Cidades

Contra o feminicídio

Banco Vermelho começa a rodar por Campo Grande; primeiro ponto é o MPT, casa de Vanessa Ricarte

O ato Justiça por Vanessa ocorreu nesta terça-feira na sede do MPT, juntamente com a inauguração do Banco Vermelho, símbolo contra o feminicídio. O banco irá percorrer várias instituições até o final do ano

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O Ministério Público do Trabalho de Mato Grosso do Sul (MPT) inaugurou, nesta terça-feira (14) o primeiro Banco Vermelho em uma instituição pública em Campo Grande. O evento integrou o Ato #JustiçaPorVanessa, uma ação em memória à jornalista Vanessa Ricarte, ex funcionária da instituição, que foi brutalmente assassinada em fevereiro deste ano. 

O movimento reuniu funcionários, amigos e familiares da jornalista e foi aberto ao público em frente à sede do MPT, onde o banco foi instalado. Junto dele, 30 balões vermelhos representavam as 30 mulheres que morreram no Estado desde o início do ano, vítimas de feminicídio. 

“O banco tem a cor vermelha porque representa o sangue derramado das vítimas desses crimes. Ele é um convite para que as pessoas se sentem e reflitam sobre seu papel como cidadão em relação a essa problemática. Todos temos o papel de combate e de mudança dessa realidade”, explica a procuradora-geral do Trabalho, Cândice Arósio. 

A passagem do Banco Vermelho pela Capital foi aprovada nesta terça-feira através do Projeto de lei 12.069/25 e tem o objetivo de promover campanhas permanentes de prevenção e conscientização sobre o enfrentamento da violência contra a mulher e o feminicídio. 

A proposta é da vereadora Luiza Ribeiro, coordenadora da Procuradoria Especial da Mulher “Jornalista Vanessa Ricarte” da Câmara Municipal de Campo Grande, em parceria com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab/MS), responsável pelo transporte do banco entre as instituições. 

“É preciso refletir sobre isso, entender que as mulheres são muito importantes, é preciso parar toda forma de violência e é preciso ter políticas públicas concretas. O banco tem essa função, rodar pela paisagem urbana mostrando o vazio que as mulheres mortas deixam, o sangue que é derramado quando as mulheres são assassinadas e nos fazer refletir sobre o que acontece em uma sociedade que ainda mata mulheres”, afirmou a vereadora Luiza Ribeiro. 

O Banco Vermelho é um símbolo internacional de enfrentamento à violência contra a mulher e ao feminicídio. A iniciativa, que nasceu na Itália em 2016, surgiu quando duas mulheres, após perder amigas vítimas de feminicídio, decidiram transformar a dor em mobilização social.

No Brasil, o projeto foi trazido pelas brasileiras Andrea Rodrigues e Paula Limongi, que fundaram o Instituto Banco Vermelho (IBV) por terem sido impactadas pela perda de amigas em crimes de feminicídio. 

Percurso do Banco Vermelho

A instalação do Banco começou na Câmara Municipal de Campo Grande, onde permaneceu entre os dias 9 a 13 de outubro. Hoje, foi instalado no MPT, onde permanecerá até o dia 16. Após isso, seguirá para diversas instituições públicas até o final de novembro, culminando na sede da Conab/MS, quando integrará a abertura oficial dos 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher. 

As instituições que participarão da campanha incluem:

  • Ministério Público do Trabalho/MS (14 a 16 de outubro);
  • Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) (21 a 23 de outubro);
  • Reitoria do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS) (28 a 30 de outubro);
  • IFMS Campus Campo Grande (4 a 6 de novembro);
  • Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) (11 a 13 de novembro);
  • Instituto Mirim de Campo Grande (18 a 20 de novembro);
  • Casa da Mulher Brasileira (25 a 27 de novembro);
  • Superintendência do Patrimônio da União em MS (SPU/MS);
  • Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).

Violência

Dados divulgados pela Procuradoria Especial da Mulher “Jornalista Vanessa Ricarte” apontaram que, em Campo Grande, foram registradas 6.946 ocorrências de violência doméstica em 2024. Neste ano, até o mês de setembro, já são 5.688 vítimas, o que demonstra uma média de 24 denúncias diárias. 

Além disso, já foram registrados 381 casos de estupro, sendo 330 contra crianças e adolescentes. 

Em Mato Grosso do Sul, 30 mulheres foram vítimas de feminicídio desde o início do ano. Entre elas, Vanessa. Ela foi morta no dia 12 de fevereiro pelo, então, noivo, o músico Caio Nascimento. 

Vanessa chegou a procurar a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM) para denunciar o companheiro por violência doméstica e solicitar uma medida protetiva contra ele, mas não recebeu o atendimento adequando, retornando à sua residência, onde encontrou com Caio. 

Quando ficou sozinha com ele, por um descuido, o homem realizou vários golpes com faca sobre a jornalista. Ela chegou a ser atendida e encaminhada à Santa Casa, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no mesmo dia. 

Caio se entregou à polícia e segue preso, respondendo pelos crimes de feminicídio, violência doméstica, perseguição, stalking e um possível cárcere privado. 

O irmão de Vanessa, Walker Diógenes Ricarte, a mãe, Maria Madalena Ricarte e o pai da jornalista, Agmar Ricarte, compareceram ao ato do MPT de hoje. 

”É uma família destruída, uma irmã perdida, uma filha perdida, é um vazio que fica, não só por causa da Vanessa, mas por todas as famílias que foram desmanteladas por essas barbaridades. O meu apelo é para que nós tivéssemos leis mais severas com relação a esses crimes para que desencorajasse os agressores de atentar com a vida dessas mulheres. Que se faça um estudo da origem desses crimes, para descobrirmos por que está tendo tanta violência, tanto feminicídio, onde está a raíz do problema? Será que é a criação dos filhos, na escola, no sistema de leis que é brando a isso?”, indagou Walker. 

Hoje, a pena do feminicídio no Brasil é de reclusão de 20 a 40 anos, conforme a Lei nº 14.994/2024, conhecida como "Pacote Antifeminicídio". A lei foi sancionada em 2024 e aumentou a penalidade que antes era de 12 a 30 anos. 

Família de Vanessa Ricarte em frente ao Banco Vermelho / FOTO: Paulo Ribas

Feminicídios em MS

Conforme levantamento da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), de 1° de janeiro até o dia 12 de outubro de 2025, Mato Grosso do Sul já registrou 29 feminicídios, o que representa uma média de 3 crimes dessa natureza por mês. Veja os casos:

primeiro caso de 2025 sendo a morte de Karina Corin, de 29 anos, nos primeiros dias de fevereiro, baleada na cabeça pelo ex-companheiro, Renan Dantas Valenzuela, de 31 anos. 

Já o segundo feminicídio deste ano em MS foi a morte de Vanessa Ricarte, esfaqueada aos 42 anos, por Caio Nascimento, criminoso com passagens por roubo, tentativa de suicídio, ameaça, além de outros casos de violência doméstica contra a mãe, irmã e outras namoradas.

No terceiro caso, a vítima foi Juliana Domingues, de 28 anos, assassinada com golpes de foice pelo marido, na noite do dia 18 de fevereiro, na comunidade indígena Nhu Porã, em Dourados, município localizado a 226 quilômetros de Campo Grande.

Quatro dias depois, no dia 22 de fevereiro, Mirieli dos Santos, de 26 anos, foi a quarta vítima do ano, morta a tiros pelo ex-namorado, Fausto Junior, no município de Água Clara - localizado a 193 km de Campo Grande.

No dia seguinte, Emiliana Mendes, de 65 anos, foi morta no município de Juti, localizado a 310 km de distância de Campo Grande. A vítima foi brutalmente atacada pelo suspeito, que, após esgana-la, arratou seu corpo até uma residência e colocou em cima de um colchão, a fim de simular uma eventual morte natural. 

O sétimo caso de feminicídio registrado em 2025 foi o de Giseli Cristina Oliskowiski, morta aos 40 anos, encontrada carbonizada em um poço no bairro Aero Rancho, em Campo Grande. O crime aconteceu no dia 1º de março;

Já o oitavo feminicídio foi o de Ivone Barbosa da Costa Nantes, morta a golpes de faca na região da nuca pelas mãos do então namorado no assentamento da zona rural de Sidrolândia batizado de Nazareth, em 17 de abril. 

nono caso foi registrado com o achado do corpo de Thácia Paula Ramos de Souza, de 39 anos, encontrado na tarde do dia 14 de maio, no Rio Aporé, em Cassilândia-MS, segundo divulgado pela Polícia Civil. De acordo com as informações, o crime aconteceu no dia 11 de maio. 

Já o décimo caso, foi o de Simone da Silva, de 35 anos, na noite do dia 14 de maio, morta a tiros na frente dos próprios filhos por William Megaioli da Silva, de 22 anos, que se entregou à polícia ainda com a arma em mãos. 

No 11º feminicídio de Mato Grosso do Sul, a vítima foi Olizandra Vera Cano, de 26 anos, que foi assassinada com golpes de faca no pescoço pelo marido de 32 anos, no dia 23 de maio. O autor acabou preso em flagrante, na cidade de Coronel Sapucaia, a 395 quilômetros de Campo Grande.

O 12º caso caso aconteceu no dia 25 de maio, no Hospital Regional de Nova Andradina, e vitimou Graciane de Sousa Silva, que foi vítima de diversas agressões durante quatro dias seguidos, na cidade de Angélica, distante aproximadamente 275 quilômetros de Campo Grande.

Seguindo a sequência, Vanessa Eugênia Medeiros, de 23 anos, e a filha Sophie Eugênia Borges, de apenas 10 meses, foram as 13ª e 14ª  vítimas de femicídio, em Mato Grosso do Sul. As duas foram mortas e queimadas no dia 26 de maio, no bairro São Conrado, em Campo Grande. O autor do crime, João Augusto Borges, de 21 anos, que era marido de Vanessa e pai de Sophie confessou o duplo homicídio, e afirmou que o cometeu pois Vanessa queria se separar e ele não queria pagar pensão para a filha.

Já a 15ª morte por feminicídio em Mato Grosso do Sul neste ano, foi a de Eliane Guanes, de 59 anos, que foi queimada viva pelo capataz Lourenço Xavier, de 54 anos. De acordo com as informações, ele jogou gasolina no corpo de Eliane e ateou fogo na mulher, em fazenda na região da Nhecolândia, no Pantanal de Corumbá, onde os dois trabalhavam. O crime aconteceu na noite do dia 6 de junho.

Doralice da Silva, de 42 anos, foi a 16ª vítima de 2025, morta a facadas no dia 20 de junho, após uma discussão com o companheiro Edemar Santos Souza, de 31 anos, principal suspeito. O crime ocorreu na Rua dos Pereiras, na Vila Juquita, em Maracaju, a cerca de 159 quilômetros de Campo Grande.

A 17ª vítima foi  Rose Antônia de Paula, foi encontrada morta e praticamente decapitada, em uma casa em Costa Rica no dia 28 de junho. Rose era moradora de Bonito e pretendia retornar para a cidade no dia do crime. Entretanto, vizinhas estranharam o fato de ela não ter aparecido para tomar café em uma lanchonete que costumava frequentar. Pouco tempo depois, ela foi encontrada morta.

No dia 4 de julho, a 18ª vítima foi Michely Rios Midon Orue, de 48 anos, morta a facadas pelo próprio filho, de 21 anos, que era esquizofrênico. O crime aconteceu no município de Glória de Dourados, distante aproximadamente 260 quilômetros de Campo Grande. A vítima foi morta com pelo menos cinco facadas, sendo o golpe fatal desferido na região da jugular.

O 19° caso aconteceu no dia 25 de julho, com a morte de Juliete Vieira, de 35 anos, que foi esfaqueada pelo irmão, Edivaldo Vieira, de 41 anos. O crime aconteceu na cidade de Naviraí, distante aproximadamente 359 quilômetros de Campo Grande. 

Na sequência da estatística dos feminicídios registrados desde o início, a 20.ª vítima foi a professora Cinira de Brito, morta por Anderson Aparecido de Olanda, de 41 anos, que esfaqueou a companheira com dois golpes na perna, três no abdômen e depois tirou a própria vida. 

Já a 21ª vítima de feminicídio em 2025 foi Salvadora Pereira, de 22 anos, assassinada com tiro no rosto pelo então companheiro, José Cliverson Soares, 32 anos, na frente de cerca de cinco crianças com idades entre dois e oito anos. 

Depois, o 22° caso de feminicídio foi a morte de Dahiana Ferreira Bobadilla, morta aos 24 anos por Dilson Ramón Fretes Galeano, de 41 anos, que fugiu após enterrar o corpo em cova rasa às margens do Rio Apa, em Bela Vista. 

Já a 23ª vítima de feminicídio em 2025 no Mato Grosso do Sul foi Letícia Araújo, de 25 anos, atropelada de propósito pelo marido, Vitor Ananias, 25, como registrado pelas câmeras de segurança da região. 

Após ser mantida em cárcere privado pelo entção marido, Érica Regina Mota, de 46 anos, foi a 24ª vítima de feminicídio em 2025 no Mato Grosso do Sul, morta a facadas por Vagner Aurélio, de 59 anos, preso em flagrante poucas horas depois. 

O 25° feminicídio registrado foi o de Dayane Garcia, de 27 anos, que morreu na Santa Casa de Campo Grande depois de passar 77 dias internada, após ser ferida a tiros pelo ex-marido Eberson da Silva, de 31 anos, ainda em 18 de junho. 

O 26° caso foi o de Iracema Rosa da Silva, morta aos 75 anos em Dois Irmão do Buriti, por defender a filha do genro que cometia violência doméstica.

Caso confirmado, o 27° feminicídio será o de Gisele da Silva Saochine, morta aos 40 anos pelo marido no quintal de casa. Em seguida, ele a arrastou para o quarto e a incendiou. Depois, foi para o carro que estava na garagem, e colocou fogo em si mesmo, morrendo carbonizado.

28° foi o de Ana Taniely Gonzaga de Lima, de 25 anos, morta em Bela Vista, pelo ex que não aceitava o fim do namoro. Inconformado com o fim da relação, ele passou a insistir em uma reconciliação, até que encontrou a vítima e agrediu com golpes de faca e também com um pedaço de madeira, causando ferimentos graves que resultaram em sua morte.

A 29ª vítima foi  Erivelte Barbosa Lima de Souza, de 48 anos, que foi esfaqueada pelo marido Adenilton José da Silva Santos, de 30 anos, em Paranaíba, município localizado a 406 quilômetros de Campo Grande.

Adenilton José da Silva Santos foi preso em flagrante e levado à delegacia do município. Durante o interrogatório, ele confessou o crime e contou que não conseguia lembrar o que o levou à prática, já que estava embriagado.

Na última segunda-feira, Andreia Ferreira, de 40 anos foi morta a tiros pelo marido após uma discussão quando voltavam de uma festa em Bandeirantes. Com o assassinato de Andreia Ferreira, Mato Grosso do Sul conta com 30 feminicídios neste 2025 até então, distante ainda pouco mais de dois meses para o fim do ano.

** Colaborou Tamires Santana

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16 dias internado

Morre segunda vítima de acidente envolvendo mureta na Gunter Hans

Daniel Moretti, de 26 anos, será velado nesta segunda-feira (15), no Cemitério Memorial Park, em Campo Grande

15/12/2025 09h35

Daniel Moretti, de 26 anos, ficou 16 dias internado em estado gravíssimo

Daniel Moretti, de 26 anos, ficou 16 dias internado em estado gravíssimo Reprodução Instagram

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Daniel Moretti Nogueira, de 26 anos, morreu na madrugada desta segunda-feira (15), no Hospital Santa Casa, após ficar 16 dias internado em estado gravíssimo.

Ele é o motorista do carro que se envolveu em um acidente grave, em 29 de novembro de 2025, na mureta da avenida Gunter Hans. Na ocasião, Ângelo Antônio Alvarenga Perez, de 23 anos, passageiro, faleceu no local do acidente.

Daniel Moretti, de 26 anos, ficou 16 dias internado em estado gravíssimoCarro ficou completamente destruído. Foto: divulgação

Conforme apurado pela reportagem, os jovens seguiam em um Peugeot 2008 na avenida Gunter Hans, sentido centro-bairro, por volta das 22 horas de 29 de novembro, quando colidiu violentamente contra a mureta do corredor de ônibus.

O motorista vinha em alta velocidade e freou quando viu a mureta, mas, não conseguiu evitar a colisão.

A lateral direita do veículo ficou destruída. Daniel Moretti era o motorista e foi socorrido em estado grave. Já Ângelo Alvarenga era o passageiro e morreu no local.

Quatro viaturas do Corpo de Bombeiros (CBMMS), duas da Polícia Militar (PMMS), uma da Polícia Civil (PCMS), uma da Polícia Científica e um carro funerário estiveram no local para socorrer as vítimas, isolar a área, recolher os vestígios do acidente, realizar a perícia e retirar o corpo, respectivamente.

Daniel Moretti será velado a partir das 10h desta segunda-feira (15), no Cemitério Memorial Park, em Campo Grande.

O acidente repercutiu na imprensa campo-grandense e pôs em questão a inutilidade da mureta do corredor de ônibus da Gunter Hans, que está sem utilidade há anos devido a obra inacabada.

INADIMPLÊNCIA

Imasul divulga mais de 9 mil empresas inadimplentes por Lei da Logística Reversa

Fabricantes e importadoras que venderam produtos em 2022 e não implementaram sistema de acordo com a lei estão sujeitos a multas por crime ambiental

15/12/2025 09h32

Imasul divulga nome de 9 mil empresas inadimplentes devido a lei de logística reversa

Imasul divulga nome de 9 mil empresas inadimplentes devido a lei de logística reversa Divulgação: Governo do Estado

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Publicado no Diário Oficial do Estado de Mato Grosso do Sul desta segunda-feira (15), o Instituto do Meio Ambiente do Estado, o Imasul, por meio de edição de suplemento, divulgou mais de 9 mil empresas que não cumpriram com a lei da logística reversa.

Segundo o documento, 9.130 comerciantes geraram embalagens descartáveis há 3 anos atrás, em 2022 e ainda não comprovaram a existência de um sistema de logística reversa, que é previsto obrigatoriedade na legislação de Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), baseada na Lei nº 12.305 de 2010.

A lei a princípio estabelece para fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes, consumidores e também poder público, a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, com foco principal na destinação correta de embalagens e resíduos pós-consumo.

Os produtos e, consequentemente, empresas sujeitas à logística reversa, são as que fabricam mercadorias de:

  • Agrotóxicos e embalagens;
  • Óleos lubrificantes, com resíduos e embalagens;
  • Pneus inservíveis – que estão no fim da vida útil;
  • Lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e de mercúrio;
  • Baterias e pilhas;
  • Equipamentos eletroeletrônicos, que geram lixo eletrônico;
  • Medicamentos domiciliares vencidos ou em desuso, além das embalagens;
  • E embalagens de alimentos, bebidas, produtos de higiene, cosméticos, limpeza, entre outros.

Agora, as empresas citadas no documento são consideradas inadimplentes e estão sujeitas à multas e penalidades ambientais, com base no Decreto Federal nº 6.514/08 e na Lei Federal de Crimes Ambientais, que responsabilizam sobre crimes do tipo.

Entre as identificadas, aparecem empresas da área de saúde e medicamentos, como farmácias e clínicas odontológicas, além de empresas de eletrônicos, confeitarias, de decoração e papelaria, agrícolas e têxtil. Também estão na lista comércios de bebidas, alimentos e calçados.

Confira a lista divulgada no Diário Oficial de Mato Grosso do Sul aqui.

* Saiba

Algumas grandes empresas contam com programas individuais que estabelecem sistemas de coleta das embalagens, como em comércio de cosméticos, com a devolução de frascos nas próprias unidades, ou também no comércio de bebidas com a criação de embalagens retornáveis, com reintrodução na cadeia produtiva.

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