Política

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Saiba quem é: Marquinhos Trad, candidato ao governo de Mato Grosso do Sul

Conheça o perfil pessoal, histórico profissional, repercussões midiáticas e questões jurídicas da vida de cada concorrente ao cargo de governador

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Marcos Marcello Trad (58), nascido no dia 28 de agosto de 1964, é candidato ao governo de Mato Grosso do Sul pela coligação MUDA MS (PSD-PATRIOTA-PTB-PSC) e tem como vice Dra Viviane Orro (46). 

Natural de Campo Grande (MS), filho do ex-deputado federal, Nelson Trad, e de Therezinha Mandetta Trad, ele é irmão de Fábio Trad e Nelson Trad Filho, que são, respectivamente, candidato a Deputado Federal e Senador. Casado com Tatiana Trad, Marquinhos é pai de quatro filhas. 

Trad formou-se em direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em 1986, e atuou como conselheiro e presidente da Comissão de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados do Brasil do Mato Grosso do Sul e foi diretor do Departamento Jurídico do Rádio Clube de Campo Grande. 

Entre o segundo e o terceiro mandatos como Deputado Estadual nos anos de 2010 a 2018, presidiu a Comissão de Defesa dos Direitos do Consumidor. Além disso, foi Secretário de Assuntos Fundiários em Campo Grande, diretor do Instituto Meritum de Mato Grosso do Sul e presidente do Tribunal de Justiça Desportiva sul mato-grossense.

Histórico

Conforme informações do Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil (CPDOC), divulgadas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), Marcos Trad assumiu seu primeiro cargo eletivo após ter sido eleito, em 2004, como vereador de Campo Grande pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB). 

Já nas eleições de 2006, Trad se candidatou com sucesso a uma cadeira na Assembléia Legislativa, obtendo a quinta melhor votação do Estado.

Presidiu a Comissão de Constituição e Justiça e Redação por dois anos. No cargo de deputado estadual, foi reeleito duas vezes, a primeira em 2010, quando foi o candidato mais votado para a Casa Legislativa do Estado - conseguindo cerca de 56.287 votos válidos conforme o TSE -, e a segunda em 2014. 

Em 2016, filiou-se ao Partido Social Democrático (PSD), pelo qual concorreu à prefeitura de Campo Grande. Durante a eleição, foi para o segundo turno contra Rose Modesto (PSDB) e venceu a adversária com 169.690 votos. 

Trad tomou posse do cargo para prefeito de Campo Grande no dia 1° de janeiro de 2017. Em 2020 foi reeleito, e em maio de 2022 renunciou ao cargo para disputar o governo do estado.

Questões jurídicas

A partir de pesquisa no site Jusbrasil, o nome de Marcos Marcello Trad aparece em processos publicados no Diário Oficial, a maioria do TJMS, seguido por TREMS. Além disso, foram realizados levantamentos no Portal Transparência do Ministério Público Federal.

Dentre os processos nos quais Marquinhos Trad é réu, destacam-se: a ação (arquivada), movida no Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE-MS), no qual o candidato foi acusado de “Uso Indevido de Meio de Comunicação Social”, conforme aponta o documento.

Além disso, Marquinhos Trad é investigado pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM) de Campo Grande,  em um inquérito aberto a partir de depoimentos de quatro mulheres feito entre os dias 4 e 5 de julho, na Corregedoria da Polícia Civil.

A DEAM de Campo Grande aponta que 12 mulheres já denunciaram o ex-prefeito e candidato ao governo do estado pelo PSD, por suspeita de crimes como assédio sexual, importunação sexual, favorecimento a prostituição, estupro e tentativa de estupro, conforme informações do G1.

O candidato foi intimado a depor e será ouvido pela Polícia Civil de Campo Grande no dia 21 de setembro.

A advogada de Marquinhos Trad foi consultada, porém o Correio Verifica não recebeu retorno até o fechamento dessa apuração 

Marquinhos Trad, durante sua trajetória como ator político e figura pública, adquiriu em seu currículo algumas repercussões midiáticas de destaque, inclusive a nível nacional.

Em 2010, por exemplo, o ex-prefeito se envolveu em uma polêmica ao afirmar, durante sessão na Assembleia Legislativa, que seria “impossível viver com R$11 mil”, fazendo referência ao seu salário da época, que foi reajustado posteriormente para o valor de R$12,3 mil, conforme matéria publicada pelo Campo Grande News.

Em setembro de 2016, o empresário Arnaldo Britto de Moura Júnior, a época proprietário do 4 Rodas - Som e Acessórios apresentou uma notícia crime eleitoral ao Ministério Público Federal (MPF) afirmando que “doou” parte dos R$ 200 mil não declarados para a campanha de Marquinhos em 2014, o que o levou a ser multado pelo TRE-MS no valor de R$ 244,8 mil. 

Ao ser procurado pela reportagem do site Campo Grande News, Marquinhos negou as acusações e afirmou estar sendo perseguido politicamente, dizendo que todas as contas do período de 2014 foram devidamente declaradas e aprovadas pela Justiça Eleitoral.

Ressaltou ainda que a responsabilidade das doações é de quem envia, não de quem recebe. Entretanto, Arnaldo acabou sendo condenado pelo crime.

Em novembro de 2021, o Correio do Estado noticiou que o então prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD) afirmou pela segunda vez que não pagaria a “compensação financeira momentânea e emergencial” de R$ 30 milhões solicitados pelo Consórcio Guaicurus, responsável pela frota do transporte público na Capital. 

O Consórcio solicitou a quantia como pedido de ajuda financeira, já que as concessionárias alegam perdas durante o período de pandemia, que deixou cerca de 685 mil mortes no Brasil até a data da publicação desta matéria, conforme a plataforma de monitoramento do Google News

Na ocasião, o então prefeito negou o suporte financeiro, conforme noticiado pelo Correio do Estado. "Jamais vou tirar dinheiro e recursos da prefeitura para ajudar empresa ou concessionária que teve perdas durante a pandemia", disse Trad, durante coletiva de imprensa na manhã desta sexta-feira (12).

  • Escândalo

Mais recente, no começo de julho deste ano, o ex-prefeito tornou-se alvo de um inquérito policial sob suspeita de abuso sexual contra ao menos quatro mulheres, que registraram queixa contra o candidato. Na época das denuncias, Marquinhos era pré-candidato ao governo do estado de Mato Grosso do Sul, pelo Partido Social Democrático e, além de assédio e tentativa de estupro, Marquinhos Trad ainda é investigado por improbidade administrativa. 

As acusações são de fatos que teriam ocorrido nos últimos dois anos, alguns relatos afirmam que os crimes de assédio e tentativa de estupro poderiam ter acontecido dentro do gabinete da prefeitura. Conforme reportagem da Folha de S.Paulo, o candidato ao governo teria feito promessas de oportunidades de trabalho e de inclusão em programas sociais em troca de favores sexuais.

A Polícia Civil intimou o ex-prefeito a depor na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) no dia 21 de setembro. De acordo com reportagem do Correio do Estado, a intimação do candidato foi realizada no dia 19 de setembro, e a defesa de Trad tentou adiar a data do depoimento para que fosse realizado após as apurações do primeiro turno das eleições, previstas para o dia 2 de outubro.

Conforme a coluna de Guilherme Amado - do site Metrópoles -, Maquinhos Trad, apesar de negar os episódios de assédio e as outras acusações de tentativa de estupro registradas na Deam, admite que manteve relações extraconjugais, de forma consensual, fora da prefeitura.

O inquérito aberto para investigar casos de assédio sexual, como oferta de emprego em troca de sexo e tentativa de estupro na Prefeitura de Campo Grande, envolvendo Marquinhos Trad (PSD), foi aberto em 5 de julho deste ano. A previsão é de que a investigação encerre após o depoimento do ex-prefeito.

Uma das vítimas reforçou, em depoimento à polícia, que manteve relações sexuais consentidas em um banheiro do gabinete do então prefeito. Após o fim do relacionamento extraconjugal, quando a mulher já estava casada com outro homem, Trad tentou beijá-la à força, em episódio supostamente ocorrido em junho de 2022, ainda segundo o Metrópoles.

Por que explicamos

O Correio Verifica investiga conteúdos suspeitos sobre eleições em Mato Grosso do Sul que viralizam nas redes sociais. Já o Correio Explica é uma ferramenta utilizada para que os leitores entendam um conteúdo que está viralizando midiaticamente.  

Como estamos a pouco tempo das eleições, apresentaremos o perfil de cada candidato - em sorteio definido por ordem alfabética (segundo nome de candidatura dos concorrentes) - informando aos leitores um pouco da vida pessoal e principalmente a carreira política daqueles que concorrem ao governo do Estado, a fim de desfazer boatos, para que a sociedade tenha direito de votar com base em informações verídicas.

O governo de MS é disputado por sete candidatos, maior número desde a criação do Estado, em 11 de outubro de 1977, ano quando teve o território separado do vizinho Mato Grosso.

Além de Marquinhos Trad do PSD, em suas publicações a equipe do Correio Verifica traça também os perfis: do ex-prefeito de Campo Grande, André Puccinelli, do MDB ; Adonis Marcos, do PSOL; a deputada federal Rose Modesto, do União Brasil; o deputado estadual capitão Contar, do PRTB; Eduardo Riedel, do PSDB; Giselle Marques, do PT e Magno de Souza, do PCO.

Ficha do Candidato: 

  • Nome: Marcos Marcello Trad 
  • Vice: Dra. Viviane Orro 
  • Partido: PSD
  • Idade: 58
  • Data de nascimento: 28/08/1964
  • Ocupação: Advogado
  • Grau de Instrução: Superior Completo
  • Estado Civil: Casado
  • Município de nascimento: Campo Grande - Mato Grosso do Sul

Saiba mais sobre o Correio Verifica 

Entre algumas checagens que já realizamos estão: PSDB-MS não apoia Simone Tebet, ao contrário do que ela afirmou em entrevista ao Jornal Nacional; e agência de Iara Contar não recebeu R$90 milhões em propagandas políticas, ao contrário do que afirma vídeo

 

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Embate

Amaducci contesta Loubet e entra na disputa pelo diretório do PT em MS

Deputado federal e vice-presidente estadual da sigla disputam predileção interna do partido

22/04/2025 15h00

Humberto Amaducci, vice-presidente estadual do PT

Humberto Amaducci, vice-presidente estadual do PT Foto: Arquivo / Correio do Estado

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Humberto Amaducci entrou oficialmente na briga pela presidência do diretório estadual do Partido dos Trabalhadores (PT) em Mato Grosso do Sul. Atual vice-presidente estadual da sigla, ele disputa a principal cadeira do partido com o deputado federal Vander Loubet, até então único pretendente à vaga.

Ex-prefeito de Mundo Novo e candidato ao Governador do Estado em 2018, Amaducci confirmou a candidatura nesta segunda-feira (21) por meio de em suas redes sociais, nome que surge após a desistência da deputada estadual Gleice Jane.

“Acreditamos na democracia interna do PT, no debate fraterno de posições políticas e ideológicas, cuja perspectiva principal consiste no fortalecimento do Partido”, destacou Amaducci.

O candidato disse que a chapa disputara os rumos do PT, para que a sigla volte a liderar um bloco de centro-esquerda no estado, o que requer, de imediato, “romper com o governo de Eduardo Riedel e deixar a sua base de sustentação na Assembleia Legislativa.”

Questionado pelo Correio do Estado, o novo postulante a líder do partido disse que apesar das disputas internas, o principal objetivo do partido é reeleger o presidente Lula em 2026, além de fortalecer a bancada federal do partido, que além de Loubet, conta com Camila Jara, assim como conquistar ao menos uma cadeira no Senado.

“De nada adiante elegermos o presidente Lula e não conseguirmos nos fortalecer na bancada federal e no Senado. Queremos garantir o palanque para Lula em Mato Grosso do Sul, como já fizemos em outros momentos, além de voltar a governar o Estado”, frisou. 

Sobre a disputa com Loubet, Amaducci destacou que o partido é muito democrático e que o objetivo é garantir o debate de ideias e ampliar o alcance da sigla. “Ele (Loubet) tem as ideias dele e eu tenho as minhas, vamos debater, porém, acima de tudo, devemos nos atentar ao aspecto geral das eleições”, finalizou. 

Loubet

Nesta segunda (21), em entrevista exclusiva ao Correio do Estado, Vander Loubet ressaltou que desde novembro do ano passado tem apresentado com responsabilidade e respeito a sua candidatura à presidência estadual do PT,  posto ao qual  era o único postulante após a desistência da deputada estadual Gleice Jane. As eleições estão marcadas para julho deste ano. 

“Ao longo de 40 anos como filiado, tive a honra de contribuir para o fortalecimento do nosso partido. Dediquei minha vida à construção do PT em um dos maiores símbolos de resistência da América Latina”, afirmou.

O parlamentar ainda recordou que participou da fundação da sigla em Mato Grosso do Sul e contribuiu para o projeto que levou o PT a governar o Estado por oito anos.

“Além disso, estou no sexto mandato consecutivo como deputado federal. Nos últimos cinco meses, discuti e dialoguei com cada corrente interna da legenda. Por isso, espero que, com a retirada da candidatura da deputada Gleice Jane, possamos construir um consenso também com a corrente dela, a Articulação de Esquerda”, pontuou.

O deputado federal disse que, embora a disputa seja democrática e legítima, vai propor a união das tendências partidárias do PT e que a militância da sigla invista a sua energia nas eleições de 2026.

“Minha expectativa é de que, até 2026, a aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva melhore com os resultados de todas as políticas que ele tem colocado em prática. Graças à experiência e ao protagonismo mundial dele, acredito que o Brasil sairá maior dessa disputa insana que os Estados Unidos estão travando com a China”, projetou.

Desistência 

A deputada estadual Gleice Jane comunicou oficialmente a sua desistência de concorrer à presidência estadual do PT ao longo da última semana. Em nota à imprensa, ela disse que, em decisão tomada em conjunto com a corrente que representa, decidiu se retirar da candidatura em construção para o diretório estadual do PT após um profundo processo de avaliação, o qual levou em consideração vários fatores, mas sobretudo o volume de trabalho exigido pelo mandato e pela disputa interna do partido.

“Há dois anos, a parlamentar enfrentou problemas de saúde que ainda hoje requerem cuidados e impõem certos limites na execução de tarefas. Por isso, com o objetivo de preservar o seu bem-estar e a sua energia, Gleice Jane optou por não seguir adiante na disputa interna neste momento”, trouxe o texto.

Conforme a nota, ela decidiu “focar em seu mandato e nos compromissos assumidos com os trabalhadores e as trabalhadoras de vários segmentos da sociedade, como com a luta das mulheres no combate ao feminicídio, [contra] às violências psicológicas e simbólicas que assolam o Estado e o País, com os povos originários e suas lutas por terras tradicionais e reconhecimento à diferença, com os movimentos que lutam contra o racismo, o patriarcado, os desmandos de um modelo econômico que polui rios, devasta o solo e explora a força de trabalho, com a luta dos funcionários públicos que lutam para promover saúde e educação de qualidade, com a luta dos ribeirinhos e dos pescadores e com a luta daqueles que querem preservar a democracia e as condições ambientais para as gerações futuras”.

A postura de Gleice Jane foi rememorada por Loubet anteriormente, que disse que a companheira  deveria, sobretudo,  buscar a reeleição junto à Assembleia Legislativa estadual

“Temos de ter todo o cuidado, tanto com a reeleição dela (Gleice Jane), como com a reeleição da Camila. Não é fácil você construir quadros femininos, mulheres da política, fruto de muito trabalho, de uma dedicação do partido na construção dessas lideranças.”, frisou Loubet.

Disputas 

Cabe destacar que o partido historicamente é lembrado por suas disputas internas. Em 2002, Eduardo Suplicy e o próprio presidente Lula “brigaram” pela candidatura à presidência da República, vencida por Luiz Inácio. Em 2023, Camila Jara e Zeca tiveram uma “rixa” quanto à preferência do partido para a cadeira da Prefeitura de Campo Grande, corrida vencida por Camila. 

Relembre

Entre os candidatos para assumir a direção estadual, Vander é considerado da ala mais moderada, ao centro. Já Amaducci, da ala mais à esquerda do partido.

As eleições internas serão realizadas no dia 6 de julho. Em janeiro deste ano o Diretório nacional do partido aprovou os prazos para inscrição das chapas que concorrerão às três instâncias de direção, definidos segundo o calendário abaixo:

  • em nível municipal e zonal: entre 12 de março e 14 de abril
  • em nível estadual: entre 11 de março e 28 de abril
  • em nível nacional: entre 10 de março e 19 de maio

Atualmente Humberto Costa é quem comanda o cargo da presidência do PT até a realização das eleições diretas, já que a atual presidente do partido, Gleisi Hoffmann, assumiu a Secretaria de Relações Institucionais do Brasil no fim do mês de fevereiro.

Cenário nacional

No contexto nacional das eleições para presidente do Partido dos Trabalhadores, Edinho Silva é cotado como um dos favoritos a vencer a disputa, já que recebeu o apoio do Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Edinho é um sociólogo e político brasileiro, filiado ao Partido dos Trabalhadores. Foi Vereador do município de Araraquara (SP) deputado estadual e ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República.

Além do Edinho, o atual secretário de Relações Internacionais, Romênio Pereira, será candidato pela tendência Movimento PT.

Um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores e das Trabalhadoras, Romênio Pereira é natural de Patos de Minas (MG) e iniciou a sua trajetória no movimento sindical no início dos anos 1980 em seu estado natal. Ele já ocupou várias funções no PT-MG e também na direção nacional do partido.

Quem concorre também à presidência nacional é o historiador e membro do Diretório Nacional do PT, Valter Pomar, que registrou sua candidatura para concorrer à presidência representando o movimento Articulação de Esquerda. Rui Falcão e Washington Quaquá também concorrem. 

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Política

Após "miniférias", Riedel reassume governo de Mato Grosso do Sul

Governador se licenciou para visitar o filho na Alemanha e o vice, Barbosinha, ficou no comando do Estado de 13 a 20 de abril

22/04/2025 11h00

Eduardo Riedel reassumiu as funções de governador após período de licença

Eduardo Riedel reassumiu as funções de governador após período de licença Foo: Marcelo Victor / Arquivo / Correio do Estado

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Após um período de licença, o governador Eduardo Riedel (PSDB) reassumiu as funções de chefe do Executivo Estadual nesta terça-feira (22). Entre os dias 13 a 20 de abril, o vice-governador, José Carlos Barbosa, o Barbosinha, atuou como governador em exercício.

A autorização para a licença das funções de governador de Eduardo Riedel foi aprovada pelo deputados estaduais.

Durante o período, Riedel viajou, junto com a esposa Mônica Riedel, para a Alemanha, onde mora o filho do casal há cerca de um ano, fazendo pós-graduação.

" É um momento importante, ele está há quase um ano lá e nós ainda não fomos vê-lo, saber um pouquinho da rotina dele, da vida dele, da universidade que ele está, estar mais próximo um pouquinho aproveitando esse feriado", disse o governador, antes da ida.

Nesta segunda-feira, o governador recebeu Barbosinha em seu gabinete, onde se informou sobre as ações do Executivo Estadual durante sua ausência.

Em vídeo publicado no Instagram, o governador disse que foram discutidas as ações emergenciais para os municípios afetados pela chuva do feriadão.

"A semana passou com muitas coisas acontecendo, mas quero destacar aqui o volume de chuvas essa semana, e o Barbosinha teve contato com várias prefeituras discutindo como apoiar algumas situações específicas e que tiveram grandes prejuízos para vários municípios", disse.

Riedel também manifestou condolências pela morte do Papa Francisco, ocorrida nessa segunda-feira (21).

"Não tem como deixar de falar sobre a perda do nosso Papa Francisco, eu como cristão católico, um homem que trouxe uma imagem e uma mensagem muito forte para toda a humanidade e a perda dele, sem dúvida nenhuma, deixa um vazio nas pessoas, de uma maneira geral, mas tenho certeza que a Igreja Católica vai conduzir todo o processo para que a gente tenha uma nova liderança cristã no mundo, que está precisando demais", disse.

Por fim, Riedel agradeceu o trabalho de Barbosinha como governador em exercício.

O vice-governador, por sua vez, disse ser uma alegria receber Riedel de volta a Mato Grosso do Sul e destacou que foi uma semana de muito trabalho a frente do Executivo.

Nesta segunda (14), além de agenda interna, Riedel participa de encontro institucional do Comando Militar do Oeste (CMO), com a presença do general de Exército Richard Fernandez Nunes, Chefe do Estado-Maior do Exército.

 

Licença

A autorização para a licença das funções de governador de Eduardo Riedel foi aprovada na sessão do dia 9 de abril, na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems).

"Comunico a esta Casa de Leis que no período de 13 a 20 de aril de 2025 a me licenciarei do exercício das funções de governador do Estado. Oportunamente em que poderei me ausentar do estado e do País. Informo que durante o referido período, a chefia do Poder Executivo será exercida, em substituição, pelo vice-governador José Carlos Barbosa", dizia o ofício enviado pelo governador.

Em suas redes sociais, Riedel informou que aproveitaria o feriadão de Páscoa para conhecer a rotina do filho, que faz pós-graduação na Alemanha.

"É um compromisso que assumi com ele e comigo mesmo, pois acredito que cuidar da família também nos fortalece como líderes e pessoas", disse nas redes sociais, antes da viagem.

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