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TRANSPORTE

Prefeito diz que não pagará R$ 30 milhões a consórcio, mas Agereg fará conta de novo valor

Marcos Trad afirmou que esse valor é muito alto e que comissão da prefeitura está analisando a necessidade do auxílio solicitado

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O prefeito de Campo Grande, Marcos Trad (PSD), afirmou que não pagará o valor de R$ 30 milhões pedido pelo Consórcio Guaicurus como forma de ressarcimento pelo prejuízo que diz ter tido durante a pandemia de Covid-19, quando alegam que perderam passageiros e tiveram queda de rendimento. 

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O concessionário afirma que o valor também corresponde à alta do óleo diesel. Mesmo assim, o chefe do Executivo da Capital afirmou que esperará o montante estipulado pelo conselho da Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos (Agereg). Ou seja, o pedido pode ser acatado, mas em outra quantia.  

De acordo com o prefeito, o valor atualmente pleiteado pelas empresas é muito alto.

“Eles pedem um valor acima, e eu estou aguardando o valor decidido pelo conselho da Agereg, então, não vou pagar. Eles entraram com uma ação alegando que a retomada do Imposto Sobre Serviços [ISS] não foi considerada nos cálculos do preço da tarifa”, afirmou Trad.  

O mandado de segurança foi movido pelo concessionário contra a prefeitura e a Agereg porque, de acordo com o consórcio, foram expedidos 12 ofícios pedindo esse valor e justificando a necessidade dele, mas não houve resposta em nenhum.  

Dessa forma, o operador do transporte público apelou na 2ª Vara de Fazenda Pública de Campo Grande, pedindo o valor. 

O poder público tem 15 dias para responder, a contar de 26 de outubro. O prazo ainda está correndo.  

Em setembro, o Consórcio Guaicurus já havia ingressado com outra ação, alegando que a retomada do ISS não foi considerada no aumento da tarifa do transporte público. 

A ação reivindicava o recálculo imediato da tarifa de ônibus na Capital, que hoje custa R$ 4,20.  

O diretor-presidente da Agereg, Odilon de Oliveira Júnior, afirmou que o órgão ainda não foi notificado se houve algum andamento na ação sobre a nova tarifa. 

Ele ainda garante que, assim que forem notificados, vão analisar toda a situação.  

“A Agereg vai analisar, mas precisamos saber o que é pedido na ação. O cálculo da tarifa de ônibus é complexo, ainda mais agora, por conta da pandemia”, disse.  

Sobre o pedido de R$ 30 milhões e a análise que o prefeito afirmou que a Agereg vai fazer, o diretor-presidente limitou-se a dizer que ainda não sabe se a prefeitura pagará algum valor ao consórcio.

MULTA

A empresa responsável pelo serviço de transporte público, entretanto, coleciona uma séria de infrações ao contrato de concessão, em um desses casos, em agosto de 2020, o Consórcio Guaicurus foi multado em R$ 12 milhões pela prefeitura, por meio da Agereg, por descumprir a obrigatoriedade de contratação de seguro de responsabilidade civil, geral e de veículos. 

Antes da multa a empresa tinha sido notificada, mas não realizou a contratação.  

O consórcio é formado pelas viações Cidade Morena, São Francisco, Jaguar e Campo Grande, que operam todo o transporte público da cidade.  

CPI DO CONSÓRCIO

Amanhã haverá uma reunião fechada com os parlamentares da Câmara Municipal para debater os problemas envolvendo o transporte público de Campo Grande.  

A possibilidade de se abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) contra o Consórcio Guaicurus voltou a ser considerada, mas dessa vez o pedido não será instaurado por um parlamentar, mas, sim, pela Casa de Leis.  

Caso a instauração do inquérito seja aprovada, o início dos trabalhos deverá ser em 2022.  

Para que se dê início à investigação é necessário que se recolha 10 assinaturas de vereadores. 

Como o Correio do Estado já mencionou, um novo requerimento está sendo elaborado em paralelo e, até o momento, sete parlamentares já assinaram. 

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INTERNACIONAL

Homem atropela multidão em rua de Nova Orleans e mata pelo menos 10

Depois de atropelar a multidão, o motorista desceu do veículo disparando uma arma de fogo

01/01/2025 20h00

O ataque aconteceu por volta das 3h do horário local. Segundo a polícia, um homem vestindo

O ataque aconteceu por volta das 3h do horário local. Segundo a polícia, um homem vestindo "equipamento militar" acelerou uma caminhonete contra pessoas que celebravam a virada do ano Foto: Reprodução

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Um homem jogou um carro contra uma multidão nesta quarta-feira (1º) em uma rua turística de Nova Orleans, nos Estados Unidos, matando pelo menos dez pessoas e ferindo mais de 35 nas primeiras horas de 2025, segundo autoridades locais. Ele foi morto pela polícia logo depois.

O ataque aconteceu por volta das 3h do horário local. Segundo a polícia, um homem vestindo "equipamento militar" acelerou uma caminhonete contra pessoas que celebravam a virada do ano na Bourbon Street, famosa rua do chamado Bairro Francês, uma das principais atrações turísticas da cidade.

Depois de atropelar a multidão, o motorista desceu do veículo disparando uma arma de fogo, com policiais atirando de volta -devido às celebrações de Ano-Novo, mais de 300 policiais estavam patrulhando a cidade no momento do ataque.

A chefe da polícia de Nova Orleans, Anne Kirkpatrick, disse que o homem atingiu dois agentes ao sair do veículo e que estava "completamente determinado a causar a carnificina e destruição que causou". Os policiais estão em situação estável.

O FBI, a polícia federal americana, informou que o motorista era um cidadão dos EUA nascido no estado do Texas e que carregava consigo uma bandeira do Estado Islâmico, o grupo terrorista ativo no Oriente Médio. O órgão disse ainda que encontrou e neutralizou duas bombas caseiras e que acredita que o autor do ataque não agiu sozinho.

A prefeita de Nova Orleans, a democrata LaToya Cantrell, chamou o ocorrido de um ataque terrorista. O governador da Louisiana, o republicano Jeff Landry, disse em uma publicação no X que "um terrível ato de violência aconteceu na Bourbon Street", pedindo que as pessoas evitem a região.

Já a Casa Branca disse em nota que o presidente Joe Biden foi informado do ataque e está em contato com as autoridades locais, tendo conversado por telefone com Cantrell e oferecido "todo o apoio" do governo federal.

"Pedi que minha equipe utilize todo recurso disponível ao longo do trabalho das autoridades para entender o que houve o mais rápido possível e se certificar de que não há mais nenhuma ameaça", disse Biden em nota.

O secretário de Justiça dos EUA, Merrick Garland, que também é responsável pelo FBI, disse que as agências de segurança do governo atuarão no caso de terrorismo. "Meu coração está partido por todos aqueles que começaram o ano descobrindo que seus entes queridos perderam a vida nesse ataque terrível", disse.

Donald Trump, que assume a Presidência dos EUA no próximo dia 20, disse que seu futuro governo "apoiará completamente a cidade de Nova Orleans enquanto se recupera desse ato de maldade pura" e relacionou o ocorrido à imigração ilegal, apesar de não haver informações de que o autor do ataque fosse imigrante.

"Quando eu disse que criminosos entrando no nosso país são muito piores do que os criminosos que já estão aqui, o Partido Democrata e a mídia fake news refutaram essa frase constantemente, mas acontece que ela é verdadeira", escreveu Trump, a despeito do que já se sabe sobre o caso.

A chefe da polícia local afirmou que a maioria das vítimas no ataque era residente de Nova Orleans, não turistas. A economia da cidade depende do turismo, motivado pela história da região como berço do jazz e pelas celebrações de carnaval.

Além disso, Nova Orleans é conhecida por organizar grandes eventos -o Super Bowl, final da temporada de futebol americano e um dos maiores eventos esportivos do mundo, está marcado para acontecer lá em fevereiro.

Incidentes semelhantes já atingiram a cidade no passado. Em novembro de 2024, duas pessoas morreram e dez ficaram feridas em um tiroteio durante um desfile. Já em fevereiro de 2017, um homem atingiu uma multidão de turistas com uma caminhonete, ferindo mais de 20 pessoas. Segundo a polícia, ele teria usado uma alta quantidade de drogas.

SAÚDE

Governo Federal destinará R$ 262 mil para estruturar Assistência Farmacêutica em MS

Este recurso vai beneficiar os municípios de Angélica, Brasilândia, Camapuã e Corumbá

01/01/2025 18h00

O aporte federal para farmácias de postos de saúde têm como objetivo o aprimoramento da infraestrutura local com aquisição de mobiliário e equipamentos

O aporte federal para farmácias de postos de saúde têm como objetivo o aprimoramento da infraestrutura local com aquisição de mobiliário e equipamentos Foto: Álvaro Resende / Arquivo Correio do Estado

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Investindo em qualificação das estruturas centrais de abastecimento farmacêutico, o Ministério da Saúde anunciou a destinação de R$ 262 mil para melhorar a Assistência Farmacêutica de municípios do Mato Grosso do Sul.

Segundo o ministério, esse recurso será repassado para o sistema de saúde dos municípios de Angélica, Brasilândia, Camapuã e Corumbá.

Os recursos devem ser investidos para a aquisição de mobiliário, equipamentos, computadores e para a estruturação das centrais de abastecimento farmacêutico e das farmácias das Unidades Básicas de Saúde (UBS), como parte do Programa Nacional de Qualificação da Assistência Farmacêutica (Qualifar-SUS). 

O aporte federal também têm como objetivo o aprimoramento da infraestrutura local, garantindo, assim, a continuidade dos serviços farmacêuticos à população.

Nacionalmente o Ministério da Saúde vai investir mais de R$ 4 milhões para fortalecer a Assistência Farmacêutica no Brasil, beneficiando 83 novos municípios.

PROGRAMA

Na atual gestão foram investidos mais de R$ 23 milhões na área farmacêutica em 2023, habilitando 350 municípios. Em 2024, com um investimento aproximado de R$ 30 milhões, o Qualifar-SUS habilitou 511 novos municípios, totalizando 861 novas habilitações e um investimento superior a R$ 53 milhões. Desde 2019, a pasta não realizava novas habilitações.  

Até 2027, o Governo Federal pretende habilitar 100% dos municípios brasileiros ao programa. Para isso, a Saúde tem articulado junto ao Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) para que o Qualifar-SUS ganhe cada vez mais capilaridade no território nacional.  

Criado em 2012, o programa Qualifar-SUS é dividido em quatro eixos: Estrutura, Educação, Informação e Cuidado.

O objetivo principal é contribuir para o aprimoramento, implementação e integração das atividades de assistência farmacêutica nas ações e serviços de saúde. Desde sua criação, o Ministério da Saúde já investiu mais de R$ 624,9 milhões na estruturação dos serviços farmacêuticos nos municípios brasileiros. 

Até o momento, 4.369 municípios, abrangendo baixo, médio e alto Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), foram habilitados no eixo Estrutura do Qualifar-SUS, representando 78% dos municípios brasileiros. 

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