 6 de janeiro de 2025.

Em Campo Grande, a votação será na sede da OAB-MS, que fica na Avenida Mato Grosso, nº 4.700, Centro, enquanto os locais das 31 subseções podem ser consultados no site da oabms.org.br/eleicao-oab/. Como serão utilizadas urnas eletrônicas, o resultado das eleições está previsto para sair até as 18h de hoje.

EXPECTATIVAS

O atual presidente da OAB-MS, Bitto Pereira, disse ao Correio do Estado que está otimista para a eleição de hoje.

“Diante de todo o trabalho que nós fizemos ao longo dos três anos, tanto em Campo Grande quanto em todas as 31 subseções, a expectativa é de que tenhamos uma maiúscula vitória”, projetou.

Ele completou ter certeza de que a advocacia sul-mato-grossense saberá reconhecer o trabalho feito por sua gestão.

“Atuamos em todas as frentes, abordando as prerrogativas e os honorários dos advogados, a Escola Nacional da Advocacia [ESA] e a Caixa de Assistência dos Advogados. Enfim, trabalhamos unidos por uma advocacia forte e respeitada”, assegurou, completando que sua principal bandeira é o empreendedorismo na advocacia.

Já o advogado Lucas Rosa revelou ao Correio do Estado que a expectativa é que toda advocacia exerça seu sagrado direito de escolher seus dirigentes.

“Especialmente porque o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul [TJMS] acolheu um pleito da Associação dos Advogados de Mato Grosso do Sul [AAMS] de suspensão de todos os prazos e de todos os atos judiciais das audiências e dos julgamentos para que todos advogados possam votar presencialmente, como deve ser”, ressaltou.

Em razão disso, ele ressaltou que a expectativa é que a advocacia exerça esse direito ao voto, opine, escolha seus dirigentes e não deixe de votar.

“Não votem nulo, não votem em branco, mas escolha efetivamente a liderança. E no meu caso, especificamente, o nosso desejo é de renovação e de restauração da ordem para que volte a ser o que sempre foi e para que volte a ser o que ela era. Afinal, atualmente, a gente está se afastando do debate público, do dia a dia do advogado, e sem alternância de poder”, criticou.

Saiba

Eleitorado é maior do que em 42 cidades

Os 12.380 advogados aptos a votar na eleição da OAB-MS é maior do que o eleitorado de 42 municípios de Mato Grosso do Sul. Na prática, o número de advogados que podem votar no pleito de hoje é superior ao de 53% dos 79 municípios sul-mato-grossenses.

OPERAÇÃO

Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes "faz tudo o que não diz a lei"

PF indiciou 37 pessoas por tentativa de golpe de estado

21/11/2024 20h00

Foto: Senado

Continue Lendo...

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

"Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar", disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). "O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei", criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

*Com informações da Agência Brasil

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).