Cidades

INCÊNDIO FLORESTAL

Governo de Mato Grosso do Sul decreta situação de emergência ambiental

Medida é válida por 180 dias devido às condições de clima seco e estiagem, que favorecem incêndios

Continue lendo...

Foi publicado no Diário Oficial do Estado (DOE), nesta terça-feira (13) decreto que declara situação de emergência ambiental em Mato Grosso do Sul por 180 dias, conforme antecipado pelo Correio do Estado.

De acordo com o documento, o Estado está afetado por condições climáticas que favorecem a propagação de focos de incêndios florestais sem controle, sobre qualquer tipo de vegetação, o que acarreta queda drástica na qualidade do ar. 

Ainda segundo o decreto, os 79 municípios do Estado foram atingidos por grave estiagem e sofrem as consequências da falta de chuva e de outros fatores, que têm provocados incêndios florestais e urbanos.

No último domingo (11), o Corpo de bombeiros conseguiu controlar queimada iniciada na sexta-feira (9), que destruiu cerca de 3.750 hectares nos municípios de Jardim e Bonito,uma das regiões mais turísticas do Estado.

Contudo, outros focos seguem avançando na região do Pantanal sul-mato-grossense, próximos a pontos de pesca, à direita do rio Pantanal. 

Últimas notícias

Com a declaração de emergência, todos os órgãos estaduais ficam autorizados a atuarem, sob a coordenação Defesa Civil, nas ações de resposta ao desastre, reabilitação do cenário e reconstrução.

Também fica autorizada a convocação de voluntários e realização de campanha para arrecadação de recursos, com objetivo de facilitar as ações de assistência à população afetada pelo desastre.

Equipes ficam autorizadas a entrarem nas casas para prestar socorro ou determinar evacuação em casos de risco iminente.

O decreto prevê inda dispensa de licitação para “contratos de aquisição de bens necessários às atividades de resposta ao desastre, de prestação de serviços e de obras relacionadas com a reabilitação dos cenários dos desastres”.  

https://player.vimeo.com/external/574513910.sd.mp4?s=2324d7d3d4a1dc04a0815b20d3ceea70258d7026&profile_id=139&oauth2_token_id=1289434942

FOCOS

Conforme o decreto, dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontam que, nos meses de junho e julho de 2021, foram registrados 3.693 focos de calor, atingindo 72 municípios sul-mato-grossenses.

Para o analista ambiental do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo), Alexandre Pereira, a região pantaneira é a que mais registrou focos.

“Em 2021, segundo dados do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais (Lasa), da Universidade Federal do Rio do Janeiro (UFRJ), o Pantanal de Mato Grosso do Sul teve 50.850 hectares de área queimada. Só em julho foram 30.200 hectares queimadas”, afirma o analista. 

Ainda de acordo com o analista, cerca de 95 brigadistas do Prevfogo estão ativos para o controle dos incêndios, principalmente na região de Corumbá, local onde há maior quantidade de focos. 

"Inclusive hoje, em Corumbá, estamos recebendo um barco específico construído para atender de forma mais eficaz as ocorrências, adaptado para transportar com agilidade e segurança nossa equipe", conclui.

PREVISÃO DO TEMPO 

O clima deve permanecer seco em Mato Grosso do Sul, com baixa umidade relativa do ar e altas temperaturas até quarta-feira (14), mas a partir do dia 15 de julho, nova onda de frio deve retornar, trazendo chuvas e geadas. 

De acordo com as previsões, o frio desta segunda quinzena de julho deve ser tão forte ou mais forte que o de junho.

O meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Mamedes Luiz Melo, afirma que a frente fria trará chuva para o Estado.

Assine o Correio do Estado

BALANÇO

Chuvas intensas atingem MS e aliviam o calor durante o feriado

Campo Grande liderou o ranking de precipitação acumulada, com 47 mm em um único dia; previsão tem alerta de tempestade, com chuva em todo o Estado

21/11/2024 11h10

Chuva, trovoadas e ventos fortes devem atingir MS nos próximos dias

Chuva, trovoadas e ventos fortes devem atingir MS nos próximos dias Gerson Oliveira / Correio do Estado

Continue Lendo...

O feriado prolongado foi marcado por chuvas intensas em diversas regiões de Mato Grosso do Sul e aliviou o clima para os moradores do Estado. A capital, Campo Grande, liderou o ranking de precipitação, com mais de 47 mm de chuva em um único dia, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET)

De acordo com o balanço de chuvas do instituto, somente na região do centro da capital, foram 31 mm de chuva. Em outras cidades próximas, como Rochedo e Aquidauana, a mesma história se repetiu: em Rochedo, foram 10mm de chuva e em Aquidauana 25.8 mm. 

Ainda segundo o INMET, a chuva também se estendeu para a região norte de MS. Em Costa Rica, por exemplo, foram 18.2 mm. Já em Corumbá, no Pantanal, foram 8.8mm.  A região sul, no entanto, registrou um baixo volume de chuva, com regiões como Dourados e Amambai com o dia em claro, sem chuva. 

Balanço de Chuva das últimas 24h:

  • Campo Grande: 47,2 mm
  • Rochedo: 25.8 mm
  • Costa Rica: 18,2 mm
  • Água Clara: 3 mm 
  • Miranda: 2 mm 
  • Itaquiraí: 13.6 mm
  • Sete Quedas: 1.8 mm
  • Corumbá: 8.8 mm 
  • Sonora: 25 mm
  • São Gabriel do Oeste: 22 mm 

Previsão do tempo:

A previsão indica que as chuvas devem continuar nos próximos dias, com possibilidade de novos temporais. A combinação de alta umidade, aquecimento diurno e áreas de baixa pressão atmosférica favorece a formação de nuvens carregadas e a ocorrência de chuvas intensas ao longo da semana. Nestes dias, podem ocorrer acumulados de chuva significativos, com valores acima de 30 mm/24h.
 

Confira aqui a previsão do tempo para cada região de MS. 
 

*Colaborou Mariana Piell

INTERIOR

Por inveja de terras, homem incendeia casa com duas crianças dentro em aldeia

Polícia Civil prende homem que tentou tirar a vida dos pequenos e depois agrediu esposa e filha

21/11/2024 09h33

Acusado foi localizado e preso em flagrante; deve responder por violência doméstica e tentativa de homicídio qualificado

Acusado foi localizado e preso em flagrante; deve responder por violência doméstica e tentativa de homicídio qualificado Reprodução/PCMS

Continue Lendo...

Distante cerca de 380 km da Capital de Mato Grosso do Sul, um homem foi preso após botar fogo em uma residência onde haviam duas crianças, de seis e 10 anos, em uma onda de violência supostamente causada pela inveja na regularização de terras. 

Segundo a Polícia Civil em nota, os crimes foram registrados na véspera do feriado da Consciência Negra, na aldeia Guassuty, que fica localizada no município de Aral Moreira. 

Após as autoridades policiais serem informadas pela liderança indígena local, a Polícia Civil e equipe policial da delegacia de Aral Moreira foram até o local. 

Durante escuta, testemunhas relataram toda a dinâmica de terror observada na aldeia, que teve início ainda por volta de 06h, sendo que as apurações quanto à suposta motivação apontam justamente para a disputa de terras na aldeia. 

Entenda

Insatisfeito após uma mãe dessa mesma aldeia conseguir a regularização de um terreno, esse homem teria se contaminado de inveja e passado a proferir ameaças constantes à família. 

Com a intenção de tirar a vida das crianças, o homem botou fogo na casa com os dois pequenos dentro, sendo que o mais velho, de 10 anos, conseguiu sair na hora e buscar a ajuda de um vizinho. 

Esse, por sua vez, foi quem conseguiu adentrar no imóvel em chamas e retirar a criança de seis anos de lá, sendo que o mais velho relata que antes do acusado incendiar a casa ouviu o homem dizer: "eu vou matar vocês". 

Ainda, depois de incendiar a casa, esse homem teria voltado para sua residência onde agrediu não somente sua companheira como também a própria filha, sendo que ambas foram socorridas com ferimentos e internadas para atendimento médico, indica a PC em nota. 

Depois disso, o acusado foi localizado e preso em flagrante, encaminhado para a 1ª Delegacia de Polícia de Ponta Porã, onde aguardará à disposição da Justiça, sendo que deve responder por: 

  •  Violência doméstica e
  •  Tentativa de homicídio qualificado

Local de tensão

Esse mesmo território Guassuty marca outro crime, registrado em meados de setembro de 2023, que envolve a carbonização, morte de indígenas, onde o casal Nhandesy Sebastiana e Nhanderu Rufino foi encontrado morto na aldeia. 

Uma das suspeitas incialmente levantada à época, por entidades indigenistas, indicavam que o crime era fruto de "uma série de discursos de ódio, intolerância racismo religioso recorrente nos territórios Kaiowá e Guarani". 

Sebastiana era líder espiritual, rezadora, no caso, com ela e o marido sendo conhecidos entre os indígenas da região. Naquele dia a casa onde o casal morava foi totalmente destruída pelo fogo. 

Não distante da morte do casal, o Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana de Mato Grosso do Sul, o CDHU-MS, lançou relatório de alerta contra a violência que afeta mulheres indígenas no Estado. 

"Foram, pelo menos, 17 casas de rezas indígenas incendiadas nos últimos cinco anos, sem que se tenha notícia de que os autores fossem identificados e/ou responsabilizados.

Nesses últimos anos cresceu vertiginosamente o número de parteiras, rezadores (as) perseguidas e demonizadas, assim como as pessoas que seguem religiões tradicionais indígenas sendo atacadas e xingadas por seus vizinhos e vizinhas que não professam a fé tradicional", diz trecho do relatório. 

Porém,o  delegado da Polícia Civil, Maurício Vargas, destacou ao Correio do Estado à época que, nesse caso específico, a motivação do homem teria sido passional. 

Assine o Correio do Estado

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).