A Federação de Futebol de Mato Grosso do Futebol (FFMS) foi uma das 23 de 27 federações estaduais que rejeitou dialogar com Ronaldo Fenômeno e declarou apoio ao atual presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues.
O ex-atacante havia anunciado em dezembro seu interesse em se candidatar nas eleições para presidente da entidade, que devem ocorrer entre março deste ano e março de 2026.
Porém, na manhã desta quarta-feira (12), Ronaldo anunciou a retirada de seu nome como candidato, após enviar convites para todas as federações, a fim de apresentar suas propostas caso assumisse o cargo, e a grande maioria recusá-lo.
"No meu primeiro contato com as 27 filiadas, encontrei 23 portas fechadas. As federações se recusaram a me receber em suas casas, sob o argumento de satisfação com a atual gestão e apoio à reeleição. Não pude apresentar meu projeto, levar minhas ideias e ouvi-las como gostaria. Não houve qualquer abertura para o diálogo', disse em publicação nas suas redes sociais.
A FFMS, por meio do presidente interino Estevão Petrallás, foi uma das 23 que recusaram o convite para dialogar de Ronaldo Fenômeno. Em carta enviada ao ex-atacante, o comandante do futebol sul-mato-grossense afirmou que acredita na gestão atual e apoia a reeleição de Ednaldo Rodrigues.
"Podemos testemunhar o comprometimento da gestão do presidente Ednaldo Rodrigues Gomes com as normas de governança e compliance, garantindo segurança jurídica a todos os associados e o fiel cumprimento das normas estabelecidas, inclusive, desde já, manifesto meu apoio a eleição do atual presidente, tendo em vista a convicção no bom trabalho já realizado e sólido projeto futuro para a entidade", afirmou a FFMS.
Por fim, Petrallás aproveitou a oportunidade para agradecer Ronaldo por sua contribuição ao futebol brasileiro enquanto jogador, já que o ex-atacante conquistou duas Copas do Mundo, em 1994 e 2002, além de ter sido vice-campeão em 1998.
Diante da retirada da candidatura de Fenômeno, agora só há Ednaldo Rodrigues como candidato oficializado e, caso permaneça assim, a eleição para presidente da entidade deverá ser composta por chapa única, do qual o atual presidente deve se reeleger no cargo que é seu desde 2021.
Para isso, precisa receber a maioria dos votos do colégio eleitoral, que é formado pelas 27 federações (peso 3), pelos 20 clubes da Série A (peso 2) e pelos 20 clubes da Série B (tem peso 1).
FFMS & Eleições
Após a prisão de Francisco Cezário, chefão do futebol sul-mato-grossense nos últimos 28 anos, que aconteceu em maio do ano passado, durante a deflagração da Operação Cartão Vermelho, o cargo de presidente da FFMS ficou vago, mas Estevão Petrallás assumiu interinamente depois da CBF decidir pela sua nomeação.
Em novembro, em documento assinado por Ednaldo Rodrigues, seu mandato interino foi renovado por mais seis meses, podendo ocupar a cadeira até abril deste ano, quando deve ocorrer eleição para presidente da federação sul-mato-grossense. Até o momento, sete candidaturas foram aprovadas:
- Américo Ferreira (ex-presidente do Novo)
- André Baird (presidente do Costa Rica);
- Cláudio Barbosa (presidente do Comercial);
- Estevão Petrallás (presidente interino da FFMS);
- Marcos Araújo (presidente do Dourados);
- Paulo Telles (ex-presidente do Cene);
- Toni Vieira (ex-presidente do Operário);
Em janeiro deste ano, Petrallás concedeu entrevista exclusive ao Correio do Estado. Para conferir ela completa, clique aqui.