Cidades

AMEAÇA DE SURTO

Com 2º caso de sarampo confirmado, faltam vacinas na rede privada de MS

Imunização está sendo feita apenas na rede pública de saúde; secretaria garante que há estoque

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Mato Grosso do Sul registrou ontem o segundo caso confirmado de sarampo. Desta vez, a vítima é um bebê, de 10 meses, que mora em Campo Grande. Outro caso já havia sido registrado em Três Lagoas, num homem, de 52 anos. Com o avanço da doença, muitas pessoas têm procurado clínicas particulares para tomar a vacina. No entanto, os estabelecimentos estão com os estoques zerados desde o mês de julho. Na rede pública, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) garante que não faltam vacinas no estoque, apenas “falhas pontuais, por questões de logística”.

Conforme o médico pediatra Alberto Jorge, que é diretor técnico de uma clínica de imunização na Capital, a vacina está em falta há meses e não há previsão de chegada de doses para a rede particular. “Já estamos há algum tempo sem a vacina, porque a demanda está muito grande. Imagino que o Ministério da Saúde tenha uma cota de compras e aí falta para as clínicas privadas, realmente está em falta em todo o País. Quem precisar se imunizar precisa procurar um posto de saúde público e é importante fazer isso logo”, alerta o médico.

O Correio do Estado procurou pela vacina nas três  maiores clínicas da Capital e em nenhuma delas havia a tríplice viral, que custa, em média, R$105, nem a tetraviral, cujo valor é de aproximadamente R$ 320. 

Ainda de acordo com o médico, diante do surto da doença em estados vizinhos, é inevitável que o sarampo atinja a população de Mato Grosso do Sul. “Com certeza, é motivo para preocupação, porque o sarampo é uma doença viral, altamente contagiosa, como está numa progressão muito grande na cidade de São Paulo, por exemplo, é inevitável que tenhamos casos aqui na nossa cidade e no Estado”, explica.

Segundo Jorge, a principal orientação é evitar locais públicos fechados, aglomerações e lavar as mãos, além disso, ao menor dos sintomas, o paciente deve procurar um médico. “Em qualquer caso de febre persistente, vermelhidão nos olhos, coriza, manchas na pele, melhor procurar ajuda médica. Porque é uma doença contagiosa e pode causar complicações, como encefalite e pneumonia, além de levar à morte”, diz.

REDE PÚBLICA

A Sesau informou que a vacina está disponível em todas as unidades de saúde da Capital, com exceção de uma dose específica para crianças de seis a nove meses, que é aplicada em unidades de referência. A secretaria afirmou que “podem ocorrer falhas pontuais, por questões de logística”. “Por exemplo, a pessoa pode chegar a uma unidade e não ter vacina naquele momento, mas o estoque é reabastecido imediatamente”, explicou. 

CASOS CONFIRMADOS

O primeiro caso de sarampo confirmado neste ano em Mato Grosso do Sul foi em Três Lagoas, no dia 4 de setembro. Um homem esteve em São Paulo e na volta apresentou os primeiros sintomas da doença (manchas e erupções cutâneas, sintomas típicos da doença). Segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES),  “em razão do fato de o paciente estar em Guararema (SP) durante o período de transmissibilidade, não ocorreu a circulação do vírus no município de Três Lagoas. Não há risco da transmissão do vírus referente a esse caso”, informa.

O segundo foi confirmado ontem, após testes realizados pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) sobre o caso de um bebê de 10 meses. A criança também viajou para o estado de São Paulo, em agosto, e quando voltou para Campo Grande começou a apresentar os sintomas. 

Os casos são considerados “importados”, já que as vítimas contraíram a doença fora de Mato Grosso do Sul. 
No mês de agosto, um grupo de 90 pessoas foi vacinado contra sarampo em Campo Grande, depois da descoberta de que um médico que passou uma semana na cidade estava com a doença. Apesar de o contágio ter ocorrido em São Paulo, estado de origem do paciente, as autoridades decidiram imunizar quem teve contato com ele para evitar casos por aqui. Este caso não entrou para as estatísticas de MS.

Em todo o Estado, três casos ainda estão em investigação, sendo dois deles na Capital. Foram 35 casos notificados em MS e 30 já foram descartados. 

IMUNIZAÇÃO

Por meio de nota, a Secretaria de Estado de Saúde afirmou que recebeu 23,7 mil doses extras da vacina e distribuiu aos municípios.

Todas as crianças com a faixa etária estabelecida pelo Ministério da Saúde devem receber a chamada dose zero contra o sarampo, principalmente as que vão viajar para estados com casos confirmados da doença.

No Brasil, são 2.331 casos confirmados de sarampo em 13 estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco, Santa Catarina, Distrito Federal, Bahia, Paraná, Maranhão, Rio Grande do Norte, Espírito Santo, Sergipe, Goiás e Piauí.

A vacina é a única forma de evitar o contágio da doença. Profissionais da saúde afirmam que os sintomas do sarampo aparecem em trio: 1) febre alta, acima dos 38,5°C; 2) exantema – “pintinhas vermelhas” pelo corpo, iniciando sempre pela cabeça; e 3) tosse, coriza ou conjuntivite.

acidente

Funcionário de frigorífico morre durante abate de animal em MS

Informações preliminares apontam que o trabalhador segurava uma faca, quando levou o coice de um touro e acabou perfurado pelo instrumento de trabalho

22/03/2025 18h00

Alysson Leite Custódio morreu durante trabalho em frigorífico

Alysson Leite Custódio morreu durante trabalho em frigorífico Foto: Reprodução

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Alysson Leite Custódio, 21 anos, morreu durante o trabalho em um frigorífico, nessa sexta-feira  (21), em Naviraí. O jovem atuava no setor de matança de bovinos do frigorífico JBS.

De acordo com informações do site Sul News, informações apontam que o rapaz trabalhava no abate de um touro, quando o animal teria dado um coice.

O funcionário estava com um faca e, no momento do coice do animal, o instrumento de trabalho foi atingido e acabou perfurando o rapaz na região do pescoço.

Alysson chegou a ser socorrido e encaminhado ao Hospital Municipal, mas não resistiu ao ferimento e morreu antes de dar entrada na unidade de saúde.

Os trabalhos no frigorífigo foram suspensos temporariamente para os trabalhos da perícia e demais levantamentos da Polícia Civil, que investiga o caso.

Em nota, a JBS lamentou o ocorrido e disse que está prestando toda a assistência à família do funcionário.

Confira a nota na íntegra:

“A JBS lamenta profundamente o falecimento de um de seus colaboradores da unidade de Naviraí. A companhia se solidariza com os familiares e amigos neste momento de dor e informa que está prestando toda assistência necessária à família“. 

Acidentes de trabalho

De acordo com levantamento mais recente realizado pelo Observatório de Saúde e Segurança do Trabalho, com dados de 2012 a 2022, uma pessoa morre vítima de acidente de trabalho a cada 3 horas no Brasil.

De acordo com o estudo, o País contabilizou mais de 7 milhões de acidentes de trabalho com trabalhadores registrados no regime CLT no período. 

Desse total, mais de 28 mil resultaram em morte, sendo 223 em Mato Grosso do Sul, e mais de R$ 150 milhões foram gastos com afastamentos de funcionários por conta dos acidentes.

Os acidentes mais frequentes envolvem corte, laceração, ferida contusa, punctura, fratura, contusão, esmagamento, distensão e torção.

Entre as atividades mais envolvidas, a área hospitalar tem destaque com mais de 80 mil notificações.

Cidades

Frente fria se afasta e primeira semana do outono terá temporais em MS

Calor predomina e há alerta de tempestades para algumas regiões do Estado a partir de segunda-feira (23)

22/03/2025 17h30

Mato Grosso do Sul terá chuvas fortes durante a semana

Mato Grosso do Sul terá chuvas fortes durante a semana Foto: Gerson Oliveira

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Uma frente fria que chegou a Mato Grosso do Sul na primeira quinzena do mês se afasta definitivamente nesta primeira semana do outono. As condições climáticas, no entanto, permanecem favoráveis a ocorrência de temporais em algumas regiões do Estado.

De acordo com o Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec), a previsão indica tempo com sol e variação de nebulosidade, com  chuvas de intensidade fraca a moderada na maior parte do Estado.

No entanto, pontualmente, podem ocorrer chuvas mais intensas e tempestades acompanhadas de raios, rajadas de vento e eventual queda de granizo.

São previstos acumulados significativos de chuvas acima de 40 mm em 24h, com destaque nas regiões central, sul, sudoeste, sudeste e pantaneira.

Os maiores acumulados são esperados já neste domingo (23) e na segunda-feira (24). Para estes dias, há alerta vigente do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), de perigo potencial de chuvas intensas.

Em Campo Grande, as chuvas devem ser de maior intensidade na segunda-feira, enquanto ao longo da semana a previsão indica pancadas de chuva isoladas com abertura de sol, mas não se descartam novos alertas.

Na última semana, a Capital registrou diversos alagamentos e estragos devido a um temporal, entre eles, o transbordamento e desabamento de barragem no Lago do Amor.

Ainda segundo o Cemtec, essa situação meteorológica prevista para a semana ocorre devido ao transporte de calor e umidade, aliado ao avanço de cavados.

"Além disso, a atuação de áreas de baixa pressão atmosférica favorecem a formação de instabilidades no
estado de Mato Grosso do Sul", diz o órgão, em nota.

Em relação às temperaturas, a mínima prevista é de 20°C e a máxima de 39°C. Na Capital, a temporatura oscila entre 21°C e 34°C.

Os ventos variam entre o quadrante norte e leste com valores entre 40 a60 km/h e, pontualmente, podem ocorrer rajadas de vento.

Outono

O outono começou na última quinta-feira (20) e, conforme prognóstico do Cemtec, será marcado pelas altas temperaturas e chuvas abaixo da média em Mato Grosso do Sul.

Conforme o órgão, para o próximo trimestre, tendo em vista que o outono termina em junho, a previsão indica que as temperaturas tendem a ficar acima da média histórica, favorecendo a formação de ondas de calor, durante períodos de ausência de nuvens e chuvas.

Climatologicamente, o outono é um período de transição entre o verão, que tem os meses mais quentes e úmidos na maior parte do país, e o inverno, que tem predomínio de tempo seco e passagens de grandes massas polares que podem causar queda acentuada da temperatura.

Neste período, ocorrem as primeiras incursões de massas de ar frio, vindas do sul do continente e que provocam uma queda gradativa das temperaturas ao longo da estação.

Além disso, os dias ficam mais curtos, as chuvas são menos frequentes e a umidade relativa do ar diminui gradativamente.

Conforme o prognóstico, o próximo trimestre, de abril a junho, será marcado pela estiagem, com chuvas ainda menores do que as registradas no verão, que já teve precipitações abaixo da média.

A média histórica de chuvas para a estação é de 150 a 300 mm na região centro-oeste do Estado, entre 300 a 500 mm nas regiões sul e sudeste e entre 100 a 150 mm nas regiões noroeste e nordeste do Estado. 

"De forma geral, a tendência climática indica probabilidade das chuvas ficarem abaixo da média histórica,
principalmente na metade oeste e sudeste do estado de Mato Grosso do Sul. No restante do estado, os modelos indicam irregularidades nas chuvas, onde podem ficar abaixo ou acima da média histórica", diz a previsão.

Além da estiagem, o calor também deve ser extremo, com temperaturas elevadas mesmo para o período, que já costumam ser altas.

"A tendência climática para otrimestre abril-maio-junho de 2025 indica que a temperatura do ar deve permanecer acima da média para o período, ou seja, há previsão de um trimestre mais quente que o normal em Mato Grosso do Sul", afirma o prognóstico.

 

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