Cidades

OPERAÇÃO CONTRA POLICIAIS TRAFICANTES

Gaeco apreendeu 26 armas, munições e documentos em Aquidauana

Dois policiais civis na ativa e um aposentado foram presos

RAFAEL RIBEIRO

08/07/2019 - 13h11
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O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público Estadual, com apoio do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar (Bope) e da Corregedoria da Polícia Civil, apreendeu ao todo na manhã desta segunda-feira (8), em Aquidauana, 26 armas, munições e documentos

As informações são do portal 'O Pantaneiro'. 

Três policiais civis de Aquidauana foram presos durante a Operação Balcão de Negócios.

Um policial foi preso em Aquidauana e outro que é de Aquidauana foi preso em Campo Grande, em frente à clínica pediátrica onde levou o filho para tendimento. Um terceiro, que é policial civil aposentado e hoje trabalha como advogado, também foi alvo de mandado de prisão e de busca e apreensão. A prisão dele foi acompanhada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), seccional de Aquidauana.

Ainda nesta manhã, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) disse em evento que a operação tem como objetivo "expurgar a banda podre" da polícia.

Objetos apreendidos durante a operação na casa dos policiais detidos (O Pantaneiro)

O CASO

A Operação Balcão de Negócios, desencandeada pelo Grupo de Atuação Especial e Repressão ao Crime Organizado do Ministério Público de Mato Grosso do Sul na manhã desta segunda-feira (8), mirou o esquema de corrupção policial que levou ao furto de 100 quilos de cocaína de dentro da delegacia de Aquidauana e prendeu pelo menos dois investigadores da Polícia Civil que trabalhavam no local.

Além deles, outras duas pessoas foram detidas, segundo o Correio do Estado apurou. Um é um informante do crime organizado e outro é uma pessoa com envolvimento com os policiais.

Todos os detidos serão levados para o 3º DP (Carandá Bosque), na região leste de Campo Grande.

São cumpridos cumpridos 12 mandados de prisão preventiva, quatro de prisão temporária e 11 mandados de busca e apreensão, nas cidades de Campo Grande e Aquidauana.

A atuação do Gaeco acontece quatro dias após as investigações apontarem relação do furto da droga com o PCC, facção criminosa que controla o tráfico de drogas e armas nas fronteiras do Estado. 

A informação levou a Corregedoria da Polícia Civil a anunciar que atuaria diariamente no local.

Correio do Estado apurou junto a policiais da cidade que foi descoberto o envolvido de lideranças do PCC no planejamento do crime em pelo menos duas ações.

"Foi elaborado um plano minucioso, com escolha específica de dias, horários e atuação, coma  participação de elementos faccionados de grande envergadura", disse o atual delegado titular do local, Wilkson Vasco Francisco Lima Barros.

Viatura do Gaeco na porta da delegacia de Aquidauana (O Pantaneiro)

"A droga entrou apreendida no local no dia 30 de maio. E foi retirada em sua totalidade em dois dias diferentes", diz o depoimento de um dos ouvidos pelo caso na delegacia. O furto só foi descoberto no dia 10 de junho, por um delegado plantonista.

O objetivo da Corregedoria é descobrir de vez se o delegado Eder Oliveira Moraes, antigo responsável pela unidade e que está preso acusado de envolvimento com o caso foi o responsável por organizar os encontros para a elaboração do plano de resgate da droga, avaliada em mais de R$ 2 milhões. 

Até aqui, Moraes já fora flagrado buscando interessados na cocaína por telefone, conforme a reportagem aourou. A própria Corregedoria admitiu que podiam ter muito mais policiais envolvidos com o caso.

Na publicação desta quinta no Diário Oficial do estado, o delegado-geral Marcelo Vargas Lopes designa Roberto Gurgel de Oliveira Filho como uma espécie de interventor em Aquidauana. Sem prazo determinado, ele deverá elaborar um relatório para a Corregedoria com o que for apurado por sua equipe durante a verificação.

"Considerando a necessidade de verificar a existência e regularidade na escrituração de livros obrigatórios, assim como a verificação dos procedimentos policiais e administrativos e todos os demais documentos relativos à atividade fim da Primeira Delegacia de Polícia de Aquidauana-MS; Considerando o que dispõe os artigos 230 e 231, do Regulamento das Atividades Cartorárias, Administrativas e Operacionais da Polícia Civil", diz o chefe da Polícia Civil na publicação. 

Censo 2022

Mais de 90% dos moradores de MS residem em casas, aponta o IBGE

Estado ocupou a 5ª colocação nacional neste quesito

12/12/2024 18h15

Conforme o IBGE, 91,1% da população em MS mora em casas

Conforme o IBGE, 91,1% da população em MS mora em casas Divulgação

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Mais de 90% dos moradores de Mato Grosso do Sul vivem em casas. A informação é referente ao Censo 2022, produzido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgado nesta quinta-feira (12).

No total, a pesquisa levantou 892 mil domicílios ocupados desse tipo, número que representa 91,1% da população. O segundo tipo predominante no estado foi o “Apartamento”, categoria na qual residem 5,4%  da população em 2022. Na terceira colocação, estão “Casa de vila ou em condomínio”, com 3,3% da população.

O resultado obtido também representou a 5º maior taxa nacional de pessoas residindo em casas. Entre os municípios de Mato Grosso do Sul, destaque para Juti, Figueirão, Angélica e Anaurilândia, que obtiveram 100% de sua população residindo em casas. 

Campo Grande e Dourados, no entanto, apresentaram as menores taxas de pessoas morando em casas, com 82,3% e 87,6%, respectivamente. Já em relação ao tipo "apartamento", Campo Grande se destacou, com 11,5% da população residindo nesta categoria. Dourados aparece em segundo lugar, com 7,6% e, em terceiro, Três Lagoas, com 6,6%.

No âmbito nacional, o destaque do tipo "casa" foi o Piauí, com 95,6% da população residindo nesta categoria - a maior proporção. O estado nordestino é acompanhado por Tocantins, que obteve 94,1%. Já o Distrito Federal apresentou a menor taxa de pessoas residindo em casas, com 61,2%.

MS tem a 10ª maior taxa de indígenas sem acesso à internet do Brasil

Ainda conforme ao levantamento do IBGE, Mato Grosso do Sul apresentou a 10ª maior taxa nacional de indígenas sem acesso à internet. Conforme a pesquisa, 40,8% dos indígenas sul-mato-grossenses não possuem conexão de internet em suas moradias.

O índice no estado representa uma proporção abaixo da média nacional, que obteve 61,9% de indígenas com acesso à internet.

Ainda conforme o levantamento, a maior proporção de indígenas sem conexão foi registrada no Acre (71,6%), seguido do Maranhão (65,2%) e Amapá (63,2%).

Já as três Unidades Federativas com menor proporção de indígenas sem acesso à internet foi constatada no Distrito Federal (3%), Espírito Santo (9,9%), e São Paulo (10,8%).

Cidades

Denúncias contra clínicas de estética dobram em dois anos em Campo Grande

Maioria das denúncias trata de péssimas condições de higiene e profissionais sem autorização para realizar os procedimentos estéticos

12/12/2024 17h46

Maioria das denúncias diz respeito a profissionais não autorizados a realizar procedimentos

Maioria das denúncias diz respeito a profissionais não autorizados a realizar procedimentos Foto: Divulgação

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O número de denúncias contra clínicas de estética dobraram em Campo Grande, no período de dois anos. Conforme a Vigilância Sanitária, o aumento das denúncias está vinculado ao crescimento da busca pelos procedimentos.

Segundo dados divulgados pela prefeitura, em 2022 foram sete denúncias feitas na ouvidoria do Sistema Único de Saúde (SUS), enquanto em 2024, de janeiro a novembro foram 16, mais do que o dobro.

No comparativo com o mesmo período do ano passado, quando foram 10 casos, o aumento representa aumento de 62,5%.

A maioria das denúncias trata das péssimas condições de higiene, falta de transparência na apresentação dos tratamentos e profissionais sem preparo e autorização para realizar os procedimentos.

A auditora fiscal de Vigilância Sanitária, Tatyana Weber Leite, disse que há 117 clínicas de estética registradas em Campo Grande e que o balanço não leva em conta as clínicas clandestinas.

Neste ano, foram realizadas 489 ações, entre inspeções e retorno dos fiscais aos estabelecimentos, que resultaram em 18 autuações, 13 apreensões e descartes de produtos e uma interdição.

“A interdição é para os casos mais graves, quando o local ou a sala usada não tem condições de atuação, como exemplo uma das clínicas que visitamos, que fazia o procedimento de lipoaspiração e não tinha pia para a lavagem das cânulas, sendo a mesma interditada”, explica a auditora.

Procedimentos malfeitos podem causar desde a hipersensibilidade no local da aplicação, reações inflamatórias, infecções, adoecimento, incapacidade e a morte, nos casos mais graves.

Conforme nota técnica da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), esteticistas e cosmetólogos não podem utilizar medicamentos em suas atividades. O uso é restrito aos cosméticos e, com isso, esses profissionais são proibidos de realizar procedimentos invasivos, injetar substâncias, praticar atos cirúrgicos e prescrever medicamentos

Procedimentos comuns

Entre os procedimentos mais comuns estão os invasivos, que utilizam instrumentos ou substâncias aplicadas por meio de incisões, perfurações ou inserções, como a aplicação de botox, o preenchimento facial e os bioestimuladores de colágeno.

Tatyana Weber Leite chama a atenção ainda para outro tratamento, a soroterapia, que é o uso de substâncias aplicadas na veia do paciente.

“A soroterapia requer um cuidado redobrado porque somente profissionais habilitados podem prescrever o tratamento e aplicá-lo, nas nossas fiscalizações notamos que há a falta de equipamentos e materiais de emergência em caso de intercorrências, isso é muito grave”, alerta.

Dicas e cuidados

A vigilância dá algumas dicas de cuidados que o consumidor deve tomar na hora de escolher uma clínica para a realização do procedimento estético, sendo elas:

  • Visitar o local antes para conferir as condições de higiene;
  • Consultar se o local tem a licença de funcionamento da vigilância municipal;
  • Verificar o registro da ANVISA nos cosméticos, medicamentos e substâncias utilizadas;
  • Conferir a licença profissional de quem vai fazer o procedimento;
  • Exigir que os profissionais que vão realizar o procedimento usem máscaras e luvas;
  • Os frascos, ampolas e embalagens devem ser abertos na frente do paciente, que pode pedir para conferir os rótulos;
  • Conferir a data de validade dos produtos;
  • Verificar se o estabelecimento tem aparelho de refrigeração para guardar os produtos e substâncias.

Qualquer denúncia à vigilância sanitária do município pode ser feita pelo 0800 da ouvidoria do SUS: 0800 314 99 55

O consumidor também pode procurar os conselhos profissionais da cidade se quiser denunciar alguma prática que considera suspeita ou ilegal.

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