Polícia

MAIOR APREENSÃO DO ANO

Polícia apreende 693 kg de cocaína com selo de São Jorge

Esta é a maior apreensão do ano feita pela Polícia Civil; prejuízo ao crime organizado foi de R$ 35 milhões

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Departamento de Repressão a Corrupção e ao Crime Organizado (DRACCO), por meio da Polícia Civil (PCMS), apreendeu 693,45 kg de cocaína distribuídos em 663 tabletes e 118,75kg de maconha distribuídos em 4 fardos, na noite desta quarta-feira (10), em uma residência localizada no bairro Nova Campo Grande, na Capital.

Selo de São Jorge estava estampado na embalagem dos entorpecentes. São Jorge é um dos santos mais venerados no Catolicismo, na Igreja Ortodoxa, bem como na Comunhão Anglicana.

O prejuízo ao crime organizado foi de R$ 35 milhões. Esta é a maior apreensão do ano feita pela Polícia Civil. A segunda maior apreensão ocorreu em 22 de maio, quando 643 kg foram pegos.

Conforme apurado pela reportagem, durante a Operação Protetor de Fronteiras e Divisas, a Polícia Civil recebeu denúncias de que um veículo Fiat Strada vermelho estaria distribuindo drogas na região do Nova Campo Grande.

A equipe policial saiu em diligências pelo bairro e localizou o veículo em frente a uma residência. Ao verem a viatura, os ocupantes do carro apresentaram comportamento suspeito. Com isso, a polícia resolveu abordá-los, momento em que localizaram droga no interior do veículo.

Considerando as suspeitas, os policiais entraram na casa e visualizaram grande quantidade de tabletes de entorpecente. Após pesagem, foram constatados que havia 693,45kg de cocaína e 118,75kg de maconha.

Uma mulher, de 24 anos e um homem, de 32 anos foram presos em flagrante por tráfico de drogas e associação para o tráfico. Veículo Fiat Strada vermelho também foi apreendido.

OUTRAS APREENSÕES

Conforme noticiado pelo Correio do Estado, a Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico apreendeu 643 kg de cocaína em Bela Vista, município localizado a 323,6 km de Campo Grande. A droga seria levada para a Europa. Esta é a segunda maior apreensão do ano realizada pela Polícia Civil.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu, nesta segunda-feira (8), 1.375 kg de cocaína em Paranaíba, município localizado a 407 quilômetros de Campo Grande. O carregamento vinha de Rondônia (RO). Esta é a maior apreensão do ano realizada pelas forças de segurança estaduais/federais.

Batalhão de Polícia Militar Rodoviária (BPMR-MS) apreendeu 5,2 toneladas de maconha e 109 kg de skank, em um caminhão, na manhã desta segunda-feira (2), no KM-105 MS-164, em Ponta Porã. As drogas estavam camufladas em carga de salgadinhos (skinis), da marca Semalo.

Dados da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) apontam que 8.665 kg de cocaína foram apreendidos, entre 1º de janeiro e 11 de julho de 2024, em Mato Grosso do Sul.

Desse número, 60520,75 kg foi apreendida em janeiro; 848,619 kg em fevereiro; 1.484,756 kg em março; 1.913,136 kg em abril; 1.503,239 kg em maio; 1.691,902 kg em junho e 703,17 kg em julho.

As drogas foram apreendidas pelas forças de segurança estaduais e federais.

CONFRONTO POLICIAL

Homem com 18 passagens pela polícia é o 73º morto pela PM em 2024

Criminoso tinha passagens por tentativa de homicídio, porte ilegal de arma de fogo, receptação, lesão corporal e várias por roubo

26/11/2024 09h15

Viaturas do BPMChoque no Jardim Novo Samambaia

Viaturas do BPMChoque no Jardim Novo Samambaia DIVULGAÇÃO/BPMChoque

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Homem, de 34 anos, que não teve a identidade divulgada, morreu em confronto com policiais militares do Batalhão de Choque (BPMChoque), na manhã desta segunda-feira (25), no Jardim Novo Samambaia, em Campo Grande.

Esta é a 73º pessoa morta em confronto com a Polícia Militar de Mato Grosso do Sul em 2024. Veja o gráfico no fim da reportagem.

Conforme apurado pela reportagem, a equipe policial recebeu uma denúncia de possível disparo de arma de fogo em via pública.

Em posse da placa e modelo do carro utilizado pelo indivíduo armado, viaturas se deslocaram até o endereço indicado para localizar o autor e o veículo.

De acordo com o BPMChoque, a proprietária do veículo, que é amante do autor, afirmou que ambos tiveram desentendimentos na noite anterior e que ele fugiu com o carro dela.

No domingo (24), estava exaltado e fez disparos com sua pistola 9 mm da marca Canik. Na segunda-feira (25), quando os policiais chegaram no endereço, viram um indivíduo, com as características citadas pela mulher, na frente de sua residência.

Ao ver os policiais, entrou em casa e baixou rapidamente o portão de elevação. Os policiais, na calçada, deram voz de abordagem e solicitaram que ele saísse.

Mas o homem desobedeceu e disse “Não entra não, se não vai levar!”, “Eu vou furar vocês na bala!”.

A equipe rompeu o portão e ouviu disparos em sua direção. Para se defender, os militares revidaram, balearam e desarmaram o criminoso.

Ele foi encaminhado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Universitário, mas, não resistiu aos ferimentos e faleceu.

Foram apreendidos na casa do bandido uma pistola 9mm da marca Canik e 16 munições.

Ele tem 18 passagens pela polícia por tentativa de homicídio, porte ilegal de arma de fogo, receptação, lesão corporal e várias por roubo, uma inclusive com restrição da liberdade da vítima.

Ele começou a delinquir em 2007, quando ainda era adolescente. Estava preso, mas foi solto em 28 de junho deste ano.

O caso foi registrado como “Homicídio, se Praticado Contra Autoridade Policial na Forma Tentada”, “Disparo de Arma de Fogo”, “Desobediência” e “Homicídio Decorrente de Oposição a Intervenção Policial”.

NÚMEROS

Dados divulgados pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) apontam que 73 pessoas morreram em confronto com agentes de Estado, de 1º de janeiro a 11 de novembro de 2024, em Mato Grosso do Sul.

Das 73 mortes,

  • 36 ocorreram em Campo Grande
  • 34 ocorreram no interior do Estado
  • 9 ocorreram em janeiro
  • 6 ocorreram em fevereiro
  • 13 ocorreram em março
  • 4 ocorreram em abril
  • 5 ocorreram em maio
  • 8 em junho
  • 2 em julho
  • 5 em agosto
  • 7 em setembro
  • 6 em outubro
  • 8 em novembro
Viaturas do BPMChoque no Jardim Novo SamambaiaFonte: Sejusp-MS

Mortes registradas em confronto policial são classificadas como homicídio decorrente de oposição à intervenção policial.

O confronto entre forças de segurança governamentais e grupos armados ocorrem em situações de abordagem policial, roubos, flagrantes de tráfico de drogas, policiamento ostensivo em bairros, entre outras ocorrências.

Polícia

Com o hino de Elza Soares contra a violência doméstica, mulher tem pena reduzida em MS

A manobra da defesa usou a música Maria da Vila Matilde, que expõe a situação de uma mulher vítima de violência doméstica, para justificar que a ré agiu em legítima defesa

25/11/2024 18h44

Crédito: Paulo H. Carvalho / EBC

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Durante o julgamento de uma mulher que sofria violência doméstica e reagiu atentando contra a vida do companheiro, a estratégia da defesa utilizou a música Maria da Vila Matilde, de Elza Soares, como argumento para a justificar que a ré agiu em legitima defesa.

O defensor público substituto Diogo Alexandre de Freitas, que atuou na defesa da mulher, iniciou seu trabalho declamando a música.

Desde o início, a tese girou em torno de que a mulher era vítima de violência doméstica.

A acusada respondia por tentativa de homicídio no município de Bonito.

O defensor ressaltou que ela vivenciava um relacionamento conturbado.

Assim, a tentativa de homicídio, conforme a tese da defesa, ocorreu em legítima defesa, em uma situação de ameaça constante por parte do companheiro da ré.

Com isso, a Defensoria conseguiu eliminar os agravantes que poderiam resultar em uma pena maior.

A pena foi de dois anos em regime aberto, e o juiz reconheceu a condição de vulnerabilidade a que a mulher estava submetida.

“O trabalho da Defensoria garantiu o afastamento das qualificadoras e o reconhecimento de uma causa de privilégio, o que resultou na redução significativa da pena”, pontuou o defensor substituto.

A Defensoria também conseguiu a suspensão das taxas processuais, cumprindo com o compromisso de que a falta de dinheiro não pode impedir o acesso à Justiça.

“Foi um caso desafiador, mas conseguimos demonstrar o contexto social que permeava os fatos e garantir uma decisão que respeitasse a dignidade humana e os princípios constitucionais”, destacou o defensor público.

Maria da Vila Matilde

A canção, lançada no álbum A Mulher do Fim do Mundo, tornou-se um manifesto contra a violência doméstica e o abuso sofrido pelas mulheres em seus relacionamentos.

Na letra, Maria liga para o 180, um serviço de suporte para mulheres em situação de violência. Na voz de Elza Soares, a música virou um hino de coragem e resistência.

“A escolha impactante estabeleceu o tom da defesa, que conectou a realidade da acusada à luta de tantas outras mulheres por dignidade e justiça”, revelou o defensor.

O que é Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180?

O Ligue 180 é um serviço de utilidade pública essencial para o enfrentamento à violência contra a mulher. Além de receber denúncias de violações contra as mulheres, a central encaminha o conteúdo dos relatos aos órgãos competentes e monitora o andamento dos processos.

O serviço também tem a atribuição de orientar mulheres em situação de violência, direcionando-as para os serviços especializados da rede de atendimento. No Ligue 180, ainda é possível se informar sobre os direitos da mulher, a legislação vigente sobre o tema e a rede de atendimento e acolhimento de mulheres em situação de vulnerabilidade. Para mais informações basta clicar aqui. 

Além do telefone, em quais canais é possível realizar denúncias?

Além do número de telefone 180, é possível realizar denúncias de violência contra a mulher pelo aplicativo Direitos Humanos Brasil e na página da Ouvidoria Nacional de Diretos Humanos (ONDH) do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), responsável pelo serviço. No site está disponível o atendimento por chat e com acessibilidade para a Língua Brasileira de Sinais (Libras).

Também é possível receber atendimento pelo Telegram. Basta acessar o aplicativo, digitar na busca “DireitosHumanosBrasil” e mandar mensagem para a equipe da Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180.

** Com informações do Ministério de Direitos Humanos e Cidadania

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