Cidades

18° feminicídio

Esquizofrênico mata mãe a facadas no interior de MS

Perícia identificou pelo menos 5 facadas, sendo a derradeira na jugular

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A Polícia Civil prendeu, na manhã desta sexta-feira (04), em Dourados, Alfredo Henrique Oruê dos Santos, de 21 anos, suspeito de assassinar a própria mãe, Michely Rios Midon Orue, de 48 anos, na cidade de Glória de Dourados. O crime aconteceu na tarde da última quinta-feira (03), segundo informações da Delegacia de Polícia Civil.

De acordo com o delegado Marcos Ibere, a vítima foi morta com pelo menos cinco facadas, sendo o golpe fatal desferido na região da jugular. O homicídio teria acontecido entre o meio-dia e 14h, período este em que o pai do autor estava viajando a trabalho. 

Familiares relataram que estranharam a falta de contato de Michely, que não atendia às ligações, e decidiram ir até a residência, onde a encontraram caída, sem vida, nos fundos da casa por volta das 19h40. 

As Polícias Civil e Militar foram acionadas e compareceram ao local, assim como a perícia, que constatou as perfurações. Em seguida, as equipes iniciaram as buscas pelo suspeito, que havia fugido com o veículo Renault Logan branco da família.

Com informações do deslocamento, os policiais localizaram Alfredo já em Dourados, onde ele foi preso em flagrante nesta manhã. Testemunhas ainda disseram que o jovem era usuário de drogas e tinha histórico de comportamento agressivo. 

A esquizofrenia é um transtorno mental grave que afeta o pensamento, as emoções e o comportamento de uma pessoa, levando a uma perda de contato com a realidade, conhecida como psicose.

O esquizofrênico, em surto, tem alucinações e delírios. A esquizofrenia geralmente se manifesta no início da idade adulta, entre os 20 e 30 anos, e não tem cura, mas existem tratamentos eficazes para controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente.

2° caso de esquizofrenia

Hugo Abel Heyn, de 69 anos, morreu esfaqueado pelo filho, Sahu Abel Heyn, de 35 anos, na madrugada da última sexta-feira (27), no bairro Maria Aparecida Pedrossian, em Campo Grande. Sahu é esquizofrênico e atacou o pai em um momento de surto.

Conforme apurado pela reportagem, Hugo, Sahu e a mãe Sandra Regina Inverso Ramires Heyn estavam em casa à noite, quando pai e filho começaram a discutir.

Sahu estava irritado, possivelmente em surto, quando começou a ameaçar o pai após a discussão: “E você? O que está olhando? Eu ainda vou fazer pedacinhos de você”. O pai, deitado na cama, riu da situação.

Em seguida, o filho o ameaçou novamente: “Tá duvidando? Eu vou fazer agora!”. Neste momento, Sandra fechou a janela e trancou a porta do quarto, mas Sahu arrombou, pulou em cima do pai com uma faca e desferiu-lhe diversos golpes, atingindo tórax e braços.

De acordo com o boletim de ocorrência, a vítima caiu no chão e o autor ainda chutou sua cabeça várias vezes. A mãe pediu para que o filho parasse com as agressões, mas, ele desobedeceu.

Então, ela foi buscar ajuda de familiares que moram no mesmo bairro, mas, ao retornar a residência, a vítima estava desacordada e o autor havia fugido.

Corpo de Bombeiros Militar (CBMMS) e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) tentaram reanimar a vítima, mas, sem sucesso. Ele morreu em casa.

Polícia Militar (PMMS), Polícia Civil e Polícia Científica também estiveram no local para efetuar os procedimentos de praxe.

O caso foi registrado como "homicídio qualificado por motivo fútil" na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC-CEPOL).

Feminicídios 2025

O primeiro caso de 2025 foi a morte de Karina Corin, de 29 anos, nos primeiros dias de fevereiro, baleada na cabeça pelo ex-companheiro, Renan Dantas Valenzuela, de 31 anos. 

Já o segundo feminicídio deste ano no Estado foi a morte de Vanessa Ricarte, esfaqueada aos 42 anos, por Caio Nascimento, criminoso com passagens por roubo, tentativa de suicídio, ameaça, além de outros casos de violência doméstica contra a mãe, irmã e outras namoradas.

Após denúncia do Ministério Público de  Mato Grosso do Sul em quatro crimes, em caso de condenação e penas máximas aplicadas, o assassino de Vanessa pode pegar mais de 86 anos de cadeia, como abordado pelo Correio do Estado.

No terceiro caso, a vítima foi Juliana Domingues, de 28 anos, assassinada com golpes de foice pelo marido, na noite do dia 18 de fevereiro, na comunidade indígena Nhu Porã, em Dourados, município localizado a 226 quilômetros de Campo Grande.

Quatro dias depois, no dia 22 de fevereiro, Mirieli dos Santos, de 26 anos, foi a quarta vítima do ano, morta a tiros pelo ex-namorado, Fausto Junior, no município de Água Clara - localizado a 193 km de Campo Grande.

No dia seguinte, Emiliana Mendes, de 65 anos, foi morta no município de Juti, localizado a 310 km de distância de Campo Grande. A vítima foi brutalmente atacada pelo suspeito, que, após esgana-la, arratou seu corpo até uma residência e colocou em cima de um colchão, a fim de simular uma eventual morte natural. 

O sétimo caso de feminicídio registrado em 2025 foi o de Giseli Cristina Oliskowiski, morta aos 40 anos, encontrada carbonizada em um poço no bairro Aero Rancho, em Campo Grande. O crime aconteceu no dia 1º de março;

Já o oitavo feminicídio foi o de Ivone Barbosa da Costa Nantes, morta a golpes de faca na região da nuca pelas mãos do então namorado no assentamento da zona rural de Sidrolândia batizado de Nazareth, em 17 de abril. 

nono caso foi registrado com o achado do corpo de Thácia Paula Ramos de Souza, de 39 anos, encontrado na tarde do dia 14 de maio, no Rio Aporé, em Cassilândia-MS, segundo divulgado pela Polícia Civil. De acordo com as informações, o crime aconteceu no dia 11 de maio. 

Já o décimo caso, foi o de Simone da Silva, de 35 anos, na noite do dia 14 de maio, morta a tiros na frente dos próprios filhos por William Megaioli da Silva, de 22 anos, que se entregou à polícia ainda com a arma em mãos. 

No 11º feminicídio de Mato Grosso do Sul, a vítima foi Olizandra Vera Cano, de 26 anos, que foi assassinada com golpes de faca no pescoço pelo marido de 32 anos, no dia 23 de maio. O autor acabou preso em flagrante, na cidade de Coronel Sapucaia, a 395 quilômetros de Campo Grande.

O 12º caso caso aconteceu no dia 25 de maio, no Hospital Regional de Nova Andradina, e vitimou Graciane de Sousa Silva, que foi vítima de diversas agressões durante quatro dias seguidos, na cidade de Angélica, distante aproximadamente 275 quilômetros de Campo Grande.

Graciane vivia com o companheiro José Robério Viana de Souza há aproximadamente sete  anos, e entre os dias 17 e 20 de maio, ela estava sofrendo agressões do homem, quando foi levada para atendimento médico em Angélica e encaminhada ao Hospital Regional de Nova Andradina no dia 21, devido à gravidade dos ferimentos.

Seguindo a sequência, Vanessa Eugênia Medeiros, de 23 anos, e a filha Sophie Eugênia Borges, de apenas 10 meses, foram as 13ª e 14ª  vítimas de femicídio, em Mato Grosso do Sul. As duas foram mortas e queimadas no dia 26 de maio, no bairro São Conrado, em Campo Grande. O autor do crime, João Augusto Borges, de 21 anos, que era marido de Vanessa e pai de Sophie confessou o duplo homicídio, e afirmou que o cometeu pois Vanessa queria se separar e ele não queria pagar pensão para a filha.

Em entrevista, o delegado titular da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Rodolfo Daltro disse que o jovem foi “extremamente frio e sem arrependimentos” ao estrangular e queimar os corpos. Sem antecedentes criminais, ele premeditou toda a ação por dois meses, e decidiu matar esposa e filha durante seu intervalo de almoço.

João Augusto foi preso após se dirigir à delegacia para relatar o desaparecimento da mulher e da filha. A prisão foi realizada após um monitoramento de vídeo e telemático entre Depac-Cepol e Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam), que ao saberem que ele daria queixa do desaparecimento da esposa e filha, o localizaram enquanto aguardava atendimento junto ao 6ºDP, onde confessou o crime e foi preso.

Já a 15ª morte por feminicídio em Mato Grosso do Sul neste ano, foi a de Eliane Guanes, de 59 anos, que foi queimada viva pelo capataz Lourenço Xavier, de 54 anos. De acordo com as informações, ele jogou gasolina no corpo de Eliane e ateou fogo na mulher, em fazenda na região da Nhecolândia, no Pantanal de Corumbá, onde os dois trabalhavam. O crime aconteceu na noite do dia 6 de junho.

Doralice da Silva, de 42 anos, foi a 16ª vítima de 2025, morta a facadas no dia 20 de junho, após uma discussão com o companheiro Edemar Santos Souza, de 31 anos, principal suspeito. O crime ocorreu na Rua dos Pereiras, na Vila Juquita, em Maracaju, a cerca de 159 quilômetros de Campo Grande.

Segundo o boletim de ocorrência, moradores da região relataram que o casal tinha um histórico de brigas frequentes, contudo, Doralice nunca havia registrado boletins de ocorrência ou solicitado medidas protetivas contra Edemar. 

Por fim, completando a estatística, Rose Antônia de Paula, foi encontrada morta e praticamente decapitada, em uma casa em Costa Rica. Rose era moradora de Bonito e pretendia retornar para a cidade no sábado (28). Entretanto, vizinhas estranharam o fato de ela não ter aparecido para tomar café em uma lanchonete que costumava frequentar todas as manhãs desde que chegou à cidade, há cerca de duas semanas. 

De acordo com as amigas, ela mantinha um relacionamento antigo, mas conturbado com o suspeito, chegando inclusive a registrar denúncia na polícia por conta de violência doméstica contra ele. Pouco tempo depois, ela foi encontrada morta. O suspeito segue foragido.

**Colaborou Naiara Camargo e Tamires Santana**

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Cidades

Em crise financeira, Hospital Alfredo Abrão terá contratos analisados pelo MPMS

Os documentos analisados pela Promotoria de Justiça apontam um déficit mensal próximo de R$ 780 mil, reconhecido pela própria gestão municipal

18/12/2025 19h20

O Hospital do Câncer atende cerca de 70% dos pacientes com câncer no Estado

O Hospital do Câncer atende cerca de 70% dos pacientes com câncer no Estado Divulgação: Hospital do Câncer Alfredo Abrão

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O Hospital de Câncer Alfredo Abrão (HCAA) vive cenário de desequilíbrio financeiro, agravado por limitações orçamentárias e pela crescente demanda por serviços oncológicos de média e alta complexidade no Sistema Único de Saúde (SUS). Diante das circunstâncias, o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) instaurou procedimento administrativo para acompanhar a contratualização e o financiamento do local.

De acordo com os documentos analisados pela 76ª Promotoria de Justiça de Campo Grande, há um déficit mensal próximo de R$ 780 mil, reconhecido pela própria gestão municipal, além de perdas adicionais decorrentes da não cobertura de produção excedente desde novembro de 2024. 

O hospital também enfrenta atrasos no pagamento de procedimentos já realizados, redução temporária do teto MAC (Média e Alta Complexidade), pendências de liberação de emendas parlamentares e insuficiência de repasses para custear cirurgias, quimioterapias, radioterapias, exames de imagem e manutenção de leitos clínicos. 

Como o HCAA atende cerca de 70% dos pacientes com câncer no Estado, qualquer interrupção representa risco imediato de desassistência em larga escala.

Em resposta às requisições, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) informou repasses mensais que totalizam R$ 1.738.005,52, distribuídos entre incentivos de custeio e projetos específicos.

A Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), por sua vez, reconheceu o excedente de produção e informou que o pedido de majoração do teto MAC está protocolado no Ministério da Saúde desde 2023, aguardando disponibilidade orçamentária federal.

O Ministério da Saúde confirmou que os pleitos permanecem em análise, tendo havido apenas um repasse pontual de R$ 2.999.840,00 ao Município para ações de média e alta complexidade.

Diante desse quadro, o MPMS expediu portaria e edital tornando pública a instauração do procedimento e notificou formalmente o Ministério da Saúde, a SES, a Sesau e a direção do HCAA.

Entre as diligências determinadas, estão pedidos de informações sobre repactuações contratuais, recomposição financeira, cobertura da produção excedente, valores recebidos em 2025, déficit acumulado e providências adotadas para garantir a continuidade dos atendimentos.

O MPMS destaca que sua atuação é preventiva, institucional e colaborativa, voltada para preservar a continuidade do atendimento oncológico e a promover soluções coordenadas entre Município, Estado e União. O objetivo é assegurar estabilidade financeira ao HCAA, evitar a interrupção de tratamentos que não podem ser suspensos e garantir que a assistência oncológica permaneça integral, resolutiva e acessível à população.

Com o procedimento instaurado, a Promotoria de Justiça seguirá monitorando respostas, prazos, repasses e eventuais reprogramações orçamentárias, além de fomentar pactuações que permitam ampliar a oferta de serviços com segurança, transparência e qualidade. A atuação ministerial busca prevenir o colapso assistencial e assegurar a efetividade do direito fundamental à saúde dos pacientes oncológicos de Mato Grosso do Sul.

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Cidades

Portaria autoriza IBGE a contratar 39 mil temporários para Censo Agro e de população nas ruas

A seleção e ingresso dos trabalhadores temporários ocorrerá através de processo seletivo simplificado

18/12/2025 19h00

Agentes do IBGE em MS

Agentes do IBGE em MS FOTO: Marcelo Victor/Correio do Estado

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O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) E O Ministério do Planejamento e Orçamento informaram a autorização de contratação temporária de 39.108 trabalhadores para atuarem no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na realização do Censo Agropecuário e do Censo da População em Situação de Rua. A Portaria Conjunta MGI/MPO Nº 90 liberando as admissões foi publicada na quarta-feira, 17.

"As contratações têm como objetivo viabilizar a operacionalização dos levantamentos censitários, que envolvem desde o planejamento técnico até a coleta, supervisão e processamento das informações em todo o território nacional. Os contratos serão firmados nos termos da Lei nº 8.745, de 1993", informou o MGI, em nota à imprensa.

A seleção e ingresso dos trabalhadores temporários ocorrerá através de processo seletivo simplificado, observando as políticas de reserva de vagas previstas em lei e assegurando que "todas as etapas do certame estejam alinhadas à efetividade das ações afirmativas".

A portaria determina que o IBGE defina a remuneração das vagas, "respeitando os critérios legais relacionados à relevância e à complexidade das funções".

O edital de abertura das inscrições para o processo seletivo simplificado será publicado em até seis meses, "contados a partir da publicação do ato normativo".

O IBGE ainda aguarda a aprovação do orçamento de R$ 700 milhões necessários aos preparativos do já atrasado Censo Agropecuário em 2026, para que possa ir à coleta de campo em 2027.

O cronograma inicial previa os preparativos em 2025 e coleta em campo em 2026, mas foi adiado por falta das verbas demandadas no orçamento da União. O levantamento censitário prevê a coleta de informações de cerca de 5 milhões de estabelecimentos agropecuários em todo o País.

No novo cronograma, caso os recursos previstos no Projeto de Lei Orçamentária Anual sejam garantidos, o IBGE dará início em outubro de 2026 ao cadastro de estabelecimentos para coleta de dados online, que começaria a ser feita em janeiro de 2027. Em abril de 2027 teria início a coleta presencial.

 

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