Marcada para 20h do dia (09) de dezembro, no Teatro Aracy Balabanian, a apresentação de fim de ano da Fundação Barbosa Rodrigues traz um verdadeiro show para Campo Grande, com novos e velhos talentos que foram lapidados nos mais diversos projetos musicais da organização que há quase meio século estimula a cultura local.
Concerto de encerramento das atividades anuais, do projeto social de ensino de música, a noite do dia (09) dezembro traz apresentação com novos alunos dos projetos da Fundação, mas também rememora antigos talentos formados pela Fundação.
É o caso de Brenner Rosales, que chegou a representar Mato Grosso do Sul como violista da Filarmônica de Israel, e está de volta em território brasileiro, em colaboração com renomadas orquestras nacionais.
Além dele, outro músico de renome na apresentação da segunda-feira (09) é Matheus Coelho, que nos dias atuais atua como regente no Canadá, com uma trajetória internacional que reflete o impacto do projeto em sua formação.
Monitora de Projetos na Fundação Barbosa Rodrigues, Juliana Bezerra Pereira da Silva também foi "fruto" da Orquestra, mas ressalta que projetos como a "Orquestra Jovem" servem não só para despertar talentos musiciais, mas também ajuda no desenvolvimento socio emocional, além de agir até como auxílio educacional.
Passando pela turma de violino de 2015, o que ela cita ter sido uma experiência incrível, para Juliana Bezerra a "Orquestra Jovem" é uma porta a ser aberta para esse grupo de crianças entre 04 a 16 anos,.
"Não permaneci devido a ter tendinite no braço que seria de apoio do instrumento. Mas pude retornar para a Fundação em 2023, onde voltei a ter contato com esse projeto lindo que fez e faz a diferença na vida de muitas crianças e jovens, seja no auxílio educacional, seja como ajuda socioemocional, ou como perspectiva profissional para eles", afirma.
Resultados para vida
Apesar de ser instrumento de formação de novos musicos, os projetos da Fundação auxiliam não somente quem um dia sonhou em seguir carreira musical, caso de Pâmela Rodrigues, que afirma ter sua vida "completamente mudada" pela iniciativa.
"Independente de não estar seguindo com a música hoje, foi algo que me ajudou muito como pessoa, Desenvolvi uma habilidade com a música que não conhecia. Fiz amizades que levo até hoje, conheci cidades e lugares incríveis, tive experiências únicas que levo comigo na memória", expõe ela.
Ela cita que, além do aprendizado musical, a Fundação foi uma rede de apoio e incentivo do crescimento pessoal, pelo simples fato de conectar pessoas com o mesmo interesse em um espaço de colaboração.
Integrante da fase inicial da Orquestra Jovem, ela diz que leva a música hoje como um "hobby", mas de forma série, sendo fote de "paz, calmaria, conforto, alegria".
"A Orquestra Jovem sempre fará parte da minha vida e sempre é um prazer poder voltar a tocar. Esse tipo de projeto tem como missão ajudar a descobrir um propósito maior, moldar a visão de mundo. Proporciona uma experiência prática valiosa, que me ajudou na construção de confiança e no entendimento de como as ações podem ter um impacto direto na comunidade ou no mundo", completa.
Advogada, Fabíola Borges também é outro nome que passou pelo projeto da Fundação Barbosa Rodrigues e, mesmo que tenha seguido caminhos distintos da música, afirma que a arte foi sua base desde a infânica.
"Me ensinou desde criança a ter compromisso, a ser mais cuidadosa, me trouxe amigos verdadeiros que se assemelham a uma familia e fez eu enxergar o mundo de uma maneira mais artística - essa é a parte incrível. Apesar de ter seguido outro caminho profissional foi a música que me guiou até aqui", completa.
Projetos
Como bem esclarece o Maestro Eduardo Martinelli, as atividades da Fundação registraram uma expansão em suas atividades aducacionais, com mais turmas e maior amplitude de seu alcance.
Entre os cursos oferecidos na Fundação Barbosa Rodrigues aparecem:
- Coro infantil,
- Violão clássico,
- Teclado, além de
- Musicalização para pais e filhos.
Pioneira no projeto social da Fundação Barbosa Rodrigues, a musicalização para pais e filhos, por exemplo, favorece o aprendizado musical, mas também torna os laços familiares mais fortes, através de ambiente de interação e cooperação entre as gerações.
"Estudos comprovam que a educação musical compartilhada entre pais e filhos pode ter um impacto profundo no desenvolvimento emocional e cognitivo das crianças, além de promover a construção de um vínculo mais estreito e positivo entre pais e filhos. A interação durante as aulas contribui para o fortalecimento da comunicação e colaboração familiar, essencial para o desenvolvimento integral das crianças", expõe o maestro.
O Teatro Aracy Balabanian fica dentro do Centro Cultural José Octávio Guizzo, localizado Rua 26 de Agosto, número 453, localizado na região central de Campo Grande.