Política

ELEIÇÕES 2026

Valdemar deixa nas mãos de Azambuja definição sobre candidaturas ao Senado

O presidente nacional do PL disse que caberá ao ex-governador lançar um ou dois candidatos aos cargos de senadores

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O presidente nacional do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, confirmou ontem, com exclusividade ao Correio do Estado, que em Mato Grosso do Sul a definição sobre as chapas majoritárias e proporcionais ficará nas mãos do ex-governador Reinaldo Azambuja.

Na manhã do dia 21, este assume o comando da legenda no Estado durante ato político no Ondara Buffet Palace, localizado na Avenida Desembargador Leão Neto do Carmo, nº 1.464, no Jardim Veraneio, em Campo Grande.

A liderança nacional do PL explicou para a reportagem que desde a prisão domiciliar do ex-presidente da República Jair Messias Bolsonaro já tratou sobre os candidatos do partido ao Senado nas 27 unidades da Federação pelo menos uma vez com a principal figura da legenda e, nesta semana, terá mais uma reunião para discutir essa questão, sendo que recebeu na semana passada a autorização do Supremo Tribunal Federal (STF) para visitá-lo.

Com relação a Mato Grosso do Sul, Valdemar Costa Neto disse que o assunto já foi pacificado com o futuro presidente estadual do PL, cabendo a Azambuja definir essa questão sem interferência da executiva nacional, que focará a atenção em, ao menos, quatro estados: São Paulo, Santa Catarina, Minas Gerais e Mato Grosso.

PESQUISAS

Já Reinaldo Azambuja disse ontem ao Correio do Estado que, com base nas pesquisas de intenções de votos qualitativas e quantitativas, tomará a melhor solução e que, no caso de disputa pelo cargo de governador o martelo já está batido, ou seja, o PL vai apoiar a reeleição de Eduardo Riedel (PP).

Com relação ao Senado Federal, o ex-governador disse que, no momento, o PL tem bons nomes para lançar dois candidatos aos cargos de senadores da República por Mato Grosso do Sul, isto é, o próprio nome, o do deputado federal Marcos Pollon e o da vice-prefeita de Dourados, Gianni Nogueira.

Além disso, ele ainda informou à reportagem que a legenda também poderá escolher por lançar apenas um candidato ao Senado, abrindo a segunda vaga para os partidos que fazem parte do arco de aliança da direita e centro-direita.

Nesse caso, Azambuja citou os nomes do presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Gerson Claro (PP) e do senador Nelsinho Trad (PSD).

CAPITÃO CONTAR

Entretanto, o Correio do Estado apurou que outro nome que poderia entrar nessa equação seria o do ex-deputado estadual Capitão Contar (PRTB), que pode trocar o atual partido pelo PL e, dessa forma, fazer com que a legenda lance dois candidatos ao Senado em 2026.

Sobre essa possibilidade, Azambuja não confirmou e apenas informou que não teria conhecimento dessa possível vinda do Capitão Contar para o PL. Ele só reforçou que o combinado com o ex-presidente da República Jair Messias Bolsonaro e com o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, é que a escolha utilize como critérios as pesquisas quantitativas e qualitativas.

“Os melhores nomes serão os escolhidos para a disputa pelas duas vagas ao Senado Federal nas eleições do próximo ano. O objetivo da executiva nacional do PL é eleger dois senadores que tenham afinidade com as pautas da direita para o Brasil”, declarou o ex-governador, referindo-se às ações de mobilização da direita contra ministros do STF.

NOVA REUNIÃO

O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, pediu autorização para um novo encontro com Jair Bolsonaro nesta semana, pois a condenação a mais de 27 anos de prisão em regime fechado acendeu o alerta no partido por definições urgentes em relação às candidaturas ao Senado para o próximo ano.

Além do cumprimento da pena pelo ex-presidente, pesa o agravamento recente do seu quadro de saúde, o que acelera a necessidade de definições que dependem do aval do patriarca do clã Bolsonaro.

Como em Mato Grosso do Sul o cenário já está pacificado, conforme Valdemar e Azambuja informaram ao Correio do Estado, as candidaturas de ao menos quatro estados, entre eles São Paulo, precisam ser definidas.

No maior colégio eleitoral do País, a composição da chapa da direita tem o nome do secretário estadual de Segurança Pública do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos), Guilherme Derrite (PP), dada como certa.

A escolha pelo outro nome, entretanto, ainda é motivo de disputa entre dois nomes ligados à bancada evangélica: por um lado, há quem defenda o nome do deputado federal Pastor Marco Feliciano, seu fiel aliado. Em outra frente, Bolsonaro vê com simpatia a possibilidade de uma composição com o deputado federal Cezinha de Madureira (PSD), como forma de atrair eleitores de centro para o seu palanque.

Cezinha foi coordenador da bancada evangélica na Câmara dos Deputados e esteve presente em atos de desagravo ao ex-presidente Bolsonaro, apesar de manter boa interlocução com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Seja quem for o nome escolhido, Bolsonaro faz questão de também opinar quanto ao possível suplente dos candidatos ao Senado, já que pretende fazer maioria na Casa de Leis para mobilizar ações contra ministros do STF.

PRIMEIRO ENCONTRO

No primeiro encontro dos dois na prisão domiciliar, no fim do mês passado, foi alinhado que seria necessário pensar no cenário da eleição de São Paulo sem o deputado federal Eduardo Bolsonaro. Favorito no estado, Eduardo está nos Estados Unidos desde março e corre risco de perder o mandato por faltas.

Durante o encontro, Valdemar ponderou que Eduardo dificilmente conseguirá se viabilizar. Há receio de que, caso retorne ao Brasil, possa ser preso, uma vez que é investigado por articular sanções a autoridades brasileiras.

Na lista de definições que Valdemar precisará ter com Bolsonaro também está a vaga restante para o Senado em Santa Catarina.

O estado comandado pelo governador Jorginho Mello (PL) terá a candidatura do hoje vereador pelo Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro (PL), filho do ex-presidente Bolsonaro, que mudará o seu domicílio eleitoral.

Desta forma, há disputa pela segunda vaga: o senador Esperidião Amin (PP) avança como favorito no duelo para se manter no cargo, contra a postulação da deputada federal Caroline de Toni (PL).

Amin é visto como um nome que permite mais palanques no estado e amplia o eleitorado para a chapa. Além disso, é visto com simpatia por Jorginho Mello. Em Minas Gerais, os deputados federais Domingos Sávio (PL) e Eros Biondini (PL) disputam a indicação de Bolsonaro para disputar o Senado.

Por lá, a possibilidade de dois nomes do PL concorrerem ao Senado é considerada remota. Bolsonaro já externou a necessidade de ampliar palanques no estado compondo com um candidato de outro partido.

MATO GROSSO

No vizinho Mato Grosso, três nomes correm na mesma raia. Entre eles, está o do governador Mauro Mendes (União Brasil), que deve ter o apoio de Bolsonaro. O segundo apoio é disputado pelo deputado federal José Medeiros (PL) e pela emedebista Janaina Riva.

Enquanto ele é defendido por alguns por representar o “bolsonarismo raiz” no estado, ela é vista como potencial puxadora de votos entre as mulheres e melhor cotada nas pesquisas de intenção de votos.

Os encontros em meio à prisão domiciliar e agora condenação indicam que o partido pretende manter Bolsonaro como parte central de sua estratégia eleitoral, alinhando candidaturas estaduais e chapas proporcionais com ele.

ELEIÇÕES 2026

Pressionada pelo PL, União Progressista terá de lançar pré-candidato ao Senado

Com Azambuja e Contar no páreo, PP e União Brasil ficam praticamente obrigados a lançar um nome para concorrer

06/12/2025 08h20

O deputado estadual Gerson Claro (PP) ou o secretário de Estado Jaime Verruck (PSD) pode ser o escolhido

O deputado estadual Gerson Claro (PP) ou o secretário de Estado Jaime Verruck (PSD) pode ser o escolhido Montagem

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Com a provável chapa pura do PL para disputar as duas vagas ao Senado por Mato Grosso do Sul, já que, até o momento, são pré-candidatos pelo partido o ex-governador Reinaldo Azambuja e o ex-deputado estadual Capitão Contar, a Federação União Progressista, formada pelo PP e o União Brasil, será obrigada a lançar pelo menos um pré-candidato ao cargo.

A informação foi passada ao Correio do Estado por uma fonte da própria federação, revelando ainda que o nome poderá ser o presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, deputado estadual Gerson Claro (PP), ou o secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação, Jaime Verruck (PSD), que teria sido convidado a fazer parte dos progressistas.

A União Progressista lançará apenas um pré-candidato ao Senado porque tem o compromisso de apoiar a eleição de Azambuja, porém, como o PL caminha para ter dois pré-candidatos ao Senado, a federação terá de formar uma “aliança branca”, ou seja, fazer um acordo eleitoral informal com a legenda à qual, oficialmente, não estará coligada.

Por meio dessa informalidade, PP e União Brasil poderão pedir votos para o próprio candidato a senador e também para Azambuja e vice-versa, sem a necessidade de um documento de coligação formal registrado na Justiça Eleitoral que una os partidos em todos os níveis da disputa.

Esse tipo de aliança permite que diretórios regionais apoiem candidatos que seriam vetados pelas executivas nacionais, contornando, por vezes, regras de verticalização, que exigem alinhamento das coligações em diferentes níveis.

Na prática, o partido pode lançar um candidato próprio, mas orientar, de forma velada ou explícita, seus eleitores a votarem no candidato de outra legenda. Isto é, a Federação União Progressista pedirá para que os seus eleitores destinem o primeiro voto para Gerson Claro ou Jaime Verruck e o segundo, para Azambuja.

DISPUTA

Pacificada a questão da federação lançar um pré-candidato ao Senado nas eleições do próximo ano, o imbróglio ficará na definição do nome, pois Gerson Claro já está no PP e tem demonstrado desde o início do ano o desejo de ser o escolhido para ser o representante.

Procurado pelo Correio do Estado, o presidente da Assembleia Legislativa disse que não sabia dessa provável configuração para o pleito de 2026.

“Eu só posso afirmar que estou trabalhando para ser o candidato da federação ao Senado Federal”, afirmou.

O secretário Jaime Verruck também foi procurado pela reportagem, mas preferiu não comentar nada, revelando apenas que tem interesse em ser pré-candidato a senador da República pelo PSD, partido em que está filiado desde março do ano passado.

Ele já teria até anunciado a data em que vai se desincompatibilizar do cargo de secretário de Estado (30 de março de 2026) para disputar uma das duas cadeiras ao Senado pelo grupo político do governador Eduardo Riedel (PP).

No entanto, se ficar no PSD, Verruck terá problemas internos para resolver, afinal, a sigla é presidida no Estado pelo senador Nelsinho Trad, que tentará a reeleição e, portanto, poderá inviabilizar a candidatura do secretário pela legenda, o que poderia obrigá-lo a trocar de partido.

Por isso, a ida de Verruck para o PP está muito próxima e, caso o escolhido para representar a Federação União Progressista seja Gerson Claro, o secretário poderá acabar disputando uma cadeira na Câmara dos Deputados.

O Correio do Estado ainda procurou a presidente estadual do PP e também da federação, senadora Tereza Cristina, porém, não houve retorno até o fechamento desta edição. Em tempo, PP e União Brasil já entregaram ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o protocolo com o requerimento de registro de federação partidária.

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Política

Flávio anuncia que Bolsonaro o escolheu como candidato a presidente da República em 2026

Antes de falar publicamente sobre o assunto, o senador avisou ao Partido Liberal e ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), sobre a decisão de Bolsonaro

05/12/2025 15h37

Flávio Bolsonaro

Flávio Bolsonaro Agência Brasil / Tânia Rêgo

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O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) anunciou nesta sexta-feira, 5, que seu pai, Jair Bolsonaro (PL), confirmou que ele será o candidato a presidente do grupo em 2026. "É com grande responsabilidade que confirmo a decisão da maior liderança política e moral do Brasil, Jair Messias Bolsonaro, de me conferir a missão de dar continuidade ao nosso projeto de nação", escreveu Flávio em uma publicação no X.

Antes de falar publicamente sobre o assunto, o senador avisou ao Partido Liberal e ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), sobre a decisão de Bolsonaro.

A informação foi antecipada pelo site Metrópoles. O Estadão confirmou que o senador conversou com Tarcísio nesta semana para tratar do assunto. O presidente nacional da sigla, Valdemar Costa Neto, disse estar a par da articulação.

"Flávio me disse que o nosso capitão ratificou sua candidatura. Bolsonaro falou, está falado. Estamos juntos", afirmou Valdemar

Na publicação nas redes sociais, o filho "01" do ex-presidente disse que o País vive dias difíceis e que não pode se conformar em vê-lo caminhar para tempos de instabilidade, insegurança e desânimo.

Ele também afirmou que não ficará de braços cruzados vendo a democracia sucumbir. Bolsonaro está preso na Superintendência Regional da Polícia Federal em Brasília desde 25 de novembro, cumprindo a pena de 27 anos e três meses de prisão por tentativa de golpe de Estado.

"Eu me coloco diante de Deus e diante do Brasil para cumprir essa missão. E sei que Ele irá à frente, abrindo portas, derrubando muralhas e guiando cada passo dessa jornada", concluiu Flávio.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), tem autorizado visitas periódicas ao ex-presidente, especialmente de sua família. Na terça-feira, Flávio esteve com o pai, mas não mencionou qualquer conversa sobre candidatura à Presidência da República.

Membros da cúpula do PL dizem ver a informação com ressalvas, e que acreditam se tratar de um balão de ensaio para tanto inflar quanto testar o nome de Flávio a nível nacional. A escolha definitiva, para alguns, será tomada mais adiante.

Uma pessoa ligada à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) rechaça a escolha de Flávio e diz que Bolsonaro não teria tomado tal decisão sem consultar a esposa. E questiona a razão de o ex-presidente "não ter confidenciado para a Michelle, mas para outra pessoa, sem falar para a esposa, ainda mais depois do ocorrido na última semana".

A informação surge dias após um racha entre Michelle e os filhos Flávio, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ). O estopim da briga pública foi uma crítica da ex-primeira-dama à articulação feita pelo PL cearense, chefiado pelo deputado federal André Fernandes, para apoiar o ex-presidenciável Ciro Gomes na disputa contra o PL pelo governo do Estado.

Os três filhos saíram em defesa de Fernandes, alegando que a articulação teve aval de Bolsonaro, e Flávio chamou a postura da madrasta de "arrogante e autoritária". Após a visita ao pai na segunda-feira, o senador disse ter pedido desculpas a Michelle.

No dia seguinte, o PL fez uma reunião de emergência para colocar panos quentes na crise, e o acordo com Ciro foi suspenso por tempo indeterminado - o que foi lido por alguns como vitória parcial de Michelle sobre os enteados.

A crise pública que teve a formação de alianças eleitorais como pivô aconteceu uma semana depois de o bolsonarismo cerrar fileiras, numa reunião a portas fechadas em 24 de novembro, para defender um alinhamento de discurso em defesa de Bolsonaro, que havia acabado de ser preso preventivamente.

Em seu discurso na ocasião, Michelle criticou os correligionários que atacam os colegas nas redes sociais, afirmou que a "roupa suja" deve ser lavada em casa, e pediu maior alinhamento em torno de Bolsonaro. O que foi debatido naquele encontro, entretanto, veio a ruir com a exposição das divergências feita em Fortaleza.

Já Flávio foi ungido o porta-voz oficial do pai. Sem Eduardo, autoexilado nos Estados Unidos, e mais próximo do ex-presidente do que o outro irmão Carlos, que mora no Rio de Janeiro, o senador ocupa um espaço privilegiado, com mandato, holofotes e acesso à PF para trazer e levar informações do mundo externo.

A decisão do PL de dar o posto de tamanha influência a Flávio contrasta com a avaliação que o irmão Eduardo faz do poder de todos os membros da família de representar a voz do ex-presidente.

"Enquanto durar a prisão do Bolsonaro, sempre vai haver essa confusão de quem fala por ele, quem fala, quem não fala. Tanto o Flávio como o Carlos, a Michelle, são próximos do meu pai e vão ter acesso a ele. Eu acho importante que sigam tendo essa proximidade pelo ponto de vista principalmente emocional", declarou Eduardo em entrevista ao Estadão.

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